Wednesday, September 30, 2009

AC/DC - Edição de luxo editada em Novembro

No dia 10 de Novembro é lançada pela Columbia Records e a Albert Productions uma edição especial dos AC/DC intitulada “Backtracks” em formato normal e de coleccionador [limitada a 50 mil cópias]. O primeiro caso contempla dois CD’s de raridades de estúdio e ao vivo, o DVD “Family Jewels Disc 3” e vídeos extra, enquanto que o segundo comporta três CD’s, 2DVD’s [incluindo o “Family Jewels Disc 3” e “Live At The Circus Krone”], um LP em vinil de coleccionáveis de estúdio, um livro de capa dura, réplicas de artigos de colecção, litográficas, entre outros itens, tudo numa caixa em formato de amplificador. Este material estará disponível exclusivamente através do website da banda.

Tuesday, September 29, 2009

We Do It Fast And Loud - Head Alliance promove primeiro evento

No dia 9 de Outubro decorre o espectáculo We Do It Fast And Loud, o primeiro da promotora Head Alliance, no Transmission Bar, em Lisboa, pelas 21h00. O seu cartaz é composto pelos Drakkar, Arentius e Sacracy Blood, e o acesso custa 5€.

Monday, September 28, 2009

Corpus Christii - Gravam próximo disco em Dezembro

Nocturnus Horrendus já prepara o próximo trabalho dos Corpus Christii. O sucessor do EP “Carving A Pyramid Of Thoughts”, de 2008, será gravado no final de Dezembro próximo e tem edição prevista para final de Março, início de Abril. O disco, composto por oito ou nove temas, será acompanhado de um CD extra com remisturas assumidas pelos [f.e.v.e.r.], Bizarra Locomotiva, entre outros. Este disco marca ainda a estreia da banda pela influente Candlelight Records.

Urgehal - Novo disco em Novembro

Os veteranos Urgehal lançam o seu sexto longa-duração, “Ikonoklast”, no dia 16 de Novembro pela Underground Activists, uma subdivisão da Season Of Mist. Os Urgehal são uma banda de black metal norueguesa formada por Nefas e Enzifer tendo estado inclusive, pela primeira vez em Portugal, na última edição do SWR Barroselas Metal Fest. “Stesolid Self-Destruction To Damnation”, “Dødelagt”, “Cut Their Tongue Shut Their Prayer”, “The Necessity Of Total Genocide”, “Kniven Rider Dypt I Natt” são alguns dos temas a figurar no próximo trabalho da banda.

Nile - Alinhamento de novo álbum anunciado

É já conhecido o alinhamento do novo álbum dos Nile, "Those Whom The Gods Detest", a lançar no dia 3 de Novembro nos Estados Unidos pela Relapse Records. O disco, composto por dez novas composições, conta com títulos como "Permitting The Noble Dead To Descend To The Underworld", "Hittite Dung Incantation", "Utterances Of The Crawiling Dead", "4th Arra Of Dragon", "The Eye Of Ra". Consulte a lista completa aqui. "Those Whom The Gods Detest" promete ser o álbum mais bem produzido da banda até à data, tendo nisso a responsabilidade Neil Kernon [Nevermore, Cannibal Corpse] e Erik Rutan, que gravou a bateria. O sexto álbum da demolidora banda de death metal da Carolina do Sul revelar-se-á também o mais ecléctico que a banda compôs até hoje. "Vamos ao encontro de lugares muito inesperados. Tenho estado a ouvir Oud - música lúgubre do Médio-Oriente -, música iraniana e alguma Hindu e isto reflecte-se, sem dúvida, no nosso novo material", confessou Karl Sanders, guitarrista e vocalista do grupo, numa entrevista recente à revista Revolver. Certamente para gáudio de muitos, o grupo estará em Portugal nos dias 2 e 3 de Dezembro no Cinema Batalha, no Porto, e na Incrível Almadense, em Lisboa, respectivamente, no âmbito da sua próxima tournée europeia apoiada pelos Grave, Krisiun e Ulcerate.

Rastilho Metal Night III - Na próxima sexta

Algumas das bandas mais emblemáticas do momento da editora nacional Rastilho, estarão juntas na Rastilho Metal Night III no próximo dia 2 de Outubro no Bar Alfa em A-Do-Barbas, em Maceda [Leiria], a partir das 23h00. Falamos dos The Spiteful que lançaram recentemente "Persuasion Through Persistence", os Echidna autores do marcante "Insidious Awakening" e os incontornáveis Switchtense que assinam com "Confrontation Of Souls" um dos melhores lançamentos nacionais do ano. Tudo isso a aceder por 5€.

Wednesday, September 23, 2009

Especial October Loud XII

CARNIFICATION

Tal como aconteceu com várias bandas numa primeira fase de desenvolvimento do movimento underground açoriano, os Carnification acabaram por cessar actividades numa altura em que já circulava a sua primeira demo-tape, em 1999, e davam indicações de um futuro promissor. Razões pessoais fizeram-nos sucumbir, num cenário já paradigmático, mas numa recente senda de regressos, até à semelhança do que acontece no estrangeiro, a mítica banda de S. Miguel, formada em 1992, regressa aos palcos no dia 3 de Outubro no âmbito do festival October Loud. São os grandes cabeças-de-cartaz desse dia e do próprio evento, adivinhando-se extremamente curioso constatar clássicos e temas novos, bem como o seu contacto com novas gerações. João Raposo, guitarrista da banda, abriu-nos o “livro” dos Carnification do século XXI.


Apesar de só agora irem fazer o primeiro concerto depois da vossa reunião, consta que desde de 2006, pelo menos, que estão juntos e a preparar esse regresso. O facto de ainda demorarem praticamente três anos até ao vosso regresso aos palcos é sinal, acima de tudo, de que o queriam preparar com qualidade?
No início de 2006, quando nos unimos, estávamos a pensar apenas em gravar os nossos temas em formato digital. Passado uns tempos e vendo o material que tínhamos decidimos formalizar o regresso dos Carnification aos palcos. Foi um processo feito com muita calma para que saísse algo com cabeça, tronco e membros e, na minha opinião, acho que conseguimos isso.

Como explica esse regresso?
Foi um regresso muito aguardado por mim e depois de reunidas todas as condições só faltou dizer: estamos de volta.

Ainda se lembra do dia em que decidiram acabar com a banda e os motivos para tal? Na altura, sonharam sequer que haveria condições para um regresso mais tarde ou sentiram que esse processo seria irreversível?
Sim, lembro-me do dia em que decidimos terminar com as nossas actividades e que deveu-se apenas a razões pessoais de alguns elementos. Porém, fiquei sempre com aquela esperança de um dia poder dar vida novamente aos Carnification; e cá estamos nós para o que der e vier.

É curioso constatar que pelo menos dois elementos originais da banda ainda figuram na formação dos Carnification. Onde estão os outros nesse momento?
Como se sabe, os Carnification tiveram três fundadores: eu, o Marco Camilo e o Rui Frias. Este último está a tocar com os Morbid Death e os outros… andam por aqui e ali. É a vida.

Como se sentem por estarem de novo, lado a lado, a tocar?
É sempre bom tocar com os nossos “irmãos de sangue” e, actualmente, todos os seus elementos estão tão unidos que nos podemos considerar uma família.

Quais foram as maiores dificuldades que enfrentaram nesse processo de reunião? Segundo me parece, a maioria de vós estava distante deste género musical ou até da música há bastante tempo. Pode-se falar, no mínimo, de falta de ritmo?
Não encontrámos praticamente nenhuma dificuldade no nosso regresso. Apenas um pouco de ferrugem e a preocupação de arranjar um bom guitarrista visto que o Paulo Maciel foi viver para o Continente. Neste aspecto tivemos sorte em descobrir o Ruben “Piriquito”, pois é um bom músico.

Os Carnification estão em que lugar no vosso “ranking” de prioridades musicais e/ou até pessoais?
Os Carnification estão no topo do ranking das minhas prioridades musicais, porque, actualmente, só ouço a minha banda. Todavia, também temos família e esta é a prioridade mais importante de todas elas.

