Wednesday, April 27, 2005

ROQUEFEST 2005
Azorian Heavy Metal Festival
9/10 Maio

Nos próximos dias 9 e 10 de Maio decorrerá na freguesia de S. Roque (S. Miguel), junto ao Poço Velho, o festival Roquefest 2005. Após muita planificação e nomes anunciados, fechou-se o cartaz com Requiem Laus [Madeira], Zymosis, In Peccatvm, Psy Enemy e Spinal Trip [todos de S. Miguel] no primeiro dia, e Sick Souls [Cascais], Reborn, Septic Miracle, Blasph3my e Stampkase [todos de S.Miguel] no segundo. Guardado com ansiedade, este festival pouco habitual em S. Miguel promete juntar muitos dos nomes que correm actualmente no meio metaleiro desta ilha, com a agravante positiva de que iremos ter dois nomes sonantes do exterior a encabeçar o cartaz. As entradas são livres e o início dos espectáculos tem hora marcada para as 20h00.

Thursday, April 21, 2005

TOKEN
“Punch”

[CD – MTM Music/ Recital]

Se já ninguém dá nada pelo hard rock/AOR melódico, a editora alemã MTM parece pouco interessada em dar ouvidos a estas indicações. A editora tem lançado vários trabalhos dentro do género nos últimos tempos e, seguindo esta tendência, surge agora “Punch”, dos suecos Token. Um álbum que não vai para além daquilo que temos escutado dentro do género nos últimos tempos. Aliás, tendo cada vez mais a crer que este é dos géneros mais limitados e estagnados a nível criativo que existe dentro do hard’n’heavy. Enquanto que nos outros estilos se tenta fundir, recriar, misturar várias sonoridades, no hard rock tudo se mantém exactamente o mesmo de há muitos anos para cá. Talvez por isso só mentes de fãs incondicionais do género consigam ainda dar atenção a este tipo de trabalho. Só mesmo para gente que quer ouvir música agradável, despretensiosamente, sem se preocupar muito com o seu desenvolvimento, progresso ou complexidade. Apenas ouvir boa música. Ora bem, isto este estilo é capaz de fazer. Malhas acessíveis, muito bem construídas, feitas à medida para agradar a gregos e troianos, com o equilíbrio perfeito entre peso e melodia e com um magnetismo tremendo graças às suas estruturas catchy e refrões orelhudos. Formados em 1990, entretanto pararam durante algum tempo por imposição da vida, do trabalho e dos estudos. Regressaram mais tarde num verão qualquer para gravar uma demo que lhes valeu um contracto com a MTM, e consequentemente lançaram o seu primeiro álbum, “Tomorrowland”, em 2002. Após isto regista-se a mudança de um vocalista e de um baterista e as coisas parecem não ter ficado muito diferentes. É hard rock simples e directo que os Token querem fazer, e é isto que conseguem, efectivamente… E bem, diga-se. O problema é que os habituais clichés do género estão todos lá, incluindo a balada obrigatória que desta vez chega mais tarde [na nona faixa] como que a esconder-se para tentar camuflar o óbvio. A verdade é que todos os tiques estão lá bem patentes ao longo das 14 faixas, salvando-se algumas guitarradas e riffs mais pujantes como em “The Sin” ou “Turn Back The Time”, para satisfazer um pouco da “sede” de quem procura verdadeira adrenalina. Os solos bem aprumadinhos também estão lá… Bons executantes, óptimos compositores, excelente produção. No entanto, onde fica a irreverência, onde fica a originalidade? [6/10] N.C.
SCENT OF FLESH
“Valor In Hatred”
[CD – Firebox/Recital]

“Valor In Hatred” é o segundo registo de longa-duração dos finlandeses Scent Of Flesh. Formados em 2000, lançaram entretanto duas maquetas – “Drowned Into The Darkness” e “Towards Eternal Loss” –, que lhes valeu um contracto com a grega Black Lótus a qual assinou, em 2002, o seu disco de estreia “Roaring Depths Of Insanity”. Não tendo conhecido o primeiro registo deste quinteto, liderado pelo baterista Antti Suikkanem, é-me impossível perceber se este foi um passo em frente ou atrás em termos de evolução da banda. Entretanto, e apesar de tudo, a ideia que fica ao primeiro contacto é que a banda apresenta alguma falta de originalidade. Trata-se à primeira vista de mais uma banda mediana no universo infindável de bandas de death/ grind brutal. Bons executantes, sem dúvida, impregnam o seu som de rapidez e alguma técnica, sempre muito agressivo, mas curiosamente ainda com espaço para alguns [poucos] apontamentos melódicos [escutem o meio de “Visions Of Death” e o final “The Lost Awakening”]. Inspirados pela facção americana do género, especialmente pelos Deicide, nota-se vontade e boas ideias por parte da banda, mas falta claramente alguma personalidade que os torne mais independentes na forma de compor. Falhas compreensíveis quando se necessita de mais rodagem e mais concertos para se afirmar e descobrir bem o que se quer. O tempo encarregar-se-á de colmatar esta falha, uma vez que capacidades técnicas parecem não faltar a estes finlandeses. Porém, e apesar de este ser um álbum sem grandes, ou nenhumas surpresas, é certo que saberá bem aos apreciadores de música mais extrema. [7/10] N.C.

