Wednesday, January 31, 2007

Review

TOTAL DEVASTATION
"Wreck"

[CD - Firebox/Recital]

Ainda me recordo do sentimento que "Reclusion" me transmitiu quando me foi dado a escutar em 2005. O segundo disco destes finlandeses afigurava-se como uma autêntica máquina fria e devastadora, claro está, em que não se vislumbrava propósito algum de agradar a mentes mais sensíveis. Um ano depois, os Total Devastation reuniram-se de novo em estúdio para registar a sua sequela e, acrescente-se até, para assentar novas ideias.

Aos primeiros minutos de "Some Random", o tema de abertura de "Wreck", notamos que a força da banda mantém-se intacta, também graças à boa produção de Janne Saksa, nos estúdios Sound Supreme, e à masterização de Minerva Pappi nos famosos Finnvox Studios. Pese embora isto, a consistência musical de que nos vamos apercebendo passados poucos temas, parece mesmo vir de um considerável amadurecimento a nível de personalidade. As densas guitarras de "Wreck", com um ataque mais down tuned, são aprazivelmente contagiantes e toda a raiva visceral da voz de Jaakko Heinonen e Lauri Pikka e as batidas furiosas de Jarmi Pikka tornam os 45 minutos deste disco num período temporal simpático de se passar. Acrescente-se a isso alguma variedade que os Total Devastation incutiram a "Wreck", provavelmente também dedo do seu produtor, nomeadamente alguma melodia, embora longe de ser melosa, de temas como "The Great Revelation", "Surveillance" ou "Massive Manmade Burning" e temos aqui um trabalho muito mais fluído e cativante. Contudo, os Total Devastation não perdem em momento algum os trejeitos musicais que os caracterizaram até agora, As guitarras continuam a ser a maior força motriz deste sexteto de Death Metal de Karhula que transpira rebeldia.

"Wreck" é somente um limar de arestas e um sinal de crescimento saúdavel e que só lhes traz benefícios. As suas 11 malhas soam muito mais bem estruturadas e têm um poder, estranho por serem tão brutais, de prender o ouvinte. Para além do mais, tudo aqui é servido muito directo e, uma vez assim sendo, não há tempo para perdermos a nossa concentração. Este é um sólido regresso assente num peso extremista que só nos enche de adrenalina e vontade de soltar um valente headbanging. [8/10] N.C.

Review

TÝR
"Ragnarok"
[CD – Napalm/Recital]


Confinados a um silêncio recôndito, por factores que podem ir desde a sua descentralização geográfica, ao seu tipo de som ou até puro azar, os Týr, oriundos das ilhas Feroe só começaram a desenvencilhar-se e a irromper no cenário metaleiro europeu com a reedição, em 2006, de "Eric The Red", o seu segundo trabalho de originais. Apesar de ter sido gravado em 2003, este lançamento foi a "jóia" responsável pelo despontar de elogios e consequentes expectativas que se instalaram ao redor desta banda escandinava.

Como provavelmente já ouviram falar, os Týr são uma banda de Folk Metal inspirada, como é normal nestas circunstâncias, nas lendas de deuses e guerras nórdicas. O destemido Deus da Guerra [ou da Justiça], como era apelidado Týr, é o grande elemento literário usado pela banda para conduzir o ouvinte por campos de batalha medievais ou a ambientes taberneiros em que se brindava com regozijo às vitórias sobre os inimigos. Ainda assim, é a nível musical que os Týr se destacam. Se esperam ouvir toda uma miscelânea de instrumentos tradicionais em "Ragnarok", daqueles que, acredito, já aborreçam muita gente, desenganem-se. Aqui sabe tremendamente bem degustar a força das guitarras e a sua técnica, em muitos momentos, superior. Se isto eventualmente pudesse significar exacerbâncias técnicas, podemos adiantar que os Týr asseguram um equilíbrio muito harmonioso a nível de elementos musicais. Em "Ragnarok", curiosamente, sobrevoa-nos um feeling progressivo, representado pela sua complexa estrutura [oito temas, uma intro e sete interlúdios], pelos longos momentos instrumentais e alguns compassos rítmicos tradicionais deste género musical. A apelar ainda à sua diversidade, o andamento de "Ragnarok" remete-nos muitas vezes para universos doom, com um balanço quase sempre a meio-gás. Os coros imponentes e "patrióticos" não são tão habituais nos Týr como acontece com a maioria dos actos dentro do género, mas conseguem ser igualmente, ou mais, incisivos – atestem "The Hammers Of Thor" ou "Brothers Bane".

Sem dúvida que já tardava este reconhecimento, pois os Týr bem o merecem. No entanto, apesar de "Ragnarok" ser um álbum muito coeso, homogéneo e arrebatador dentro do género [ou será que já criaram o seu?], quase nos apetece castigá-los por não conseguirem manter o mesmo nível em todos os temas. Caso contrário, estaríamos perante um álbum quase perfeito dentro do seus parâmetros. [8/10] N.C.

Sunday, January 28, 2007

Cataract - Guitarrista abandona

Após uma profunda reflexão sobre o seu futuro, os Cataract decidiram separar-se do guitarrista e membro fundador Simon Fullemann. "O Simon decidiu sair para dedicar-se aos seus próprios projectos. Passámos nove anos incríveis e todos os membros dos Cataract vão lembrar-se sempre disso. Separamo-nos em paz, uma vez que concordámos que isto seria o melhor para ambas as partes", esclarece a banda em comunicado. Quanto ao ex-elemento dos Cataract, este sublinha que "por vezes atinge-se fases na vida em que há só um caminho a percorrer. Eu escolhi encarar um novo desafio pessoal e musical. Quero agradecer a todos os membros - antigos e actuais - dos Cataract por partilharem a mesma visão e desejar-lhes tudo de bom", conclui Simon. Para breve, a banda suiça promete publicar um requerimento para os interessados em assumir o lugar de novo guitarrista.

Vomitory - Regresso aguardado

"Terrorize Brutalize Sodomize", o novo álbum dos Vomitory, já se encontra totalmente gravado. "Estamos totalemente satisfeitos com este disco - a produção é de topo, as canções e a nossa performance estão no seu melhor e a variadade nos temas é maior do que nunca", comenta o baterista Tobias Gustafsson. Este acrescenta ainda que "este álbum contém algum do material mais pesado e rápido que os Vomitory alguma vez compuseram". "Terrorize Brutalize Sodomize" foi gravado ao longo de Dezembro passado, com Rikard Löfgren nos Leon Music Studios, em Karlstad [Suécia]. O sexto trabalho da banda estará disponível para toda a Europa a 23 de Abril e quebra assim um hiato de três anos sem edições.

Vila Metal - Mais concertos no norte

Relembramos aqui a agenda de concertos promovidos pelo Vila Metal para o mês de Fevereiro.