Sentem alguma pressão especial por este ser o regresso de um dos ícones da música pesada açoriana da década de 90? O que acha que as pessoas esperam de vós?
Não estamos, de momento, com nenhum tipo de pressão sobre nós e, como já disse, este regresso foi preparado com calma e não sei o que as pessoas vão esperar de nós. Mas uma coisa é certa: vamos para o October Loud cheios de força e com muita garra para cima do palco… e aí pode-se esperar tudo dos Carnification.

Depois do regresso dos Prophecy Of Death chega a vossa vez. Há aí alguma “tramóia” para trazer de novo à vida algumas bandas antigas de relevo do Metal açoriano? Será isso o avançar da idade, um agravado sentimento de nostalgia e o querer reviver tempos memoráveis da vossa adolescência?
Eu penso que não há “tramóia” alguma, mas sim o “bichinho” da música que nos corre nas veias. Também não é o avançar da idade nem um sentimento de nostalgia, é sim o gosto que temos pela música e a força que ela nos dá. Mas com tudo isso, é sempre bom reviver momentos da nossa adolescência

Uns Carnification hoje em dia terão que ser diferentes dos de outrora? Seguir uma tendência musical mais actual será benéfico ou o objectivo é exactamente o oposto - propagar uma onda revivalista?
Os Carnification de hoje são músicos mais maduros e com mais experiência do que há oito anos atrás. Temos o nosso estilo de música como qualquer outra banda e gostamos do nosso estilo como gostávamos há oito anos. Não vamos alterar isso só para agradar a A, B ou C. Só que, como já disse, somos músicos mais experientes hoje em dia e há uma evolução natural a nível musical. Temos temas mais trabalhados e com melhores estruturas. Enfim, é a tal evolução…

Que principais diferenças encontra entre o movimento actual e o que se vivia na década de 90 nos Açores?
A principal diferença que noto é que os jovens de hoje começam a ouvir metal mais cedo do que na minha altura, exceptuando alguns casos, e que são estes jovens que, actualmente, enchem os recintos dos concertos, o que é muito positivo para as bandas.

Em que se baseará o vosso repertório no concerto do October Loud? Certamente, têm temas novos, mas não deverão faltar os clássicos.
Vamos conciliar temas novos com antigos, pois não tinha a mesma piada se só tocássemos os novos temas.

O que poderemos esperar das vossas novas composições?
São temas mais bem trabalhados, com estruturas musicais mais bem conseguidas. Acho também que a sua sonoridade entra melhor na mente.

Uma vez que tem conhecimentos dentro da área do áudio e engenharia de som, consta que têm estado a registar um futuro trabalho. O que nos pode adiantar sobre esse assunto?
Praticamente concluímos a gravação de uma pré-produção e agora falta o produto final. Mas isso será para depois do October Loud. Mais para a frente falaremos nisso com mais pormenor.

Que papel acha que tem o October Loud no meio metaleiro açoriano?
Penso que o festival já é um marco na região. Reparem no recinto; é um espectáculo! Bastam 150 ou 200 pessoas para enchê-lo, enquanto que se colocares este número de pessoas num local maior este parece estar vazio. Também não é preciso muita potência de som para ficar “agradável” lá dentro. Digamos que é o local perfeito para se dar um concerto de metal.

O que lhe reserva dizer em particular da edição deste ano?
Espero que corra tudo pelo melhor, tanto para a organização como para as bandas, e que o público curta ao máximo todo o festival.

Line-up:
Luís Franco [voz]
João Raposo [guitarra]
Ruben Farias [guitarra]
Paulo Castro [baixo]
Marco Camilo [bateria]

Ano de formação: 1992-2001 / 2006-actualmente
Estilo: Death metal
Discografia: "Embracing Solitude" [Demo-tape 1999]

Tuesday, September 22, 2009

Bracara Extreme Fest 09 - Primeiros nomes avançados

O Bracara Extreme Fest 09 terá lugar nos dias 13, 14 e 15 de Novembro em Braga. Para esta nova edição estão já confirmadas as presenças dos Malignant Tumour [Rep. Checa], Man Must Die [R.U.], Japanische Kampfhörspiele [Ale] e Nightshade [Fra] em estreia em Portugal, para além dos Inhumate [Fra], A Storm Of Light [E.U.A.], Minsk [E.U.A.], Black Sun Of Plagues [Irl], Habsyll [Fra] e Catacombe. Mais novidades em breve.

Entrevista Process Of Guilt

CAMADAS DECEPADAS

“Renounce”, de 2006, representou o lançamento dos Process Of Guilt para a montra visível dos projectos de peso nacionais e o demarcar de uma entidade com tanto de místico como de promissor. Agora, com o sucessor “Erosion”, o grupo de Évora dá um passo de gigante em termos de maturidade e deslinda um caminho forçosamente assente no passado mas com os olhos claramente num futuro independente. Embora a marca doom do grupo continue presente, este pisa agora terrenos "pós", mais sinuosos em termos criativos mas gerando um cômputo mais imprevisível e desafiante. Será isto que assegurará a longevidade de um quarteto cheio de talento para o qual Portugal já parece insuficiente para segurar. Fomos perceber junto de Hugo Santos [guitarrista/vocalista] o verdadeiro simbolismo deste regresso.

Seria óbvio dizer que havia alguma pressão depois do sucesso que foi “Renounce”, mas ao mesmo tempo a consciência de que não são uma banda a precisar de vender milhares de discos, logo com a liberdade para fazer o que quiser. Foi assim que passaram por cima de uma suposta pressão?
Julgo que, para uma banda da nossa dimensão, a questão da pressão não se coloca. Cada vez que criamos ou gravamos algo novo, apenas tentamos satisfazer as nossas próprias expectativas registando-as do melhor modo possível. Representando o próprio acto de gravar uma questão onerosa a vários níveis e dependente, em primeiro plano, das capacidades e disponibilidades de cada membro da banda, quando, de facto, o concretizamos, estamos, apenas, centrados na música e nas nossas performances, não existindo nenhuma pressão que advenha da música que fizemos no passado.

“Erosion” é um disco substancialmente diferente do seu antecessor, diria eu… está tudo de digestão, digamos, mais áspera. Um disco para gente mais adulta?
É, de facto, mais áspero, mas não diria que seja direccionado para gente mais “adulta”. Será um disco para gente que, pelo menos, gosta de música menos imediata e de se deixar envolver pelo feeling e ritmo da mesma, observando-a de um modo mais próximo. A forma como o “Erosion” foi composto, num espaço de tempo reduzido e próximo do momento da gravação, permitiu abordarmos o álbum como um todo e centrarmo-nos no que melhor definia cada música, despindo-a daquilo que considerámos superficial ou adornado, permitindo que todo o álbum evoluísse enquanto sequência de momentos e sensações, onde cada música desempenha uma parte essencial no círculo que todas encerram.

Parece-me também, claramente, que “Erosion” segue um conceito. A erosão de que falam no seu título terá que ver com erosão física, mas, certamente, também psicológica ou social, não é assim?
Há uma linha condutora comum a todos os temas, no entanto, não lhe chamaria um álbum conceptual. A erosão abordada pelos temas insere-se, como referes, num contexto menos linear do que o físico, sendo a temática abordada pelas letras desenvolvida tendo em vista, principalmente, uma complementaridade para com a música, muitas vezes surgindo a partir de um determinado riff.

Liricamente é um disco mais pessoal ou qualquer pessoa na sociedade se pode rever na sua estória?
A definição de erosão física, acaba, por ser aquilo que melhor descreve o que sentimos relativamente à música criada para este álbum, tendo constituído a base que permitiu desenvolver o tema lírico. Sob este ponto de vista, é, de facto, um disco pessoal, mas, por outro lado, julgo que todos os discos o deveriam ser, enquanto reflexo de quem os cria ou da energia que neles foi empenhada. No entanto, o objectivo é, também, que a música seja ouvida por outras pessoas e que elas se possam rever na música, senão do mesmo modo, de um que lhes seja pessoal. É assim que observamos a nossa música e que gostaríamos que a mesma fosse apreciada, de modo a se poderem estabelecer relações para com o que ouvimos, emprestando um pouco da nossa experiência àquilo que escutamos.

