Monday, April 30, 2007

The Eternal - Gótico australiano em Portugal

A cumprir neste momento a sua tournée europeia, os australianos The Eternal vão também marcar a sua presença em Portugal nos dias 4, 5 e 6 de Maio, no In Live Caffe, Meia Via e Fábrica do Som, respectivamente. Na primeira data, na Moita, vai-se fazer acompanhar pelos Desire, na segunda, em Torres Novas, pelos Desire, Painted Black e Slime Fingers e na terceira, no Porto, pelos Necris Dust. Os concertos têm em todos as datas hora de início marcada para as 22h00 e os bilhetes custam 10 euros, para as duas primeiras noites, e 6 euros, para a terceira.

Entrevista Blumen

FUN & ROCK’N’ROLL

A história do grupo que se juntou descomprometidamente para criar uns temas, tocar ao vivo e regar-se em alguma cerveja, já não é novidade nenhuma. Contudo, nem todos parecem ter a mesma honestidade na maneira como apregoam e põem em prática o seu life style. Os Blumen, de Almeirim, - aliás, como poderão constatar por esta entrevista – transpiram uma atitude muito crua, divertida e do it yourself. O resultado desta soma está patente no seu álbum de estreia homónimo, lançado no início deste ano, e que é um interessante exercício de rock alternativo, energético e muitas vezes embrenhado num feeling clássico. Rock degenerativo é a simbologia que o grupo encontra para definir o seu som, mas, trocadas algumas palavras com o vocalista e guitarrista José Pedro, percebemos que... tudo isto pouco importa!

Através da vossa biografia conseguiram suscitar-me uma série de dúvidas... Não é um texto muito convencional. Antes de mais, quando se formaram?
Essa é a primeira questão difícil… Por um lado, parece que sempre existimos, por outro, parece que foi mesmo agora. Esta formação é de 2002, altura em que entrou o Tó para tocar baixo. Eu, o Bruno e o Artur já nos juntávamos de vez em quando aos fins-de-semana, decorria o ano de 2001. E isso já era um reencontro, uma vez que nós os três já tínhamos tocado juntos, com line-ups diferentes, desde há uns anos a esta parte, mas tínhamos estado separados a fazer outras coisas… Em 2002, gravámos as primeiras ideias como colectivo, daí tenha sido uma boa data para marcar um começo. No final desse ano, porém, emigrei para Inglaterra, onde estive dois anos e meio a estudar produção e a trabalhar como produtor e músico. Claro que as coisas com os Blumen ficaram em stand by. Mesmo assim ainda demos dois concertos quando estava cá de férias. Foi só a partir de 2005, e com o meu regresso, que começámos então um trabalho mais consistente: tocar ao vivo, gravar demos…

Quanto aos “sentidos opostos” do vosso crescimento, imagino que se referem aos vossos gostos musicais, mas explica-nos mais pormenorizadamente até que ponto vão essas disparidades...
Vão desde o metal extremo à música de dança! Claro que aí pelo meio temos pontos em comum e todos nós somos bastante ecléticos naquilo que ouvimos. Gostamos sobretudo de música “porreira”, sem nos colarmos muito a estilos. E vamos emprestando e dando a conhecer música uns aos outros, o que é muito bom em termos de partilha de gostos e de ideias a, eventualmente, explorar.

Rótulos são quase sempre alvo de repugna dos músicos, mas no vosso caso até se baptizaram e creio que até resulta bem... Pelo menos desperta alguma curiosidade. Rock degenerativo, porquê?
Em primeiro lugar ainda bem que gostaste! Esse termo foi sugerido pelo Bruno e nós gostámos do conceito. E surgiu porque, como dizes, os rótulos são sempre estranhos - pelo menos pra nós enquanto músicos são mesmo - e não achamos que pertencemos a nenhuma corrente musical nem nos preocupamos com tal. Aliás, a nossa preocupação é precisamente ter uma sonoridade assumidamente nossa e, portanto, genuína. No nosso imaginário o termo descreve um rock como gostamos de o fazer: sem preconceitos ou filosofias ao mesmo tempo que desconstruímos/desmistificamos os clichés associados ao género.

Fiquei também a perceber pela vossa biografia que os Blumen são quase um “acidente de percurso” de um grupo de amigos, certo? “Curtir” parece ser o lema...

É mesmo esse o espírito! Afinal isto é entretenimento e para entreteres tens de estar entretido! Quando nos reagrupámos foi mais com o sentido de tirar o “pó” do material que estava encostado e não estarmos parados (nisto quem faz/fez música tem sempre o bichinho); eventualmente dar uns concertos a troco de grades de minis e bifanas! [risos] É com esse espírito que vamos para os ensaios e concertos, porque gostamos mesmo de fazer isto. Tentamos nunca recusar convites para tocar, independentemente de quão longe é, mas claro, já ficámos a perder dinheiro só para ir tocar. Depois de 2005, a coisa foi ganhando outra dimensão, tanto musical como em termos de dinâmica - chamemos-lhe seriedade – mas, mesmo assim, tentamos organizar tudo o melhor possível com antecedência para podermos estar em palco descontraídos e despreocupados, tanto no soundcheck como depois no concerto. Lá porque levamos as coisas mais a sério, não pensamos deixar de nos divertirmos!

Os “copos” serão então, eventualmente, uma das maiores forças impulsionadoras no processo criativo dos Blumen? [risos] É mais uma das notas a que achei piada no vosso registo biográfico...
Acho que apanhaste bem o espírito da coisa! [risos] No fundo se calhar é essa a nossa essência. Como quem sai à noite para beber uns copos com os amigos. É tudo uma grande saída à noite! [risos]

No entanto, houveram, por sinal, também alguns percalços ao longo do vosso percurso. Nem sempre foi fácil manter o vosso line-up, certo?
Em Blumen como somos hoje, felizmente, não tem havido problemas. Já tivemos sim outros projectos e bandas que não resultaram, ou de onde nos descartámos ou onde houve malta que saiu - nunca por conflitos entre nós - mas Blumen em si manteve o “plantel”… Antes de sermos uma banda, somos bons amigos desde putos e, como tal, lidamos bem com as manias uns dos outros. Antes do Tó se ter juntado tínhamos tido também malta convidada a tocar máquinas, ou outros instrumentos, mas mais porque procurávamos uma sonoridade...

A banda tem tocado muito?
Felizmente achamos que sim! Sobretudo em 2005 e 2006, onde conseguimos uma boa média de concertos - semana sim semana não – o que para uma banda sem edição foi espectacular. Pisámos também palcos suficientemente díspares, desde a terriola mais interior ao Hard Rock Lisboa. No princípio deste ano a coisa tem estado mais calma porque a nossa disponibilidade mudou relativamente - e temporariamente [é o que dá não viver só disto] - mas esperamos ainda compensar a partir de Maio, até porque queremos promover o álbum.

E desde que “Blumen” saiu, o que sentiram que mudou?