Entrevista Stream

MISSÃO DE SALVAMENTO

São já um autêntico fenómeno de popularidade nos Açores. A sua postura madura e profissional, aliada a uma maneira exemplar de destilar rock cheio de garra, valeu-lhes várias vitórias em concursos por essa região fora. Actualmente, continuam a sua S.O.S Tour, que já vai longa, e já os levou a praticamente todos os recantos dos Açores, conquistando todos quantos os ouviram. Na crista de uma corrente atlântica, o vocalista/guitarrista João Mendes.


Explica-nos melhor como começaram os Stream. Sei que são todos oriundos de uma pequena freguesia do interior da ilha Terceira, tocam há dez anos...No entanto, os Stream só surgem bem mais tarde...
Os Stream nasceram de uma necessidade que um grupo de amigos, que estava junto há muito tempo, tinha de fazer um projecto com pés e cabeça em que as coisas funcionassem, em que houvesse uma máquina por detrás da banda, uma maior responsabilidade, na medida em que os membros da banda estavam a crescer e queriam fazer algo a sério. O grupo queria apostar nas raízes em que acreditava e a aceitação que o projecto tem tido tem sido um alento deveras gratificante. Apesar de termos passado por outros projectos, nomeadamente Bat’N’Avó e Overlord, tudo isso foi importante para o crescimento da banda e, sem dúvida, tocarmos juntos há mais de dez anos é uma mais valia para a banda. Somos três amigos de infância que começaram a reunir-se desde muito novos e a partilhar o gosto pelo rock, apesar de tocarem em projectos de cultura popular, pois tudo isso foi factor determinante para as mais diversas influências da banda.

O vosso primeiro ano de existência foi deveras positivo... Dois meses de actividade e já estavam a gravar uma demo ao vivo!
Sim sem dúvida, o nosso primeiro ano foi deveras positivo. Talvez devido ao facto de nos termos associado à Angra Music Agency e termos vencido o AngraRock, tudo isso funcionou como trampolim para os Açores e fez com que, finalmente, conseguíssemos virar as atenções das pessoas para três rapazes que faziam música nos Altares. Quanto a gravar a demo ao vivo, foi uma oportunidade para a qual estávamos já a trabalhar e penso que foi um óptimo investimento que fizemos com o dinheiro do prémio da vitória no Angra Rock. Essa demo obteve excelentes reacções por parte da imprensa escrita e da rádio, chegando mesmo a estar no 3º lugar no top da RDP Açores, no programa “Danças Virtuais”, durante 1 mês e meio. Foi muito positivo ouvir a nossa música na rádio e ler críticas na imprensa escrita, nomeadamente no Blitz e na Rock Sound. É realmente gratificante ver o nosso trabalho reconhecido na imprensa. É esse o ponto principal em que devemos apostar para podermos assim chegar ao maior número de pessoas possível, o mais importante pois é para elas que fazemos o nosso trabalho, para o público. E ele tem dado mostrar que gosta do nosso som, o que para nós é excelente. Dar concertos e ver as pessoas a cantar as nossas letras, a saltar, a vibrar com a nossa música, é realmente de nos encher a alma.

Estes últimos tempos foram passados numa considerável digressão pelos Açores, a S.O.S Tour, onde percorreram quase todos os cantos dos Açores e fizeram parte dos Festivais mais importantes de Verão. Que balanço fazes desse período?
Um balanço extremamente positivo visto que, principalmente fora da nossa ilha, tivemos uma aceitação muito grande. Não posso passar sem referir o concerto no Festival Geração, na Ilha de São Jorge, e o Festival Maré de Agosto, na Ilha de Santa Maria. Foi realmente muito bom para nós ver a reacção do público perante o nosso espectáculo ao vivo. Foi, sem dúvida, um período muito fértil e importante para a promoção e divulgação dos Stream nos Açores.

Tiveram também este Verão em S. Miguel no Festival Rock In Ribeira Seca. Que foi que acharam? Diz-se muito que os micaelenses são mais cépticos no que concerne à entrega nos espectáculos e que por seu lado também são menos dinâmicos a nível de organização de espectáculos. Eu honestamente concordo. Acho que em comparação a vocês temos muito que aprender. Falta-nos criar um festival deveras marcante no Verão, ainda mais para uma ilha que é a capital dos Açores...
Este Verão estivemos em São Miguel pela primeira vez, na segunda edição do Festival Rock In Ribeira Seca. Foi extremamente positivo, a organização está de parabéns, mas infelizmente, é ainda um festival que vai na sua segunda edição e que ainda não tem a aceitação do público micaelense como deveria ter. A nível de público a presença não foi tão forte como esperávamos mas isso compreende-se devido ao que disse anteriormente. Mas estamos ansiosos por voltar a São Miguel para pudermos realmente mostrar o som do mais puro Rock a essa ilha.