Curiosamente, o final “The Circle” indicia a uma continuação, se olharmos para o seu sub-título - “Erosion Part I”. Coincidência, apenas?
Não, trata-se de uma ideia que surgiu no estúdio tendo em vista esse tema. No entanto, ainda não se encontra concluída, pelo que, na altura certa, se esta se concretizar, anunciaremos a sua continuação.

Resumir os Process Of Guilt a uma banda de doom ou death metal será, neste momento, redutor. Concordas?
Concordo que os rótulos são muitas vezes necessários para a definição do próprio público ou “ambiente” de cada banda. Por outro lado, ultrapassar os rótulos e designações acaba por ser um desafio para as próprias bandas se reinventarem, ainda que, por vezes, dentro do mesmo espectro, pelo que, normalmente, os géneros acabam por ser redutores perante muita música que, actualmente, é criada. Desta perspectiva o subgénero doom/death é algo com que não nos identificamos. Foi, de facto, uma base inicial para a nossa progressão, no entanto, se olharmos para as bandas que marcaram este movimento assistimos, maioritariamente, a uma estagnação e repetição de ideias que esgotam este estilo. No que respeita à nossa música e ao que fizemos no “Erosion”, julgo termos poucos traços deste subgénero. O doom, por outro lado, é algo que está e sempre vai estar presente na nossa música mas acompanhado de outras influências que correspondem à evolução que a nossa percepção, enquanto ouvintes, também vai registando, como sucede com algum sludge, algum industrial ou mesmo alguma música étnica ou de cariz mais ambiental.

Sentiram-se influenciados por outras sensações, bandas ou trabalhos aquando da concepção de “Erosion”?
Tentámos centrar o processo de composição, basicamente, no feeling proporcionado pelos riffs que iam surgindo, de forma a deles tentarmos extrair aquilo que considerámos ser a sua essência. Hoje, olhando para o momento em que gravámos o “Erosion”, ainda identificamos bem o género de sensações que o rodearam pelo que julgo que a principal influência foi mesmo a música que ia surgindo. É claro que há sempre trabalhos que, consensualmente, apreciamos no seio na banda e que, inconscientemente, podemos ter sempre presentes devido ao número de vezes que os ouvimos. Mas, mesmo estes, são tão diversos que é complicado identificar um em particular.

Foi mais complexo e moroso compor este novo disco? Foi mais pensado ou isso não faz parte de um estilo de música como o vosso, muito sensorial?
Foi mais complexo, nomeadamente devido ao desfazer de alguns temas tendo em vista o resultado final, mas menos moroso. Todos os temas correspondem a um determinado momento em que começámos a pensar o álbum de forma global e a compor para o mesmo. O “Erosion” foi composto e pensado nos meses que antecederam a entrada em estúdio, tendo alguns temas sido completados já em pleno processo de gravação. No entanto, o espírito de experimentação e algumas jam sessions representam algo que é inerente ao nosso processo de criação pelo que o estilo mais sensorial é algo que procuramos e ambicionamos para a nossa música.

Individualmente, como achas que evoluíram do vosso anterior trabalho para este?
Sentimos este trabalho como tendo pouca comparação com o anterior, dado que evoluímos enquanto compositores, executantes e ouvintes e, desse ponto de vista, situamo-nos num espectro algo distante do ponto em que estávamos quando gravámos o anterior registo. O “Renounce” significou o sumário daquilo que tínhamos feito nos anos que antecederam a sua gravação, sendo ainda, naturalmente, muito agarrado às influências que nos rodeavam nessa altura. O “Erosion” significa, actualmente, aquilo que pensamos da música e que mais se aproxima do ponto onde, agora, queremos estar.

Alguma coisa mudou no vosso dia-a-dia depois da projecção que “Renounce” teve?
Quando falamos de projecção temos sempre de relativizar a coisa para a capacidade de projecção que a editora e a banda tiveram na altura do seu lançamento. Houve, de facto, uma boa distribuição e uma apreciação crítica generalizada que permitiu obtermos reacções à nossa música vindas um pouco de todo o globo. No entanto, é algo de muito insuficiente para promover qualquer tipo de alteração no nosso dia-a-dia, exceptuando a hipótese de podermos ter participado em alguns concertos com bandas que admiramos e de passar um pouco mais tempo em frente ao PC a responder a entrevistas e e-mails de apreciadores da nossa música.

Como descreverias os vossos concertos atendendo a que é preciso um particular estado de espírito para os absorver devidamente? Ou seja, sente que, por vezes, as pessoas parecem não entender bem o que se passa em cima do palco?
Normalmente, estamos sempre mais preocupados com a nossa própria performance e feeling procurando com que a nossa interpretação seja sincera e concordante com o registo gravado. No que respeita ao público, preocupamo-nos, sim, com a qualidade do espectáculo, como sucede com a qualidade do som ou do alinhamento. No entanto, julgo que maior parte do público que nos vê já não vai à espera de blastbeats e mosh, estando mais à espera da intensidade que imprimimos ao espectáculo e procurando ter a sua própria experiência enquanto ouvintes.

Por aquilo que vê, acha que a camada mais jovem adepta do Metal, tanto em Portugal como no estrangeiro, busca espectáculos “mais agressivos”? Volto a pegar na questão: uma sonoridade como a dos Process Of Guilt exige algum tipo especial de maturidade?
A camada mais ‘jovem’, por inerência da idade, “pega” primeiro no que é mais imediato, no que está mais disponível comercialmente ou no que é mais “irreverente”. Não nos ajustando nós a nenhuma destas definições, Process of Guilt acaba por estar mais “disponível” para um público underground que procura, dentro dos vários subgéneros do metal e afins, um som com que se identifique de forma mais intensa. A diferença acaba, assim, por residir muito mais nos meios disponíveis para difundir a própria música ou mesmo na curiosidade que cada um tem para ir além do que é mais “fácil” ouvir.

Como estão as coisas a correr no estrangeiro em relação a “Erosion”?
Temos obtido feedback de forma mais consistente com o seu lançamento do que com o de “Renounce”. As reacções têm sido bastante positivas e, como consequência, tivemos, pela primeira vez, os primeiros convites para podermos levar a nossa música ao vivo num ambiente além-fronteiras. O primeiro correspondeu à edição do Madrid Is The Dark deste ano, onde, perante uma sala esgotada, obtivemos, provavelmente, aquela que foi até hoje a melhor reacção à nossa música, estando o segundo agendado para o Dutch Doom Days VIII, em Roterdão, no próximo mês de Outubro.

Como se proporcionou o split-CD que lançaram recentemente com os Caïna?
Desde o início do contacto com a MLI agendámos uma edição num formato mais clássico, de culto, pelo que, após algum brainstorming, Caïna pareceu-nos o nome adequado para formalizarmos essa edição, após o lançamento de “Mourner”. Seguido a um contacto inicial, o Andrew [dos Caïna] revelou-se positivamente interessado no lançamento e, a partir daí, foi, apenas uma questão de decidirmos o ambiente geral de ambos os temas. Contribuímos para este lançamento com uma versão do tema “(But) I Am Still” dos This Empty Flow e penso que, apesar dos atrasos verificados na disponibilização deste 10'', continua a ser um lançamento bastante válido e com uma ambiência particular, proporcionada, conjuntamente, pelos temas de ambas as bandas.

Será que isso vos abrirá portas para uma digressão por terras de Sua Majestade? Como estão de agenda para os próximos tempos?
Duvido que tal aconteça, pelo menos, directamente relacionado com este split, até porque, apenas recentemente, o Andrew transportou a música dos Caïna para um ambiente ao vivo, dado a banda tratar-se, principalmente, de um projecto individual. Quanto à nossa agenda para os próximos tempos, para além dos concertos atrás referidos, temos apenas a acrescentar mais uma data em Évora no festival Ghouls Night Out II que simbolizará a primeira actuação na nossa cidade natal desde há mais de dois anos. No que respeita a 2010, certamente almejamos levar a nossa música a um maior número de locais e eventos, pelo que vamos ver o que o novo ano nos oferece em termos de concertos ao vivo.

