Friday, April 28, 2006

Cycles - com novo guitarrista

Os portuenses Cycles anunciaram já o substituto do guitarrista Filipe Moreira que abandonou recentemente o colectivo nortenho por alegadas questões pessoais. O seu nome é Álvaro Craveiro, nome experiente e reconhecido de bandas como os Aphelion Aphrodites e Embracing Darkness. Segundo a banda, foi também “ a sua motivação e querer” preponderantes para o seu ingresso nos Cycles. Neste momento, Álvaro já ensaia com os restantes colegas, nomeadamente a preparar o próximo concerto da banda marcado para dia 13 de Maio no bar Porto Rio, integrado nas comemorações do 15º aniversário do programa de rádio “Caminhos Metálicos”, nas quais farão também parte os In Solitude e os Dethmor. Por outro lado, a banda continua a compor e a preparar novos temas para o seu próximo trabalho. Para já, somam cinco novos temas entre eles “My Darkest Friend”, “Revolt”, “My World”, “Silent Words” e o mais recente “Winter Dreams”.

Thursday, April 27, 2006

Loud Metal Battle - 4ª eliminatória

É já no próximo dia 30 de Abril que decorre a 4ª eliminatória do Loud Metal Battle. As bandas a figurar nesta fase do concurso são os Utopia, Unreflected, Wintermoon, Thee Orakle, Daemogorgon e Dpotion, que "medirão forças" no bar Ilha das Estrelas, na Bobadela (Sacavém), no próximo domingo a partir das 18 horas.

Wednesday, April 26, 2006

3º aniversário SounD(/)ZonE - Memorável

Viva pessoal!

De regresso a casa e com uma enorme alegria dentro de mim! Este terá sido certamente um dos fins-de-semana mais sentidos da minha vida. Como alguns já terão ouvido falar, outros estiveram mesmo presentes, a festa de 3º aniversário da nossa estimada zine saldou-se extremamente positiva e, acima de tudo, foi absolutamente reconfortante ver bandas e público a sair do Coliseu Micaelense com um ar de satisfação estampado no rosto. Meus amigos, perante minha humilde e amadora condição ver aquele recinto e todas as pessoas envolvidas neste evento satisfeitas com o seu resultado foi deveras aprazível. Um momento destes para celebrar os três anos da nossa estimada e pequena SounD(/)ZonE, que inicialmente estaria longe de pensar num feito destes, não podia despoletar outro sentimento em nós que o de uma imensa alegria. Todas as pessoas, bandas, parceiros e entidades envolvidas neste evento estão de parabéns, pois com toda a sua boa vontade tornaram ainda mais fácil e agradável a elaboração e concretização deste espectáculo. Este fim-de-semana já deixa saudades para ser sincero...

Obrigado mais uma vez ao Coliseu Micaelense, à ANIMA, aos Hiffen (e ao Rui Sousa), aos Trauma Prone, aos Stampkase, aos The Temple e ao seu manager Daniel Makosch (que foram pessoas extremamente atenciosas, para além de que muito bem dispostas), e resta-me desejar sinceramente que esta data se volte a realizar e que o sentimento tão bom que pairou naquela sala durante aquelas horas se renove nos próximos anos! Para já é tempo de voltar ao trabalho e começar a pensar naquela que é de facto a nossa mais desafiante e ambicionada meta: a SounD(/)ZonE a cores! Bem, agora que a azáfama em redor da preparação do aniversário da nossa zine terminou, prometemos que agora vamos definitivamente nos entregar à concretização deste objectivo que já há muito vive presente nas nossas mentes. Entretanto, e como não poderia deixar de ser, não gostaríamos de deixar passar essa ocasião sem publicar um relato do que foi este fim-de-semana no festival Coliseu ANIMA Rock. Reportagem a cargo do nosso colaborador Miguel Linhares (Jornal dos Açores, União, Musicofília).

Let the sound remain insane...

Aguardava-se com alguma expectativa este festival na cidade de Ponta Delgada e foi um fim-de-semana em cheio para os fãs das sonoridades mais pesadas. O evento no Coliseu Micaelense foi repartido por dois dias, sendo que na sexta-feira comemorava-se o 10º aniversário do grupo de Rock local, Hiffen e no sábado comemorava-se o 3º aniversário da “fanzine” local Sound(/)Zone. O espaço já é conhecido de todos os micaelenses e não é a primeira vez que abre portas a sonoridades deste género, embora seja sempre difícil encher uma casa com aquelas dimensões para um público minoritário, como é o que aprecia este género musical. Mais uma vez ficou patente a falta de capacidade acústica desta sala para eventos de Rock e/ou Metal. O equilíbrio tonal nesta sala é quase inexistente, principalmente nas baixas frequências, ou seja nos graves, que no fundo é o que mais influência o resultado final. Algo para os entendidos na matéria explicarem melhor e qual a razão de assim o ser.

Os Crossfaith foram a primeira banda a pisar o palco na noite de sexta-feira e demonstraram, assim como de outras vezes, muita qualidade. Praticam um som “progressivo” interessante, o que pôde ser constatado nos seis/sete temas apresentados. A melhorar, talvez só as vocalizações que são o ponto mais fraco deste conjunto. Pelo meio do concerto, uma instrumental com muitas influências disco, mas que acabou por resultar pela originalidade.

No seguimento destes, subiram ao palco os aniversariantes da noite, os Hiffen, grupo micaelense que celebrou o seu 10º aniversário e mais uma vez convenceu em larga escala nas suas qualidades técnicas. Nada a apontar na qualidade dos seus executantes, mas talvez falte um bocado de alma neste conjunto que em palco demonstra pouca energia. Ainda assim, os vencedores do concurso AngraRock 2003 cativaram alguns presentes que já conheciam e cantaram alguns temas, facto compreensível, visto o conjunto ter lançado recentemente o seu primeiro “longa duração” – Crashing – que ainda se encontra em fase de promoção. Agora só com uma vocalista, os Hiffen proporcionaram uma hora de música muito bem executada, ora calma, ora com rasgos de agressividade q.b., mas sempre com o cunho que já lhes é conhecido. Parabéns aos Hiffen.

Os lisboetas Urban Tales fecharam esta primeira noite do festival, trazendo sonoridades mais influenciadas pelo Gótico e pelo Heavy. Tiveram uma actuação muito agradável, mas pouco mais pode-se dizer deste conjunto que actuou somente meia hora… Talvez a actuação mais curta da noite! Deixaram uma boa impressão no pouco público que ao fim da noite ainda estava no Coliseu, aliás, esta foi uma noite que não deverá ter tido mais que 200 pessoas no Coliseu.

Na segunda noite, no sábado, isto foi um pouco diferente e pode-se dizer que passaram pelo Coliseu mais do dobro das pessoas que lá acorreram no primeiro dia. Houve alturas em que a plateia estava praticamente cheia, conferindo mais alguma beleza à festa.

Os Trauma Prone foram o conjunto a iniciar a contenda no sábado e a fazerem também a sua estreia ao vivo. Grupo de músicos muito conhecidos no meio micaelense, na área do Metal, que durante meia hora mostraram toda a sua capacidade em sons demolidores, muito orelhudos e pesados, com a colaboração em dois temas de um dos vocalistas dos Stampkase. Demonstraram muita atitude em palco, ensaio e muito gosto naquilo que fazem, deixando em aberto boas perspectivas para o seu futuro.