Mudámos nós! [risos] Fizemos um esforço considerável para que saísse para provar a nós próprios que éramos capazes, e isso fez aumentar a nossa auto-estima e força para continuar. Mudámos também no sentido em que o álbum pretende ser o desfecho de um período muito activo tanto criativamente como de concertos e em que, ao contrário do que se faz hoje em dia, primeiro experimentámos os temas ao vivo e só depois editámos o álbum. Assim abrimos as portas para aquilo que queremos fazer a seguir enquanto pomos um ponto final naquele que foi o nosso período de [re]descoberta uns dos outros enquanto músicos. Mudou também a exposição da banda, já que temos divulgado “Blumen” bastante. Mudou a credibilidade e o respeito, já que temos tido muita gente a apoiar o facto de ser uma edição independente. Têm naturalmente aparecido mais convites e solicitações e mais gente a querer beber copos com a gente![risos]

As críticas têm sido boas?
Muito positivas! As boas porque nos enchem o ego e as menos boas ou más – que não são bem más mas antes maneiras politicamente correctas de dizerem que não gostaram e tornam-se insípidas – porque nos apontam coisas que podemos melhorar ou pessoas às quais nunca mais daremos satisfações [há malta que critica e não sabe o que está a dizer]. Mas, sobretudo, e como disse atrás, sabe bem ouvir o encorajamento por ser um esforço independente.

Como é que um grupo como o vosso, aparentemente tão “descomprometido”, chega à conclusão de que deve gravar um disco?
Para não nos esquecermos de como se tocam os temas! [risos] A ideia de gravar um álbum começou um pouco por aí, tínhamos gravado ideias e daí aproveitámos demos para concertos e alguma divulgação. Entretanto, as coisas amontoaram-se e já temos bastantes mais temas que, naturalmente, também gostamos de tocar. Quisemos ter assim um registo, para nós próprios e para presentear à malta que nos tem seguido, das ideias e dos temas mais antigos que fomos explorando durante a nossa “ressurreição”. Em vez de estar a lançar dois ou três EP’s e uma vez que tínhamos aqueles temas todos já “prontos” - se é que isso existe - , achámos que um álbum era uma ideia megalómana o suficiente para nós! [risos] Tem lógica esses temas aparecerem juntos porque são parte de uma fase.

Vocês continuam a promover “Blumen” de forma independente, certo? Esta foi uma opção ou uma limitação?
A edição e promoção têm sido independentes e devem continuar assim e são um pouco por limitação e muito por opção. Naturalmente que de início enviámos demos e tentámos levantar algum interesse por parte de editoras. Fomos recebendo respostas negativas e propostas descabidas, ou que implicavam perdas de controlo ou de direitos ou avançar com dinheiro que não tínhamos. Entretanto, não parámos e fomos desenvolvendo o trabalho esperando apresentar um produto final mais apelativo e que facilitasse a vida às editoras, mas sem nunca perder a estratégia de edição independente de vista. Claro que, como tivemos mais trabalho, também nos foi mais difícil negociar situações que considerámos desvantajosas. Já com o produto final optámos, assim, por amor ao que tínhamos nas mãos, por editar independentemente. Actualmente, procuramos apoio para distribuição, uma vez que pretendemos chegar ao maior número de pessoas possível e uma editora/distribuidora pode fazê-lo melhor que nós…

Neste momento, o vídeo para “Twist & Shout” já deve estar concluído, certo?
Fala-nos um pouco dele.

Infelizmente ainda não... Incumbimos um amigo nosso dessa árdua tarefa e ele entregou-se activamente ao empreendimento. Infelizmente, tem tido algumas complicações técnicas e falta de disponibilidade. Mas nós preferimos esperar do que entregar esse trabalho a outra pessoa. Quando se é independente os prazos podem ser mais esticados e, como disse antes, a nossa própria disponibilidade para promoção tem estado mais condicionada de qualquer maneira, por isso não há pressa… Em relação ao vídeo, fizemos uns takes para experimentar; fez-se uma montagem na altura e todos vimos e discutimos o que podia correr melhor ou pior. Voltámos a fazer takes e esperamos agora pela edição “descomprometidamente” sem pressas. De qualquer maneira o clip do tema “Make Me Real”, que está disponível no site e no youtube, está em reedição [uma vez que, inicialmente, só foi editado em baixa qualidade para divulgação na net] para ser divulgado em televisão, e está quase pronto!

De que falam as letras de “Blumen”?
Falam sobretudo de coisas mundanas. Pequenos [grandes] episódios relacionais entre pessoas e/ou individuais, conflitos interiores de personalidade e expectativas, críticas ou episódios sociais, mas sempre mais do ponto de vista de emoções e sensações tangíveis a toda a gente do que apenas a descrição óbvia de situações específicas… Em estados de embriaguez induzida muitas vezes pela própria realidade. Bonito, não? [risos]

Uma vez analisando “Blumen” não podia deixar de te pedir uma explicação para o facto de terem incluindo no seu alinhamento aquilo que creio serem erros de estúdio. A exemplo, a faixa 3 e 7...
Essas referências estão lá porque quisemos partilhar com a malta o nosso lado humano. Estão lá para quebrar o gelo e mostrar que nos estávamos a divertir [apesar de não se ouvirem as nossas gargalhadas no “control room”] e para mostrar que, apesar disto ser a sério, sim, temos uma atitude “despreocupada”, como disseste, em relação “à coisa”. Não os consideramos “erros” mas antes acontecimentos, como de resto devem acontecer com todas as bandas, mas nós optámos por deixá-los... Estão lá também, a par da capa e produção intencionalmente “blazé” para dar um pouco da nossa perspectiva rock às pessoas. Podíamos ter optado, com os mesmos recursos, por ter uma masterização e layout gráfico mais comerciais, mas optámos pela “envolvência” primeiro-álbum-de-banda-rock-independente por ser genuíno!

Neste momento quais são as vossas ambições?
Como disse antes, pretendemos chegar ao maior número de pessoas possível e estamos a fazer por isso. Espalhar a nossa “boa nova” de que para além de grandes filosofias e conceitos e opções estéticas da época, a música também serve para curtir e sair à noite e beber umas jolas… Naturalmente que, como imagino que qualquer banda queira, ambicionamos poder ganhar daqui um ordenado por ser isto que gostamos mesmo de fazer. Mas continuamos a fazê-lo maioritariamente para curtir e para os outros curtirem!

Nuno Costa

www.blumen.home.sapo.pt

Friday, April 27, 2007

Agenda - Unbridled, Void Maze e Pink Noise em Tondela

Amanhã [28] actuam no Santa Gula Bar, em Tondela, pelas 22h00, os Unbridled, Void Maze e Purple Noise. As entradas custam 2 euros.