09.02.07 - Process of Guilt + Thee Orakle + Hunted Scriptum - WR Barroselas Metalfest Warm Up Session, Porto Rio, Porto - 22h

17.02.07 - Cycles + Amor-te - Marc-Burger, Vila Real - 23h

17.02.07 - Holocausto Canibal + Vizir + Fetal Incest + Encephalon + Sick Maniacs + Distrofia - Grind Fest #2007, Auditório da Associação Criarei, Recarei - 16h

23.02.07 - Amor-te + triVial Y + Primordial Melody - Auditório Municipal, Chaves - 21h30

23.02.07 - Thee Orakle + Klanghor (SP) + Hotz (SP) - Festival Metaltotal 2007 - Zamora, ESPANHA - 22h

03.03.07 - Seven Stitches + Jesus on Fire - Marc-Burger, Vila Real, 23h

17.03.07 - Thee Orakle + tba - Marc-Burger, Vila Real, 23h

07.04.07 - Web + Headstone - Marc-Burger, Vila Real - 23h

Entretanto, a organização dos concertos comunica que ficam sem efeito os espectáculos de Amor-te e Trivial Y, no dia 16.02.07, e Shadowsphere e Thee Orakle, no dia 16.03.07, previstos para o bar Zona +, em Bragança, uma vez que este estabelecimento "recusou-se a cumprir os acordos pré-estabelecidos, inviabilizando assim a continuação de concertos naquele bar".

Friday, January 26, 2007

Through The Eyes Of The Dead - Maldade em disco

Os Through The Eyes Of The Dead já se encontram a compor para o seu segundo trabalho que sucede a "Bloodlust", de 2005. Já baptizado como "Malice", o novo tomo da banda da Califórnia do Sul vai ser producido e misturado por Erik Rutan [Hate Eternal, ex-Morbid Angel] e masterizado por Alan Douches [Unearth, Shadows Fall] nos West West Side Music Studios. O artwork será mais uma vez da autoria de Paul Romano [Mastodon, The Red Chord]. A banda vai rumar aos Mana Studios, em St. Petersburg, a 16 de Fevereiro e vai iniciar as gravações a 15 de Março. Segundo já comentou o guitarrista da banda - Justin Longshore -, "este é um conjunto de temas muito mais maduro e a nossa música soa agora mais rápida, agressiva e rebelde". Ainda em 2007, prevê-se a estreia da banda, em tournée, por terras europeias.

The Minor Times - Novo disco na Primavera

Os The Minor Times já se encontram a gravar o sucessor de "Making Enemies", de 2005. "Summer Of Wolves" é o seu título e está a ser produzido por Vince Ratti nos Skylight Studios. Prevê-se que o novo trabalho da banda da Pennsylvania seja lançado na Primavera de 2007 pela Prosthetic Records. Para mais informações consulte os studios report que o guitarrista Brian Medlin tem publicado no site da banda www.theminortimes.com.

Light This City - Novo tema no MySpace

Os Light This City disponibilizaram mais um tema do seu mais recente álbum na sua página do MySpace. Trata-se de "Exile" retirado do terceiro disco da banda da Bay Area "Facing The Thousand", lançado em Setembro pela Prosthetic Records. Para além deste tema, os fãs podem escutar "Cradle For A King", bem como dois temas extraídos da sua estreia de 2005 - "Remains Of The God".

Oficina da Música - Nova loja de instrumentos em Ponta Delgada

É inaugurada amanhã, dia 27, a Oficina da Música, um novo estabelecimento de venda de instrumentos musicais na Avenida Fernão Jorge nº5, na zona habitacional do Paim, em Ponta Delgada [ao lado da pizzaria "O Canadiano"]. Propriedade do músico e engenheiro de som Paulo Melo [ex-Classic Rage, estúdios PFL], a Oficina da Música vai disponibilizar algumas das mais conceituadas marcas de instrumentos e acessórios musicais como Mackie, Protools, M-Audio, Emu, Alto, Behringer, Joemeek, Focusrite, Shure, AKG, Tama, Pear, Premier, Yamaha, Sabian, Paiste, Fender, Ibañez, PSR, Jackson, entre muitas outras. A loja funcionará das 10h00 às 19h00, com interrupção para almoço entre as 13h00 e as 14h00. Consulte já o seu site em www.oficinamusica.com.

Thursday, January 25, 2007

Anti-Clockwise - Novo disco "a seguir"

A 2 de Fevereiro os Anti-Clockwise efectuam o seu último concerto antes do lançamento de "No One To Follow", a 26 de Fevereiro, com Headwire, Uk Subs e The Vibrators, na Incrível Almadense. Para os fãs da banda, é já possível encomendar as novas t-shirts dos Anti-Clockwise através do site www.anti-clockwise, do seu MySpace ou nos concertos.

Infernaeon - O inferno à porta

Chegam-nos da Flórida e são uma banda de death/black metal contendo ex-elementos dos Monstrosity. Infernaeon de seu nome vão lançar a sua estreia em Março com o nome "A Symphony Of Suffering". Este conta com as participações especiais de Ben Falgoust [Soilent Green, Goatwhore] e Keith DeVito [Obituary, Suffocation, Catastrophic] nas vozes e os préstimos de Zach Brown na produção e Erik Rutan [Hate Eternal, ex-Morbid Angel] na masterização. Três dos seus temas já podem ser escutados no MySpace da banda.

Beneath The Massacre - Massacre em Fevereiro

"Mechanics Of Dysfunction" é o título do novo disco dos canadianos Beneath The Massacre, a ser lançado no dia 20 de Fevereiro pela Prosthetic Records. O disco é composto por dez temas produzidos por Yannick St-Ammand [Despised Icon, Neuraxis], misturados por Pierre Rémillard [Cryptopsy, Krisiun] e masterizados por Alan Douches [The Dillinger Escape Plan, Shadows Fall]. O sucessor do EP de 2005 "Evidence Of Inequity" tem ainda artwork de Gabriel McCaughy [ex-Ion Dissonance]. Entretanto, a banda já disponibilizou na página do MySpace da Prostethic Records um tema do seu novo trabalho - "Society's Disposable Son".

Tuesday, January 23, 2007

Entrevista Fear My Thoughts

CONVULSÕES TELÚRICAS

Ao quinto álbum de originais bem podem dizer que atingiram o seu auge. "Vulcanus", o novo álbum dos germânicos Fear My Thoughts é um portento de peso e melodia, com uma roupagem progressiva de fina casta que lhes confere uma personalidade distinta em relação às vulgares bandas de metalcore. Agora na poderosa Century Media os Fear My Thoughts têm ainda mais possibilidades de ascender na sua popularidade e quebrar algum preconceito que, segundo o vocalista Mathias Ockl, existe, pelo menos na Alemanha.

Para vocês e para a própria comunidade metaleira, não podia haver melhor início de ano do que com a edição de "Vulcanus". Deixa-me confessar-te que fiquei muito surpreendido com o vosso novo trabalho!

Muito obrigado! Para ser sincero, estamos, na verdade, um bocado reticentes em relação à forma como o público vai reagir ao disco. Consideramos os temas deste novo álbum muito bons [pelo contrário, não os tínhamos gravado], mas depois começamos a pensar que a mistura sonora podia ser muito "extrema". Na Alemanha, parece que as bandas que tocam música mais acessível são muito mais bem sucedidas do que outras que tocam música mais complexa. De qualquer forma, estamos muito contentes por constatar que, até agora, as críticas ao disco têm sido todas muito boas.