De seguida, e na mesma onda musical do anterior conjunto, actuaram os Stampkase, vencedores do concurso AngraRock 2005 e banda que tem vindo a mostrar uma enorme evolução. Tiveram no público um forte aliado e proporcionaram quase uma hora de “destruição” massiva e sem retorno. Muito embebidos em contratempos, conseguem criar o lógico efeito surpresa no público, ainda assim sem entrar em grandes linhas melódicas ou solos por parte de nenhum instrumento. A presença em palco, como sempre, foi fantástica. Os aplausos foram dos mais ouvidos neste festival, mas não tantos como os que ouviriam a banda que se lhes seguia, os lisboetas The Temple, de longe a banda mais experimentada neste festival! Na sua maioria, foram apresentados temas do seu último trabalho “Diesel Dog Sound”, mas passando também por temas mais antigos do seu primeiro disco “The Angel, The Demon & The Machine”.The Temple, o melhor das duas noites!Direitos reservadosConcerto irrepreensível, com muita atitude, experiência e técnica. Acabaram o espectáculo com o seu tema mais conhecido “Milionaire” e a pedido do publico voltaram para finalizarem em grande com mais dois temas, um dos quais uma versão superiormente conseguida do tema “Budapeste” dos Mão Morta. Foi o culminar de um festival que se mostrou uma boa aposta no género musical e nos jovens seguidores do mesmo, mas que, como sempre, pecou pela fraca afluência de público, um mal agregado aos eventos de Rock (maioritariamente com projectos locais no cartaz) organizados nos Açores. Por falta de iniciativas não será de certeza! Parabéns a todos os intervenientes, organizadores, aos Hiffen pelo seu 10º aniversário e à Sound(/)Zone pelo seu 3º aniversário. Que o espírito perdure.

in "Jornal dos Açores" de 26 de Abril de 2006 e jornal "A União" de 27 de Abril de 2006

Texto: Miguel Linhares

Fotos: Rui Melo (www.metalicidio.com)

Friday, April 21, 2006

Entrevista The Temple

COMBUSTÃO SONORA

Treze anos já se contam desde que o nome The Temple nasceu para o nosso panorama metálico. Unidos por amarras (de ferro) a uma causa e motivação em comum – a vontade premente de fazer música – os The Temple progrediram a todos os níveis ao longo de todos esses anos e chegam a 2006 como um dos colectivos mais aplaudidos e respeitados do nosso cenário musical. Graças ao excelente “Diesel Dog Sound”, lançado em 2004 e gravado em Londres, nos estúdios de Philia, os The Temple procederam a uma ascensão meteórica na sua carreira, tanto dentro como fora de portas. Com um som moderno, que reparte a atitude punk com o peso do metal, comprovam ingredientes que vão fazer certamente, na noite de amanhã no Coliseu Micaelense, as delícias dos amantes do género nos Açores. É verdade meus amigos… É já amanhã que a SounD(/)Zone comemora o seu 3º aniversário e sente-se perfeitamente honrada por estar associada a um evento tão grande e com bandas deste calibre. Como segunda parte deste especial Festival Coliseu ANIMA Rock, publicamos então as palavras trocadas entre a SounD(/)ZonE e João Luís, vocalista dos The Temple.

Creio que esta é a primeira vez que dão uma entrevista para uma publicação de metal aqui dos Açores... Como tal, e para algumas pessoas que, eventualmente, ainda não conheçam os The Temple, gostaria que nos fizesses uma breve apresentação da banda, inclusive, sonora.
Os The Temple são uma banda que já conta com 13 anos de existência. Começou como a maioria das bandas, ou seja, juntou-se um grupo de amigos com um gosto em comum: a vontade de criar e fazer música... música com a atitude do Punk, o espírito do Rock e o carácter do Heavy-Metal.

Treze anos de existência e nem uma única alteração no line-up... Creio que isto é coisa que já não existe!! Para já congratulo-vos e pedia-te que nos falasses na receita mágica para a coesão dos The Temple.

Foram, de facto, todos esses anos como um grupo muito especial de pessoas. Sempre fomos todos amigos e sempre gostámos uns dos outros. Foi sempre divertido e interessante estar nesta banda, desde o primeiro dia, numa altura em que a música underground não era nada do que é hoje. Embora de início não nos conhecêssemos de igual forma, acabámos com uma relação muito próxima e forte entre todos. Numa banda assim sente-se um misto de casamento com família de sangue. É muito estranho ao mesmo tempo. Estas coisas são inexplicáveis. A razão de ser da banda era tudo isto, viver constantemente esta atitude. Mas os Temple mudaram! Depois destes anos todos, o João Afonso e o Zé Carlos – os dois guitarristas saíram – e temos dois novos guitarristas. São duas novas pessoas que nos eram desconhecidas, com quem tudo é novo e com quem vamos passar novamente pela sensação de construir todas aquelas coisas. E o concerto em São Miguel é um desses primeiros passos. O sentido de tudo isto continua a ser fazermos o que gostamos e expressarmo-nos da forma que queremos. Para nós, ter uma banda é uma causa poética.

“Diesel Dog Sound” foi um álbum que terá mudado muita coisa na vossa carreira... Apesar de já ter saído quase há dois anos, queres falar-nos um pouco desse período e de tudo de bom que o álbum vos trouxe?

Sem dúvida. “Diesel Dog Sound” abriu-nos imensas portas e possibilitou-nos mostrar a nossa música noutros países nos quais, até essa data, os The Temple eram uns perfeitos desconhecidos. Na verdade, tivemos críticas excelentes de várias partes do globo, de salientar algumas publicações de renome internacional como seja a revista Kerrang, a Rock Hard, etc.. Consideramos que, com este álbum passámos a “jogar” num campeonato de nível superior, mas onde o nível de exigência também é muito mais elevado. No global, todo o feedback que recebemos foi muito bom.

Quase dois anos sem nenhum lançamento... Este foi, portanto, um período passado, essencialmente, de que forma? Concertos acredito... Muitos no estrangeiro?
Bem.... em relação a lançamentos, entrámos num tributo a Misfits "Portuguese Nigthmare", com a cover - "I turned into a martian" - onde incorporámos o espírito Misfits a todos os níveis. Fizemos uma gravação quase sem ensaios, com todos a cantar e a celebrar a atitude punk que nos é também, de algum modo, visceral, embora na nossa própria música isso esteja acompanhado de outras características fortes, como o carácter do metal e o espírito do rock. Brevemente será editado um outro tributo, aos Mão Morta, onde tocamos uma versão de "Budapeste" em que cantamos pela primeira vez em Português e onde novamente nos tentámos imbuir do espírito da banda que homenageamos. Concertos... sim muitos. Em Portugal tivemos alguns memoráveis. O Super Rock foi incrível, O festival Tejo com Kreator e Moonspell, no Garage com Life of Agony, em Portimão, num pavilhão mais pequeno também foi muito intenso, etc.. No estrangeiro, tivemos algumas propostas para acompanhar outras bandas, mas algumas em condições muito duvidosas. Pagar para tocar sem haver uma estratégia clara no que íamos investir.... enfim. No entanto, tivemos uma boa proposta para acompanhar uma banda holandesa durante 3 meses pela Europa e foram 2 meses de negociações mais uns tantos de preparativos, para no final eles arranjarem um problema com a editora (SONY) e ter ficado tudo cancelado. De qualquer forma, continuamos a preparar coisas para fazer algo estruturalmente interessante com vários agentes... neste momento contamos com 3 na Europa e 2 na América do Sul.

Pelo que sei, em Maio os The Temple vão entrar de novo em estúdio. Estarei correcto?

A data ainda não é definitiva. Estamos a calendarizar e a acertar ainda alguns pormenores com o produtor. No entanto, pensamos que a gravação do próximo trabalho não deverá tardar muito mais.

Que nos podes adiantar sobre as novas composições, sítio onde será gravado, produtor, etc?...
Como deves calcular, nesta fase, é um pouco prematuro estar a revelar esses elementos. Obviamente que já trabalhamos no novo álbum há algum tempo e como “teaser”, a única coisa que poderei adiantar é que será mais extremo e mais intenso.