Thursday, April 26, 2007

Connection - Estreiam-se amanhã ao vivo

Os açorianos Connection, novo projecto dos ex-Classic Rage Sílvio Ferreira [voz] e Mário Cabral [teclas], vão estrear-se amanhã [27], pelas 22h00, ao vivo na Semana Académica de Ponta Delgada na primeira parte dos GNR. A banda vai assim apresentar a demo online “Rebirth” que lançou em finais do ano passado.

www.connection.com.sapo.pt

Círculo de Fogo - Lança compilação online

Está disponível para download grátis no site do conhecido programa de rádio Círculo de Fogo (www.circulodefogo.com) uma compilação de bandas portuguesas. Segue o alinhamento da compilação:






01. HYUBRIS - Mulher do Rio
02. TANTRA - Kali
03. ATLANTHEA - Rise From The Water
04. ENCHANTYA - Night In Whisper
05. MINDFEEDER - Tear These Walls
06. WEB - Last War
07. TWENTYINCHBURIAL - 30 Minutes Journey
08. HO-CHI-MINH - Reload
09. DR. SALAZAR - Tarrafal
10. ASSACÍNICOS - Amélie
11. DECRETO 77 - Mais Não
12. BARAFUNDA TOTAL - S.O.S. Planeta Terra
13. ANGRIFF - BTKS-Life
14. AZAGATEL - For A Piece Of Heaven
15. SANCTUS NOSFERATU - Revelation
16. THE RANSACK - Curse Of God
17. RAW DECIMATING BRUTALITY - Sperm To Grind Your Ears
18. PROCESS OF GUILT - This Process

Wednesday, April 25, 2007

Aside - We Are Frequency Tour prossegue

Segunda-feira [30] os punk rockers lisboetas Aside voltam ao Culto Club, depois de uma actuação com os norte-americanos Ignite no dia 6 do presente mês, desta vez para um concerto em nome próprio. O concerto tem início às 22h00. De momento, a banda continua a promover "We Are Frequency", o seu último álbum, lançado em Abril de 2006.

MANIaCT - Rock paranóico no Culto Club

Os marinhenses, autocatalogados como banda de High Decibel Paranoia Rock, MANIaCT vão actuar no próximo sábado [28] no Cult Club, em Cacilhas. Como banda convidada estarão os The Wage, também da Marinha Grande. O concerto tem início às 22h00 e as entradas custam 3 euros. Dois dias depois, no dia 30 de Abril [segunda-feira], os MANIaCT vão também actuar no Rock Lab, na Moita, pelas 22h00.

Triplet - Encabeçam noite Emo/Rock

Sexta-feira [27] os lisboetas Triplet vão encabeçar uma noite direccionada para as sonoridades emo/rock no Cult Club, em Cacilhas, à qual se juntam os pombalenses My Cubic Emotion e os também lisboetas Molly Coddled. Esta é uma boa oportunidade para escutar os temas que farão parte do primeiro álbum dos Triplet – “A Fight For Your Heart” – a lançar no dia 25 de Maio. Os concertos têm início às 22h00 e o bilhete custa 5 euros.

The Bones - Punk amanhã no Culto Club

Amanhã [26] sobem ao palco do Culto Club, em Cacilhas, os suecos The Bones, os portugueses Capitão Fantasma - que acabaram de lançar o seu novo álbum “Viva Cadáver” – e os também suecos Stars Of The Silverscreen. Uma noite de punk/rock que tem início às 22h00 e cujo acesso vale 12 euros.

Tuesday, April 24, 2007

Redstains - EP para download

Os lisboetas Redstains estão a disponibilizar para download no seu site oficial temas do seu primeiro EP. Entretanto, a banda procura um novo baterista em virtude do abandono, por divergências musicais, de M Montenegro ao fim de oito meses no grupo. Os interessados em ocupar o lugar deverão obter mais informações em http://www.redstains.net/.

ThanatoSchizO - Novos capítulos de estúdio

Ficou hoje disponível no site Youtube o segundo vídeo de estúdio das sessões de gravação do quarto álbum dos ThanatoSchizO, a decorrer nos Rec’N’Roll Studios, em Valadares, com Luís Barros como produtor e Paulo Barros como assistente técnico. Aceda ao vídeo através deste endereço: http://www.youtube.com/watch?v=plluV1xb3jI. No que diz respeito a concertos ao vivo, relembra-se que o grupo de Santa Marta de Penaguião vai actuar ao lado dos Thee Orakle e Orphaned Land nos dias 6 e 7 de Julho, no Santiago Alquimista (Lisboa) e na Junta de Freguesia, Panóias (Braga), respectivamente, e a 14 de Julho com Samael, Epping Forest e Witchbreed no Dark Ritual Fest IV no Cine-Teatro de Corroios.

Cycles - Novo vídeo ao vivo

Está disponível no MySpace dos portuenses Cycles um novo vídeo ao vivo, neste caso de “My World”, gravado no seu último concerto no Timeout Rock Bar. Entretanto, a banda já deu por cessada a fase de promoção a “Phoenix Rising” e vai começar a compor material para o seu próximo trabalho para o qual já tem preparados 6 dos 14 temas que vão perfazer o seu alinhamento. O disco continua ainda sem título e sem data de lançamento prevista, mas o selo continuará a ser o da Independent Records.

Review

DARK TRANQUILITY
“Fiction”

[CD – Century Media]

Há muito que o seu selo se afixou nas entalhas do metal mundial sob influência de uma linhagem orientada pela fusão de elementos melódicos e extremos que originaram o célebre som de Gotemburgo. Da Suécia os génios musicais são mais que respeitados numa panóplia de talentos que nos faz desconfiar da água que bebem e do ar que respiram. Rendidos à imponência escandinava e a uma NWOSDM que intrinsecamente influenciou muito do que se passa actualmente no outro lado do Atlântico, chega-nos o oitavo registo de longa-duração deste colectivo formado em 1989.

Percebermos “Fiction” e a sua música não será tarefa nada complicada, nem inesperada a forma como nos sentiremos, quase de certeza, contagiados pelos seus riffs e batidas. Num contexto de carreira este poderá induzir a algumas indigestões para quem for da opinião de que a fórmula já está mais que gasta. Ainda neste contexto, o oposto [optimista] diz-nos que somos forçosamente levados a lisonjear a capacidade absolutamente invulgar dos Dark Tranquility em manter a coesão e o nível ao longo de tantos anos. Por isso, não se pense que essa suposta indigestão será um manifesto compreensível, pois o poder de composição de Mikael Stanne e Cª sobrepõe-se a tudo isso e é pleno de classe, honestidade e eficácia. Até mesmo para aqueles que já dissecaram e sorveram vezes sem conta o legado desta banda, ainda haverá todo o interesse em ouvir “Fiction”.

Em algumas linhas já conseguimos resumir o que se pode esperar deste trabalho e com que mentalidade o devemos encarar. É, sem dúvida, verdade que não encontrarão nada de novo no novo trabalho deste sexteto. Muito fácil será também apontar que “Fiction” é concebido totalmente a partir de resíduos das inflexões criativas de “Character”. É a referência mais directa e óbvia para descrever este conjunto de dez malhas. Porém, não arriscando quase nada, os Dark Tranquility oferecem ainda pequenas surpresas na forma de “compilações” de algumas das experiências do passado. Refiro-me, por exemplo, às vocalizações limpas de “Misery’s Crown” – directamente forjadas a “Projection” – e pelo recurso às já muito incidentes vozes femininas nos seus discos. Ocorreu em “Skydancer”, “The Gallery” e “Mind’s I” e desta feita foi a vez da faixa final “The Mundane And The Magic” abraçar a participação de Nell Sigland [Theatre Of Tragedy], numa excelente peça de todo envolta num espírito gótico. Pelo meio temos a faixa quase instrumental “Inside The Particle Storm” – onde Stanne intervém apenas por dois breves momentos -, que acaba por funcionar como um ligeiro repouso no disco.

