Tuesday, February 28, 2006

Hammerfall - Preparam regresso

Os suecos Hammerfall já terminaram metade das composições para o seu próximo álbum. O álbum sairá em Outubro próximo e, segundo o guitarrista Oscar Dronjak, o material até agora tem saído muito variado e de grande qualidade. Oscar acrescenta ainda que este material segue a linha do “Chapter V: Unbent, Unbowed, Unbroken” mas com os horizontes mais abertos dentro daquilo que os Hammerfall costumam fazer. Até a momento, ainda é desconhecido o nome do álbum e os títulos dos temas.

Testament e Sinister em Portugal

Nos dias 10 e 11 de Março decorre em Corroios (Seixal, Almada) um festival de metal que vai trazer os Sinister e os Testament de volta ao nosso país. Para além destes cabeças-de-cartaz, constam ainda do cardápio os Antaeus (Fr), Opus Draconis (Port) e Moléstia (Por) no primeiro dia e os Painstruck (Por), Neurotic (Por) e Angriff (Por) no segundo. O preço dos bilhetes são de 10€ (compra antecipada) e 13€ (no dia) para o dia 10, e 20€ (compra antecipada) e 23€ (no dia) para o dia 11. Para os dois dias (compra antecipada) o ingresso custa 25€. Poderá obter os bilhetes em Lisboa, na Viriatus , Dark Doll, Fnac, Xaranga e Neon Records. No Porto eles encontram-se à venda no Hard Club e na Oblivion.

RESERVAS : 963370100 /

No dia 4 de Março decorre ainda uma festa de apresentação do concerto no Ritmus Bar com a banda RCA.

Monday, February 27, 2006

Live Zone [report]

KOVERS
23.02.06 - Bar PDL, Ponta Delgada

Se já nos vinha sendo hábito presenciar, esporadicamente, a concertos de covers em bares e outros locais de espectáculos em S. Miguel, o que não contávamos agora era que outro núcleo de músicos nessa área (metal) se empenhasse também em seguir os mesmos moldes. Isto até porque já nos tínhamos habituado a ver o line up do Unrecovers/Undercovers a desfrutar de um certo monopólio ideológico, numa área que pensávamos não haver espaço para mais um nome. Daí a surpresa, uma surpresa muito agradável até porque constitui uma nova alternativa dentro destes moldes e que pode muito bem espicaçar os veteranos da ideia que têm vindo a dar sinais de alguma estagnação. De qualquer forma, isto não tem que ser visto como uma competição, como é óbvio.

Sendo assim, o line-up que constitui esta nova formação de covers é composto por Filipe Vale (vocalista Self Defense), Luís Silva (guitarrista Reborn, Psy Enemy), Fábio Amaro (guitarrista ex-Nyrotik) Ricardo Conceição (guitarrista Self Defense) aqui no baixo e João Freitas (baterista ex-Nyrotik). Ao olharmos para o cartaz ressalta de imediato os nomes [sonantes] implicados e a exigência técnica que isso vem trazer aos músicos. Sabendo da excelente habilidade de alguns dos músicos intervenientes e de outros que ainda não nos tinham sido dados a conhecer mas de quem já nos tinham sido dadas óptimas referências, ficava a confiança de que estes podiam fazer um excelente trabalho, mas, mesmo assim, a curiosidade era enorme de ver como se “desenvencilhavam” de temas de Lamb Of God, Mudvayne, Slipknot ou Metallica.