Agora João, um dos grandes pretextos que me levam a fazer-te esta entrevista: o Festival Coliseu ANIMA Rock. Que expectativas tens para esse concerto?
As melhores... esta será a terceira vez que vamos tocar no Açores, mas a primeira em São Miguel. As duas primeiras foram muito boas, quer no festival Anticiclone (Santa Maria), quer no festival Angra Rock (Terceira), onde a reacção do público foi sempre excelente. Por outro lado, estamos bastante entusiasmados por tocar no Coliseu, recentemente recuperado. Vai ser um bom espectáculo.

Como receberam a notícia de vir tocar cá a S. Miguel? Foi algo que talvez não estivessem à espera...
Foi com bastante satisfação que recebemos a notícia. Temos recordações muito boas do Açores. Fomos sempre muito bem recebidos e esta vez não será excepção, com certeza.

Outra coisa de que provavelmente não estariam à espera era vir fazer parte do aniversário de uma fanzine num Coliseu... Vá, podes confessar, até nem fazias a mínima ideia de que a SounD(/)ZonE existia! (risos)
O facto de termos o aniversário duma fanzine no Coliseu Micaelense diz bem da capacidade de organização do evento, o que só faz aumentar as expectativas. Em 13 anos de existência deves calcular a quantidade de fanzines que conhecemos. Claro que não vou dizer -“Sim, sim, claro que conheço!”. São muitas por Portugal fora e ainda bem, pois muito devemos às fanzines como um dos principais meios de divulgação da música “underground” e, em particular, dos The Temple.

Uma última palavra para os açoreanos e potenciais participantes neste concerto...
Apareçam! Tudo faremos para “partir a loiça toda”. Vai ser uma noite inesquecível... para todos!

Nuno Costa

www.ragingplanet.web.pt

Tuesday, April 18, 2006

Entrevista Urban Tales

CONTOS NA PENUMBRA

Nascidos das cinzas dos In Purity, mais concretamente, de uma ideia de Marcos Antunes, os Urban Tales são uma jovem banda de rock gótico, na boa tradição finlandesa, que em pouco tempo de existência tem conseguido provar que é um nome a ter em conta no panorama heavy nacional. Em Janeiro de 2005 começaram as suas actividades e no início deste ano gravaram três temas de uma pré-demo que lhes valeu uma presença num DVD de desportos radicais nacional. Para já encontram-se a filmar o seu primeiro vídeoclip e a preparar a sua vinda aos Açores para o festival Coliseu ANIMA Rock. É já nos dias 21 e 22 de Abril que decorrerá este aguardado evento no Coliseu Micaelense, em Ponta Delgada, e em jeito de apresentação a SounD(/)ZonE decidiu trocar algumas palavras com o mentor e vocalista da banda - Marcos Antunes.

Marcos, porque decidiste deixar a tua antiga banda e formar o teu próprio projecto?
A coisa não estava a correr da melhor maneira, ou seja, a certa altura tivemos de fazer alterações saindo membros que formaram os Soul Despair. Logo aí, o projecto começou por sucumbir, daí a minha saída. Definitivamente, não me “encontrava” ali - é complicado descrever porque és amigo de todos - mas sentias que havia ali um sentimento muito estranho. Além disso, eu já tinha muitas malhas guardadas e achava que estava na altura de criar algo meu.

Portanto, compões também... Não sabia que também tocavas...
Bem, eu não toco, deixo isso para o resto da banda e para as pessoas que estão envolvidas no resultado final das músicas, sejam produtores ou apenas convidados. Mas sim, sou eu quem basicamente cria a primeira linha musical e vocal e daí partimos para experiências, ou seja, é uma bola de neve que aos poucos vai crescendo e se transformando. Nunca uma música fica como é apresentada inicialmente e isto só pode provar que eu sou muito mau! (risos)

Talvez exigente...
Não, sou realista! Não sou guitarrista, consigo é arranjar boas linhas melódicas que depois servem de base àquilo que os outros criam. Definitivamente, não sou guitarrista, ponto final. (risos)

Gostava que me esclarecesses agora em relação à vossa demo se esta já foi lançada ou não... Continuo realmente sem perceber. Sei que gravaram três temas em Janeiro, que vos valeu a possibilidade de fazer parte da banda sonora do DVD “Mais1”, e agora estão a preparar uma demo oficial de 8 músicas, certo? E que é gravada por ti por sinal...
Gravámos uma pré-demo em Janeiro onde contámos com vários convidados. Daí, partimos pela decisão de criar uma demo para distribuir por editoras e foi assim que tudo se sucedeu. Entretanto, também enfrentámos umas contrariedades que nos levaram a atrasar todo o processo de gravação. Numa das alturas, devido a uma fonte de alimentação e curto circuito, perdemos parte do que havíamos gravado... Foi o caos! Mas pronto já está feito. Quanto à gravação tenho de te corrigir: eu quando decidi gravar a demo, convidei várias pessoas, entre elas o Bruno Fingers para fazer comigo a produção da demo. Então as coisas processaram-se comigo a gravar num sítio e ele noutro e juntávamo-nos para a edição e masterização. Ontem mesmo tivemos até às três da manhã a editar e masterizar... Enfim, foi giro trabalhar com ele e acho que nunca me tinha rido tanto enquanto gravava algo. Foi um ambiente muito descontraído! Já a “Until I Died” e a “Love And Hate” foram produzidas pelo João silva dos Icon And The Black Roses.

Então em relação à demo, o que podemos esperar dela estruturalmente e musicalmente? Sempre se tratarão de 8 temas?
É apenas uma demo com músicas que eu acho, mas isso é muito suspeito da minha parte dizer, que contêm boas musicas de metal. Quanto à estrutura, serão sete... e mais qualquer coisa! (risos)

Musicalmente, apresenta os Urban Tales aos açoreanos.

Somos uma banda de Lisboa que toca metal Gótico. Fazemos música com o intuito de chegar a todos e não a um determinado género de público. Liricamente, o que eu acho que transmitimos é sentimento e dor. Fazemos questão de transmitir algo com as nossas músicas, pois isso para nós é fundamental. Se gostam de música emotiva, procurem ouvir o nosso som, acho que não se decepcionarão... Penso eu! (risos)

Ainda em relação a esta demo, o intuito é, portanto, tentar arranjar editora que vos leve a estúdio para gravar um primeiro álbum, certo? Já estão em conversações, algum resultado das mesmas até agora?
Ainda há dias uma editora estrangeira - do mediterrâneo – entrou em contacto connosco e disse querer algo com a banda. Mas neste momento, é um pouco prematuro dizer que vamos chegar a acordo com estes ou aqueles, até porque nada há em concreto. Aqui em Portugal também há contactos plausíveis, mas a ideia é esperar para ver porque, como disse, nada existe em definitivo. A ideia não é fazer com que a editora pague a gravação, até porque já temos uma grande instituição que nos possibilita tal circunstância. O que queremos é ter alguém que trabalhe connosco, que saiba mais que nós e que, realmente, nos queira ajudar. Não queremos dinheiro vivo, se é que me entendes. Quero é que ajudem a banda, assim como a banda se compromete a ajudar a editora que aposte em nós, mas é muito cedo para falarmos nisso.

Atendendo a que vocês existem há pouco tempo não acham surpreendente a excelente aceitação que têm tido por parte de quem vos ouve? Aliás, vocês até hoje só deram um concerto, certo?
Acho, e até me dá medo a expectativa em torno da banda, pois é algo um pouco fora do normal. Espero é que a expectativa não seja defraudada, somos um grupo que gosta de um género de música e dessa maneira tentamos criar algo bonito. Acho que estamos a conseguir... Agora realmente é esperar para ver. Sim, só demos um concerto... E que show! Foi muito bom e houve muita gente presente e que até já sabia certas músicas, o que é de estranhar. Acho que nesse dia no Culto conseguimos algo de diferente do que se faz normalmente, assim como no dia da gravação do clip. Outro dia “brutalíssimo”, outra vez cheio de gente porreira e disposta a colaborar, para grande espanto nosso.