E a nível de bandas, o que tens achado daquilo que tens visto por cá?
Acho que tem havido uma grande aposta em trazer grandes nomes da música nacional e internacional aos Açores, o que é de salutar, mas deixa de ter lógica quando não apoiamos o “produto” regional. Acho muito importantes as oportunidades que têm surgido do público açoriano ver muitos concertos, que há alguns anos seriam impensáveis de ver nos Açores. Exemplos disso, Moonspell, The Waillers, Gabriel O Pensador, etc.

Para além da vossa demo ao vivo, vocês gravaram depois disso dois singles certo?
Foi uma oportunidade que nos surgiu pela Direcção Regional da Cultura que nos convidou a participar numa compilação de bandas açorianas, com dois temas, mais precisamente “War Women” e “Touch Me. Aproveitamos para gravar um tema que mostra uma outra faceta da banda, o “War Women”, uma faceta mais descontente que vivíamos na altura. Essa iniciativa foi de louvar, pena foi que não teve a repercussão que nós esperávamos, de qualquer maneira é mais um meio de promoção.

E quanto a um álbum que é o que todos realmente esperam dos Stream?
Ainda é muito cedo para falar nisso. Gravar um álbum para ser efémero e não chegar a lado nenhum não é o que os Stream querem. Um passo de cada vez é necessário dar, o mesmo queremos fazer no continente, e então aí veremos o que irá acontecer.

Até onde vai o sonho dos Stream, visto que as coisas têm corrido bastante bem?
Para quem já tocou dez anos numa pequena freguesia de lavradores no norte da ilha, onde nada acontece, neste momento o nosso limite é o céu.

Os próximos tempos serão passados como? A S.O.S. Tour termina agora e depois o que se segue? Como vão preencher o vosso tempo?
Gostaria de fazer uma correcção – a S.O.S. Tour ainda não terminou. Apesar de estar a decorrer há mais de 2 anos na estrada, ainda temos muitos sítios para chegar. Sendo assim temos uma digressão pelo continente, que passará por oito cidades, e que tem como objectivo dar a conhecer a banda no continente português. A digressão irá ter início a 28 de Outubro e terminará a 4 de Novembro. Podemos adiantar algumas das cidades: Porto, Figueira da Foz, Braga e Águeda. A S.O.S. Tour só terminará no final deste ano [2004], e em 2005 tudo pode acontecer, desde uma breve pausa para gravações a uma prolongação da S.O.S. Tour pelo Continente ou sabe-se lá outras paragens.

Stream, um som ímpar nos Açores, três cabecinhas apenas a pensar. Muita união, uma coesão impressionante. Qual é o vosso segredo?
Acho que já disseste tudo e já respondi na primeira questão: um grupo de amigos que brincam juntos desde que usam fraldas, cresceram com o mesmo sonho, passaram por dificuldades juntos, nunca desistiram e não vai ser agora que vão desistir, quando que as coisas começam a acontecer.

Nuno Costa

Entrevista ThanatoSchizo

DESPERTAR TURBULENTO

Para quem ainda não reparou, os ThanatoSchizo são a causa de muita da “turbulência” musical que se vive neste país. Só quem provavelmente esteve a hibernar ou noutro estado de consciência durante os últimos anos é que ainda não se apercebeu disso. Mas com o seu novo “Turbulence” prometem definitivamente arrebatar os nossos ouvidos e instaurar uma nova ordem no nosso panorama metálico. Recuperado de um estado de insónia esquizofrénica para um estado de turbulência emocional, o guitarrista Guilhermino Martins.


Mais uma “bomba” lançada pelos ThanatoSchizo… Esta a causar muita turbulência por sinal! Como encaras este novo álbum na carreira dos ThanatoSchizo?
No fundo, trata-se de mais um passo evolutivo. O terceiro grande passo, sendo aquele ao qual nos dedicamos de forma mais profunda, o que nos provocou mais cabelos brancos e nos fez despender mais tempo de composição e gravação. Com o decorrer dos anos, fomos aprendendo a dar cada vez mais importância aos detalhes e isso reflecte-se na audição de “Turbulence”. Como tal, estamos muito orgulhosos deste trabalho a todos os níveis: composição, produção... até ao encarte final.