Para terminar, pedia-te só que nos esclarecesses a sua relação e a do Gonçalo com os [Before The Rain]. A partir de quando começam e deixam de fazer parte do grupo? O vosso abandono teve alguma coisa que ver com o excesso de compromissos musicais? Tiveram que optar?
Fiz parte de [Before The Rain] entre 2003 e 2007, sendo que o Gonçalo se juntou à banda em 2005. No final de 2007, principalmente por falta de tempo, deixámos de pertencer à banda. Falando apenas por mim tratou-se de uma decisão para, em termos musicais, me concentrar totalmente nos Process of Guilt.

Herege Warfare Prod Heavy Metal Fest - Próximo sábado na Covilhã

Promovido pela editora com o mesmo nome, decorre no dia 26 de Setembro o Herege Warfare Prod Heavy Metal Fest no Birras Bar, na Covilhã, a partir das 16h30. O programa musical é composto pelas actuações dos VRT 139, Undersave, Atomik Destruktor, Alcoholocaust e Midnight Priest. Os bilhetes custam 5€ [venda antecipada] ou 6€ [venda no dia]. Mais informações em www.hwp.pt.vu.

Especial October Loud XI

SUMMONED HELL

Apesar de nos últimos dias, a sua participação no October Loud ter sido questionada, pela razão do teclista Stephan Kobiakin ter que abandonar os Açores devido a compromissos académicos, os Summoned Hell, na palavra do seu fundador Hugo Almeida, e a própria organização do evento, já vieram garantir que a banda vai continuar a fazer parte do cartaz. Para além disso, o vocalista e guitarrista da banda reforça que “o próximo elemento que sair da banda ditará o seu fim, pois esta já não será Summoned Hell nem como banda nem como grupo de amigos”.

Para os que ainda não deram por isso, os Summoned Hell de 2008 para cá são como que uma nova entidade, embora a sua formação remonte a 2004. É nesta fase que a banda opera uma profunda remodelação a nível estrutural e musical e se apresenta ao vivo com uma nova dinâmica que conseguiu, finalmente, reunir o consenso do público. Com um passado virado para o black metal melódico, o grupo hoje difunde-se por várias vertentes do metal, sendo até difícil caracterizá-lo. Contudo, não deixa esconder a afeição pelos Children Of Bodom.

Motivada por essa nova fase, a banda deu início às gravações de um primeiro disco no arranque do presente ano nos Spell Productions Studios, que mais tarde vêm a ser assumidas pela própria banda, no papel do seu teclista. “As gravações do nosso primeiro trabalho tem um história muito comprida […], mas com este line-up as coisas avançaram depressa e se não fosse por problemas causados por terceiros a gravação já estava pronta. Optámos por gravar com o Stephan e devagar se foram fazendo as coisas. […] 90% está pronto. Contudo, infelizmente, o Stephan agora irá estudar para o continente, o que irá dificultar as coisas”. Apesar de tudo, Hugo mostra confiança de que “ainda em 2009” o primeiro trabalho dos Summoned Hell estará disponível.

Adoptando um certo pragmatismo, Hugo apenas diz que o resultado do que foi gravado até então “está a soar a Summoned. Este é mais para ter um suporte que registe o que fizemos […] e para aqueles que desejarem ouvir-nos”, acrescenta. Sublinhando o que já havíamos dito, o músico admite que “nota-se de concerto para concerto que o público apoia fortemente o nosso trabalho. […] O público nunca gostou tanto de Summoned Hell como agora e nós nunca nos sentimos tão bem enquanto banda. Passamos muito tempo juntos, o que contribui para uma ambiente saudável […]”. Fazendo ainda uma pequeno retrato do que têm sido os últimos tempos da banda, Hugo reporta que “temos gravado mas como já estamos na fase final pouco podemos fazer. […]. Temos criado uns temas novos. Além disso, o tempo reservado para a banda não passa, necessariamente, por ter o instrumento na mão. Nem que seja a ir beber uma cerveja, é produtivo para a banda”.

Manifestamente entusiasmados por irem tocar “no mesmo dia que um gigante do Metal açoriano”, os regressados Carnification, Hugo considera que “o October Loud é “o festival” para as bandas e fãs açorianos. De ano para ano a organização surpreende-nos com algo. Sem dúvida que tem um papel muito importante no meio metaleiro local visto que muitas bandas têm trabalhos novos para mostrar e este festival dá-lhes essa oportunidade”.

Por fim, em relação à sua actuação, ficam por considerar algumas surpresas: “Apesar de estarmos em gravações, não queremos estar a “bater no ceguinho” e o grupo ainda está a considerar tocar um ou dois temas novos. Mas ainda vamos decidir isso já que o Stephan não poderá estar lá”, conclui.

Line-up:
Hugo Almeida [voz/guitarra]
Ruben Ferreira [guitarra]
Paulo Arruda [baixo]
Pedro Costa [bateria]
Stephan Kobiakin [teclas]

Ano de formação: 2004
Estilo: Death Metal Melódico
Discografia: N/D
Site:
www.summonedhell.hollosite.com

Monday, September 21, 2009

October Loud 2009 - Últimas actualizações

A pouco mais de uma semana da terceira edição do October Loud, a M9Events anuncia o cartaz completo [reformulado com a saída de três projectos] e outras actividades que marcam as últimas novidades do evento. Assim sendo, do cartaz estão excluídas as actuações dos Psy Enemy, Prophecy Of Death e Spinal Trip, passando ainda os Crossfaith a actuarem no dia 3 [em vez de dia 1]. No primeiro dia do festival, o serão será preenchido com uma Metal Jam, aberta a qualquer presente, onde vão estar também músicos dos Morbid Death, In Peccatum e Spank Lord. Na abertura do evento, pelas 20h00 continuarão a marcar presença os Failed Project Percussion seguidos de uma palestra sobre a luta contra o Cancro. Também a partir da próxima quinta-feira, estarão disponíveis na loja Ruído Audiovisuais na Rua da Mãe de Deus nº 50, em Ponta Delgada, as t-shirts oficiais do October Loud 2009. Durante o festival estas podem ser adquiridas na loja Batcave Gothic Store. Relembramos que o festival decorre de 1 a 4 de Outubro no Salão de S. José, em Ponta Delgada, com as actuações de 16 bandas açorianas e várias outras actividades, com os ingressos a custarem 3€ [um dia] ou 6€ [o festival completo]. Mais informações em www.myspace.com/m9events.

Friday, September 18, 2009

Crónica

EPÍTASE ESTRANGULADORA

Torna-se cada vez mais difícil contrariarmos a nossa dramaticidade portuguesa quando para essa circunstância tanto contribuimos. Fazer parte de um veículo de promoção ao Heavy Metal durante quase sete anos em Portugal até nem é muito típico, modéstia à parte, do nosso povo. Contam-se tantos aqueles que sonharam alto ou perto disso, mas por mais que a teimosia fosse mobilizadora acabaram por definhar perante um cenário que tanto fomenta como destroi. A razão desta soma é uma debilitante "cena" que intenta pôr-se ao mar mas morre logo na praia... mesmo que essa morte dure vários anos a consumar-se. Até lá, alguns balões de oxigénio vão atrasando o que parece inevitável, mas a respiração é sempre intermitente e causa danos - quase de certeza irreversíveis. E digo "quase" porque, invocando a tal teimosia, nunca sabemos quanto tempo somos capazes de resistir a tal asfixia. A luta é grande para sacar mais um fôlego.