Na minha opinião, o vosso novo disco é, de certa forma, um bocado diferente de qualquer outro que já tenham composto. Concordas?
Concordo. Para te ser sincero, este sempre foi o nosso objectivo – escrever álbuns que difiram uns dos outros. Quero com isto dizer que subsistem sempre influências diferentes na altura de compor um novo álbum e quando ele já está gravado, automaticamente, ouvimo-lo muitas vezes e averiguamos o que deve ser mudado para o próximo disco ou não.

Deixa-me que te dê a minha opinião: uma das coisas que mais me agrada em vocês e que vos distingue de muitas bandas de metalcore, é que vocês incutem um toque progressivo delicioso à vossa música. Isto, naturalmente, eleva-vos a outro patamar. Também considerarias esta uma característica de marca vossa?
Eu também penso que esta é uma das características porque os Fear My Thoughts são conhecidos. Mas, ao mesmo tempo, isto torna a nossa existência mais complicada! Toda esta aura progressiva torna mais difícil para as pessoas terem acesso à nossa música. Por isso, levamos, normalmente, um período de dois concertos numa cidade até que as pessoas tomem consciência do que temos para oferecer. De qualquer maneira, nós é que decidimos ir por este caminho e realmente gostamos do que fazemos. Por isso, vamos continuar!

Que opinião tens das bandas que, aparentemente, se limitam a copiar um estilo ou seguir uma tendência? Isto é, de facto, uma realidade?
Infelizmente é, mas é compreensível. Se algo tem notoriedade, é muito mais fácil copiá-lo, seguir a tendência e tentar ficar com um bocado da fatia deste sucesso. Por outro lado, temos que referir que certas bandas têm sucesso porque têm realmente muito potencial e poder de influenciar outra bandas. Por isso, não é de estranhar que certas bandas soem a cópia descarada de outras. De qualquer maneira, o problema maior é que, assim que começa a surgir uma imensidão de bandas dentro de um estilo, a banda que originou o movimento e que tem o verdadeiro potencial começa a ter dificuldades em se notabilizar. Mas penso que esta é a maneira, inevitável, como as coisas têm que acontecer...

Que dirias a estas bandas?
Eu diria que o caminho mais fácil nem sempre é o correcto. É preferível encontrarem o seu estilo e ter uma certa personalidade. De outra forma, as bandas acabam por aparecer e desaparecer à mesma velocidade.

"Vulcanus" está quase a ser lançado [*entrevista realizada antes do dia 15], devem estar ansiosos por apresentá-lo ao vivo. Imagino, porque creio que têm consciência de que este é o vosso melhor álbum de sempre!
Obrigado mais uma vez. Na verdade, já estamos em digressão e temos tocado, em média, quatro temas do "Vulcanus" por noite. Nós gravámos o novo álbum para apresentá-lo ao vivo, por isso não devemos ter medo para tal. De facto, estávamos ansiosos por tocá-lo ao vivo para ver a reacção das pessoas mas, até agora, a maior parte tem gostado.

"Culture Of Fear" é um tema com um início muito inspirado em Opeth. Mesmo assim, não deixa de ser um tema magnífico e acabei por ficar "viciado" nele! Creio que, com este tema, demonstram que são fãs de metal muito ecléticos…
Sim, é muito inspirado em Opeth, eles são uma banda soberba! Mas eu não me atreveria a ir tão longe e a comparar-nos a Opeth! [risos] Fico contente por teres gostado, porque este é também um dos temas preferidos de toda a banda! Apenas esforçámo-nos por escrever um tema que fosse atmosférico e, ao mesmo tempo, brutal.

"Vulcanus" é também um dos meus temas preferidos do álbum. Um tema autenticamente progressivo em que apreciei bastante o trabalho do Norman [baterista]. Dá-lhe os meus parabéns!
Darei…

Ele, certamente, é fã de jazz ou de metal progressivo…
Estás mais que certo! Ele é um verdadeiro jazz man! Neste aspecto, encontras uma das grandes diferenças entre este álbum e o "Hell Sweet Hell". Quando ele se juntou a nós, os temas deste álbum já estavam todos compostos, por isso, ele não pude dar o seu contributo aos temas. Nestes novos temas ele esteve muito envolvido. Desta forma, os temas ficaram com este toque jazz.

Este é o vosso primeiro disco pela Century Media. Porque deixaram a Lifeforce?
Lançámos dois álbuns pela Lifeforce e completámos assim o contracto. Posteriormente, quando a Century Media veio ter connosco e perguntou se queríamos trabalhar com eles, não tivemos nenhuma hesitação em aceitar. Consideramo-la uma grande editora e que encaixa perfeitamente com a nossa música. Estamos muito satisfeitos com eles. As pessoas lá preocupam-se muito connosco e tomam conta de todos os nossos problemas. São muito fixes!

Prevê-se alguma data dos Fear My Thoughts para Portugal?
Infelizmente, não posso prever isso. Eu gostaria imenso de visitar o vosso país de novo. Eu tenho alguns conhecidos a viver perto de Tomar. O Pat, o Markus e eu fomos uma vez a Portugal visitá-los e realmente tenho que confessar que é um dos países da Europa de que gosto mais. O vosso povo é muito simpático, aberto e amigável. As paisagens também são lindas e eu gosto muito do oceano Atlântico… Bom, temos mesmo que tocar aí brevemente! [risos]

Brevemente, vão estar em digressão com os Kataklysm e Neaera. Quais são as expectativas?

Esperamos com isso ter acesso a outro tipo de público, tocar em sítios onde nunca tocámos e passar uns bons tempos com os nossos amigos Neaera.

Já agora, como está a cena metaleira na Alemanha?
Está realmente grande, mas como que dividida entre metalcore e metal tradicional. Isto é, por vezes, algo estranho, porque existem realmente boas bandas que não são levadas a sério pela facção oposta. Isto deixa-me triste… Mas que posso eu fazer? Apesar tudo, continuo a sentir-me bem por fazer parte do lado mais "maluco" do metal na Alemanha! [risos]

Nove anos de Fear My Thoughts… Acredito que exista muita coisa para contar!
Realmente, há coisas demais para contar! Se isto não fosse uma entrevista impressa, tinha todo o gosto de me sentar contigo, beber um copo de vinho tinto português e contar-te tudo. No entanto, vou deixar-te com alguns que considero ser os momentos mais especiais [embora, todos o tenham sido até agora]. O nosso primeiro concerto foi um deles! Eu estava muito nervoso porque era na nossa terra natal. Ainda me lembro muito bem dele… A seguir, o momento mais especial foi a gravação do nosso primeiro disco a sério. Estávamos tão orgulhosos de lançá-lo, embora se o ouvir hoje em dia fique envergonhado! [risos] Depois, a nossa primeira digressão com os nossos amigos dos Blindspot A.D.. Foram duas semanas em cheio! Conto-te mais quando nos conhecermos em Portugal! [risos]