A nível de evolução, o que achas que este ´”Turbulence” veio trazer?
Mais maturidade na composição. Os anos de estrada vão pesando positiva e naturalmente quando estamos a compor pois vamo-nos apercebendo do material que resultará [ou não] melhor ao vivo. Além disso, embora tratando-se de um álbum que queríamos de forte impacto em palco, não descurámos os pequenos detalhes: aqueles que muitas vezes passam despercebidos nas primeiras audições mas que, com o tempo, acabam por fazer os ouvintes sentirem vontade de escutar o registo. Simplificando, partimos do regime ambiental de “InsomniousNightLift” – álbum anterior – e acrescentámos-lhe uma dinâmica “live”, mais pesada, para que os temas resultassem melhor ao vivo.

Na minha opinião, o disco ficou a ganhar claramente pela produção [cheia] e pelas composições que estão mais coesas do que nunca. Concordas? Em que pontos dirias que a banda se debruçou particularmente para que este álbum soasse o melhor de sempre?
O Luís Barros fez um trabalho incrível ao nível da produção e conseguiu perceber desde o primeiro dia o tipo de sonoridade que pretendíamos apresentar. A hiper-orquestração (com várias camadas de instrumentos clássicos sintetizados em segundo plano) dos temas foi um dos passos para tornar o som tão “cheio”. Além disso, desta vez, gravámos quatro linhas de guitarra ritmo (para além das “lead”, solos, clean guitars) e perdemos, no caso das guitarras, dois dias só para definir a sua sonoridade base. São estes os pequenos pormenores de que falei atrás e que, no final, acabam por compensar o tempo gasto.

A nível técnico, destacaria o maior progresso para a bateria! O Paulo parece-me muito mais em “jogo” desta vez!... O que foi que se passou desta vez? Foi algo premeditado?
Sinceramente, notei a grande evolução do Paulo do primeiro para o segundo álbum. Desta vez ele está ainda mais dinâmico e sólido, é certo, mas a tua ideia também advém do excelente trabalho de produção que a bateria teve. A esse nível, também não é alheio o facto de, pela primeira vez, o Paulo ter gravado com o seu set de bateria, o que lhe permitiu estar muito mais à vontade nas gravações, para além de que, sendo um kit de excelente qualidade, permitiu que o som dele sacado fosse o melhor de sempre nos nossos registos.

Também as partes mais agressivas parecem-me mais em destaque do que, por exemplo, em “InsomniusNightLift”. Os riffs de guitarra estão repletos de groove e muito contagiantes! Li numa entrevista em que dizias que o vosso anterior álbum acabava por resultar menos bem ao vivo uma vez que era mais ambiental… Este tem mais “power”, digamos assim… Já conseguiste comprovar isso ao vivo? Como tem sido os vossos concertos?
Acabámos de chegar de um fim-de-semana estonteante na zona de Lisboa onde tocámos três vezes em dois dias e, acredita, que o sentimento é de enorme satisfação por percebermos que acertámos na “fórmula” em termos de “live-performance”. Os novos temas, bem como os antigos adaptados a roupagens na linha do último álbum, resultam muitíssimo bem e agrada-nos constatar o intenso headbanging que percorre o público do início ao fim dos nossos concertos.

A nível de conceito, o que foi que vos inspirou para construir este álbum? A que turbulência se referem?
Turbulência espiritual. Desde o primeiro álbum que os nossos temas giram à volta de aspectos pessoais. A turbulência exposta no novo álbum, nomeadamente as diversas imagens de catástrofes [naturais ou provocadas pelo Homem] simboliza a catadupa de sentimentos que percorrem o ser humano no espaço de um segundo. Representam a inquietação por que a nossa mente passa a todo o instante, os estímulos, os medos, a dor...


Notei bastantes “fragmentos” de Opeth neste novo álbum… Apesar de vocês serem conhecidos, precisamente, pelo vosso ecletismo e variedade, será que podemos considerar alguma influência “mãe” nas vossas composições? Há pelo menos algum grupo em especial que todos admirem dentro da banda?
Se me pedires para elaborar a lista das nossas bandas preferidas, provavelmente ficarás admirado com o nosso ecletismo e a variedade de estilos (dentro e fora do metal) que cada um de nós aprecia. A minha banda preferida, por exemplo, é Faith No More. O fantasma de Opeth talvez paire à volta deste álbum devido a 2 factores: os “growls” do Eduardo e a sonoridade das guitarras. A partir daí, não vejo qualquer ponto de ligação entre as duas bandas. Tenho é consciência que muita gente “pega” nisso para tentar menosprezar este registo, uma vez que não se podem, como se diz na gíria, “agarrar” a mais nada para criticar (composição, produção, sonoridade, maturidade, indefinição de estilo, etc) como fizeram no passado. De qualquer forma, posso-te dizer que preferimos ser colocados na mesma “prateleira” de Opeth a, como no passado, sermos comparados a bandas das quais não gostamos minimamente.

Nove minutos de imagens de estúdio em ficheiro multimédia no vosso novo álbum… Algo que agrada sempre os fãs! Já pensaram em editar um DVD?
Já sim, mas ainda é muito cedo. De qualquer forma, temos um cameraman que nos persegue para onde quer que vamos (concertos, ensaios...), e nos filma nas mais diversas situações já a pensar na possibilidade futura da edição de um DVD.