Com a entrada de “Ruin” dos Lamb Of God ficou, desde cedo, patente que estes músicos sabiam muito bem o que estavam ali a fazer. Se no geral, é preciso bons músicos para desempenhar estes temas, particularmente um bom baterista, João Freitas deixou-nos aqui convictos de que estamos perante um dos melhores e mais tecnicistas bateristas de S. Miguel, sem dúvida... Uma das [poucas] “fraquezas” deste colectivo, um autêntico calcanhar de Aquiles, foi a prestação melódica de Filipe que esteve muito aquém do desafio. De qualquer forma, é óbvio que desafiar a voz de Corey Taylor e Chüd não é tarefa [nada] fácil... De qualquer maneira, respeita-se a coragem e congratula-se pelo registo agressivo que (este sim) esteve a grande nível. Com o desenrolar do evento foram-se passeando alguns clássicos, outros nem tanto, sempre primorosamente executados e que deixavam progressivamente animados os presentes. Nomeadamente, “Laid To Rest” (Lamb Of God), “Forget To Remember” (Mudvayne), “Duality” (Slipknot), “Roots” (Sepultura), “Primitve” (Soulfly), “The Blood, The Sweat, The Tears” (Machine Head), “Damage” (Fear Factory) e “Fuel” (Metallica) foram os temas que mais se destacaram nesta noite de peso, com direito a encore já que o público não quis deixar o quinteto abandonar o palco à primeira, como forma justa de apreço pelo seu excelente desempenho.

No que toca a aspectos negativos, só temos a lamentar o facto de a banda se ter apresentado praticamente "estática" do princípio ao fim do espectáculo, não contribuindo nada para que o público açoreano (já de si “difícil”) se livrasse das suas “amarras” psicológicas e se lançasse num saúdavel mosh. De facto, faltou só mais um pouco de ambiente para que a noite se tornasse verdadeiramente memorável. A nível de som, tem já vindo a ser provado que o pequeno bar PDL tem acústica suficiente para albergar este tipo de eventos. Nesta noite, em particular, notou-se alguma falta de força nas guitarras, o que veio a ser corrigido com o decorrer da noite, mas isso não foi, certamente, problema do espaço. Resumidamente, uma noite em que João Freitas brilhou destacadamente e em que o público bem se pode orgulhar de ter ganho mais um excelente colectivo de covers.

Nuno Costa

Fotos: André Frias [www.contratempo.com]

Down - Reunião e álbum

Segundo as declarações de Pepper Keenan, guitarrista e vocalista dos Corrosion Of Conformity e guitarrista dos Down, ao site francês HeavyMusic.free.fr, existe planos para reunir os Down para uma nova digressão europeia e para a composição de um novo álbum. Keenan em conjunto com o baterista Jimmy Bower (guitarrista EyeHateGod, Superjoint Ritua), o baixista Rex Brown (ex-Pantera), o guitarrista Kirk Windstein (Crowbar) e o vocalista Philip Anselmo têm estado em conversações no sentido de trazer a banda à Europa ainda antes de começarem a compor o seu terceiro trabalho que, eventualmente, sairá em 2006. Pelas afirmações de Keenan, Philip Anselmo encontra-se totalmente recuperado de uma cirurgia a que foi submetido em Novembro e, por isso, toda a banda se encontra apta para entrar no activo novamente. Entretanto, foi disponibilizado no fórum do site da banda dois ficheiros áudio contendo dois espectáculos completos dos Down em 2002, o primeiro em Maio na Cajun House, em Scotsdalle, e o segundo em Novembro no Voodoo Fest, em Nova Orleães.

http://www.down-nola.com

Voivod - 14ª investida

“Katorz” é o título do próximo álbum dos canadianos Voivod. As misturas já estão concluídas e tiveram a assinatura do produtor Glen Robinson, nos estúdios Multisons em Montreal, Canadá, faltando só a masterização que está já a decorrer em Nova Iorque. O sucessor de “Voivod” (2003) representará o primeiro álbum da banda, em 20 anos, sem a presença do guitarrista e fundador Dennis “Piggy” D’Amour após ter falecido a 23 de Agosto do ano passado. Contudo, a banda do ex-Metallica Jason Newsted (baixo) ainda não estabeleceu uma data para o lançamento de "Katorz"

Saturday, February 25, 2006

Mnemic - Regresso em 2006

Os dinamarqueses Mnemic vão entrar em estúdio no próximo mês de Maio com Shaun Tingvolt (Strapping Young Lad, Lamb Of God) e Olde Christian Wolbers (Fear Factory) para a gravação do seu terceiro trabalho de originais. As gravações decorrerão nos estúdios Bomb Shelter do baterista Eric Kretz (ex-Stone Temple Pilots) em Los Angeles, Califórnia, e as misturas ficarão a cargo de Andy Sneap (Machine Head, Exodus, Arch Enemy, Nevermore) nos seus estúdios Backstage em Derbyshire, Reino Unido. Este novo álbum marcará a estreia do vocalista Tony Jelencovich (ex-Transport League e B-b-Thong), substituto de Michael Bogballe desde Setembro, e tem data de lançamento marcada para finais de 2006.