Alguma mensagem final para os portugueses, já agora?
Espero ver-vos em breve! Entretanto, oiçam o nosso novo álbum. Espero que gostem tanto dele como nós e… nunca se esqueçam do vosso jogo contra a Holanda! Foi deveras maluco e fiquei contente por terem ganho! [risos]

Nuno Costa

www.fearmythoughts.com

Monday, January 22, 2007

Byzantine - O império de volta

“Oblivion Beckons” é o título escolhido pelos Byzantine para designar o seu terceiro disco. O sucessor de “...And They Shall Take Up Serpent” vai ser lançado em Julho deste ano pela Prosthetic Records e é composto por 12 novas composições. Uma das peculiaridades deste disco são as pautas e tabulaturas de guitarra de todos os temas de “Oblivion Beckons” que virão incluídas no seu encarte. O novo disco da banda de West Virginia vai uma vez mais ser gravado pelo seu amigo de longa data Charles A. Fisher, proprietário do 101 Productions. A mistura, por sua vez, será feita por Drew Mazurek, nos Highview Studios, e a masterização por Alan Douches, nos West West Side Music. Durante os próximos meses os Byzantine vão interromper as gravações de "Oblivion Beckons" para cumprir a Chains Of Humanity Tour ao lado dos God Forbid, Goatwhore, Mnemic e Arsis.

Maylene... - Novo EP em Fevereiro

Os Hard Rocker’s britânicos Maylene And The Sons Of Disaster vão lançar um EP, exclusivamente em formato digital, intitulado “The Day Hell Broke Loose At Sicard Hollow” no dia 5 de Fevereiro. Este disco virá com os novos temas “Dry The River” e “Don’t Ever Cross A Trowel” e, ainda, o tema nunca antes lançado “Is That A Threat Or A Promise”. Entretanto, a banda já anunciou que terminou as composições para o seu próximo álbum – “Maylene And The Sons Of Disaster: II” -, a lançar em data ainda desconhecida pela Ferret Music. A capa do seu novo álbum já pode ser vista aqui.

Festival de Música Moderna de Corroios - Novidades

O site do Festival de Música Moderna de Corroios publicou recentemente a notícia de que foi assinada uma parceria com a Antena 3 que estabelece a rádio estatal como rádio oficial do evento em 2007. Para além disso, a organização do festival está a desenvolver uma rede de difusão de informações sobre o festival, difundidas por SMS, para os telemóveis dos que assinarem a newsletter no seu site . Entretanto, relembra-se que as inscrições para a edição 2007 do concurso terminam a 2 de Fevereiro. Os interessados deverão mandar as suas maquetas e dados para Junta de Freguesia de Corroios, Largo do Mercado 2855-100, Corroios, através do e-mail cultura@jf-corroios.pt ou ainda, pessoalmente, na recepção da FNAC Almada.

Sunday, January 21, 2007

Azor Waves - Nova empresa de espectáculos nos Açores

A Azor Waves – Produção de Espectáculos, LDA, é uma nova empresa fundada a 2 Novembro de 2006 em Angra do Heroísmo, ilha Terceira. O seu objectivo é inovar e introduzir novos conceitos na área dos espectáculos nos Açores. A empresa foi responsável no passado pela realização de eventos como o Angra Rock e os Concertos Íntimos. A Azor Waves aposta particularmente na promoção de artistas açorianos, fazendo igualmente agenciamento e trabalhos de management. Para além disso, apresenta condições para desenvolver actividades relacionadas com animação de eventos de empresas, locais de diversão nocturna, edição e comercialização de obras em suporte fonográfico, vídeo e multimédia e assessoria de imagem. Visite o seu site em www.azorwaves.com.

Festival Sudoeste - Bilhetes à venda

Já estão à venda os bilhetes para a 11ª edição do festival Sudoeste que vai decorrer a 2, 3, 4 e 5 de Agosto de 2007, mais uma vez na Herdade da Casa Branca, na Zambujeira do Mar. Estes podem ser adquiridos nas FNAC’s. CTT, Agências Abreu e Ticketline pelo telefone +351 707 234 234 ou pelo site http://www.ticketline.sapo.pt/. Até 31 de Março os bilhetes custarão 60 euros para os quatro dias do festival, com campismo estacionamento grátis. O preço normal dos bilhetes está fixado em 70 euros. Mais informações em http://www.musicanocoracao.pt/.

Chimaira - Ressuscitados

Os norte-americanos Chimaira vão lançar o seu novo trabalho no dia 6 de Março sob o título “Resurrection”. O quarto disco da banda – a estreia pela Nuclear Blast – será editado em duas versões: uma com 11 temas e outra com 13 temas mais um DVD ilustrativo da fase de gravação de “Resurrection”. Sobre este novo DVD a banda já referiu que “a intenção não era fazer uma sequela de “The Dehumanizing Process”, mas acabou por acontecer mais ou menos o mesmo... Do DVD não fazem parte filmagens ao vivo porque não estamos em tournée ainda. A acção do DVD desenrola-se ao longo de uma hora e está preenchida por... gargalhadas! É quase uma comédia! Este DVD simplesmente reflecte o que nós somos neste momento: seis amigos muito contentes por estarem a tocar juntos e a fazer a música que gostam".

Agathodaimon - Frank sai

O vocalista e guitarrista Frank “Akaias” Nordmann anunciou, logo após a sua digressão por Portugal e Espanha, que ia abandonar os Agathodaimon. Por detrás desta decisão estão motivos pessoais, segundo o músico. “Esta não foi uma decisão fácil para ele, mas o Frank tem outras prioridades na sua vida que não a música neste momento. A música significa muito para todos nós, mas não é tudo na vida. Ás vezes outras coisas tomam mais importância e nós compreendemo-lo totalmente. Em conjunto, desejamos-lhe tudo de bom para o seu futuro e agradecemos-lhe os grandes momentos que passamos juntos quer na sala de ensaios, quer no palco”, comenta o guitarrista Shathonys. Desta forma, a banda fica agora à procura de um substituto para Frank e afirma que já recebou algumas propostas muito interessantes. Assim, apela a todos os interessados que se apressem a mandar informação sua para o link www.agathodaimon.de/apply.

Thursday, January 18, 2007

Review

MISERY SIGNALS
“Mirrors”

[CD – Ferret Music]

Se há males que vêm por bem, ou situações que causam o despontar e acentuar de paixões, as dificuldades adjacentes da saída de Jesse Zaraska e a morte de um ex-companheiro seu nos Compromise num trágico acidente de viação, parecem ter resultado num proveitoso e visceral reforço anímico para o processo de composição deste quinteto de Madison, nos E.U.A.. Se com a estreia “Of Malice And The Magnum Heart”, em 2004, os Misery Signals já haviam causado grande sensação, o novo álbum da banda – “Mirrors” - vem cimentar o estatuto e a energia que a banda vinha apresentando.