Nesses fôlegos pode incluir-se alguns mimos do público, entrevistados, editoras, etc, mas a indiferença a que somos votados, principalmente pelos de "casa" e em questões tão triviais, é uma facada agravada e difícil de tratar. Numa região Açores com cerca de 240 mil habitantes, onde talvez cerca de apenas 200 sejam fiéis e empenhados seguidores da "cena", mas mesmo assim não têm certos hábitos "dogmáticos", ficamos reduzidos a um universo frívolo onde qualquer esforço de criação ou progresso vem disfarçado de fatalidade, a curto prazo, para nossas emoções, projectos e crenças. Facilmente nos sentimos frustrados e revoltamo-nos com a nossa ingenuidade. Não obstante as mais puras das intenções, sentimo-nos envoltos numa autêntica teia de conspiração onde forças invisíveis e inexplicáveis estrangulam nossos actos.

Gostávamos, sinceramente, de perceber porque numa área onde só existe dois veículos dedicados à promoção do Heavy Metal, e ainda mais, muito distintos, certas formalidades não sejam tomadas fazendo-nos até questionar todo o esforço que implica qualquer gravação de uma banda local. Em pleno século XXI ainda se admite que se negligencie a importância da "máquina" promocional - desde o mais "reles" blog à melhor revista do mundo?

Pode alegar-se a qualidade do serviço prestado, mas ao lado disso fica o desperdício de tempo, esforço e dinheiro para deixar selado na gaveta anos e meses de trabalho. Será uma questão pessoal? Será mera ignorância? Arrogância? Estupidez? Enquanto isso, continuamos a zelar pela nossa existência...

Nuno Costa

SounD(/)ZonE Podcast - Emissão #4 no "ar"

Para os mais distraidos, fica a nota de que já está disponível a emissão #4 do nosso programa podcast. O grande destaque dessa emissão vai para a compilação de três discos, intitulada "Grindmadness" e a editar a 12 de Outubro pela Earache Records. Esta comporta 118 faixas das gravações das famosas John Peel Sessions com bandas pioneiras do grindcore como Napalm Death, Carcass e Extreme Noise Terror. Outro dos destaques vai para "Snowfall In Judgement Day", o novo disco da banda de Metal Progressivo Redemption, a qual conta na suas fileiras com elementos dos Fates Warning e Agent Steel.

Gondomar Winterfest 09 - Cartaz oficial divulgado

Já é conhecido o cartaz oficial do Gondomar Winterfest 09 a realizar no Indycat Piano Bar, em Broalhos [Medas, Gondomar], nos dias 6 e 7 de Novembro. Assim sendo, o primeiro dia do evento promete as actuações dos Blind Charge, Godog, Thee Orakle e Oblique Rain, a partir das 22h00, e o segundo as dos Slaves To Rage, Gates Of Hell, Warchitect, Suffochate, Primordial Melody, Replica, My Eyes Inside e Crushing Sun, a partir das 16h00. O bilhete diário custa 5€. Estas e outras informações em www.myspace.com/gondomarwinterfest.

Wednesday, September 16, 2009

Especial October Loud X

CROSSFAITH

Fazem já parte do pequeno nicho de projectos açorianos que pode orgulhar-se de ter editado um trabalho discográfico num sempre particular território insular. “Mixed Emotional”, o primeiro EP dos Crossfaith lançado no início deste ano, é o culminar de um percurso iniciado em 2004 e que desde então foi marcado por uma forte entrega à sua música e promoção que lhes faz hoje exibir um interessante currículo. Passando inical e fugazmente pela composição de covers, o grupo acaba por demarcar uma estética hard rock progressiva. Contudo, só em 2006 a banda “encontra-se”. Hoje talvez o seu principal símbolo, Ricardo Reis assume as vozes do grupo e transporta para o seu seio uma experiência que talvez lhe faltasse. A partir daí, o progresso qualitativo foi até brusco e o consenso gerou-se no público. Hoje em dia os Crossfaith passeiam uma elegância AOR condigna que até lhes levou a receber rasgados elogios da revista Loud!.

Oito meses após “Mixed Emotional” ter chegado ao mercado, o balanço “tem sido muito positivo em termos de vendas e na divulgação da banda”, diz Ricardo Reis. O mesmo não deixa escapar que “fica sempre bem quando nos elogiam”, referindo-se às palavras da revista Loud! e ao conselho que esta lhes endereçou para procurar abrigo editorial na italiana Frontiers Records. Sobre isso, o vocalista garante que “o conselho está a ser seguido”. De resto, a banda demonstra viver cada momento da sua carreira com muita serenidade e não perspectiva quaisquer planos futuros: “Ainda não estamos a pensar no nosso próximo trabalho discográfico, é muito cedo para isso”.

Pela segunda vez no October Loud, os Crossfaith fecham este ano a primeira noite do festival, no dia 1 de Outubro. Em jeito de avanço, Reis promete que “não vamos ter baladas no nosso repertório”. Por fim, e paralelamente ao reconhecimento da importância que tem o October Loud em dar “voz activa ao conceito musical Hard'n'Heavy” e “ à conjuntura de diversas bandas”, envia “um apelo às entidades competentes sobre o agenciamento dos diversos eventos de entretenimento musical que ocorrem todos os anos nos Açores”, no sentido de darem “mais atenção, respeito e prioridade […] aos músicos contemporâneos regionais”.

Line-up:
Ricardo Reis [voz]
Francisco Botelho [guitarra]
Ricardo Santos [baixo]
Rui Oliveira [bateria]

Ano de formação: 2004
Estilo: Hard Rock Melódico
Discografia: "Mixed Emotional" [EP 2009]
Site:

Tuesday, September 15, 2009

Tarantula + Fantasy Opus - Ao vivo este sábado

No dia 19 de Setembro os Tarantula e Fantasy Opus actuam no Side B, em Benavente. Uma noite onde o hard’n’heavy falará mais alto, a partir das 22h00.

Gwydion - Novo álbum no início do próximo ano

Os Gwydion estão a partir de hoje e até final de Outubro a gravar o sucessor de “Ynys Mön”. O local escolhido para o efeito foi os Insect Studios e a captação e produção está a cargo de Fernando Matias [f.e.v.e.r.]. A mistura e masterização deste trabalho decorrerão entre Novembro e Dezembro pelas mãos de Børge Finstad nos Toproom Studios, na Noruega, o qual já trabalhou com nomes sonantes como Arcturus, Borknagar, Mayhem, Enslaved, entre outros. Este novo trabalho da banda lisboeta de viking/folk metal tem edição prevista para Março de 2010 pela SMP/Trollzorn Records. Todas os seus passos em estúdio serão actualizados no Myspace da banda.

Monday, September 14, 2009

Desire - Novas datas

No dia 2 de Outubro os Desire actuam no Transmission Bar, no Cais do Sodré, com os Entropia e Evoke, a partir das 22h00. Já no dia seguinte, o grupo de doom/gótico nacional, autor do recente “Crowcifix”, viaja até ao Side B, em Benavente, para actuar com os noruegueses Ancient. Como havia sido anunciado anteriormente, os Desire marcam presença no dia 10 do mesmo mês, no festival Metalicidio On Stage, nos Açores, e no dia 19 de Dezembro é a vez do Silent Night: Christmas Metal Fest na Associação Cultural de Vila Maior, em S. Pedro do Sul.

Litany For The Whale - Primeiro EP já disponível

Os californianos Litany For The Whale acabaram de lançar o seu EP de estreia “Dolores” pela TBD Records. O grupo recorreu aos préstimos de Eric Leavell para produzir este trabalho nos Prairie Sun Studios, em Cotati [Estados Unidos], e a Carl Staff para a masterização nos seus Staff Mastering Studios. Brevemente o disco estará disponível em edições limitadas em vinil 12’ de várias cores através das editoras Molsook Records e The Perpetual Motion Machine. Em comentários a esse lançamento, a banda refere que “sente-se confiante por saber que criou algo de se pode orgulhar mas tem as expectativas bastante baixas em relação às reacções que vai receber. O facto de estar a obter críticas incríveis em várias revistas e sites é uma surpresa! Parece que as pessoas estão a reagir muito bem à sua honestidade crua e menos “mercantil” em termos de composição”. Os Litany For The Whales podem ser descritos como uma mistura entre Cursed, Kylesa, The Jesus Lizard e Battlefields.