Bem analisado “Fiction”, é ainda possível perceber que, apesar de este ser um disco mais sui generis, ou seja, mais pesado – parece que o experimentalismo de “Projection”, pelo menos por agora, está mesmo arredado do imaginário da banda – os Dark Tranquility obtêm um disco de tempos mais balançados do que propriamente regados daquela fúria rápida e mais técnica dos seus trabalhos iniciais, à excepção do tema “Blind At Heart”. Talvez por isso, em conjunto com a melodia de marca dos Dark Tranquility e seus ganchos infalíveis, este disco flua com normal facilidade, à semelhança do que aconteceu com os seus últimos discos.

“Fiction” é um conjunto de temas coeso, arquitectado com o mais rígido betão armado e que conservam a proeminência de uma aparente inesgotável criatividade . Se ainda assim se pode reclamar a repetição da fórmula, a verdade é que a força dos seus temas fala por si e por aí "Fiction" merece toda a nossa atenção. [8/10] N.C.

Monday, April 23, 2007

Prémios Açores Música 2006

Num formato hoje em dia isolado e muito inusitado ao longo da história musical açoriana, teve lugar no passado dia 18 de Abril, no Coliseu Micaelense, a primeira cerimónia de entrega dos Prémios Açores Música. Este evento partiu de uma concepção de longa data do jornalista e pertinaz apoiante da música açoriana José F. Andrade que se associou à empresa Só Festas, Lda. e em parceria com o jornal Açoriano Oriental, Rádio Açores TSF, site Música Total, Anima Cultura e Coliseu Micaelense colocou-a em prática. Segundo este, “o simples facto de se realizar uma noite como essa já é sinónimo de importância para os músicos açorianos. Digamos que é uma forma de os homenagear”, frisa. Partilhando desta ideia, tanto os nomeados como o público, reuniram-se no Coliseu Micaelense para saber o veredicto do júri ao qual cabia 50 por cento de uma decisão final repartida em igual proporção por uma votação pública, decorrida no site Músicatotal.net. Por entre o bom humor dos apresentadores e os espaços musicais dos Connection e Pedro Costa, a entrega dos prémios foi decorrendo ao ritmo de algumas críticas, retrospectivas mais sentidas, mas, sobretudo, muitos apelos de incentivo à música açoriana. Desde o convincente “viva a música” do teclista Carlos Frazão até à própria apresentadora – Solange Vieira - que defendeu que os músicos açorianos “deviam ser pagos para cantar”, passando pelo experiente Luís Gil Bettencourt que, em tom muito lúcido e conformado, diz que “os Açores são uma terra muito pequena e, por isso, com condições muito complicadas para os músicos” e que se estes quiserem chegar mais longe “devem ir para fora”, vários foram os elementos e pontos de interesse que tornaram esta numa noite importante para o panorama musical açoriano. Um momento também de reflexão onde se debateram os problemas do passado, olhou-se o presente e perspectivou-se o futuro da música regional. Tudo isto para recordar, bem como [naturalmente] os premiados, numa iniciativa que, sendo acima de tudo uma homenagem, abre também espaço a discussões e é, indiscutivelmente, mais uma [boa] forma de ajudar a promover os artistas açorianos.

PRÉMIO GUITARRISTA
Emanuel Paquete – Músico a solo

PRÉMIO BAIXISTA
Paulo Andrade – Músico de Sessão

PRÉMIO TECLISTA
Carlos Frazão – Músico de Sessão

PRÉMIO BATERISTA
Pedro Andrade – Baterista dos Morbid Death

PRÉMIO VOZ FEMININA
Helena Lavouras – Artista de Sessão

PRÉMIO VOZ MASCULINA
Sílvio Ferreira – Vocalista dos Connection

PRÉMIO BANDA REVELAÇÃO 2006
A Different Mind

PRÉMIO MÚSICA PORTUGUESA
Passos

PRÉMIO MUSICA POPULAR
Grupo de Cantares Belaurora

PRÉMIO ROCK/METAL
Morbid Death

PRÉMIO ESTÚDIO E PRODUÇÃO
Raul Resendes

PRÉMIO RÁDIO
António Melo Sousa – RDP Açores

PRÉMIO MÚSICO ESTRANGEIRO
Zica – Banda.com

PRÉMIO CARREIRA – ANIMA PRESTÍGIO
Luís Alberto Bettencourt
Aníbal Raposo
José Medeiros
Moniz Correia
Terinho
Luís Gil Bettencourt

Em quase todas as circunstâncias que envolvam prémios, ou “competição” [pelo menos como muitas pessoas os gostam de ver], a polémica é praticamente uma coisa indissociável e as opiniões divergem, muitas vezes, abruptamente. O caso dos Prémios Música Açores 2006 não foi excepção e colocou muita gente a protestar contra os sistemas online de votação e os critérios de nomeação. Para tentar esclarecer estas situações a SounD(/)ZonE abordou o autor do evento, José F. Andrade.

Quais foram os critérios para as nomeações?
Primeiramente, existiu uma lista composta por vários músicos em todas as categorias. Seguiu-se um "filtro", porque existiram nomes que ficaram guardados para o ano que vem. Este é o tipo de evento que não se pode ficar apenas por um ano. Se assim fosse, é óbvio que muitos mais seriam homenageados. Para além disso e, porque esta foi a primeira edição, não houve uma grande aposta em termos financeiros, porque ninguém sabia bem o que era isso do Açores Música. Acho que, em futuras edições, tudo será encarado de outra forma.

O que se passou com o sistema de votação que levantou alguma polémica?
Infelizmente, muitas pessoas pensavam que era apenas a votação on-line que ia determinar os vencedores e isso fez com que muita gente votasse várias vezes. Quem conhece esse tipo de eventos, sabe que esse ou qualquer outro sistema de votação está sempre sujeito a isso. O bom senso determina que haja sempre um júri para mediar todas as categorias.

Como responderias também às queixas das pessoas das outras ilhas que sentiram os seus músicos algo discriminados pelas nomeações do júri?
Esse é um assunto que, infelizmente, nunca se vai resolver, porque há sempre quem se sinta injustiçado o que é compreensível. Por outro lado, espero que esse tipo de eventos, faça com que os músicos e bandas de outras ilhas, dêem mais atenção ao arquipélago onde vivem e façam chegar a sua música também a São Miguel. É impossível saber que, na freguesia da ilha X, existe a banda Y que tem um guitarrista sensacional. Se não for notícia, não podemos saber se ele existe ou não, daí o apelo...

Texto: Nuno Costa

Fotos: André Frias [www.contratempo.com]

Corsários - Com novo single

“O Primeiro Filme” é o nome do novo single da banda açoriana Corsários, extraído do seu último álbum “De Pisar o Risco”, e que é lançado hoje [23], numa primeira versão, no site oficial da banda – www.corsarios.pt. Para além deste lançamento é possível constatar também a sua nova imagem e logotipo.

Saturday, April 21, 2007

Improviso Bar - Metal Night com Carlos Guimarães

No próximo dia 25 de Abril, o DJ Carlos Guimarães [RGA, ex-Loud] vai comandar as ondas hertzianas do Improviso Bar, em Espinho, a partir das 22h30. A juntar ao som vai rodar clips de Metal e oferecer CD’s em passatempos.