Este disco marca também a estreia do vocalista Karl Schubach, um guitarrista de “nascença”, que nunca tinha cantado antes, mas que respondeu ao casting para novo vocalista da banda e arrebatou a empatia dos Misery Signals. Esta é, portanto, uma estreia absoluta ao microfone, mas Schubach demonstra que já podia ter assumido este lugar há mais tempo e acaba por ser até um dos grandes destaques deste álbum. A sua voz de tom hardcore acentuado e rasgado [ao jeito de uns Converge ou Zao] e esporadicamente melódico quando solicitado, aliado à miscelânea sonora que são os Misery Signals – uma mistura de Shai Hulud com Poison The Well e uma ligeira complexidade rítmica à Meshuggah – continuam a resultar muito eficazmente, embora neste trabalho a banda tenha simplificado um pouco as coisas e apostado um pouco mais no seu lado melódico.

Contudo, esta vertente do metalcore ganha aqui um nobre representante e os temas que compõem “Mirrors” surgem tanto repletos de fúria como de momentos de beleza harmónica comoventes, como é o caso de certas passagens de “Failsafe” e “Migrate”. Por outro lado, a desenvoltura das músicas e do modo como estão compostas, criam uma dinâmica diversificada sem, por isso, nunca caírem na monotonia. Constantes mudanças rítmicas e tonais fazem com que o ouvinte nunca se chegue a aborrecer. Apesar da fórmula não ser, nem de longe nem de perto, revolucionária, estas canções são, acima de tudo, apelativas, coesas e voluptuosamente fluidas. [8/10] N.C.

Monday, January 15, 2007

Unearth - Novo vídeo

Os Unearth terminaram já as gravações do seu segundo vídeoclip a retirar de “III – In The Eyes Of Fire”, desta feita referente ao tema “Sanctity Of Brothers”. Inicialmente, a banda iria gravar com o famoso director Darren Doane, mas este desistiu do projecto para perseguir outros objectivos. Contudo, Darren já havia escrito um guião que os Unearth aproveitaram e colocaram nas mãos de Soren, um director que a banda descobriu pela internet. Segundo o vocalista Trevor Phillips, “Soren é um gajo maluco”. “Ele filmou durante dez dias em três países, usou um helicóptero e algumas animações muito fixes”, acrescenta. O frontman dos germânicos explica que “este vai ser um vídeo com o mesmo tipo de energia de “Giles”, mas vai conter uma história profunda e vai ser o nosso primeiro com efeitos especiais”. O vídeo de “Sanctity Of Brothers” vai começar a ser rodado muito brevemente ao mesmo tempo que a banda vai perfazer a sua digressão norte-americana com os Slayer. O trailer do novo vídeo pode ser visto aqui.

Sunday, January 14, 2007

Metal Xpress

ALAN MORSE vai lançar em Abril o seu primeiro álbum a solo intitulado “Four O’Clock” pela Inside Out. Apregoado há algum tempo, este primeiro tomo em nome próprio do guitarrista dos Spock's Beard acaba por ser um projecto colectivo dos restantes membros da sua original banda, contando, no entanto, com a participação de vários outros artistas.

Recentemente, assinados pela editora de prog rock Inside Out, os REDEMPTION, banda americana do guitarrista e compositor Nicolas Van Dyk e do vocalista dos Fates Warning Ray Alder, vão lançar no final de Abril o seu terceiro álbum, intitulado “Origin Of Ruin”. Entretanto, já pode “descarregar” a faixa “The Suffocation Silence” em www.redemptionweb.com.

Em Setembro deste ano chega-nos a terceira parte da trilogia “Reality Dream” do baixista e vocalista MARIUSZ DUDA. Depois de “Out Of Myself” e “Second Life Syndrome”, é a vez de “Rapid Eye Movement” concluir esta trama na forma de três capítulos, representados por três peças musicais. A banda anunciou que já tem os temas praticamente prontos e que, brevemente, vai entrar em estúdio. O artwork de “Rapide Eye Movement” fica mais uma vez a cargo de Travis Smith.

KARLHEINZ WALLNER, guitarrista dos RPWL, vai lançar no final de Janeiro o seu primeiro álbum a solo do projecto intitulado Blind Ego. Sob o nome “Mirrors”, este disco vai ser apresentada no dia 27 deste mês na cidade natal de Wallner, Freising, na Alemanha, onde se juntam os seus colegas de banda John Jowitt [I.Q., Jadis], John Mitchell [Arean, It Bites, Kino] e Paul Wrightson [ex-Arena].

“Spiritual Apocalypse” é o título do novo álbum dos Monstrosity que sucede a “Rise To Power”, de 2003. O disco será composto por 11 temas já definidos no site da banda como próximos do seu trabalho de 1996 – “Millenium” -, mas com um ritmo mais rápido. Este trabalho terá edição pela Metal Blade.

Regressado da sua digressão britânica com os It Bites, o vocalista e compositor STEVE THORNE encontra-se actualmente a limar detalhes para o lançamento do sucessor da estreia “Emotional Creatures: Part One”, de 2005. O segundo capítulo desta história designa-se, precisamente, “Emotional Creatures: Part Two” e deverá ser lançado no final de Março. Este é um projecto que conta ainda com os préstimos do baterista dos Spock’s Beard, Nick D’Virgilio, que participa em quatro temas.

Saturday, January 13, 2007

Estação Alternativa - Frequência de peso

O programa Estação Alternativa, emitido semanalmente na Rádio Estação Diária de Viseu [frequência 96.8 FM], volta ao ar amanhã, entre as 23h00 e 01h00. Nos seus destaques está a entrevista a Fernando Ribeiro dos Moonspell. A não perder.

ESTAÇÃO ALTERNATIVA
Rui Gomes
Rua Sao Joao-126 Repeses
3500-727 Viseu

Emissão online em:

Agenda

Os vimaranenses The SymphOnyx voltam a pisar o palco no próximo dia 18 de Janeiro [quinta-feira] para um concerto na Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão, pelas 21h30.

Thursday, January 11, 2007

Review

MY SHAMEFUL
“The Return To Nothing”

[CD – Firebox/Recital]

“Aqui não há nada de romântico”… É assim que esta banda finlandesa se refere em relação ao seu terceiro álbum de originais na sua página do My Space. Tão conturbado como a génese da banda – Sami Rautio [voz, guitarra] passou bastante tempo a compor sozinho -, “Return To Nothing” é mais uma viagem penosa pela escuridão mortificante do seu funeral doom metal. Após a gravação de três demos a banda saltou para uma editora com relevo no espaço finlandês, a Firebox, e lançou a estreia “Of All The Wrong Things”, em 2001. Permanecendo sozinho nesta fase, só com a conclusão de “…Of Dust” Sami encontrou um colectivo que o permitisse continuar a expelir os seus negros sentimentos.

Atendendo a um estilo que muitas vezes, e com alguma facilidade, cai na monotonia, este trabalho parece cair nesta última tendência e não se pode dizer que a reunião de Sami com outros membros foi tão saudável e revigorante quanto isso. Os My Shameful mostram-se neste novo trabalho muito fiéis [talvez demasiado] ao seu estilo e sem pretensões de se afastar minimamente da abordagem claustrofóbica, profunda e… minimalista do seu cardápio. O adjectivo minimalista deverá ser aqui interpretado como algo que reforça uma vanglória pelas raízes de uma facção, o que pode ser muito benéfico em algumas ocasiões, mas que, noutras, acaba por gerar estagnação e monotonia.