The Ordher - Juntam-se à Funeral For Nations Tour

Os brasileiros The Ordher são a banda que fecha as datas nacionais da Funeral For Nations Tour. O grupo de death metal “bélico” pisa pela primeira vez solo nacional nos dias 15 e 16 de Outubro com os Marduk, Vader e Fleshgod Apocalypse, no Cine-Teatro de Corroios, fazendo antever também o seu segundo álbum, “Kill The Betrayers”, a editar ainda no presente ano. Os bilhetes para este espectáculo estão já à venda nos locais habituais a 20€.

Thursday, September 10, 2009

Entrevista Neurothing

EQUAÇÕES HOMICIDAS

Poderão não estar a concorrer para se tornarem os ícones metálicos polacos, mas o que fazem é, de certo, inovador no seu espaço geográfico e uma tendência pouco globalizável. Os Neurothing surgem em 2004 em Poznan e lançam um EP, “Vanishing Celestial Bodies”, que fez o seu potencial ficar reconhecido pelo mundo fora e gerou bastante curiosidade em seu torno. Motivado por este cenário, o grupo investiu num longa-duração que agora nos chega, em nome próprio. “Murder Book” é um desafio mental de aritmética musical que embora as fáceis alusões à herança Meshuggah, consegue ter um negrume e perversidade bastante próprios. Foi com Mikolaj Fajfer [vocalista] e Sloma [guitarrista] que falámos para ficar a conhecer melhor os “Demónios do Mês” na Metal Hammer.

Como está o vosso estado mental depois de comporem um disco tão complexo como “Murder Book”?
Mikolaj Fajfer:
Estou a melhorar! [risos] A música é algo intrincado e, por isso, requer concentração e tempo para que, no fim, nos dê alegria e satisfação. Penso que assim é positivo para termos uma boa saúde mental. Portanto, posso dizer que “Murder Book” “cura”…
Sloma: Provavelmente não vão acreditar, mas depois de ter ouvido centenas de vezes esse material durante a mistura, começou a soar bastante normal e óbvio. Provavelmente, é uma loucura e a nossa intenção é infectar os outros com este estado de espírito.

Confessam-se obcecados pela “matemática” na música?
M.F.: Não se trata de matemática. Só não gostamos de monotonia. Para mim é muito mais uma questão de conseguir um trabalho perturbador do que matemático. Não faço ideia de onde veio esse termo. Existe muita música complicada a que eu não a chamaria “matemática”. Por exemplo, o Fred Frith ou o Igor Stravinsky… chamariam a sua música de “matemática”? Chamá-la-ia “diversão”. É disso que gosto. Talvez sejamos obcecados por evitar o óbvio. O engraçado é que em polaco a palavra “obviousness” é parecida com “reality”.
S: Matemática… ela está em todo o lado! Não a podes evitar. Até no princípio de qualquer estado é possível encontrarmos números e fracções. “Pura matemática, poderá nunca ser útil a ninguém”, disseram alguns matemáticos. Portanto, não nos confessamos músicos “matemáticos”. [risos] Mas falando a sério: se se referirem a nós como um mundo completamente independente e repleto de abstracções, talvez estejam correctos.

Quais são os vossos ídolos nesta área em particular?
M.F.: Referes-te à cena “matemática”? O meu pai… ele obrigava-me a passar bastante tempo a estudar matemática! [risos] Não gostava nada dele nessa altura, mas isso acabou por trazer-me várias respostas. Mas deixando a brincadeira, tenho que mencionar os Mekong Delta, banda que me foi apresentada pelo Sloma. É óbvio que não os consideraria uma banda de “math metal”, mas eles são um bom exemplo de diversidade obsessiva.
S: Bom, eu acho que vou evadir-me também dos ídolos “matemáticos” e focar-me na física nuclear, acrescentando os Voivod.

Por causa de alguma da vossa esquizofrenia comparar-vos-ia, em certa parte, aos Sikth. Conhecem-nos? Ou melhor, conheciam-nos?
M.F.: Fizeste-me agora recuar no tempo. Não os ouvia muito, mas o facto de teres falado em “esquizofrenia” fez-me ficar com um sorriso na cara. Sempre gostei de bandas que juntam influências de King Crimson com hardcore.
S: Terei que fazer uma pesquisa, não os conheço, mas eles têm que soar bem. Se o dizes…

Que processo assumem como mais conveniente ou fácil para a conclusão deste tipo de composição?
S:
Todo o processo de criação de um álbum é muito excitante. Obviamente que compor dá o prazer maior, mas também depende. Umas vezes temos muitas ideias soltas [este é o nosso método preferido], outras temos apenas uma visão e estás tão concentrado nela que acabas por fazer um tema atrás do outro. Se tiveres todas as ferramentas que precisas para trabalhar, aí todas as partes se tornam interessantes. É complicado dizer qual a forma mais fácil de compor mas, com certeza, qualquer uma delas é fascinante.

Quanto tempo levaram a conceber tantos compassos, tantos breaks, etc?
M.F.:
Penso que levou mais de dois anos a conceber o “Murder Book”. Os Neurothing tiveram um problema com o seu antigo vocalista, o que atrasou um pouco as coisas. Quando me juntei à banda os meus colegas fecharam-me no sótão durante dois meses para escrever as linhas vocais. Portanto, como podes ver, tudo isso demora algum tempo, mas se fizeres isso regularmente podes acelerar o processo de composição.

O Bob Katz que assumiu a mistura e masterização de “Murder Book” é o “iluminado” engenheiro de som que criou o K-System, aquele conceito de unidades padronizadas do nível de sinal nas masterizações? Sabem alguma coisa acerca disso? Como surgiu a ideia de trabalhar com ele?
S:
Claro que conhecemos o conceito do K-System. Nós usámo-lo. Ele não se refere só ao processo do masterização. O conceito de níveis de sinal padronizados aplica-se a todo o domínio áudio, desde a captação até à masterização. Já agora, já ouviste falar da Pleasurize Music Foundation andar a apelar para pararem com a “Guerra do Loudness”? Parece divertido, mas faz sentido. No fim de contas, qualquer possuidor de um rádio portátil sabe como dar mais volume à sua música. Voltando à colaboração com o Bob, eu fiquei impressionado com a sua sabedoria desde que me interessei pelo áudio profissional. Sempre quis que fosse o Bob a trabalhar no material que estávamos a criar e, finalmente, aconteceu. Escrevemos-lhe a convidar, ele concordou, masterizou o álbum… e cá estamos todos satisfeitos.

“Murder Book” é um disco com um conceito bastante obscuro. Quer falar-nos mais pormenorizadamente da sua mensagem?
M.F.: O Homem na sua história sempre foi obscuro e penso que não irá mudar. A minha ideia em relação a esse conceito é comparar pessoas que considero tão negras como cruéis, com estes “seres bons”.

Onde é que a Alice no País das Maravilhas se enquadra nesse conceito?
M.F.: A Alice é também muito obscura; não se trata de uma história de uma miúda boazinha. Uma vez mais, isso reflecte diversidade, uma forma de ver as coisas de uma maneira diferente da que as pessoas nos dizem. É muito fácil ser-se enganado e remeter-nos para um canto onde não conseguimos ver. É uma “A Mad Tea Party”, dualidade, confusão, especialmente se escutarmos a faixa “Infinity”. A segunda parte deste tema é uma conversão da primeira. Hmm, está bem, apanhaste-me: isso é matemática! [risos]
S: Não se trata de matemática, mas de pura física! [risos] Escutem atentamente a “Infinity” e irão encontrar o motivo desse “espelho”. É uma espécie de reflexo modificado de algo que é supostamente normal.