Já agora, por falar nesse concerto, li no diário do vosso site que estavas extremamente doente no dia anterior ao concerto. Mas isto acabou por não te impedir de estar presente em palco porque, segundo parece, operaste uma recuperação notável. No site notei a tua comoção a falar nisso... Achas que se tratou de uma recuperação “milagrosa”? (risos)
Foi uma desculpa ! (risos) Não a sério, estava com 38,8 de febre... Durante a tarde, várias vezes pessoas do staff vieram-me perguntar o que se passava porque não estava com boa cara. Pior devo ter ficado quando se aproximou a hora do concerto... Enfim, mas se acontecesse algo de mal isso não seria desculpa, daríamos o concerto em qualquer circunstância mesmo que fosse mau para a banda. De facto, nem havia hipótese de adiar, basta pensar no que estava envolvido naquele dia para alem do concerto: a gravação da curta metragem sobre a história de uma das músicas e a captura de mais imagens para o clip. Isto tudo envolveu um staff de mais de vinte pessoas, para além do pessoal todo do Culto que foi inigualável, não tenho mesmo palavras para descrever o que se passou no dia inteiro. Foi tudo perfeito!

A vinda aos Açores é, portanto, o vosso segundo concerto no vosso ainda curto espaço de vida. Como recebeste este convite?
Com esta banda é o segundo, efectivamente, mas qualquer um de nós já tem alguma experiência de palco, quer em bandas, quer em circuitos de bares. O convite foi-me dado por um dos organizadores do evento - o Rui Sousa.

Sim, com certeza! Não são, de longe, principiantes...
Esperemos que não, por vezes as coisas podem não correr bem e a impressão pode mesmo ser essa. No Culto foi bom, por isso, dessa já nos safámos! (risos)

Que referências tens dos Açores a nível musical?
Bem, é brutal, porque vou ser sincero: não conhecia muitas bandas. Apenas conheço os Hiffen e os Morbid Death e mais uns quantos. Agora com esta oportunidade, tentei descobrir a cena underground, daí que tenha ficado abismado, não só pela quantidade de bandas, mas também pela qualidade. Sério mesmo, e as bandas em questão neste Festival são o caso real.

E que expectativas tens para este concerto? Tocar num coliseu será certamente um momento agradável...
Sem dúvida, mais que tudo é ver como todos vocês conseguiram criar algo tão grande e com uma qualidade indiscutível. Deus queira que consigam dar continuidade a este evento, porque tem todo o sentido, certo? Tocar no Coliseu Micaelense deverá ser indescritivel. Esperamos que apareça muita gente para fazer deste dia uma autêntica festa, porque é disso que se trata, uma festa na qual a tua zine também está envolvida à qual aproveito para endereçar já os meus parabéns!

Muito obrigado! Já me constou que vocês vão aproveitar esta oportunidade para gravar o concerto no Coliseu. Sei também que vocês já estão a acabar um videoclip... Será que estas imagens ainda poderão constar deste vídeo ou destina-se a um fim completamente diferente?
Bom, a ideia partiu de mim que propus trazer alguém da escola ETIC para filmar todo o evento e fazer um DVD de recordação para o pessoal, mas uma coisa bem feita dentro das possibilidades. Apresentei a ideia à ETIC e ao meu “compincha” João Correia - director do Clip In Purity – que, no mesmo dia, me deu a resposta. Depois da parte da organização do evento também recebi o sim...Tudo fácil quando corremos todos para o mesmo lado!

Marcos, agora para terminar: quais os teus desejos como músico e quais os planos da banda para o futuro? E já agora, um apelo para que as pessoas apareçam no festival!
Ok, vou então começar pelo fim: bem, eventos destes não acontecem da noite para o dia, por isso, apareçam, nem que seja para brindar aos aniversariantes! Tinha toda a lógica isto correr muito bem, pois só assim é que poderá acontecer de novo. Ainda por cima com o preço dos bilhetes, super baratos! A ver o que acontece... Sobre os meus desejos como músico, para já gostava de um dia me considerar músico a sério. Mas o que espero é conseguir alcançar todas as metas a que me propus, nas quais está alcançar uma editora e desta forma lançar-nos para o mercado. Acho, e posso até estar enganado, mas sinceramente acho que a banda criou uma estrutura à sua volta que mostra que podemos ser uma boa aposta para quem confiar em nós. Vamos ver se acham o mesmo que nós.

Nuno Costa

www.theurbantales.com

Ransack - EP disponível via D:/moni1/

Já reconhecido pelas suas dinâmicas actividades, o blog D/:Moni1/ tem agora disponível mais um título para distribuição. Trata-se do EP “Necropolis” dos Ransack, lançado no final do ano passado. O preço do CD é de 7€ e pode ser encomendado através dos e-mails:

demonium.blog@gmail.com
my_demon@clix.pt
martaxxv@mail.pt

Monday, April 17, 2006

I Concurso Ribeira Grande Pop/Rock 2006

A Câmara Municipal da Ribeira Grande promove o I Concurso Ribeira Grande Pop/Rock 2006. Este é um evento que pretende revelar novos valores e artistas do arquipélago dos Açores. Para participar deverá preencher uma ficha de inscrição anexada por um CD áudio com três temas originais. Por uma questão de princípios, não são aceites as inscrições de bandas que já tenham trabalhos discográficos editados no mercado. Aos artistas não é imposto limite de idade nem de idioma, facilitando assim, a livre expressão musical. De salientar, que todas as maquetas recebidas serão avaliadas por um júri, que encarregar-se-á de fazer uma pré-selecção. As cinco bandas seleccionadas pelo júri, vão actuar numa final, marcada para o dia 6 de Julho de 2006, na cidade de Ribeira Grande, num palco que será montado para o efeito.

O primeiro classificado, receberá um cheque de quinhentos euros, sendo que o segundo receberá a quantia de trezentos e cinquenta euros. Ao terceiro classificado, será atribuída a quantia de duzentos euros. As inscrições para este evento terminam às 15 horas do dia 31 de Maio de 2006.

Todas as informações, devem ser pedidas através do seguinte endereço de e-mail: concursopoprock2006@hotmail.com

Sunday, April 16, 2006

Agenda - 17 - 25 Abril 2006

Tal como prometemos a semana passada, aqui fica mais um cardápio semanal das actividades de "palco" em Portugal. Esta semana destacam-se, naturalmente, os Fear Factory no Hard Club e na Incrível Almadense, mais uma eliminatória do "Loud Metal Battle", mais uma edição do Festival Alta Tensão e, como não poderia deixar de ser, este momento histórico - o festival Coliseu ANIMA Rock - que celebra o 3º aniversário da nossa estimada SounD(/)ZonE.

19.04.06 – DSK (Fra) / Switchtense – Lótus, Cascais (21h00 – 5€)

20.04.06 – DSK (Fra) / Confront Hate / Switchtense – Associação de Músicos, Faro (21h00)

21.04.06 – Hunting Cross – Romana, Guimarães (23h00)

21.04.06 – Dr. Zilch – Santiago Alquimista, Lisboa (22h00 – 0€)

21.04.06 – The Art Of Chaos / Echidna / Genoflite – Porto Rio, Porto (22h30 – 0€)

21.04.06 – Urban Tales / Hiffen / Crossfaith – Festival Coliseu ANIMA Rock, Ponta Delgada – 10º Aniversário banda Hiffen (22h00 – 3€ antec., 4€ no dia)

22.04.06 – The Temple / Stampkase / Trauma Prone – Festival Coliseu ANIMA Rock, Ponta Delgada – 3º aniversário SounD(/)ZonE (22h00 – 3€ antec., 4€ no dia)

22.04.06 – Hematoma / My Enchatment / I Soul – “Under The Moon Festival”, Centro da Juventude, Caldas da Rainha (22h00 – 5€)

22.04.06 – Enchantya / Wintermoon – Ritmus, Seixal

22.04.06 – Hordes Of Yore / Chaospit – Marc-Burguer, Vila Real (22h30 – 2,80€)

22.04.06 – Web / Fetal Incest / Anal Procreation / Grotesque Evisceration / Distrofia – Radikal, Paredes (22h00 – 5€, 2 bebidas incl.)