Ao escutarmos “The Return To Nothing”, somos perfeitamente assolados por um sentimento depressivo e necro que nos contagia com eficácia. Contudo, o problema não está na maneira de tocar ou no género de música que laboram, mas sim na composição. Se uma abertura com “This Same Grey Light” pode ainda assim agradar à primeira e aguçar facilmente a vontade de avançar pelo disco, em poucos temas começamos a sentir alguma desinspiração nos seus autores. O feeling está todo lá e a convicção também, mas talvez comece-se a precisar aqui de rever estratégias e abrir brechas para deixar entrar alguma “luz”.

“The Return To Nothing” é um bom álbum de Doom numa perspectiva misantrópica e vai com certeza mexer-lhe com os sentidos e provocar “espasmos” negativistas. No entanto, os métodos de composição deste quarteto começam a precisar de serem limados e regenerados de modo a que um próximo disco não deite por terra as aspirações da banda e nos transmita, acima de tudo, outra dinâmica. [6/10] N.C.

Kronos - Sessão de autógrafos

Os Kronos vão fazer uma sessão de autógrafos no âmbito da promoção ao seu mais recente EP “Symbolon”. O evento decorre no próximo sábado [dia 13] no Rock Lab na Moita, a partir das 22h00.

Metal Xpress

Os germânicos WAR FROM A HARLOTS MOUTH, a mais recente aposta da Lifeforce Records, revelaram um dos seus temas novos [em formato pré-produção] no seu sítio no Myspace. A faixa intitula-se “Fighting Wars With Keyboards” e é uma das que fará parte do seu álbum de estreia a lançar ainda este ano. A banda formou-se em 2005, em Berlin, e pratica uma mistura de Math/Grindcore com Hardcore e um toque de jazz.

A brindar o novo ano, a SEASON OF MIST disponibilizou dois temas exclusivos no seu site. Um deles é “Hole In Me”, extraído de “A Greater Darkness”, o novo álbum dos Red Harvest, e “Sworn To The Dark” do novo álbum homónimo dos Watain. Ambos os discos serão lançados a 19 de Fevereiro.

Os ANAAL NATHRAKH são a mais recente aquisição para o cartaz deste ano do Inferno Metal Festival. A banda britânica de black metal junta-se assim a nomes já confirmados como Moonspell, Immortal, Amon Amarth, Primordial, Dark Funeral, entre outros.

Os franceses THE OLD DEAD TREE já começaram a compor o seu novo trabalho. O terceiro disco da banda será gravado na Primavera de 2007 e lançado ainda este ano. Entretanto, a banda anuncia que os guitarristas Manuel Munoz e Gilles Moinet assinaram um contracto com a marca de amplificadores Laboga e o baixista Vincent Danhier com a marca de baixos Mayones.

Wednesday, January 10, 2007

Review

DEATHSTARS
"Termination Bliss"
[CD - Nuclear Blast]

Quem inicialmente vê a capa do último álbum dos suecos Deathstars fica na dúvida se não será mais um conjunto seguidor de Marilyn Manson! Ao ouvi-lo, a dúvida dissipa-se rapidamente. Não, não são propriamente seguidores do artista mencionado, mas apresentam sim alguns rasgos musicais semelhantes, para além da imagem transmitida. Perfeitamente catalogados numa vertente Industrial/Goth, acima de tudo, este conjunto funde Metal com tendências electrónicas.

Depois de um primeiro disco menos mediático - “Synthetic Generation” (2003) -, o regresso em 2006 dá-se com este “Termination Bliss”, um disco a fazer lembrar ora Rammstein, ora Type O Negative e, tenuemente, Nine Inch Nails, bandas que, com certeza, são escuta obrigatória da maioria dos membros desta banda.

Whiplasher Bernadotte [voz], Nightmare Industries [guitarra e programação], Skinny [baixo] e Bone Machine [bateria] não são propriamente mestres em originalidade, mas o crédito é merecido quanto à audibilidade deste disco que deverá ser consumido sem preconceitos. Guitarras bem ritmadas e pesadas pautam a estrutura deste trabalho, apimentado pela voz possante e adocicados backing vocals femininos, bem visíveis no tema de abertura “Tongues”. Outros dos momentos mais bem conseguidos nos 44 minutos de todo o CD são “Blitzkrieg”, um tema mais ritmado e, poderá se dizer, mais dançante, “Cyanide”, o primeiro single extraído de “Termination Bliss”, “Death in Vogue”, um dos temas mais rápidos – embora não muito rápido –, “Greatest Fight On Earth”, um dos momentos mais eróticos e sinistros e o tema que dá o nome a este disco que acaba por ser o mais melancólico, negro e introspectivo de todas as onze músicas.

Não é brilhante este disco, mas convence ligeiramente pela atitude que a banda tenta impor. Fica somente a curiosidade de ver o que nos trará um próximo trabalho de estúdio e se, aí sim, vão conseguir adicionar mais criatividade e inovação, não se ficando somente pelas “semelhanças” sonoras, algumas mais que óbvias. De momento, dá-se o benefício da dúvida... [8/10] M.L.

Monday, January 08, 2007

Cabaz de Natal - Vencedor

Caros leitores

A espera terminou! O sorteio do Cabaz de Natal da SounD(/)ZonE ditou que o feliz contemplado com os 28 itens que o compõe é:

SAMUEL CORDEIRO
[Vieira do Minho]

Parabéns!

A SounD(/)ZonE endereça também os seus mais sinceros agradecimentos a todos os que participaram neste passatempo e tornaram possível a realização do Balanço 2006! Obrigado pela confiança e disponibilidade.

Bem hajam

Nuno Costa

Cassapo Produções - Primeiro concurso de música acústica

A Cassapo Produções está a produzir o primeiro concurso de música acústica do país. Intitulado Muralhas Acústico, o evento vai decorrer entre Fevereiro e Março próximos no Muralhas Rock, em Alcoitão, e as inscrições já se encontram abertas. Podem efectuá-las através do contacto de e-mail cassapo@cassapo.com ou pelo telefone 967 546 292.

Headstone - Com novo vocalista

Victor Franco é o novo vocalista dos Headstone. A banda portuense já prepara o seu primeiro registo juntamente com este e a também recém-chegada Vera Sá [baixista Cycles]. Apesar de continuar a tocar Thrash, a banda já anunciou que vai operar alterações na sua sonoridade em virtude da versatilidade e amplitude melódica do seu novo vocalista. Mais informações em www.myspace.com/headstonemetal.