Os músicos dos Neurothing surgem associados a outros projectos musicais e até a uma orquestra sinfónica. Fale-nos dessa, aparente, surpreendente ligação?
M.F.:
Fizemos uma série de coisas antes dos Neurothing. Por exemplo, o Sloma era membro dos Interregnum, agora chamados Metal Notes, que tiveram oportunidade, em 2004, de actuar com a orquestra sinfónica no grande salão da Poznán Philharmonic.
S: Sim, é muito interessante quando uma banda de Metal segue um maestro e não um baterista. Como podem perceber, nós gostamos desse desafio.

Que balanço fazem do vosso primeiro E.P.? Serviu bem para vos dar a conhecer ao mundo?
S:
Diria que superou as nossas expectativas. Era suposto ser apenas uma simples promo, mas aqueles quatro temas acabaram por contagiar muitas pessoas. Foi muito positivo. Infelizmente, não assinámos por nenhuma editora, mas acredito que tudo pode ainda acontecer.

Então o facto de, neste momento, trabalharem independentemente é uma “imposição” e não propriamente uma opção…
M.F.:
É mais uma imposição, sim. Estamos a tentar assinar contracto com alguma editora, mas penso que vêm algum problema em nós. Podia especular muito aqui, mas prefiro não o fazer. Não significa não. Também é bom que sejamos independentes e não haja outras influências para além das da banda.

Tem sido fácil, especialmente para si, espalhar a palavra sobre a banda, tratar de toda a promoção, enquanto pensa também em cantar?
M.F.:
Às vezes gozamos com a situação e dizemos que era bom termos músicos suplentes. O tempo é o mais importante e confesso que adoraria passá-lo mais a tocar. É por essa razão que continuamos a procurar agências e editoras. Existe uma rede grande de promoção por aí, mas os Neurothing ainda continuam fora dela…

Você foi o último elemento a chegar à banda. Como decorreu a adaptação e como se pode definir o seu papel em “Murder Book”?
M.F.:
O meu papel foi o de representar um instrumento também. O nosso tipo de composição não gera um arranjo base comum para vozes, por isso tive que me esforçar para não complicar ainda mais as músicas. Nunca trabalhei assim antes, mas acabou por ser muito interessante e gostei do efeito final, do diálogo entre guitarras, ritmo e vozes.

A nível vocal quais são as suas referências?
M.F.:
Sempre gostei de várias formas de cantar. Refiro-me a harmonias também, e aí os Alice In Chains são um bom exemplo. Costumava ficar também boquiaberto com o Philip Anselmo por cantar e imprimir tanta agressividade no seu desempenho. Contudo, não sou capaz de apontar referências propriamente ditas. Simplesmente, gosto de cantar e da energia que isto pode trazer-nos. Por exemplo, os cantores de Flamenco são o que considero puro e emocionais.

A Polónia não é dos habitats mais naturais para uma banda do vosso tipo. Como são vistos no vosso país e como classifica o underground local?
M.F.:
Ficarias surpreendido. Existiam cá poucas bandas a tocar notas estranhas. Conheces os Kobong? Penso que as pessoas respeitam a música feita com ambição, mas, por alguma razão, temos estado sempre um pouco de lado. Mal posso esperar pela nossa tournée em Novembro. Estou ansioso por conhecer outras bandas e pessoas. Imagino só o que os Neurothing são actualmente e onde se poderão situar no underground local futuramente. No entanto, estou fora dele porque não vivo na Polónia.

Atendendo ao vosso estilo musical, eu diria que são corajosos. Não escolherem o meio de composição musical mais fácil para agarrar os fãs, ainda mais sendo uma banda jovem. Seria muito mais fácil tocar algo terminado em core ou então algo com muita melodia, não concorda?
M.F.:
A coisa mais importante é a satisfação. As tendências mudam constantemente e as bandas também. Mas isto não as leva a lado nenhum. Queremos que os Neurothing sejam reconhecidos, mas não por tocarem música popular. Ficaria muito contente só de ver clubes ao rubro com a nossa música, mas não queremos que esta se torne um entretenimento “fácil”. Simplesmente, iremos tirar prazer do que fazemos.
S: Não me digas que não gostas das nossas melodias! [risos] Mas é verdade, gravámos este disco para nós próprios. Fazemos o que mais gostamos que é tocar.

Acho que vocês são daquelas bandas que ou se venera ou detesta. Também são dessa opinião?
M.F.:
[risos] Exactamente! Uma vez falei sobre isso com o Sloma; não existe mesmo meio-termo. Ao mesmo tempo ouvimos um gajo dizer que odiava Neurothing e não nos iria criticar no seu site e temos a Metal Hammer a nomear “Murder Book” como “Demon Of The Month”… Estas emoções extremas sabem-nos bem.
S: Claro, é o melhor. Não há aqui espaço para “prisioneiros”.

Embora o vosso estilo seja tão “mecânico”, pode-se falar em grande espontaneidade durante o vosso processo de composição?
M.F.:
Sim, durante a gravação de “Murder Book” tive muitos momentos de espontaneidade. Sou tão espontâneo que chego a esmurrar o microfone durante as gravações. E no que toca ao processo de composição há alguns momentos em que nos deixamos levar mas depois temos que “regressar” e tomar o controlo de tudo.
S: [risos] Lembro-me das sessões de gravação do Mikolaj e lembro-me que eram muito emocionais. Por vezes era inacreditável.

Consideram que hoje, apesar de ser extremamente difícil criar uma identidade própria, concebem algo minimamente original?
S:
É óbvio que se nasces original não queres morrer como uma cópia. Mas é possível ser original hoje em dia? Na minha opinião, não, porque acaba por não interessar o que tu fazes; já foi feito antes. De qualquer forma, o termo original não é o mais apropriado neste contexto. O que mais interessa é a tua identidade. Refiro-me à singularidade e qualidade do teu trabalho. Não interessa se o teu trabalho é original ou não, porque o que torna o teu trabalho único é o sentido da sua criação. A originalidade não define a qualidade. A qualidade define-se a si própria.

Acha que o que vos tem dificultado a assinatura de um contrato com uma editora é o facto de não se enquadrarem facilmente em nenhuma tendência musical ou será que com exemplos como Meshuggah essa onda matemática no Metal até está em voga?
M.F.:
Esta pode ser uma boa razão para ainda não termos conseguido um contrato. Falei com muitos agentes A&R que me disseram que não sabiam que fazer com os Neurothing. O nosso estilo até pode ser uma tendência, mas mais uma vez não considero os Neurothing uma banda pós-Meshuggah, por exemplo.

Mas mais importante que isso tudo é que com ou sem editora os Neurothing pretendem ficar por cá durante muito tempo, não é verdade? Por onde passam os vossos objectivos mais próximos?
M.F:
Não vamos parar de compor só porque não conseguimos um contrato com uma editora. A música é um hobby e uma paixão nossa, daí que a vamos continuar a fazer. De momento, estamos concentrados em ensaios e a procurar agenciamento. O “Murder Book” já está disponível e espero que apareça alguém corajoso para cooperar connosco.
S: Isto é como perguntar se consegues curar a esquizofrenia. Podes acalmar-nos por um pouco ou tratar-nos com choques eléctricos, mas vamos levantar-nos de novo. Planeamos tocar em breve e depois disso, provavelmente, começaremos a compor novo material. Até já tenho alguns compassos interessantes em mente. Espero ver-vos na nossa tournée.