22.04.06 – Congruity / Assemblent – Van Gogh, Almeirim (22h00)

22.04.06 – Thee Orakle – Azrael, Beja (23h00 – 0€)

23.04.06 – Bloodrealm / Pubkrawl / My Enchantement / Allekto / Shattered Dreams / Undercut – “Loud Metal Battle”, Ilha das Estrelas, Loures (18h00)

24.04.06 – Fear Factory (E.U.A.) / Mendeed (Esc) / Misery Index (E.U.A.) – Hard Club, Gaia (21h00 – 20€)

25.04.06 – Fear Factory (E.U.A.) / Mendeed (Esc) / Misery Index (E.U.A.) – Hard Club, Gaia (20h00 – 20€)

25.04.06 – Ramp / Alkateya / Ethereal / Shadowsphere / VS777 – “Festival Alta Tensão”, Parque, Estremoz (18h00)

D:/moni1/ - distribui Insaniae

O blog D:/moni1/ encontra-se a distribuir o álbum de estreia dos nacionais Insaniae. Intitulado "Outros temem os que esperam o medo da eternidade" e composto por cinco temas, o álbum está disponível por 5€ (mais portes de envio). Os interessados deverão contactar os e-mails:

Saturday, April 15, 2006

Crimson Glory - 20 anos

Vinte anos após a sua estreia em disco, os Crimson Glory preparam agora uma reunião com o line-up original. Sendo assim, o fundador e guitarrista Jon Drenning convidou Midnight (vocalista), Ben Jackson (guitarra) e Jeff Lords (baixo) para se juntar a esta data histórica, sendo que ainda falta anunciar um baterista. Para esta comemoração estão também planeadas várias actuações em festivais europeus, incluindo Portugal, bem como reedições remasterizadas de álbuns como “Crimson Glory” (1986), “Transcendence” (1988), “Astronomia” (1999), todos pela Black Lotus Records. Todos prometem trazer temas nunca antes editados, inclusive, vídeos dos primeiros registos de Midnight na banda e um novo vídeo filmado nas pirâmides do Egipto. Ainda no plano dos itens comemorativos está um DVD com filmagens nunca antes editadas, incluindo um concerto de 1989 no Manatee Civic Center e uma caixa antológica intitulada “Valley Of Shadows, Kingdoms Of Light”. Para 2007, a banda planeia gravar o seu novo álbum.

Project Creation - Criatividade efervescente

Hugo Flores, conhecido de vários projectos, entre eles os Sonic Pulsar, tem já disponível no mercado nacional, o primeiro álbum do seu mais recente projecto: Project Creation. Editado pela norte americana ProgRock Records e distribuída em Portugal pela Nemesis, “Floating World” é a primeira parte de uma trilogia baseada numa história de ficção científica que será acompanhada por um filme, quase concluído. Musicalmente, Project Creation incide no prog rock, com alguma electrónica e musica ambiental à mistura. A composição e misturas ficaram a cargo de Hugo Flores, a masterização de Henning Pauly (Frameshift, Chain) e o grafismo de Mattias Nóren (Evergrey, John Petrucci, Kamelot, Stratovarius). Mais informações em: www.progrockrecords.com / www.nemesismusica.com

Assemblent - Coração acelerado

Já está disponível em www.nemesismusica.com o videoclip do single de apresentação do álbum de estreia dos Assemblent. Chama-se de “Heartwork” e é um dos dez temas a fazer parte de “Equilibrium”, que prevê-se seja lançado muito brevemente. Entretanto, a banda tem vários espectáculos agendados entre os quais um com Congruity no Van Gogh bar, em Almeirim (Santarém) no dia 22 de Abril e na Fnac do Algarve, no Satori (Algarve) e em Vargos, (Torres Novas) a 9, 10 e 25 de Maio, respectivamente.

Tuesday, April 11, 2006

Entrevista The Gathering

LAR DOCE LAR

Muito distantes dos resquícios death metal do estreante “Always...” (1992), os holandeses The Gathering foram operando uma profunda mutação musical ao longo dos anos que os fez aproximar do mainstream, é verdade, mas que nem por isso os fez deixar de ser uma banda tão intensa e complexa. Especialmente, após a entrada, em 1994, de Anneke Van Giersbergen o som da banda entrou definitivamente num processo de caracterização ambiental, experimental e melódica, tendo em álbuns como “Mandylion” e “How To Measure a Planet” a chave certa para o seu merecido reconhecimento. Em 2006 regressam com o seu novo trabalho de estúdio intitulado “Home”, três anos após “Souvenirs”, que promete não deixar desiludidos todos os fãs da fase mais emotiva, intimista e delicada da banda. Ainda sem saber da sua vinda ao Rock In Rio Lisboa, no dia 4 de Junho para o palco Hot Stage, a SounD(/)ZonE conversou com a baixista Marjolein Kooijman, sobre este regresso aos discos.

Antes de mais, porquê a escolha do nome “Home” para título do vosso novo disco?
O título “Home” relaciona-se com vários aspectos do disco. Em primeiro lugar, a palavra “Home” tem um significado especial e pessoal para toda a gente. Toda a gente tem necessidade de encontrar o seu lugar neste mundo, não apenas um lugar para viver... Na verdade, o título tem a ver com a vida em geral, aliás, como outros álbuns dos The Gathering. Por outro lado, este álbum foi gravado num lugar muito especial: construímos o nosso próprio estúdio num edifício antigo que outrora fora uma pequena igreja. Vivemos lá durante um mês e foi, de facto, uma experiência muito boa podermos fazer música e estarmos todos juntos lá. Passámos uns bons momentos!

Qual é o conceito dominante na música de “Home”? Ou seja, quais foram os cuidados principais que os The Gathering tiveram ao compor este disco de modo a que este não se tornasse apenas mais um na sua carreira?
Desta vez a ideia era regressar às origens e fazer música de uma forma pura. Isto aplica-se a tudo: as letras, a forma como tocámos e gravámos, o som, as estruturas das canções... Decidimos trabalhar com o Attie Bauw porque todos os outros membros tinham óptimas recordações do processo de gravação do “How To Measure A Planet”. Foi deveras inspirador trabalhar com este produtor. Simplesmente adoramos fazer música.

Tu estás na banda apenas acerca de dois anos, certo? Como surgiu a oportunidade de te juntares aos The Gathering?
Sim, estou na banda há já dois anos. Remontando a Novembro de 2003, eu tinha que fazer uma atribuição para a minha escola, a Rock Academy... Eu já conhecia ligeiramente os membros dos The Gathering, pois eles moravam na mesma localidade que eu - Oss. Eu fiz uma entrevista com o René e, depois disso, ele disse-me que o Hugo ia sair da banda. Eu fiquei chocada de saber isso, mas mais chocada ainda fiquei quando o René me propôs que fizesse uma audição com eles num ensaio. Eu sempre adorei a música deles, por isso dei o meu máximo e o convívio com os outros membros foi excelente.

E como é fazer parte de uma banda como os The Gathering?

Fazer parte dos The Gathering é realmente um coisa muito especial para mim. Eu adoro tocar e fazer música com o René, o Frank, o Hans e a Anneke. Nós damo-nos todos muito bem por isso têm sido tempos muito divertidos. É também maravilhoso constatar o número de pessoas que gostam da nossa música.