Antevisão - Novo Mini-CD Neurotic

Após a honrosa presença, no passado dia 18 de Fevereiro, na abertura do concerto dos irlandeses Primordial, na Associação de Músicos de Faro, os algarvios Neurotic têm agora mais um requintado compromisso ao vivo, desta feita no dia 11 de Março, em Corroios (Almada), ao lado dos americanos Testament. Isto demonstra o estatuto que esta banda de death metal de Lagos já goza no nosso país e daí acresça o interesse pelo seu próximo trabalho. Sabendo que já decorrem as gravações do seu próximo mini-CD, a SounD(/)ZonE decidiu colocar umas breves questões a Ângelo Rodrigues (guitarrista, produtor e principal compositor), que não prevê ainda data de término para as gravações, mas afirma que este será um regresso ainda mais "death metal"!

As gravações do vosso novo mini-CD já decorrem desde Setembro, certo?

Não diria que decorrem desde Setembro, mas sim que começaram em Setembro. Aliás, finais de Agosto, para ser mais exacto. As gravações não têm sido contínuas. Desde então, tive muito tempo parado, por motivos vários, entre os quais, pouca disponibilidade e alguns concertos importantes agendados. Estamos também a tocar com dois novos músicos ao vivo, o que também me tirou muito tempo – ensaios, etc.

Que fases da gravação já estão concluídas?
Até à data, só temos as faixas de bateria gravadas. Falta, portanto, captar o resto dos instrumentos – guitarra, baixo e voz –, proceder à mistura dos mesmos e masterizar.

As gravações têm decorrido sem problemas? Está tudo a ficar conforme desejam?

Há pouco para avaliar mas, sim, o pouco que gravámos está excelente. O Marco fez um trabalho incrível na bateria.

Tu é que és o principal compositor da banda e és também quem produz os discos, certo?
Sim, exacto...

Tens alguma formação nesta área?
Não. Tenho apenas a experiência de ter produzido as anteriores demos e álbum dos Neurotic. Tudo o que sei sobre produção é fruto de muita pesquisa, muito tempo a experimentar e muita paciência...

A masterização ficará também a teu cargo?
Neste CD sei exactamente o “som” que quero. Se eu não conseguir antigir o que tenho em mente em relação à produção, tenho prevista a possibilidade de entregar essa tarefa a alguém mais competente.

O que podemos esperar dos novos temas dos Neurotic?

Em relação à sonoridade, podem esperar uma vertente ainda mais Death Metal do que já fizemos até agora. Continuamos a manter aquele mid-tempo característico de Neurotic, com riffs “pesadões”, mas também incluímos mais partes rápidas. Os temas são longos, com uma média de 6/7 minutos, mas existe mais dinâmica. Para quem gosta do estilo que os Neurotic têm vindo a fazer, irá gostar com certeza.

Quais os aspectos que estás a tentar melhorar neste novo material?
No último álbum talvez tenhamos pecado por incluir todos os temas que achávamos bons. Consequência disso: há temas de diversas épocas e que abordam diversas sonoridades. Ficamos assim com um álbum heterogéneo mas longo e algo “maçudo”. Acho que esse é o principal factor que melhoramos neste trabalho. Por um lado, apuramos o melhor do melhor, por outro, não dispersámos tanto a sonoridade, resultando num trabalho mais coeso.

A editora responsável pelo seu lançamento será de novo a Nebula Records e a distribuição ficará a cargo da Dark Music Productions?
Quanto a isso, ainda é muito cedo para me pronunciar... Depende das propostas que surgirem.