Nuno Costa

Wednesday, September 09, 2009

Loud! - #103 a caminho

Já a “cozinhar” na gráfica está a edição #103 da revista Loud!. Este mês o grande destaque vai para os polacos Vader que acabaram de editar “Necropolis”, o seu oitavo disco de originais. Em outras entrevistas podemos conferir conversas com os Slipknot, Paradise Lost, Yob, Caliban, Gotthard, Hyubris, Job For A Cowboy, 3 Inches Of Blood, Coalesce, Goatwhore, Secrets Of The Moon, Ahab, Dysrhytmia, Gwydion, The Psyke Project, The Spiteful, Despised Icon, Impiety, Azarath, One Without, Valkyrja, Eryn Non Dae, Culted, Tenet e As You Drown. Terminada a tour report dos The Ocean, é a vez de sabermos em detalhe a viagem dos Moonspell ao festival Metalway. Para além disso, o festival Caos Emergente, a decorrer entre os próximos dias 11 e 13 de Setembro em Recarei, é visto à lupa num artigo-guia. Na secção de críticas a discos, são analisados, entre outros, os novos de 3 Inches Of Blood, Danger Danger, Eagle Twin, Goatwhore, Gwar, Horna, Insomnium, Man Must Die, Men Eater, Narnia, Paradise Lost, Shining e Voivod. Ao vivo, esta edição retrata o ambiente nos festivais Vagos Open Air, Metalway, Sobreirus Fest V e no concerto de regresso dos Biohazard. De resto, mantêm-se as secções habituais, com referência para as críticas a DVD's dos Manowar e Rotting Christ, "Tesourinhos Pertinentes", com “Scattered, Smothered & Covered” dos Unsane, e "Reedições" a incidir sobre o fundo de catálogo dos Simbiose. A não perder também uma antevisão exclusiva daquilo que vai ser o próximo álbum dos Rammstein. Tudo isto para conferir a partir do final da próxima semana num quiosque perto de si.

Tuesday, September 08, 2009

No Tribe - EP "Primordial" disponível

Os lisboetas No Tribe lançaram ontem “Primordial”. Trata-se de um EP com seis temas que marca também uma fase estável em termos de formação no grupo e dá a conhecer um projecto que já existe há mais de dez anos. “Primordial” foi gravado em Maio deste ano nos Blacksheep Studios, em Sintra, e produzido e masterizado por Makoto Yagyu [If Lucy Fell]. Este trabalho está disponível nas lojas Carbono de Amadora e Lisboa, na Louie Louie em Lisboa e Braga, ou através de encomenta pelo Myspace da banda. Este momento revela os frutos que a banda começa a alcançar depois de vários meses de silêncio, colmatado em Novembro de 2008.

SounD(/)ZonE Podcast - Terceira emissão online

Encontra-se já para escuta a terceira emissão da SounD(/)ZonE em formato podcast. Destaque para os avanços aos novos trabalhos de originais dos Paradise Lost e Fu Manchu, "Faith Divides Us - Death Unites Us" e "Signs Of Infinite Power", respectivamente, e o disco de regravações de alguns temas dos três primeiros discos da carreira dos Arch Enemy, "The Root Of All Evil". Trabalhos que estarão no mercado entre os dias 28 de Setembro e 20 de Outubro. Serve este comunicado também para informar que alguma irregularidade que se poderá verificar em termos de actualizações na SounD(/)ZonE nos próximos tempos dever-se-ão a compromissos profissionais. Uma realidade que já não é nova para nós, mas que tentará ser amortizada com enorme esforço, com o intuito de não defraudar as expectativas dos nossos poucos, mas fiéis, leitores.

Wednesday, September 02, 2009

Double Massacre 2 - Esta sexta em Faro

Esta sexta-feira há dose dupla de peso no Arcadia Bar, em Faro, com a segunda edição do Double Massacre. Os protagonistas são os nacionais Fungus e Undersave. As hostilidades abrem-se às 23h00. A entrada custa 3€.

Bizarra Locomotiva - Este sábado no Side B

Os Bizarra Locomotiva apadrinham a reabertura do Side B, em Benavente, no próximo sábado, 5 de Setembro. A primeira parte do espectáculo está a cargo dos Cryptor Morbius Family que actuam pelas 22h00.

Rammstein - "Pussy" é novo single

“Pussy” é o título “indiscreto” do single de avanço do novo álbum dos Rammstein a editar a 18 de Setembro. Um tema que se juntará a outros dez num “manual” provocante que reflecte a guerra dos sexos e tenta demonstrar porque é que o homem é um animal. O single “Pussy” será acompanhado do tema “Rammlied” como lado B. O sucessor de “Rosenrot”, de 2005, ainda sem nome, deverá ser editado a 30 de Outubro. Entretanto, continua certa a sétima presença dos Rammstein em solo português, no dia 8 de Novembro, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.

As I Lay Dying - Compõem novo disco

Os norte-americanos As I Lay Dying justificaram recentemente o seu “silêncio” informando no seu Myspace que “estão em casa muito empenhados a escrever novos temas para um novo álbum a lançar no início de 2010”. Este trabalho sucederá a “An Ocean Between Us” de 2007.

Katatonia - Terminam novo álbum nos próximos dias

“Night Is The New Day”, o novo álbum dos Katatonia, estará terminado durante a primeira semana de Setembro. Depois disso, a banda sueca lançará um mini-site exclusivamente dedicado a este trabalho, a alojar em www.nightisthenewday.com. O seu oitavo álbum está neste momento a ser misturado em Estocolmo e promete um desempenho vocal bastante mais “cantado”: “Cheguei à conclusão de que nunca tinha cantado tanto antes. Não que esteja sempre a cantar, não se preocupem, mas as vozes neste disco são muito mais exigentes”, explica o vocalista Jonas Renkse. "Night Is The New Day" será editado a 10 de Novembro pela Peaceville Records. Logo após, os Katatonia embarcam numa tournée europeia com os Porcupine Tree e Paradise Lost logo após o lançamento de “Night Is The New Day”.

Dark Funeral - Regresso aos discos em Novembro

Quatro anos após “Attera Totus Sanctus”, os suecos Dark Funeral preparam-se para voltar aos discos no dia 18 de Novembro. Segundo o guitarrista Lord Ahriman, em comunicado divulgado ontem no Myspace do grupo, “Peter Tagtgren está de momento a misturar o novo álbum nos Abyss Studios. Uma vez aprovada a mistura final, o Jonas Kjellgren [Scar Symmetry] masterizá-lo-á”. O músico refere ainda algumas mudanças no plano da produção: “Decidimos desta vez alcançar um som mais cru e não tão cristalino e polido como no nosso anterior álbum. Mas não se preocupem […], ainda não fizemos um “Metallica””. Para além da novidade do álbum, o grupo já gravou um videoclip para o tema “My Funeral” em que o cenário é um hospital psiquiátrico abandonado. Pela violência das imagens, o grupo já garantiu que serão editadas duas versões do videoclup: censurada e hardcore do videoclip. Para já, a sua data de lançamento é desconhecida.

Suffochate - EP de estreia disponível

Está disponível desde ontem para encomenda o primeiro EP dos portuenses Suffochate, “No Mercy In His Eyes”. Os interessados em adquirir um exemplar deverão endereçar o seu pedido para suffochateband@gmail.com. Entretanto, dois temas deste trabalho estão disponíveis no Myspace da banda.

Isis - Estreiam-se em Portugal

Os Isis estreiam-se em Portugal nos dias 28 e 29 de Novembro em concertos a realizar na Incrível Almadense e no Teatro Sá da Bandeira, no Porto. O grupo de Los Angeles, um dos grandes responsáveis pela expansão do chamado post-metal, apresentará desta feita o seu quinto e novo álbum de originais, “Wavering Radiant”, editado em Abril passado pela Ipecac Recordings. A abrir ambos os espectáculos estarão os norte-americanos Keelhaul e os finlandeses Circle. Os bilhetes estão à venda nos locais habituais a 20€. Os espectáculos iniciam-se às 20h30.

Tuesday, September 01, 2009

Dimmu Borgir - Mustis e ICS Vortex abandonam

Segundo comunicados divulgados recentemente no site dos Dimmu Borgir e Myspace pessoal do teclista Mustis, a banda norueguesa e o referido músico, bem como o baixista/vocalista ICS Vortex, separaram-se. O agora ex-teclista do grupo de black metal explica que por trás desta decisão está o facto de muitas músicas compostas por si "não terem sido registadas, propriamente, com o seu nome e créditos". Neste momento, avança que o problema será "solucionado pelos advogados em vez de lidar com mais desonestidade e mentiras a um nível pessoal". Por outro lado, a banda garante que está "entusiasmada por começar um novo capítulo no seu legado" e que a sua "força criativa está intacta". Em relação a ICS Vortex, desconhece-se ainda com clareza os motivos do seu abandono.