Corrige-me se eu estiver errado: este é o vosso primeiro disco para a Sanctuary Records? Porque decidiram deixar a vossa antiga editora?

Está correcto, este é o nosso primeiro trabalho para a Sanctuary. Antes a banda estava sob selo da Century Media e, mais tarde, os membros da banda criaram a sua própria editora, a Psychonautic Records. Por exemplo, o EP “Black Light District”, o álbum “Souvenirs”, o DVD “A Sound Relief” e agora “Home” são produzidos pela Psychonaut. A Sanctuary vai ter agora um contracto de licenciamento, por isso contamos com uma boa promoção e distribuição, coisas muito difíceis para uma pequena editora como a Psychonaut.

Já se contam três anos que a banda não lança qualquer álbum de estúdio... Porquê esse interregno tão grande?

Depois do “Souvenirs” passámos muito tempo em digressão, bem como com o semi-acústico “Sleepy Buildings” em 2004. Em 2005, a Anneke teve o seu primeiro bebé e gravámos o DVD “A Sound Relief” e, claro, fizemos as gravações para o “Home”.

Quanto ao “A Sound Relief”, vocês ganharam um Dutch Edison Award, que é o correspondente a um Grammy nos Estdos Unidos e a um Brit Award no Reino Unido...Para já os meus parabéns e, já agora, conta-nos como se sentiram.
Bem, eu penso que os The Gathering já mereciam algo como isto há já algum tempo. É bom sentir que a comunidade musical nos reconhece e estamos muito gratos por isso!

Apesar de não estares na banda desde o início, como analisas a metamorfose sonora que os The Gathering operaram ao longo dos anos? Sentes que era a forma mais natural de progredir, embora sabendo que poderiam perder os vossos fãs mais metaleiros?
Eu penso que é muito bom quando os músicos fazem a sua própria música em vez de estarem ouvindo toda a gente à sua volta. Os The Gathering fazem música vinda do coração e não para as pessoas que só pensam nas vendas dos discos. Eu penso que o que aconteceu foi realmente interessante, e eu sempre aguardei com ansiedade um disco dos The Gathering e sempre fui surpreendida.

Um último comentário para o público açoreano... Acredito que não estejas muito familiarizada com este lugar, mas devias passar por cá, é um sítio muito bonito!
Referes-te às ilhas açoreanas? Como a Madeira? Eu tive outrora uma guitarra com o nome “Madeira”... Gostava dela mas acabei por vendê-la. Eu suponho que a natureza aí seja muito bela e selvagem. Consegue-se fazer surf aí? Estive uma vez em Albufeira de férias e foram momentos muito bons...

Nuno Costa

Monday, April 10, 2006

I Maratona Rock Ponta Delgada - Lançamento CD

Será lançada no próximo dia 19 de Abril (quarta-feira) pelas 18h30, no Coliseu Micaelense, a colectânea ao vivo “I Maratona Rock de Ponta Delgada”. Esta inclui um tema ao vivo de 12 das 14 bandas que participaram neste evento histórico (já que duas não constam do CD), sendo elas os Corsários, Enuma Elish, A Different Mind, Art&Soul, 3rd Floor, Nurband, Crossfaith, Zymosis, Blasph3my, Hiffen, Psy Enemy e Spinal Trip. Todos estão convidados a assistir a este lançamento nas datas e horas atrás mencionadas.

Agenda - Anomally em estreia

Oriundos da Terceira, os Anomally são um novo projecto de death/thrash de nuances góticas existente desde Janeiro de 2005. A banda formada por Nelson Leal na voz (ex-Lithium), Tiago na guitarra, Lote na guitarra e voz (ex-Absinto, ex-Next), Miguel nos sintetizadores e Zé Pires na bateria (ex-God’s Sin, ex-4Saken) consta até agora das suas actividades com uma demo de três temas, gravada apenas para fins promocionais. A banda prepara-se agora para se apresentar pela primeira vez ao vivo num concerto que decorrerá na Fanfarra Operário (Angra Heroísmo) no dia 15 de Abril a partir das 22h00. Para além disso, haverá animação com o DJ Darkness. A entrada é gratuita.

www.anomally.com

Sunday, April 09, 2006

Classificados

Teclista/guitarrista, com estúdio equipado, procura elementos para iniciar projecto de raiz.

LOCALIZAÇÃO: Palhais, Barreiro (perto de Coina)

PROCURA-SE: Vocalista, baterista, baixista, guitarrista, teclista, percussionista,etc.

REQUISITOS: Pessoas maiores de 18 anos com disponibilidade e condições para ensaiar, pelo menos, duas vezes por semana.

EQUIPAMENTO DISPONÍVEL: Bateria; PA; mesa de mistura; processador de efeitos voz; micro + suporte; amplificador de baixo; amplificador de guitarra; guitarra eléctrica; guitarra semi-acústica; gravador multipistas; pedaleira efeitos guitarra, etc.

CONTACTOS: Mail/MSN: Oxygen690@msn.com
Telemóvel: 934 799 560 - Guerreiro

Saturday, April 08, 2006

Agenda - 8 - 16 Abril 2006

Semanalmente, vamos tentar deixá-lo a par da agenda de concertos que decorrem por este Portugal fora. Como tal, aqui ficam as sugestões desta semana. Destaques para o Festival Jovem 2006 em S. Silvestre (Tomar), para a 2ª eliminatória do Loud Metal Battle, para o 11º aniversário do programa de rádio Blindagem, para o Ginásio Clube de Corroios, onde irão actuar os Monstrosity, Deeds Of Flesh, Vile e Impaled e, indiscutivelmente e como momento alto da semana, o 12º Mangualde Hard Metal Fest.

08.04.06 – Ethereal / VS777 / Concealment / The Chapter – TVD, Torres Vedras (20h30 – 5€)

08.04.06 – Hunting Cross / Veinless – Dessassossego, Setúbal (23h00)

08.04.06 – Shadowsphere / Veinless – Culto Bar, Almada (22h00 – 5€, 1 bebida incl.)

08.04.06 – Holocausto Canibal / The Orakle – Marc Burger, Vila Real (23h00 – 3€, 1 bebida incl.)

08.04.06 – Tragic Comic – Casa da Juventude, Sintra (17h30 – 0€)

08.04.06 – Karandiru / Void – Vila Flor, Guimarães (22h00 – 2,50€)

08.04.06 – Blind Charge / Spitout / Beatrix / Slow Motion Beer Walk – “X-Rock Kastrus”, Kastrus Bar, Esposende

08.04.06 – Evilklown / Zieben / Kyoto – Recinto Festival Tapada, Leiria (22h00 – 3€)

09.04.06 - Ethereal / VS777 / Pubkrawl / Veinless – CPRC, Alenquer

09.04.06Perfect Sin / Fucked Up / Ashes / Sacrilegion / Underneath / Mundo I Mundo / Decapitation / Stand By / Jesus On Fire / Skypho – Festival Jovem 2006, S. Silvestre, Tomar (22h00 – 0€)

09.04.06Arte Sacra / The 7th Circle / The Chapter / Desecrate / Spellbound / Sordid Sight – Loud Metal Battle (http://www.loudmetalbattle.com/), Ilha das Estrelas, Loures (18h00)

13.04.06 – Alkateya / Ironsword / Dawnrider – Culto Bar, Almada (22h30 – 7€, 1 bebida incl.)