Entrevista Sanctus Nosferatu

ENFIM, REVELADO

Ainda há bem pouco tempo eram uns [quase] totais desconhecidos. Um atribulado percurso fez com que esta banda da ilha de São Miguel se mantivesse praticamente anónima desde 2002, consequência de uma instabilidade interna que levou a inúmeras entradas e saídas de elementos. Agora, com as entradas de Nelson Félix [Summoned Hell, Bloodshot] para a guitarra, Nuno Pereira [ex-Summoned Hell] para a bateria e Miguel Arruda e Camila Arruda para as vozes, a banda sente-se coesa para iniciar uma carreira e, primeiro sinal disso, foi o lançamento, em Dezembro, da sua primeira demo track. “Revelations” é um tema de Black/Death Metal melódico, com um toque sueco e uma surpreendente voz feminina. Um bom apontamento para aquilo que há-de vir e que nos despertou a curiosidade para falar com o baixista e fundador da banda Nuno Carreiro.

Antes de mais, o motivo da tua alcunha ser “Terceirense” tem mesmo a ver com o facto de seres natural da ilha Terceira? [risos]
Não, sou natural da ilha de S. Miguel, mas os meus pais tiveram uma proposta de trabalho vantajosa e optaram por ir trabalhar para a ilha Terceira. Como eu tinha 6 anos na altura acabei por ficar por lá 9 anos. Este é o motivo da minha alcunha.

Tu e o Hélder bem se podem considerar “guerreiros” por terem carregado a banda às costas até agora. Onde foram buscar a moral para ultrapassar todos os inúmeros contratempos que se vos depararam ao longo dos últimos tempos?
Surgiu e vai continuar a surgir da vontade de levar esta banda avante, pois adoramos ouvir e tocar música e temos o sonho de conseguir realizar algo de significativo neste ramo. Eu iniciei a minha aprendizagem musical com o Hélder e, até porque somos amigos de infância, o “elo” que daí advém é transposto para o resto da banda.

Tens alguma explicação para tantas saídas e entradas de elementos?
Sim. Algumas das saídas deram-se por motivos pessoais, outras pelo facto de determinados elementos terem ido estudar para o continente e também por falta de empenho e interesse da parte de alguns ex-elementos que, nomeadamente, referiram ter outras prioridades e outras bandas e que não tinham tempo para a nossa. Ainda ouvimos coisas do género: “essa banda não tem pernas para andar”. Claro que, na altura, fiquei magoado, porque sempre foram pessoas com quem me dei bem... Mas, infelizmente, foram os seus argumentos e cabe-me respeitá-los e aceitá-los e desejar-lhes boa sorte para as suas vidas.

Esta terá sido, certamente, a razão pela qual vocês ainda nunca se apresentaram ao vivo…
Sim, as constantes saídas e entradas de elementos “abalaram” de forma significativa a banda, levando-a mesmo a estar parada cerca de um ano e meio. Mas também vejo o lado positivo dessa questão, pois permitiu-nos adquirir maturidade no grande meio que é a música e tornar-nos mais cuidadosos em relação a possíveis novas entradas de elementos. A par disso, confesso que o line-up actual da banda complementa-se de forma brutal!

Como conheceram o Miguel e a Camila? Apesar de figurarem nesta promo track, consta-me que são apenas convidados...
Conhecemos o Miguel e a Camila este Verão através do Nelson [guitarrista] que partilha outro projecto com eles. O nosso relacionamento foi aumentando até que, por acaso, numa conversa informal, eu disse ao Miguel que estava à procura de um vocalista. Posto isso, ele ofereceu-se para tentar preencher o lugar mais a Camila. Eles compareceram a um ensaio, ouviram algumas músicas, gostaram e, como achámos que as suas vozes se coadunavam com aquilo que queríamos, acabaram por ficar na banda. Actualmente, estão mesmo de “pedra e cal” no projecto.

Quanto ao Nuno e ao Nelson, também os podemos considerar firmes no line-up da banda?
Eles melhor do que eu poderão responder a essa questão, mas posso afirmar que estão para ficar, não só pelas nossas conversas, como também pela postura que adoptam e vontade de trabalhar que demonstram.

Até agora acredito que tenhas sido o compositor mor dos Sanctus Nosferatu, certo? Como é para ti trabalhar sozinho… talvez já um hábito!
Sim, é verdade. Mas trabalhar sozinho não era um hábito, mas sim uma vontade interior em querer seguir o meu sonho. Felizmente, Sanctus Nosferatu tem seis músicas no seu repertório e posso adiantar que já foram elaboradas algumas com os actuais elementos. Isto alegra-me muito, pois agora tenho várias opiniões a intervirem no processo de composição e a maneira de interagirmos tem sido muito boa.

Relativamente ao vosso primeiro trabalho, a primeira grande questão que se impõe é: porquê só um tema?
Não se poderá, de facto, chamar de demo, mas sim de uma promo ou single - como acharem melhor. Essa promo é constituída apenas por um tema, mas estão muitas questões por detrás disso, sendo uma delas uma primeira forma de promoção de algo com maior impacto que virá, em princípio, em 2007. Por outro lado, acreditem que o lançamento desta promo veio unir ainda mais a banda, levando-me a afirmar que só mesmo algo muito grave poderá agora separar os actuais elementos. Por isso, esse lançamento precoce, aos olhos de muitos, serviu como factor promotor de uma enorme estabilidade interna.

Já ouvi comentários de que o preço da vossa demo é muito alto para a quantidade de música que oferecem. O que pensas disso?
Não condeno quem pense assim, mas o preço perante todos os gastos que tivemos dá-nos uma margem de lucro quase nula por CD. O nosso objectivo é não ter prejuízo, apenas isso. Senão vejamos: a gravação foi paga por nós, a aquisição do papel para as capas, as impressões nos CD’s e mesmo os próprios CD's. Resumindo, tudo foi pago por nossa conta. Lanço um pequeno desafio às pessoas para que contabilizem tudo isso e verifiquem por si próprias a suposta margem de lucro que iremos ter. Já agora, cada CD custa 2.5€.

Não acharam que aguardar mais um pouco e fazer um lançamento com mais temas seria mais benéfico para vós? Até porque já planeiam para muito breve uma nova entrada em estúdio...
Sem dúvida que temos consciência disso, mas, como já referi, este trabalho tem o intuito de despertar a atenção das pessoas. Aproveito para adiantar que o lançamento da demo estava programado para um período imediatamente anterior à assinatura de contracto com a PJ – Prods & Management. Por isso, a nossa ambição seria menor até que surgiu esta oportunidade e, como já tínhamos tudo preparado, decidimos avançar para a mesma.

Numa perspectiva de promoção junto de editoras e mesmo na comunicação social, não acreditam que o facto de apresentarem só um tema seja quase irrelevante para alguém tirar conclusões sobre vocês?
Como já referi na pergunta anterior, tudo isto foi preparado de outra forma e só estamos a seguir em frente pelo facto de tudo já estar preparado antes de assinarmos contracto com a PJ. Quanto ao interesse pelo nosso trabalho, creio que ele acrescerá por este se tratar apenas de um tema e haverá, assim, a curiosidade de saber se num próximo manteremos a mesma linha musical. A nossa principal preocupação, actualmente, é continuar a trabalhar e o resto deixaremos a cargo da PJ. Julgo ser uma instituição com crédito e que, de certeza, tudo fará para promover a banda.

Quanto ao tema propriamente dito, estão satisfeitos com ele a nível de composição e mesmo produção?