Para além daquelas imagens, há alguma história curiosa que tenha ocorrido durante as gravações de “Turbulence”?
Tantas histórias, tantos episódios...Hum, que me ocorre de imediato e que nos deixou de queixo caído foi quando o Luís Barros pegou na guitarra do Eduardo e a desafinou para tonalidades impensáveis de forma a fazê-la soar a cítara. O pormenor de deixar as cordas ligeiramente desafinadas entre si foi enigmático mas a verdade é que no final, no tema “Void”, imagina-se realmente uma cítara a tocar. Este e outros episódios estão descritos no diário de estúdio que acompanha a secção multimédia do nosso álbum.

Há concerteza algumas questões que devem já estar a considerar quanto ao futuro dos ThanatoSchizo. Portugal parece rendido ao vosso talento, no estrangeiro as coisas também não estão muito diferentes… No entanto, o estatuto da banda já começa a exigir algo maior, algo que possa levar a banda a um patamar ainda mais elevado. Por exemplo, já pensaram em gravar no estrangeiro?
Um passo de cada vez, é o nosso lema. Temos a consciência de que é uma tarefa árdua mas, aos poucos, calmamente, vamos crescendo e a última coisa que algum dia vão testemunhar é esta banda em “bicos de pés”. Existe atitude mais patética num grupo?

Por outro lado, como é que está a vossa situação contratual? O contracto com a Misdeed Records dura até quando? Depois disso, o que esperam alcançar?
Os responsáveis pela Misdeed são das pessoas mais “terra-a-terra”, amigáveis e sérias que conhecemos ao longo dos anos e não há, per si, um período contratual pré-estabelecido. Além disso, exclusiva-mente para o território nacional, o trabalho da Misdeed tem sido excelente e não temos qualquer razão de queixa. O que esperamos alcançar? Hum...a médio prazo: porque não tocarmos finalmente nos Açores?

Nuno Costa

Wednesday, April 20, 2005

Entrevista Cult of Luna

PARA ALÉM DO INFINITO

Intérpretes de grande carácter, os Cult Of Luna desenvolvem de forma muito pessoal um metal extremo de orientação ambiental, onde a característica principal é a intensidade. “Salvation” surge no seguimento de uma carreira em crescendo, revelada pelo álbum “The Beyond”. Magnus Lindberg, guitarrista, percussionista e produtor, em estado de lunação.


Bem, os vossos últimos tempos serviram para vos fazer emergir na cena metálica com excelentes críticas um pouco por todo o mundo. O vosso último álbum foi muito aclamado. Alguma vez esperaste por algo como isto?
Bem, quando lançámos o nosso primeiro álbum nunca pensámos, de modo algum, vir a receber excelentes críticas. Após compormos o “The Beyond” nós começamos a pensar que as pessoas poderiam gostar dele, mas nós nunca tivemos grandes expectativas. Agora que lançamos o “Salvation”, é a primeira vez que pensamos que merecemos boas reviews, para ser honesto. Estamos super contentes com ele e acreditamos verdadeiramente que encontramos o nosso som. Isto é nós!

Vocês sentiram alguma espécie de pressão ao compor este novo álbum?
Não, de ninguém, excepto de nós. Nós concentrámo-nos verdadeiramente para que este álbum representasse o melhor que conseguimos fazer nesta altura. E enquanto os nossos sentimentos se mantiverem assim, podemos dizer que conseguimos atingir os nossos objectivos.

Conta-me: o facto da banda estar sedeada num ponto frio e longínquo, no norte da Suécia [Umea], longe das grandes metrópoles, contribui de alguma forma para vos ajudar a encontrar o som singular e único que vocês possuem? Ele inspira-vos de alguma forma?
Hmmm… Bem, eu penso que este retrato de Umea é algo exagerado. Ele não fica tão longe nem é tão frio como algumas pessoas gostam de pensar. Eu posso ir até Londres em 3 horas… Desculpa destruir-vos a ilusão camaradas! [risos] Mas sim, eu penso que o ambiente à nossa volta está a ter o seu impacto na forma como soamos, definitivamente. Seria estranho de outra forma.

Este novo álbum fala de “Salvação”, salvação da sociedade do mundo moderno. O que te preocupa mais nos dias que correm?
A apatia das pessoas… e as decisões inconsequentes feitas pelos políticos.

Musicalmente, vocês procuraram novos patamares com este novo álbum, dando prioridade à simplicidade e às partes mais melódicas. Não obstante, a intensidade continua toda lá, intacta. O que foi que vocês tinham em mente quando partiram para a composição deste álbum?
Eu penso que a questão resume-o muito bem. Nós queríamos ter um som muito mais concentrado do que antes. Nós estávamos fartos da cena da “parede sonora”. Por isso, basicamente demos espaço a cada instrumento para poder progredir, tanto em estúdio como durante a composição. Tu simplesmente não precisas de cem guitarras para pareceres “pesado”. Isto apenas torna as coisas confusas e ofuscadas. Nós fizemos questão de realçar a música desta vez, na minha opinião!