13.04.06 – The Ransack / Distopia / Unblessed – “Blindagem Metal Fest – 11º Aniversário”, Pau de Canela, Vagos (22h00 – 0€)

14.04.06 – Ode Odium / Fullmoonchild – Blá Blá, Matosinhos (23h00)

14.04.06 – Genocide / W.C. Noise / Colombia – Porto Rio, Porto (23h00)

14.04.06 – Demon Dagger / Colombia / Shrooms – Associação Músicos, Faro (a confirmar)

14.04.06Extreme Noise Terror (Ing) / Driller Killer (Sué) / Simbiose / Freedoom / Alien Squad / Angriff / Hematoma – “12º Mangualde Hard Metal Fest”, C.C. Santo André, Mangualde (20€ dia / 35€ 3 dias / 30€ antec. / 25€ pré-reserva)

15.04.06Kampfar (Nor) / Berserk (Esp) / Nydvind (Fran) / Vorkreist (Fran) / Infernus / Hordes Of Yore / Strupum Dei – “12º Mangualde Hard Metal Fest”, C.C. Santo André, Mangualde (20€ dia / 35€ 3 dias / 30€ antec. / 25€ pré-reserva)

15.04.06Monstrosity (E.U.A.) / Deeds Of Flesh (E.U.A.) / Vile (E.U.A.) / Impaled (U.S.A.) – Ginásio Clube Corroios, Corroios (22h00 – 20€ / 17€ antec.)

16.04.06 – Monstrosity (E.U.A.) / Vile (E.U.A.) / Deeds Of Flesh (E.U.A.) / Impaled (U.S.A.) / Holocausto Canibal / Theriomorphic – “12º Mangualde Hard Metal Fest”, C.C. Santo André, Mangualde (20€ dia / 35€ 3 dias / 30€ antec. / 25€ pré-reserva)

The Acacia Strain - Morte ao amanhecer

Os springfieldianos The Acacia Strain preparam-se para lançar o seu terceiro trabalho, o segundo para a Prosthetic Records, no próximo dia 13 de Junho. Intitulado “The Dead Of Dawn”, o disco foi gravado por Adam Dutkiewicz (Killswitch Engage) em Dezembro passado, e contém um extenso artwork a cargo de Paul Romano (Mastodon). Para conferir o artwork deste novo trabalho aceda a http://www.prostheticrecords.com/images/acacia_cover.jpg.

De entre o line-up deste novo disco fazem parte “4x4”, “Angry Mob Justice” e “Whoa! Shut It Down”, os quais foram já apresentados ao vivo recentemente em concertos partilhados com os Darkest Hour e Himsa. Para ir aguçando o “apetite”, estão disponíveis demos de alguns temas de “The Dead Walk” em http://www.myspace.com/theacaciastrain.

Sobre este novo trabalho e o seu teor lírico, o vocalista Vincent Bennett já adiantou que este fala da “falta de opinião própria que as pessoas têm de si”. Segundo o vocalista “existe muita gente hoje em dia que tem medo de se assumir. Muita gente leva a vida sem sentido”. Por outro lado, acrescenta que “existem muitas pessoas que pensam que só elas têm razão... Isto é doentio”. A nível de concertos adivinha-se para breve a presença da banda na 8ª edição do New England Metal and Hardcore Fest, juntamente com várias bandas da Prosthetic Records. Logo de seguida, em Maio, a banda partirá numa série de concertos com os Red Chord e Tony Danza Tap Extravaganza e, em Junho, com os Soilent Green.

Festival de Corroios 2006 - Temas online

A organização do Festival de Corroios disponibilizou no seu site ficheiros áudio das bandas seleccionadas para o concurso. Constate a sua rádio online. Também na secção galeria foram adicionadas fotos, nomeadamente, da final de passado dia 1 de Abril, e foi criado um fórum onde pode deixar ideias e críticas acerca do festival. Recordamos que da grande final sairam vencedores os New Connection, que concorreram nesta etapa com os Dapunksportif e os Blue Cherry.

Visite: http://festivalmusica.jf-corroios.pt/

Thursday, April 06, 2006

Passatempo - Coliseu ANIMA Rock

A SounD(/)ZonE tem para oferecer 15 bilhetes para o segundo dia (22 Abril) do festival Coliseu ANIMA Rock, a quem nos responder de onde são originárias as bandas que actuam no 3º aniversário da SounD(/)ZonE. Respondam para nuno_soundzone@yahoo.com.br, deixando o vosso nome completo e contacto telefónico.

Wednesday, April 05, 2006

Festival Coliseu ANIMA Rock

Pessoal, é “oficial”! Como se já quase todos não soubessem ou tivessem ouvido falar deste festival... Daí a minha grafologia - “oficial”. Ora bem, quase não sobram palavras (ou forças) para descrever o que foi a luta destes últimos 5 meses para tentar tornar possível este aniversário. Desde Novembro último que começamos em conversações com o mítico Coliseu Micaelense e a delinear um projecto para apresentar a patrocinadores, num processo de grande meticulosidade e que exigiu um grande sentido de estratégia, orientação e trabalho da nossa parte. Sendo assim, e após percorrermos inúmeras empresas de S. Miguel, aquilo que parecia um projecto interessante de uma publicação que já pensávamos de alguma relevância para o cenário cultural da região, foi sendo progressivamente negado a qualquer apoio, começando assim a desmoronar-se lentamente aquilo que era um grande sonho da parte do nosso staff. Nem mesmo da parte das entidades competentes destinadas especificamente a apoiar a cultura nos Açores – falo nomeadamente da Direcção Regional da Juventude e Formação Profissional - a SounD(/)ZonE recebeu um único cêntimo para poder realizar este evento. Ora bem meus amigos, tirem as conclusões que quiserem... Já nem é preciso argumentar, pois penso que é de total consciência a situação cultural do nosso país, ou melhor, das políticas tendenciosas e, por vezes, pouco lícitas de certos órgãos do governo...

Contudo isto, e pensando ainda se valia a pena retaliar ou não (acreditem que insistimos bastante), decidimos deixar para trás esta hipótese e continuar a solicitar apoio junto dos privados. Com o passar do tempo, as cartas iam entrando na nossa caixa de correio invariavelmente com um “selo” de reprovação e o tempo era cada vez mais escasso para que restasse algum espaço de manobra. A SounD(/)ZonE não tem qualquer fonte de rendimento e tudo é suportado às custas de muito amor à camisola, logo, não havia maneiras de cobrir as despesas do evento independentemente. Era então posta de parte a nossa ideia e anunciado aos potenciais intervenientes (bandas e Coliseu) que o festival comemorativo do 3º aniversário da SounD(/)ZonE havia sido cancelado.

Acontece que dias depois, como que por acção milagreira, o Ex.mo Sr. Director do Coliseu Micaelense, José Andrade, nos enviou uma proposta de parceria com o órgão municipal ANIMA e a banda Hiffen. Isto porque havia a proposta dos Hiffen para comemorar o seu 10º aniversário no Coliseu Micaelense na mesma altura, e assim, analisada a situação, se achou por bem juntar as duas propostas e criar um festival com mais potencial atractivo. Isto torna conclusivo que só se consegue viabilizar um evento deste género no nosso pequeno reduto atlântico quando a proposta é em dose dupla ou inserida em mais do que uma actividade/temática. Isto no que concerne ao metal claro, à semelhança do que já aconteceu em Agosto passado com o Festival Rock no Coliseu Micaelense (dois dias – Moonspell e Xutos e Pontapés), pois actos isolados dificilmente conseguem vingar nesta questão da organização de espectáculos por mais bem elaborados e sugestivos que pareçam. Sendo assim, reduziram-se-nos os encargos e tudo ficou mais fácil para a feitura deste evento. Neste momento, ainda se tratam de alguns pormenores, mas tudo está já em fase final de acerto. Daí que possamos anunciar o Festival Coliseu ANIMA Rock como confirmadíssimo!

Sexta-feira passada foram afixados os primeiros cartazes e distribuídos os primeiros flyers... Tê-los nas mãos foi deveras um momento emocionante... quase comovente, atendendo ao percurso sinuoso que tivemos que ultrapassar até aqui. Agora que está quase tudo a postos, só se pede ao maior número possível de público que compareça nesta celebração do metal e do som que nos faz viver apaixonados. Quanto aos Crossfaith, Hiffen, Urban Tales, Trauma Prone, Stampkase e The Temple, os maiores desejos de felicidades e que se divirtam ao máximo ao pisar o palco do Coliseu.