Estamos satisfeitos quer com a composição quer com a produção. Relativamente à produção, tenho a dizer que o Ruben Moniz foi espectacular e que toda a banda gostou muito de trabalhar neste tema nos Neburrecords Studios.

Quanto a mim, um dos grandes destaques neste tema são as vozes. Creio que, principalmente, a voz da Camila surpreenderá muita gente e será como que uma grande “bofetada de luva branca” nos homens que “berram” por estas paragens! (risos)
No meio açoriano não conheço mais ninguém como ela. Tem uma voz fantástica e gosto muito de trabalhar com a Camila. O seu desempenho na preparação do tema foi excelente. Espero que ela sirva de inspiração a outras mulheres para começarem a fazer o mesmo.

Indiscutivelmente, nos Açores não haverá neste momento nenhum membro feminino a cantar e a berrar tão bem ao mesmo tempo! Sentes-te orgulhoso de ter a Camila na tua banda?
Claro que tenho muito orgulho em trabalhar com ela, mas também tenho igual orgulho em trabalhar com qualquer outro elemento da banda. Todos trabalhamos rumo à evolução pessoal e profissional.

Que bandas vos inspiram?
Esta é uma boa pergunta... Tentamos colocar na nossa sonoridade um cunho pessoal, porque dentro da banda nem todos têm as mesmas influências. Mas posso dizer que bandas como Cradle of Filth, Dimmu Borgir, Immortal, Iron Maiden, Cannibal Corpse, Slayer e Testament são as nossas principais influências. Algumas destas influências não estão patentes na música que compõe a promo, mas estão noutras que temos feito.

O que podemos esperar do resto do material dos Sanctus Nosferatu?
Posso, desde já, acrescentar que o restante material é bem mais agressivo que “Revelation”, incidindo muito em riffs poderosos, técnicas rápidas e com batidas não menos rápidas. As vozes serão mantidas da mesma forma. Posso dizer também que houve uma evolução em termos de sonoridade. Espero que agrade o público, porque nós adoramos as nossas músicas. Também se nós não gostarmos delas quem gostará? [risos]

Existe já perspectivas relativamente a concertos para breve?
Este é um assunto a tratar com a PJ, mas estamos receptivos a concertos só para o próximo Verão. Por enquanto queremos simplesmente trabalhar com calma e qualidade.

Para finalizar, sei que ainda é muito cedo, mas tens conhecimento de algumas reacções em relação ao vosso trabalho?
Sim, tenho conhecimento de algumas opiniões, não só cá nos Açores como também no continente. Estas têm sido positivas, o que nos dá ainda mais vontade de trabalhar.

Nuno Costa

Sunday, January 07, 2007

Review

CATHEDRAL
"The Garden Of Unearthly Delights"
[CD - Nuclear Blast/Recital]

Os Cathedral são uma das verdadeiras forças do Doom mundial e da música de excelência que o Reino Unido exporta. Por muitos comparados com os Black Sabbath, ou, simplesmente, como uns fieis seguidores da musicalidade e ideologia dos mestres do Heavy, os Cathedral, de uma maneira ou de outra, não deixam de ser uma das bandas mais influentes – essencialmente na primeira metade da década de noventa – de todo o movimento Doom/Stoner.

Depois dos majestosos “The Ethereal Mirror” (1993) e de “The Carnival Bizarre” (1995), esta banda não tem surpreendido muito pela positiva e os trabalhos que se seguiram não foram mais que o despertar de meia dúzia de temas bem conseguidos, sem que no total tivessem cativado fãs e seguidores do género. Passando relativamente despercebidos nos últimos dez anos, os Cathedral entram em estúdio no ano de 2005 e em princípios de 2006 sai à rua este “The Garden of Unearthly Delights” – o oitavo da sua carreira – um disco de cara lavada, expurgando a relativa mediocridade que lhes vinha assolando e retomando, cirurgicamente, a assumir um papel que já lhes tinha pertencido. Logo ao início “Tree of Life & Death” demonstra a seriedade que a banda pretende transmitir neste trabalho, um tema muito orelhudo, pesado q.b. e com a mística necessária.

Outros destaques vão para “Upon Azrael's Wings”, a mais melódica e retro “Corpsecycle”, “Beneath a Funeral Sun” e o último tema “ The Garden”, com quase 27 minutos, que não passa de uma mistura de ideias, sons e ritmos, acabando por se tornar quase numa jam algo bizarra, no entanto cativante! Um tema escondido, “Proga-Europa” acaba por ser somente um pequeno capricho, sem nada de novo a adicionar ao produto final…

Lee Dorrian (voz), Garry Jennings (guitarra), Leo Smee (baixo) e Brian Dixon (bateria) são os responsáveis por este regresso glorioso, um disco que revitaliza algo que eles próprios também ajudaram a criar. [7/10] Miguel Linhares

Friday, January 05, 2007

Balanço 2006

Atendendo ao nosso apelo lançado há três semanas, no âmbito do sorteio do Cabaz de Natal da SounD(/)ZonE, os nossos leitores responderam em número razoável e agora é-nos possível apresentar o balanço das suas escolhas que, na maioria dos casos, foi unânime e conclusivo. Agradecemos a todos o tempo dispendido para nos ajudarem a escolher o melhor de 2006, circunstância que há muito ambicionávamos apresentar no nosso meio de comunicação. Relativamente ao feliz contemplado com o nosso Cabaz de Natal, o sorteio será executado este fim-de-semana e apresentado na próxima segunda-feira. Já falta pouco!

MELHORES DISCOS INTERNACIONAIS

TOOL - "10 000 Days"
SLAYER - "Christ Illusion"
LAMB OF GOD - "Sacrament"
MASTODON - "Blood Mountain"
KATATONIA - "The Great Cold Distance"



MELHORES DISCOS NACIONAIS

MOONSPELL - "Memorial"
SHADOWSPHERE - "Hellbound Heart"
TIMELESS - "Dawning Light"
HOLOCAUSTO CANIBAL - "Opusgenitalia"
ASSEMBLENT - "Equilibrium"



MELHORES DVD'S

ARCH ENEMY - "Live Apocalypse"
ARCTURUS - "Shipwrecked In Oslo"
RAMMSTEIN - "Völkerball"







MELHOR BANDA INTERNACIONAL

Opeth




MELHOR BANDA NACIONAL

Moonspell





BANDA REVELAÇÃO INTERNACIONAL

Disillusion





BANDA REVELAÇÃO NACIONAL

Namek







MELHOR MÚSICO INTERNACIONAL

Mikael Akerfeldt [Opeth]






MELHOR MÚSICO NACIONAL

Rolando Barros [Sacred Sin, Nephtys, Neoplasmah, Grog, Filii Nigrantium Infernalium, The Firstborn, ex-Celtic Dance]





CONCERTO DO ANO EM PORTUGAL

Opeth no Clube Lua






ACONTECIMENTO MUSICAL DO ANO

Prémio MTV "Best Portuguese Act" ganho pelos Moonspell




ACONTECIMENTO MAIS NEGATIVO DO ANO

Morte de Jesse Pintado [Terrorizer, ex-Napalm Death, ex-Carcass]