Defiled - Renascidos das cinzas

Após dois anos muito conturbados e que quase deitaram por terra a carreira da banda, os japoneses Defiled estão de volta com um novo line-up, novo site, concertos e novo material para ser registado em breve. A partir de finais de 2004, os antigos membros da banda foram progressivamente abandonando por motivos pessoais, permanecendo o guitarrista Yusuke Sumita que obstinadamente procurou e achou novos elementos para dar continuidade ao projecto. Para já a banda tem agendada uma digressão australiana entre os finais de Junho e o início de Julho.

Bestial Mockery - O regresso da escravatura

Os suecos Bestial Mockery encontram-se a registar o seu quarto álbum de originais, já baptizado de “Slaying The Life”, nos Nacksving Studios, na Suécia. Este será o seu primeiro disco para a francesa Season Of Mist, cuja data de lançamento ainda está por definir.

Arcturus - Um ponto final

Os noruegueses Arcturus anunciaram na passada terça-feira o fim da sua carreira. Os autores de “Sideshow Symphonies”, o seu último disco para o mundo, lançado em 2005, decidiram pôr um ponto final numa carreira muito bem sucedida devido a alegadas dificuldades dos seus membros em conciliar os seus outros projectos e vida pessoal com a banda. Este era já um lendário nome da música extrema, formado em 1990, por onde passaram elementos dos Emperor, Mayhem e Ulver.

Hiffen - Ao vivo em Ponta Delgada

Os açorianos Hiffen vão actuar no próximo dia 25 de Abril nas Portas da Cidade de Ponta Delgada, num concerto integrado nas celebrações da “Revolução dos Cravos”.

Tom Morello - Revolução solitária

Num momento em que o futuro dos Audioslave é uma incerteza, como consequência da saída de Chris Cornel, o guitarrista Tom Morello aposta na sua carreira a solo e já no próximo dia 24 de Abril vai lançar no mercado o primeiro disco dos The Nigthwatchman, o pseudónimo que assina “One Man Revolution”. Como o próprio nome do álbum indica, este é um trabalho que incide muita numa mensagem interventiva, à boa maneira da sua antiga banda – Rage Against The Machine – que, neste caso, aponta quase todas as suas baterias, leia-se críticas, ao presidente George W. Bush. Como já fora desvendado, este é um disco baseado na íntegra em composições executadas em viola acústica. Um trabalho diferente que, segundo Morello, “é capaz de derrubar o governo norte-americano”.

Ozzy Osbourne - O pai de volta

O veterano Ozzy Osbourne vai regressar aos discos no próximo dia 22 de Maio, com o álbum “Black Rain”, via Epic Records. Entretanto, o ex-Black Sabbath já lançou, no passado dia 13 de Abril, o seu primeiro single, intitulado “I Don’t Wanna Stop”. Este novo disco foi gravado em Los Angeles, no estúdio do próprio artista, do qual já se podem escutar algumas faixas no seu site oficial.

Thursday, April 19, 2007

Ill Niño - No Paradise Garage

Os norte-americanos Ill Niño regressam a Portugal no próximo dia 27 de Abril para um concerto no Paradise Garage. As portas abrem às 20h00 e o espectáculo começa às 21h00. Os bilhetes valem 20 euros e podem ser adquiridos nos CTT Correios, Agência ABEP, Agência Alvalade, www.plateia.iol.pt, Carbono (Lisboa e Amadora), The Shoppe Bizarre, Portugal Ultra e no próprio Paradise Garage. A banda volta assim ao nosso país numa altura em que está para muito breve a edição do seu novo trabalho, “Enigma”, o primeiro pela Cement Shoe Records, provavelmente editado em meados de Junho.

Morbid Death - Ao vivo na RDP - Antena 1 Açores

Os açorianos Morbid Death vão actuar no dia 2 de Maio, às 23h00, nos estúdios da RDP – Antena 1 Açores, no programa “A Noite” da autoria de João Goulart. Pode escutar a emissão online em www.rdp.oninet.pt/rdpacor. As entradas são gratuitas. Atendendo ao espaço limitado, é-lhe dada a hipótese de reservar o seu lugar enviando o seu nome completo para o e-mail paulojsousa@gmail.com.

ThanatoSchizO - Primeiro vídeo de estúdio

Em estúdio desde dia 7 Março, os ThanatoSchizO disponibilizam agora no portal YouTube o primeiro vídeo das primeiras sessões de gravação do seu quarto álbum que estão a decorrer com o habitual Luís Barros nos Rec’N’Roll Studios. Este pode ser visto neste link: www.youtube.com/watch?v=_B2DOdsGmMA. Como já fora anunciado, o grupo de Santa Marta de Penaguião vai contar neste disco com as participações de Timb Harris [Estradasphere] e Svein Egil Hatlevik a.k.a. Seh [Zweizz, Fleutery, ex-Dodheimsgard]. O álbum, ainda sem título anunciado, tem data de edição agendada para meados do presente ano.

LoveYouDead - No Club Jet

Os lisboetas LoveYouDead actuam esta sexta-feira [20 de Abril] no Club Jet, em Abrantes, a partir das 00h00. A entrada é equivalente ao consumo mínimo – 5 euros [senhoras] e 7 euros [senhores].

Tuesday, April 17, 2007

13º Super Bock Super Rock - Cartaz concluído

O cartaz para a edição deste ano do Festival Super Bock Super Rock está finalmente concluído. No primeiro acto do festival, a ter lugar no dia 28 de Junho, estão então agendadas as actuações dos Men Eater, More Than A Thousand, Blood Brothers, Mastodon, Joe Satriani, Stone Sour e Metallica. Uma semana depois, no segundo acto a decorrer durante três dias, vão actuar, no dia 3 de Julho, os Bunnyranch, The Gift, The Magic Numbers, Klaxons, Bloc Party e Arcade Fire, no dia 4 de Julho os Mundo Cão, Linda Martini, Clap Your Hands And Say Yeah, The Rapture, Maximo Park, LCD Soundsystem e The Jesus And Mary Chain, e no dia 5 de Julho Anselmo Ralph, Micro Audio Waves, X-Wife, The Gossip, TV On The Radio, Scissor Sisters, Interpol e Underworld. A este cardápio falta apenas acrescentar a banda vencedora do passatempo “Preload” promovido pela Super Bock. Os bilhetes já se encontram à venda e o seu valor está firmado em 78 euros [para os 4 dias] e 40 euros [bilhete diário]. Os portadores do passe para os 4 dias terão direito a acampamento gratuito no Estádio do Sacavenense, entre os dias 27 de Julho e 6 de Julho. No entanto, este é limitado à capacidade do estádio. Em Portugal, os bilhetes podem ser adquiridos por multibanco, nas lojas Fnac, balcões dos CTT, Agências ABEP e Alvalade e no site Ticketline. Em Espanha, os bilhetes podem ser adquiridos pela Break Point e Ticktackticket. Mais informações em http://www.superbocksuperrock.net/.


Napalm Death - Informações finais

Como já fora anunciado anteriormente, os britânicos Napalm Death vão regressar ao nosso país, no dia 9 de Maio, para uma actuação no Cine-Teatro de Corroios. A abrir o espectáculo recordamos que estarão os lisboetas Painstruck e os luso-romenos God. Á informação já relatada ainda não tinham sido divulgados os locais de venda dos bilhetes, bem como o próprio cartaz promocional. Sendo assim, os bilhetes para o regresso dos Napalm Death ao nosso país custam 20 euros (antecipadamente) e 23 euros (no dia do espectáculo) e estarão à venda nas lojas Carbono, Portugal Ultra, Big Punch e no site Plateia.pt.