Já existe nome e data para o lançamento do novo trabalho dos Neurotic?
Nome já! Data, nem por isso. Ainda não tenho noção de quando iremos concluir as gravações. É uma consequência de fazer tudo sozinho e não ter prazos. Isso é bom e é mau. Por um lado, sei que obtenho o melhor trabalho possível dadas as condições, mas por outro, corre-se o risco de todo o processo se arrastar no tempo na ausência de um prazo definido. Em relação ao nome será «[In]Human». Existe um trabalho conceptual em torno do título, das letras e do artwork.

Nuno Costa

Thursday, February 23, 2006

Antevisão - Novo álbum Forgotten Suns

Na primeira de duas antevisões feitas pela SounD(/)ZonE a álbuns nacionais a lançar brevemente, os Forgotten Suns foram os primeiros escolhidos a levantar um pouco do "véu" sobre o seu próximo trabalho. Os prog rockers lisboetas são um dos principais estandartes do género em Portugal e carregam agora a responsabilidade de superar o excelente “Snooze”, de 2004. Numa breve conversa que tivemos com Ricardo Falcão, guitarrista da banda, deu para entender que há muitos pormenores ainda por alinhavar, mas prevê-se um regresso em moldes diferentes, tanto sonora como conceptualmente.

Os Forgotten Suns estão em estúdio desde quando?
A banda começou a compor o terceiro álbum em Setembro de 2005 com a nova formação - Linx, Falcão, Correia, Valadares e Samora.

Certamente, estão a gravar no vosso estúdio...
Estamos a compor e a ensaiar tudo no nosso novíssimo estúdio, apesar de termos arrancado com o processo de composição no antigo estúdio nas Olaias – FX Estúdio – ao qual não temos mais ligação.

Em que fase da gravação se encontram?
Estamos a compor ainda e a fazer pré-produção dos temas. A mudança de espaço e renovação do equipamento tomou-nos algum tempo.

Quem está a comandar a produção e a engenharia de som neste processo?
A própria banda e o nosso técnico de som José Manuel Machado.

Quantos temas farão parte deste novo álbum?
Ainda é uma dúvida para nós porque temos mais conceitos e mais ideias do que nos albums anteriores. A escolha será difícil, mas creio que uns oito temas serão o suficiente. Não nos queremos alongar tanto desta vez.

Já tem nome?
Tem um nome provisório, do qual gostamos muito e tem sido mantido até agora. Com o avançar do projecto poderá ser alterado embora duvide muito... Aliás, essa tem sido uma das formas de encararmos este disco, sem certezas absolutas e com muita experimentação à mistura... O que hoje é pode deixar de o ser amanhã. Quanto ao nome não o posso revelar ainda...

Quanto à orientação musical destes novos temas, o que poderemos esperar deles? Queres falar-nos um pouco de cada um?
Ainda é um pouco cedo para falar individualmente, mas penso que este album será um trabalho mais pensado e mais concreto que os dois anteriores, que eram conceptuais e ligados entre si (“Fiction Edge” e “Snooze” são a mesma história dividida em duas partes). Este será, certamente, um álbum mais agressivo e pesado, mais progressivo mas ao mesmo tempo mais acessível.

Creio que um dos [poucos] pontos fracos de Snooze era mesmo o seu aspecto sonoro. Desta vez, estão a ter cuidados especiais neste sentido?
Certamente. A produção de um álbum dos Forgotten Suns leva sempre bastante tempo a ser concluída. Em ambos os casos – “Fiction Edge”/”Snooze” – a banda estava dependente do tempo de estúdio, da capacidade do equipamento e dos técnicos que connosco trabalharam, sendo que havia grandes limitações nisto tudo que falei. Hoje tudo é diferente. Temos para além do nosso novo estúdio, um técnico de som experiente, equipamento de alta qualidade e, acima de tudo, o nosso “know-how” para produzir e executar. Outra coisa também importante é o facto de a banda estar mais coesa devido à ausência de grandes diferenças de personalidade como havia no passado e de termos bastante tempo disponível para podermos trabalhar.

De que temas falará esta nova colecção de canções?
O conceito por detrás deste álbum tem a ver com energia e as várias formas como ela se apresenta. Não existe uma história, mas sim várias histórias separadas que formam um álbum.