Vocês contam com um novo baterista neste novo álbum. Estão contentes por trabalhar com ele?
Sim, claro! Ele é um super-baterista e um verdadeiro amigo. A bateria é muito importante para a nossa música e ele é provavelmente o melhor baterista com quem trabalhei num estúdio.

A versão promocional de “Salvation” tem menos uma música e até vem numa versão unmastered, tal como a versão que circula na Internet. Eu diria que é uma excelente ideia para manter as pessoas atentas ao trabalho final do disco até ao dia em que este for lançado, bem como, combater a pirataria.
Na realidade não falta nenhuma música no CD promocional. Está apenas sem masterização. Isto não foi nada planeado, foi só uma maneira de manter a data de lançamento intacta uma vez que estávamos atrasados com a mistura do disco. Mas como tu dizes, algo de bom pode vir juntamente com isto. A versão final é muito mais limpa, com o som um pouco mais alto, enfim, a peça de arte que as pessoas deviam ouvir desde o princípio.

Vocês contam com um convidado especial no disco. Trata-se de Lou Tiger. Fala-nos mais dele. Como foi que ele apareceu no disco? Ele tem alguma coisa a ver com o metal?
Sim, é um gajo chamado Rasmus Kellerman (Tiger Lou), de Estocolmo, e é muito bom cantor indie pop. Ficamos a saber que ele era um grande fã nosso, por isso, perguntámos-lhe se ele queria cantar algo connosco. Ele aceitou de bom agrado e veio aos estúdios Tonteknik, em Umea, onde permaneceu durante um dia. O resultado é estupendo, penso eu!

Vocês começaram a vossa tournée promocional com um concerto no dia 4 de Outubro. Como foi que correu?
Foi um espectáculo estonteante!

Após isto seguiram-se já uma série de 15 concertos consecutivos. Agora o que é que podemos esperar? Talvez uma vinda a Portugal?
Esperamos voltar ao sul da Europa em breve. Nós realmente queríamos muito passar por Portugal e penso mesmo que vai acontecer. Mantenham-se atentos amigos!

Nuno Costa

Tuesday, April 19, 2005

Entrevista Jag Panzer

UMA PEDRADA NO CHARCO

Fundados há já mais de duas décadas, este colectivo do Colorado foi ganhando um respeito invejável ao longo dos anos, graças a muito esforço e a uma maneira peculiar de misturar metal tradicional com o arrojo técnico de um progressivo. Em 2004 surgem com mais um [grande] trabalho – “Casting The Stones” -. A estabelecer pela primeira vez contacto com os Açores, o vocalista Harry “The Tyrant” Conklin.



Bem, perdoa-me estar a dizer-te isso, mas eu tenho que confessar. “Casting The Stones” foi o primeiro disco que ouvi de Jag Panzer, apesar de vocês já existirem acerca de 20 anos. Esperavas que alguém te dissesse isso depois desses anos todos? Penso que é um bocado “criminoso” mas, de qualquer modo, é um sinal que vocês ainda continuam a crescer!
Ouvimos isso muita vez! Parece haver sempre gente a ouvir Jag Panzer pela primeira vez. Às vezes penso que apenas uma pequena parcela dos fãs de metal é que conhecem a banda.

Já ouviste falar nos Açores? Um grupo de ilhas situadas no Atlântico pertencentes a Portugal onde a nossa fanzine é publicada… Presumo nunca teres pensado chegar a sítios tão recônditos após todos esses anos…
Tenho visto os Açores na televisão. Parece um sítio muito bonito. Esta é realmente a primeira vez que ouvimos falar de alguém de lá.

Já alguma vez actuaram em Portugal?
Tocámos num festival ao ar livre com Gamma Ray há uns anos atrás. Foi fantástico. Tocámos numa praia e os fãs eram óptimos. Para dizer a verdade, um dos meus concertos preferidos.

Relativamente ao vosso novo álbum, estão contentes com ele? O que achas que mudou mais neste novo álbum de Jag Panzer?
Estou muito satisfeito com o novo álbum. Eu penso que conseguimos introduzir alguns novos elementos mas continua a ser o clássico som dos Jag Panzer. Nós começamos a usar mais melodias não-tradicionais neste álbum. Eu penso que se trata da maior mudança.

Desde 1997 que a banda mantém a mesma formação. Após metade da carreira vivida entre inúmeras mudanças, acredito que deva saber bem trabalhar com esta estabilidade, concordas? Como encaras os actuais Jag Panzer?
A estabilidade é fantástica! Despendes sempre muito tempo quando tens que trabalhar com um elemento recém entrado. O line-up actual é o melhor que alguma vez tivemos. Toda a gente trabalha imenso e dá-se muito bem entre si.