Prémios Açores Música 2006 - Cerimónia amanhã no Coliseu Micaelense

É já amanhã, 18 de Abril, que será celebrada a cerimónia de entrega dos Prémios Açores Música 2006, a decorrer no Coliseu Micaelense a partir das 21h00. Este representa o culminar de uma votação pública levada a cabo no site www.musicatotal.net e que visa homenagear artistas, músicos e pessoas ligadas à música nos Açores. Existem nomeações nas categorias guitarrista, baixista, teclista, baterista, voz feminina, banda revelação, música portuguesa, música popular, rock/metal, produção e estúdio, músico estrangeiro e carreira. Ao longo da noite haverá também lugar a três actuações ao vivo, em formato acústico, por intermédio dos Connection, Pedro Costa e do trio Terinho, Marcos Ávila e São Pontes. Esta é uma produção Açoriano Oriental, Rádio Açores/TSF, RTP – Açores, Música Total, Anima Cultura, Coliseu Micaelense, com a coordenação de José F. Andrade. As entradas são livres.

Review

IMPULSO ATLÂNTICO
"Ataque Frontal"
[2CD – Impulso Atlântico]

É verdade que apesar da luta aguerrida que se vive em qualquer movimento de essência “subterrânea” esta nem sempre é suficiente para fazer chegar ao conhecimento de todos os valores e trabalhos de cada um. A concorrência é enorme, os nomes em número desmesurado e, muitas vezes, o espanto é mais que natural quando nos chega ao conhecimento compilações completíssimas como esta que mais parecem mega-montras de uma, sem dúvida, cada vez maior superfície musical portuguesa. Neste caso, o item chama-se “Ataque Frontal” e é um registo duplo que reúne 50 bandas de punk e hardcore nacionais, incluindo também três da ilha Terceira – Manifesto, Resposta Simples e Fora de Mão.

Se muitas vezes são duvidosas as pretensões deste tipo de trabalho ou mesmo desinteressante a selecção que os compõe, em “Ataque Frontal” a Impulso Atlântico – uma força promotora composta por pessoas naturais da ilha Terceira – parece não ter esquecido ninguém, dando visibilidade tantos aos projectos já consagrados – Tara Perdida, Peste & Sida, Mata-Ratos, Acromaníacos, Trinta & Um – como a nomes mais recentes mas não menos importantes - Twentyinchburial, Easyway, Fiona At Forty, If Lucy Fell, For The Glory, Albert Fish, entre outros -. Sendo assim, este projecto surge-nos derivado de um criterioso processo de selecção onde assenta a qualidade da maior parte das bandas desta compilação. Tudo isto para além da sua enorme utilidade.

Este é um trabalho que já nos chegou numa segunda vaga de promoção, por intermédio do percursor desta idéia – Paulo Lemos -, mas que, pelo seu mérito, angaria toda a legitimidade para em qualquer [boa] hora ser devidamente promovido. Um registo memorável para o punk/hardcore nacional. [/] N.C.

Gotthard - Novo vídeo registado

Enquanto “Domino Effect”, o novo disco dos Gotthard, não sai, a banda de hard rock suiça esteve já a filmar o videoclip para o seu primeiro single durante a semana passada. O tema escolhido foi “Call” e foi gravado em Nuenberg, na Alemanha, por Martin Mueller da televisão RCN, tendo como pano de fundo o famoso Grand Hotel. Tratando-se de uma balada o baixista Marc Lynn confessou ao jornal Nuernberger Zeitung que, ainda assim,“a banda pretendia que este fosse tudo menos tradicional. Por isso, a dada altura, é servido um coração por um criado numa cena em que Steve Lee, o nosso vocalista, está sentado no restaurante do hotel com uma rapariga”. "Domine Effect" chegará às lojas no dia 27 de Abril, via Nuclear Blast.

Hammerfall - Larsson regressa dez anos depois

Fredrik Larsson, membro original dos Hammerfall entre 1994-97, está de regresso ao colectivo sueco após dez anos de ausência. Este regresso à banda acontece no seguimento do abandono de Magnus Rosen que se justificou pela sua vontade de se dedicar aos seus projectos. De ambas as partes o entusiasmo é grande, da parte de Fredrik por regressar a uma casa que conhece muito bem e da parte dos Hammerfall por considerarem que Fredrik “traz-lhes estrutura à secção rítmica”, cuja diferença acreditam se poder “ouvir e sentir ao vivo”. Este mudança de line-up, contudo, não vai alterar as datas que a banda já tinha agendadas.

Monday, April 16, 2007

Septic Flesh - A fénix renascida

Os Septic Flesh estarão de volta aos discos ainda este ano pela francesa Season Of Mist. Após terem dado por terminada a sua carreira em 2003, Seth, Chris Antoniou, Sotiris V. e Fotis Bernardo decidiram dar de novo vida a esta lendária banda grega, após nos últimos anos se terem dedicado a outros projectos musicais. O sexto trabalho dos Septic Flesh ainda não tem título mas promete agregar todos os elementos porque se tornaram famosos. Em particular, vão ter destaque neste disco os arranjos neoclássicos, característica intrínseca no modo de composição de Chris Antoniou que aqui comandará uma orquestra de 80 músicos e 32 vozes. Por fim, o disco será gravado e misturado nos Fredman Studios, onde, de resto, os Septic Flesh registaram os seus dois últimos trabalhos.

Atrox - Extravagante novo capítulo

A excêntrica banda norueguesa Atrox, auto-subcategorizada "schizo" metal, vai regressar aos discos este ano, de novo pela Season Of Mist, após ter concluído uma curta passagem pela Code 666 pela qual lançou o seu último trabalho “Terrestrials” [2002]. Ainda se desconhece o título do seu novo disco bem como a sua data de lançamento, mas este já foi descrito pela banda como “um trabalho cheio de contrastes [...], entre a electrónica moderna e instrumentos vintage numa simbiose rara. Os Atrox sempre foram considerados visionários no metal e esta ideia não vai mudar, com certeza, neste novo álbum”.

Esoteric - Finalmente com novo baterista

Joe Fletcher é o novo baterista dos Esoteric. A banda de doom britânica põe assim fim a uma procura de 18 meses por um baterista que encaixasse com as suas exigências e perfil. Contudo, a banda procura agora um elemento para a terceira guitarra após Steve Peters ter abandonado o colectivo recentemente. Se é pretendente ao lugar pode obter mais informações no MySpace da banda ou através do e-mail greg@sinistrous.demon.co.uk. Por fim, a banda já possui mais de 100 minutos de material que será registado a partir do próximo mês e que constitui aquele que será o seu quinto álbum. Este, possivelmente, terá formato duplo e será lançado em finais de 2007.

The SymphOnyX - No Centro Cultural Vila Flor

No próximo dia 24 de Abril os vimaranenses The SymphOnyX actuam na sua terra natal, mais precisamente no Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor, pelas 22h00. As entradas são livres.

Friday, April 13, 2007

4º aniversário SounD(/)ZonE - Amanhã o grande dia...