Vocês encarregar-se-ão de lançar mais uma vez o álbum, via Magic Rope, ou, pelo contrário, há possibilidades de assinarem com outro selo?
Existem fortes possibilidades de um licenciamento a uma editora de renome... Estamos a trabalhar nisso.

Existe já data para o lançamento do vosso novo álbum?
Gostaríamos que fosse no final deste ano...

Nuno Costa

Wednesday, February 22, 2006

Metal Covers no PDL

É já no próximo dia 23 de Fevereiro, quinta-feira, que o bar PDL, sito em Ponta Delgada, vai viver mais uma noite de covers e... de metal. Desta vez o staff é outro e conta com Filipe Vale (Self Defense) na voz, Luís Silva (Reborn, Psy Enemy) e Fábio Amaro (ex-Nyrotik) nas guitarras, Ricardo Conceição (guitarrista Self Defense) no baixo e João Freitas (ex-Nyrotik) na bateria. Este quinteto propõe-se assim a reinterpretar temas dos Machine Head, Sepultura, Metallica, Lamb Of God, Slipknot, Mudvayne, entre outros. Um repertório deveras promissor que vislumbra trazer muita "agitação" ao bar PDL, a partir das 22h. Bar PDL que começa a ganhar real importância e peso no apoio a este tipo de iniciativas, após já ter albergado duas edições do Undercovers e o concurso Guitarrista Metalicídio. Não falte.

Guia de Artistas

O jornalista José Andrade, figura experiente do jornalismo musical açoriano, responsável pela página "Notas Soltas" editada semanalmente no jornal Açoreano Oriental, está a preparar uma espécie de ABC de artistas e bandas açoreanas. Para isso, apela a todos os músicos que tenham projectos que o informem dos mesmos para que conste na segunda edição deste artigo, a editar brevemente. Terão que enviar biografia e mencionar se tocam temas originais ou covers. Uma vez que o artigo se prevê para breve, pede-se rapidez na resposta.

E-mail: José Andrade - jose_andrade@vizzavi.pt

Tuesday, February 21, 2006

Metal no Klinika Bar

A 3 de Março haverá lugar a uma noite de metal no café-bar Klinika, no Porto. Os Dj's Samhain e Nargvth serão os responsáveis pela animação musical do bar, prometendo sons que irão do heavy ao doom, ao thrash, ao death, ao progressive e ao black metal. Para os amantes destas sonoridades, este será, com certeza, um bom sítio para passar a noite. As "movimentações" iniciar-se-ão a partir das 22h30 e a entrada custa 3€ (com oferta de uma cerveja).

KLINIKA BAR - R. Martires da Liberdade, 216 (Praça da Républica) - Porto

Monday, February 20, 2006

Entrevista Deadsoul Tribe

NEGRA RETÓRICA

Desde que anunciou a sua saída dos Psychotic Waltz (1997) que Buddy Lackey (a.k.a Devon Graves) procura encontrar um escape para o seu imaginário musical e poético. Se isto já não estava a ser conseguido na banda de San Diego, Graves formou então os Deadsoul Tribe e encontrou aí o formato certo para canalizar todo o seu peculiar génio artístico. Decorria o ano de 2001 e, um ano mais tarde, o projecto vê os seus primeiros frutos com o seu primeiro álbum "Deadsoul Tribe". Graves veio mostrar uma eclética fusão de rock progressivo, com uma vertente dark e um experimentalismo ao jeito de uns Tool. A flauta e o arco do violino a percutir as seis cordas da guitarra perfazem outras das particularidades dos Deadsoul Tribe. Agora com "Dead Word", lançado no final do ano passado pela Inside Out, os Deadsoul Tribe procedem ao elevar do seu som num sentido mais "tribal" e groovy, sem nunca romper com as características que já lhes são reconhecidas. Aproveitando o seu regresso de uma mini-digressão europeia com os Sieges Even, a SounD(/)ZonE trocou algumas palavras com o mentor, produtor, compositor, guitarrista e vocalista da banda - Devon Graves.