Para as pessoas que eventualmente não conhecem o vosso som, como o descreverias? Eu penso ser realmente boa a maneira como vocês misturam o hard’n’heavy tradicional com um toque progressivo. Esta é claramente a característica que vos distancia das bandas hard’n’heavy comuns. Concordas com a descrição?
Sim, concordo de facto. Eu gosto de classificar os Jag Panzer como metal tradicional para o novo milénio. Temos todas as características de uma banda tradicional de metal, mas a nossa música já não soa como em 1983.

Bem, tenho que confessar que fiquei absolutamente maravilhado quando ouvi o Chris Broderick tocar. Eu não o conhecia! Depois fui logo pesquisar um pouco sobre ele e descobri imediatamente que ele é um reconhecido virtuoso e que até está a preparar o lançamento de um DVD instrucional! Fala-nos de como o Chris ingressou na banda e do material do seu novo DVD.
O Chris é um excelente guitarrista, o melhor que a banda alguma vez teve. Ele é igualmente muito humilde. Eu não tenho bem a certeza do que virá no DVD, mas penso que será uma excelente proposta para os guitarristas.

Como foi gravar este novo álbum? Vocês editaram um álbum conceptual em 2000, chamado “Thane Of Throne”, o qual arrecadou excelentes críticas. Neste novo existe alguma motivação especial por trás das letras e da música?
Não existe conceito neste novo álbum. Nós gostamos de manter tudo diferente de álbum para álbum, por isso, provavelmente não voltaremos a gravar um álbum conceptual durante uns bons tempos. As letras tratam de muitos assuntos diferentes neste novo álbum – temas históricos, a devastação do planeta, o nascimento de uma estrela... Montes de coisas diferentes.

Gravar como o Jim Morris pode ainda ser uma experiência refrescante?
É sempre bom trabalhar com o Jim. É como gravar com um bom amigo que é também um perito em produção. Ele consegue extrair o melhor que existe em cada músico.

E quanto a reacções da imprensa e dos fãs relativamente a este novo disco?
A reacção dos fãs tem sido excelente e isto é o mais importante para mim. Alguma da imprensa, talvez 5% dela, não gostou do disco, mas isto acontece sempre em todos os álbuns de Jag Panzer.

Existem certamente grandes planos para promover este novo álbum…
Nós actuaremos no festival “Bang Your Head”, na Alemanha, este ano. Depois disso estamos a planear fazer uma digressão à volta desse espectáculo.

Harry, depois desses anos todos, como vês o percurso dos Jag Panzer e a forma como o heavy metal evoluiu? O que pensas que mudou mais entretanto? Agora as coisas parecem muito mais fáceis do que, por exemplo, no início da vossa carreira…

Eu penso que a Internet terá sido a maior mudança. Esta permitiu que mais pessoas à volta do globo conhecessem os Jag Panzer. Mas ainda continuamos a ter um longo percurso a percorrer. Eu creio que ainda não somos minimamente conhecidos no Japão, por exemplo. Eu concordo que hoje as coisas se tenham tornado mais fáceis para a banda do que costumava ser. Temos uma boa companhia discográfica a suportar-nos, coisa que não tínhamos nos nossos primórdios.

E para terminar, alguma mensagem especial para o público Açoriano que só agora vos está a conhecer?
Espero visitar os Açores um dia!

Nuno Costa

Monday, April 18, 2005

BLACKSUNRISE
"The Azrael"
[CD - Rastilho/ Recital]
Já começa a ser hábito [felizmente] chegarmos ao fim do ano e no balanço do nosso underground metaleiro encontrarmos novos valores a despontar com enorme talento e capacidades para se afirmarem naturalmente como grandes bandas, tanto aqui como no estrangeiro. Os Blacksunrise são prova disso, a grande surpresa de 2004, que nos faz concluir que também podemos ter excelentes bandas de metalcore no nosso país. Quer me parecer que é a primeira banda nacional que me chega aos ouvidos a recriar tão bem esta nova vertente do metal tão em voga e a misturá-la tão bem com a deliciosa tradição sueca. Formados em 2002, o então line-up era formado por João Gazua [vozes], J. Padinha [guitarra], Xuckie [guitarra] e J. Pedro [bateria]. Entretanto, e ao terminarem a gravação da sua primeira demo - "Born In The Cradle Of Death" - Xuckie e Gazua abandona a banda por motivos pessoais e dão lugar a Samuel [baixo] e Paulo [voz], a que mais tarde se junta também Carlos [guitarra]. É com este line-up jovem [a média de idades ronda os 20 anos] mas com uma força devastadora que os Blacksunrise entram nos estúdios Crossover e registam os 8 temas finais deste "Azrael". Zé Pedro Sarrufo [Trinta & Um] é o responsável pela excelente produção deste disco que só peca um bocado pela intensidade dos graves conferidas ao som da bateria, nomeadamente ao bombo. De resto, e quanto aos temas os Blacksunrise demonstram uma à vontade técnica e musical de tal forma elevada que nos faz pensar que andam nisto há muitos mais anos do que aqueles que estão na realidade. Rapidez, brutalidade e muita raiva destila este quinteto de Alhandra que bebe influências directamente dos At The Gates, The Haunted ou Black Dahlia Murder, entre outros. Os níveis de brutalidade vocal chegam a ser tão elevados que chegam a atingir grunhidos tão guturais como os de uma qualquer banda de death/grindcore mais extremo [escutem "As I Glide Through Her Lost Eyes" e o final de "No Fredoom"]. A faceta hardcore da banda fica retractada nas letras das músicas, "House Of Murder" é exemplo disso ao denunciar as atrocidades cometidas sobre os animais, para além de "No Fredoom" ou "Progression Towards Extinction" que a clareza dos seus nomes dispensa qualquer introdução aos seus temas. Mensagem hardcore com excelente metal destilado como manda a tradição sueca e a força e convicção de um colectivo que sabe preservar a herança e espírito conquistador de um povo - o nosso. E isto os Blacksunrise parecem possuir. As conquistas poderão ser mais que muitas. [8/10] N.C.