A "azáfama" já se instalou... A montagem do material e o aprumar dos últimos pormenores já deixam aquele cansaço que nestes casos sabe bem. Amanhã é um dia de festa e espera-se que assim o vivam!

Entretanto, o grande intuito deste post é mesmo apelar a que apareçam em massa (os açorianos) amanhã no bar no PDL... Gostaríamos imenso de ter a comunidade metaleira toda reunida, a casa cheia, para a partilha daquela que, acredito, seja uma das maiores notícias de sempre para o panorama metálico açoriano.

Que partilhemos todos essa "chama"!

Up the metal flag, god damn!

Nuno Costa

Thursday, April 12, 2007

Thrashmania 2 - Sodom em Corroios

Os lendários thrashers alemães Sodom regressam ao nosso país no dia 12 de Maio, encabeçando a segunda edição do Thrashmania, que decorrerá no Cine-Teatro de Corroios e em que estarão como bandas suporte os Angriff e os Alcoholocaust. Os bilhetes custam 16 euros [antecipadamente] e 18 euros [no dia do concerto]. Mais informações através dos e-mails jose.rocha.15@netvisão.pt e nemesis@nemesismusica.com.

"Light Against Time" - Exposição fotográfica em Setúbal

Após ter passado por Portalegre, Castelo Branco, Santarém e Lisboa, o fotógrafo Nuno Moreira leva a sua exposição itinerante “Light Against Time” - que retracta figuras conhecidas do universo musical nacional e estrangeiro – ao Fórum Luísa Todi, em Setúbal, estando já aberta desde o dia 3 de Abril, indo permanecer neste espaço até dia 15 do presente mês. Neste momento, a exposição do fotógrafo acresce 30 novas películas, nomeadamente de Bernardo Sasseti, Moonspell, Goldfrapp, Antony And The Johnsons, Mão Morta, Maria Rita, Alice Cooper, Dead Combo, Marilyn Manson e Jacinta.

Wednesday, April 11, 2007

Entrevista Process Of Guilt

PROCESSOS DE RENÚNCIA

A ameaça já se vem propagando desde de 2002 altura em que estes eborenses lançaram “Portraits Of Regret”. A forma desmesurada como têm crescido e angariado o respeito do público já os vinha prenunciando como um dos maiores projectos nacionais, apenas a pecar pela ausência de um longa-duração. A hora foi chegada em finais de 2006, quando foi editado “Renounce”, ainda a tempo de constar da lista dos melhores lançamentos nacionais em variados rankings. “Renounce” é unanimemente um bom disco de doom em qualquer zona do globo e, para nós, portugueses, este é um grande motivo de orgulho. O vocalista e guitarrista Hugo Santos transporta-nos para o interior obscuro desta banda de referência.


Alguns meses passados após o lançamento de “Renounce” continuam-vos a chegar excelentes reacções ao vosso disco de estreia. Têm superado realmente as vossas expectativas?
As críticas e as reacções a «Renounce» continuam a chegar-nos de modo continuado pelo que, certamente, uma reacção deste género e tão continuada nos surpreende, e de modo bastante positivo.

Para uma banda que detém uma imagem respeitável como a vossa no panorama musical nacional e que já surgiu em 2002, podemos dizer que já tardava o lançamento do vosso primeiro disco. Este era um momento muito aguardado pelos fãs e por vocês também, acredito...
Há muito que ambicionávamos lançar um longa duração. No entanto, podemos dizer que encarámos de forma bastante natural todo o processo de crescimento, nosso e da banda, até ao ponto em que se criaram as condições necessárias à gravação de «Renounce».

Digamos que estavam como que a “apalpar” terreno... Por outro lado, subscreves se disser que esta projecção também não se proporcionou mais cedo porque ninguém tinha colocado fé em vós antes?
Em parte, foi uma decisão consciente deixar crescer os temas e encontrar o melhor momento para os podermos registar em estúdio de acordo com a nossa evolução enquanto músicos. Por outro lado, há toda uma questão de disponibilidade no nosso quotidiano que foi necessária articular com a entrada em estúdio de modo a podermos optimizar os tempos de gravação e misturas. No que respeita a agentes externos à banda houve alguns interesses por parte de editoras ao longo do processo de desenvolvimento da banda, mas nada de especial relevo, até ao contacto da Major Label Industries.

Aparentemente, eles acreditam muito em vós e não tiveram dúvidas em fazer dos Process Of Guilt a sua primeira banda! Como surgiu este contacto?
Todo o contacto com a MLI surgiu de um modo muito decidido e dedicado, sendo que acontece já em plena fase de gravação em estúdio, o que para nós foi muito positivo, possibilitando-nos outro nível de garantias relativamente ao lançamento de «Renounce». A relação com a MLI resultou de um conhecimento e de um apoio que já vinha desde a época das nossa demos, pelo que, quando se formulou a hipótese de um contacto mais profissional, não hesitámos, uma vez que sabíamos à partida que tínhamos hipótese de crescer conjuntamente com a MLI enquanto sua prioridade.

Apesar da MJI ser uma estrutura muito incipiente demonstra capacidades de difusão muito grandes. O vosso trabalho tem chegado a quase todo o mundo, certo?
Sim, a rede de distribuição de «Renounce» estende-se quase a todo o mundo, facto resultante de um esforço constante e insistente por parte da MLI. Por vezes as coisas demoram um pouco mais a acontecer como consequência de ser ainda uma estrutura relativamente recente. No entanto, julgo que o caminho será progressivamente de maior crescimento e estruturação para a MLI.

Ainda no plano das reacções... Sentem algum gozo especial por “Renounce” constar em várias poles referentes aos melhores de 2006 em Portugal? O terceiro lugar para a redacção da Loud!, por exemplo, é um daqueles motivos particulares de orgulho?
Podemos dizer que ficamos sempre agradados com todas as reacções positivas que obtemos relativamente a «Renounce». Quanto maior divulgação tiver o suporte em que essas críticas surgem (revistas, webzines, blogs) maior será a possibilidade de a nossa música suscitar a curiosidade por parte de quem lê as críticas e, nesse aspecto, julgo que em Portugal o facto de «Renounce» ser eleito o terceiro melhor disco na pole da Loud! constitui uma boa fonte de divulgação.

Analisando “Renounce”, começava por perguntar-te a que renúncia se referem no título do vosso álbum...
Não há um objecto em particular alvo da renúncia a que o título se refere, há antes um constatar de um motivo, de uma linha ao longo de todo o CD que reporta a um sentimento de renúncia, de negação, de alguns sentimentos que potenciaram a ambiência presente nas músicas que integram “Renounce”. Toda a envolvência do CD procura remeter para esse imaginário, desde a música, às letras até à própria componente gráfica.

Em que aspectos musicais consideras que este álbum diverge dos seus anteriores registos?
Julgo que este CD resulta como a consequência, mais ou menos directa, de toda a música que produzimos anterior a “Renounce”. Podemos referir que há uma melhor produção, uma melhor execução, uma melhor captação dos instrumentos. No entanto, aquilo que para nós foi a maior evolução relativamente aos anteriores registos foi a forma como as diferentes músicas respiram de modo a poderem construir a paisagem sonora áspera, envolvente e melancólica que ambicionámos para este registo.