A todos os que tornaram este evento possível um sincero obrigado!

Agradecimentos: Coliseu Micaelense, ANIMA, Hiffen, Sata, Disrego, Navel, Autatlantis, Hospedaria Cardeal, The Temple, Stampkase, Trauma Prone, Crossfaith, Urban Tales, Câmara Municipal da Povoação, Rui Sousa, Miguel Linhares, Carolina Novaes, Daniel Makosh, Fábio Cerqueira, a todas as bandas contactadas e a todas as pessoas que tenham intervido, de forma emocional ou concreta, neste processo.


Festival "Coliseu ANIMA Rock"

21 Abril (Noite comemorativa dos 10 anos dos Hiffen)

22h - Crossfaith (Ponta Delgada)
23h - Hiffen (Ponta Delgada)
24h - Urban Tales (Lisboa)

22 Abril (Noite comemorativa dos 3 anos da SounD(/)ZonE)

22h - Trauma Prone
23h - Stampkase
24h - The Temple

Bilhetes já à venda no Coliseu Micaelense a 3€ das 13h às 20h (Seg. a Sáb.). No próprio dia, bilhetes a 4€.

Brevemente, a SounD(/)ZonE vai publicar entrevistas com algumas das bandas intervenientes no festival, bem como realizar passatempos no blog para oferecer bilhetes para o 3º aniversário da SounD(/)ZonE.

Tuesday, April 04, 2006

Metalicídio - I Aniversário

É já na próxima terça-feira (11 de Abril) que o site Metalicídio realizará a festa do seu primeiro aniversário. Como já foi anteriormente anunciado, a festa terá lugar no Bar PDL, em Ponta Delgada, pelas 22:00 horas. Nesta festa poderão contar com muito som de peso pela noite dentro e oferta de muitos prémios, entre eles bilhetes para o Super Bock Super Rock (válidos para dias 25 e 26), packs de t-shirts, long sleeves e pins, oferta da Licensed Merchandise Mania, packs de CD’s e T-shirts dos Morbid Death, cortesia da banda, e bilhetes para o Festival Coliseu ANIMA Rock, cortesia da produção do espectáculo. Serão ainda sorteados vários packs da PJ Prods e da Nemesis Editora, compostos por CD’s, DVD’s e merchandise das mesmas. A lista completa dos prémios pode ser consultada no site do evento. Relembre-se que nesta festa estarão ainda presentes bancas de merchandise do Metalicidio, onde poderão adquirir novas t-shirts do site, da Sound(/)Zone e da PJ Prods.

Mais informações sobre o evento em www.metalicidio.com/aniversario

Mais recentemente, foi anunciada a presença do staff do Metalicidio na Rádio Horizonte (107.2 FM) no próximo dia 7 de Abril (sexta-feira). Das 15h às 16h João Arruda e Rui Melo estarão à conversa para abordar, entre muitos outros temas, o metal nos Açores e o primeiro aniversário do Metalicídio. Transmissão online em: www.horizonteacores.com

Monday, April 03, 2006

Entrevista Cult Of Luna

NA ESTRADA DA GENIALIDADE

A par de uns Neurosis e Isis, os Cult Of Luna são parte de uma elite metálica muito particular. Com um som que vai buscar o peso e o compasso do doom, misturado com uma atitude progressiva e um espírito apocalíptico, os Cult Of Luna notabilizaram-se com trabalhos de superior qualidade como "The Beyond" e "Salvation". Este quarto disco dos suecos traz de novo o carácter pessoal e vincado que lhe reconhecemos, com um natural progresso, neste caso, no sentido de uma evolução em termos de variedade. "Somewhere Along The Highway" é mais um assombro de peso e genialidade que já não deixa espaço para qualquer dúvida em relação ao potencial desta banda. Mais uma vez, a SounD(/)ZonE teve o prazer de falar com Magnus Lindberg, guitarrista, percussionista e engenheiro de som da banda.

Pude constatar no vosso site que vocês ficaram especialmente satisfeitos com o vosso concerto em Portugal, em Setembro passado, na Casa da Música. Fala-nos dessa experiência, foi a vossa primeira vez cá?
Sim, esta foi a primeira vez que tocamos em Portugal e, certamente, foi um dos nossos melhores concertos de sempre. O público estava verdadeiramente embrenhado no nosso som e, para nós, foi realmente inspirador tocar num local como a Casa da Música. A recepção que tivemos por parte da organização também foi excelente... Foi, de facto, uma experiência muito agradável e que adoraríamos repetir.

Parte das gravações de “Somewhere Along The Highway” decorreu num estúdio no meio de uma floresta com um ambiente muito particular que, segundo vocês, deixou-vos com o estado de espírito perfeito para a ocasião. Conta-nos: é realmente difícil encontrar um ambiente para compor para Cult Of Luna? É que pelos contornos da vossa música acredito que seja preciso estar com os sentidos mesmo “lá” para as coisas funcionarem...
Bem, a maior parte das nossas composições são feitas na nossa sala de ensaios, mas é verdade que o sítio onde gravámos o álbum tinha uma certa vibração que penso ter sido positiva para resultado do disco. Muito do que se ouve no disco foi gravado “ao vivo” e isto foi uma coisa que nunca tínhamos experimentado. Penso, definitivamente, que este é o nosso álbum mais “alive” e espero que as pessoas também assim o interpretem.

Esclarece-me uma questão: vocês tiveram alguma alteração no line-up no ano passado?
Bem, o que se passou foi que o Thomas não podia tocar ao vivo connosco porque estava muito ocupado com outros projectos, por isso, tive que o substituir. Realmente, foi coisa de que não me importei minimamente porque eu gosto muito de tocar bateria!

Quanto ao resultado do vosso novo disco, quais consideras que foram as metas a atingir enquanto criavam estas novas composições? Eu arriscaria a dizer que elas estão um pouco mais melódicas...
O grande objectivo com “Somewhere Along The Highway” era superar o “Salvation” e, na verdade, penso que o conseguimos. Este novo disco está no mesmo patamar que o anterior, mas muito mais diversificado e sujo. Estamos muito contentes com ele.

Liricamente, que temas abordam neste novo álbum? Curiosamente, vocês têm um tema intitulado “Finland”... Podemos considerá-lo uma espécie de homenagem?
Todas as letras são escritas pelo Johannes e, normalmente, falam de experiências pessoais. Realmente, tinhas que falar com ele para teres mais pormenores... Em relação a “Finland”, um dos seus riffs foi criado enquanto estávamos em digressão pela Finlândia, daí o nome...

O vosso último álbum deixou-vos com grandes referências a nível mundial e vocês tiveram pela primeira vez oportunidade de fazer uma grande digressão. Que balanço fazes dessa experiência? Consegues, por exemplo, apontar diferenças entre o público americano e o europeu?
Eu pessoalmente não tenho nenhuma preferência entre o público americano e o europeu, penso que são os dois bons. Quanto a momentos marcantes desta fase, considero a digressão americana com os Mastodon a melhor que fizemos o ano passado. Passámos tempos realmente muito bons com eles e mesmo com os Breather Resit quando éramos cabeças-de-cartaz.

Quanto a projectos para o futuro, o que têm em mente? Já começaram a pensar na possibilidade de um DVD?
Bem, para já vamos pensar na digressão europeia de 4 semanas que se aproxima... Infelizmente, nesta primeira fase não vamos ter oportunidade de ir ao sul da Europa, mas queremos ver se vamos mais tarde, e regressar a Portugal, claro.

Nuno Costa

www.cultofluna.com

www.earache.com