Thursday, April 14, 2005

BLACK LABEL SOCIETY
“Mafia”
[CD – Artemis/Edel]

Incrível a aura deste guitarrista! Zakk Wilde durante anos trilhou uma carreira absolutamente dinâmica, inspirada e respeitada por todos, ora através de participações com Ozzy Osbourne [aliás, guitarrista que Ozzy não prescinde], ora em outras inúmeras bandas, ou ainda com os Pride & Glory. Com os Black Label Society chega facilmente ao seu sexto álbum pois a inspiração fervilha e, adivinhem, a magia continua inabalável! Quem fica indiferente aos riffs demolidores e aos guinchos inconfundíveis da Gibson de Zakk Wilde? Pois é, e é por isso que artistas com o dom e personalidade de Zakk conseguem gravar discos atrás de discos sem nunca cansarem quem os ouve. É uma questão de alma meus amigos! O rock brota consistentemente das veias deste guitarrista, compositor, vocalista e teclista, e agora com “Mafia” Zakk volta à faceta mais eléctrica e pesada que o caracterizou em outros momentos da sua carreira, após um anterior “Hangover Music Vol. VI” quase exclusivamente acústico. Ora bem, temas como “Suicide Messiah” e “You Must Be Blind” condensam o lado mais pesado deste disco, pois é essencialmente de guitarras fortíssimas que vive este trabalho. “In This River” e “Dirt On The Grave” são as características baladas a que já nos habituou Zakk Wilde, pontos cada vez mais imprescindíveis e belos nos seus trabalhos. A primeira com especial dedicatória ao malogrado Dimebag Darrel, amigo extremamente íntimo de Zakk. E assim se passeia um trabalho extremamente coeso, de quem sabe exactamente como criar canções [tem a fórmula perfeita Zakk, diria eu] mas que, diga-se, não vislumbra nada de propriamente novo ou revolucionário dentro da sua carreira. “Mafia” poderá desiludir mais uma vez quem anda ainda à espera de algo mais excêntrico e extravagante na discografia dos Black Label Society, mas fica a minha opinião de que a irreverência deste músico reside precisamente na perseverança de um estilo, de uma personalidade! Ele diverte-se com isso e nós sentimo-lo. Que continue assim! [8/10] N.C.

Tuesday, April 12, 2005

SoundZone blog!

Viva pessoal e caríssimos leitores da SoundZone.

Como devem ter reparado, a SoundZone tem estado ausente há já algum tempo. Para aqueles que ainda não sabem o motivo desta ocorrência, passo a oficializar que a SoundZone encontra-se "interrompida" para preparar a sua edição a cores!!! Pois é meus amigos, após dois anos de muito esforço lá apareceu gente disposta a apoiar o projecto a levá-lo um pouco mais à frente. A SoundZone vai-se tornar finalmente uma revista a cores! Para isso ainda espera-nos pela frente muito trabalho, nomeadamente a nível de design e grafismo para preparar o melhor look possível para a nossa/vossa revista. Para isso temos gente caridosa e amiga que se ofereceu para o cargo, mas que devido a outros compromissos profissionais, e por questões de prioridade, tem vindo a fazer a construção gráfica da SoundZone paulatinamente. Por isso, ainda deverão ter que esperar um pouco pela ansiada primeira edição da nossa/vossa revista a cores! Bem, por agora é tudo. Inauguramos o nosso blog como veículo de comunicação entre a nossa redacção e vós leitores, e como forma de preencher o corrente vazio editorial da SoundZone com entrevistas, notícias e reviews que deverão surgir brevemente!

Até breve

Nuno Costa