A nível estilístico os Process Of Guilt apesar de serem bastante fiéis às raízes do estilo, conseguem momentaneamente aproximar-se do chamado pós-doom pelas suas passagens mais melódicas e ambientais. Concordas?
Sim, acho que temos elementos introspectivos de cariz mais melódico que acrescentam uma outra ambiência à música que elaboramos. No entanto, para nós, não correspondem a um rótulo muito definido, apenas representam um desenvolver da nossa linguagem de acordo com o que determinada música requer para a sua evolução e concretização.

Por outro lado, a banda também cria algumas passagens mais rápidas. Têm a intenção de diversificar e não criar trabalhos tradicionalmente doom, somente demarcados pela sua vagarosidade do princípio ao fim?
A alternância de tempos que existe na nossa música resulta do facto de querermos produzir música que reflicta a nossa expressão de acordo com um determinado sentimento. Por vezes, tal requer que a música se torne mais rápida e violenta, por outras mais contemplativa e melódica, e aí não nos inibimos de incorporar na nossa música outras influências que temos para além do doom metal, como o death, o post-rock ou o darkwave, uma vez que esta diversidade complementará a nossa evolução e reforçará a nossa atractividade musical.

Como surgiu a hipótese deste disco ser masterizado na Suécia?
Após o contacto com a MLI surgiu a oportunidade de efectuarmos uma masterização extra estúdios Quinta Dimensão o que, no entendimento da banda e do João Bacelar, proporcionaria uma outra dimensão à sonoridade de «Renounce», funcionando quase como uma segunda opinião sobre o assunto. A partir deste momento elaborámos uma lista de nomes que, pelo seu trabalho, nos interessavam e foi a partir daí que chegámos ao Thomas Eberger nos Cutting Room, na Suécia, que já tinha trabalhado com bandas como Katatonia, Opeth, Daylight Dies e que cumpriam o espectro sonoro que ambicionávamos para este trabalho de masterização..

Para encarnar o doom é mesmo preciso viver-se os sentimentos que se tocam? Tentas colocar-te num determinado estado de espírito para compor temas para os POG?
Não somos de todo pessoal melancólicas que incorporem tamanha dose de pesar à sua vida, apenas tentamos explorar uma faceta dos nossos sentimentos cujo desenvolvimento e exponenciação permitem a elaboração de música. Por muito que procure, por vezes, colocar-me num determinado estado de espírito para compor música, os melhores riffs acabam sempre por aparecer de forma e em momentos inesperados, pelo que o melhor mesmo é deixar surgir as ideias, principalmente nos ensaios, e aproveitarmos a ambiência do momento.

Évora e o seu ambiente de interior, mais calmo, contribui para o que os Process Of Guilt fazem?
Sendo que três quartos da banda é de Évora, julgo que tal se reflecte na nossa musicalidade, uma vez que somos sempre um reflexo de todas as influências que nos rodeiam e, obviamente, o local onde crescemos não é alheio a este facto. No entanto, julgo que há outras influências, nomeadamente ao nível do que ouvimos que acabam por ser muito mais determinantes para a música que criamos.

Há dias decorreu o 13º Mangualde Hard Metal Fest onde subiram ao palco ao lado de nomes tão sonantes como Malevolent Creation e Rotting Christ. Como correu a experiência?
O concerto em Mangualde correu bem, julgo que o público aderiu bem e a prestação das bandas pode considerar-se de forma geral bastante boa. Neste momento estamos ocupados com a preparação dos dois concertos que vamos efectuar com Katatonia no Porto, no Teatro Sá da Bandeira, no dia 11 de Abril e em Lisboa no Paradise Garage no dia seguinte, 12 de Abril, sendo que obviamente nos encontramos muito agradados por podermos partilhar o palco com uma banda que também é uma referencia para nós.

Ao vivo como tem decorrido a apresentação de “Renounce”, bem como o feedback do público?
Nas apresentações que efectuámos ao vivo até agora tem sido onde maior feedback temos obtido por parte do público, havendo maioritariamente reacções de agrado em relação à nossa actuação. Num ambiente ao vivo tentamos recriar a ambiência geral dos nossos registos sendo que procuramos incorporar-lhe uma dimensão de presença e sentimento adicional, que, de facto, transforme a nossa actuação num momento intenso e expressivo.

Uma vez que as coisas estão a correr-vos bastante bem com “Renounce” já pensam em hipóteses de uma digressão mais longa dentro ou fora de portas?
Vamos ver como as coisa acontecem nos tempos mais próximos, uma vez que certamente a hipótese de levarmos a nossa música para fora de portas também passa pelos nossos objectivos...

Nuno Costa

Monday, April 09, 2007

SounD(/)ZonE - 4 anos de vida!

Do preto e branco das nossas páginas fotocopiadas até ao nosso modesto mas útil e acarinhado blog, já lá vão 4 anos. Pela névoa das nossas memórias longínquas descansam fragmentos de muita alegria, excitação e também muito trabalho, numa já longa experiência de todo inolvidável e imperecível. 48 meses de vida, milhares de notícias editadas, centenas de reviews e entrevistas efectuadas, eventos organizados e uma paixão que vai desbravando um mar de contrariedades que parece não ter fim. O único alimento é o impulso obsessivo de quem interiorizou de maneira obstinada este tipo de música como algo esplendoroso e essencial à sua existência, em que tudo parece não ter sentido na sua ausência. Nada mais nos resta do que mantermo-nos munidos de nossas convicções e, de corações (metálicos) bem ao alto, continuar a apregoar e espalhar a beleza deste mundo.

Já de obsessão aqui se falou mas, complacente com a sua própria natureza semântica, é necessário acrescentar-lhe o termo “irreflectibilidade” que envolve intimamente quem se lança em tão arriscadas aventuras. As oportunidades para abortamos não tão raramente surgem e quando estes pensamentos nos assolam, essencialmente em forma de análises muito lúcidas da nossa realidade, é muito difícil não sucumbirmos perante eles.

Para quem nos tendemos a virar quando isto acontece?... Eu normalmente acredito que sou invariavelmente culpado e responsável por todo o meu estado de existência. E se assim for para o consciente de todos os outros veríamos facilmente que nós, família metaleira (portuguesa claro...e açoriana em particular), poderíamos encontrar-nos num muito transfigurado (para melhor, claro) estado de graça, caso o esforço fosse muito maior em prol daquilo que muitos militantes desta “ordem” convencionam assumir como paixão .

Em tempo de aniversário os discursos são frequentes, mas aqui prefiro aproveitar o espaço de antena para apelar à união (essencialmente esta) entre todos os “átomos” desta cadeia cuja coexistência passa impreterivelmente pela acção dedicada e verdadeira quer de público, artistas, órgãos de comunicação ou entidades promotoras.

Muito feliz pela comemoração deste 4º aniversário termino com um sincero agradecimento aos meus pais, broda Ruben Bento, Carolina Novaes, João Arruda, Dico, João Pedro, Paulo Jorge Sousa, André Frias, Super Bock, a todos os meus amigos de “sangue” que me acompanham diariamente, a todas as bandas participantes no concerto de 4º aniversário da SounD(/)ZonE e, por último, a todos os leitores e apoiantes da nossa zine.

Que próxima sexta-feira 13 (!) de Abril seja uma noite inesquecível onde comunguemos todos de uma cerimónia em que o Metal seja a Lei!!

Nuno Costa