“Dead Word” foi gravado num espaço de tempo muito curto. Apenas um mês para gravá-lo e escrever as letras... Podemos depreender que as gravações decorreram muito bem, portanto...
Eu sentia-me muito inspirado... Demorei cerca de um ano para compor e arranjar os temas, mas o processo de gravação correu, de facto, muito rápido. As letras foram escritas durante as duas últimas semanas de estúdio e, curiosamente, foram escritas todas de manhã, enquanto da tarde decorriam as gravações. Musicalmente, as ideias surgiram muito rapidamente. Uma espécie de corrente que jorrava ideias incessantemente para a qual simplesmente tinha que direccionar o meu ouvido. Consequentemente, foi uma questão de deixar a música me conduzir para o caminho certo. Pelo contrário, a composição das letras foi uma tarefa mais difícil, porque eu procuro achar as palavras certas para encaixar correctamente na história da música. A parte mais difícil é precisamente encaixar o som das vogais no som das notas. Para fazer o som das palavras, contextual e emocionalmente, capturar o sentimento da canção e projectá-lo da melhor forma, não é fácil, daí que deixe, por norma, esta tarefa para o fim. De súbito, as ideias surgem em catadupa.

Devon, eu gostaria que retomasses ao teu passado para explicar a formação dos Deadsoul Tribe e as razões que te levaram a abandonar os Psycothic Waltz.
Hmmm, esta é uma história muito longa e da qual tenho estado a falar nos últimos dez anos... Deixa-me apenas dizer que os Psychotic Waltz deixaram de ser aquilo que todos esperávamos. Eles foram muito importantes para o meu crescimento mas, nos últimos tempos que tive na banda, comecei a perceber a diferença entre aquilo que eu queria e aquilo que era possível fazer com ela. Os Deadsoul Tribe só surgiram um pouco mais tarde, mais precisamente quando me mudei para Viena. A sua formação consistiu em várias audições e no conhecimento de muita pessoa nova. Eu escolhi os seus membros ao “esquadro” atendendo ao impacto que teriam ao vivo, especialmente o Adel [baterista], que escolhi porque a sua maneira de tocar correspondia exactamente àquilo que eu queria para a música que idealizava.

Já agora, porque adoptaste o pseudónimo Devon Graves desde que formaste os Deadsoult Tribe? Existe algum significado especial?
Não existe nenhum significado. Trata-se apenas de um nome que encaixa bem com o estilo de música que toco.

Neste novo álbum não podemos dizer que o vosso som mudou muito, no entanto, existem algumas diferenças... Talvez possamos classificar este álbum como mais “tribal”, com uma percussão mais saliente e riffs mais musculados. Concordas?
É verdade. Eu não estava tentando quebrar com o estilo que temos vindo a criar, mas gostava de encontrar uma maneira de o trazer a um novo patamar. Contudo, agora que está concluído, eu sinto um desejo de quebrar completamente estas ligações. Eu estou já a compor o nosso quinto álbum e garanto-vos que vai ser algo muito diferente.

Como continuas a reagir às pessoas que vos comparam a Queensryche ou Tool?
O meu trabalho não tem sido comparado com o dos Queensryche desde os primórdios dos Psychotic Waltz. Certamente que com os Deadsoul Tribe isso nunca aconteceu. Os Deadsoul Tribe são sim comparados com os Tool, dos quais eu gosto, mas somos mais frequentemente comparados com bandas como os Black Sabbath e até com os Jethro Tull. Existem também outras influências no nosso som e não vejo problema nenhum em detectarem outras influências na nossa música.

Achei curioso vocês no vosso site nomearem as músicas preferidas e menos preferidas dos vossos álbuns... Penso que seria de resguardar quais as vossas músicas menos preferidas! (risos) Já agora, quais são as tuas preferidas de “Dead Word”?
Eu gosto igualmente de tudo no novo álbum, cada uma por uma razão particular, por isso, não consigo escolher a minha preferida. Por alguma razão, “Let The Hammer Fall” agrada-me menos no álbum, mas é uma das minhas preferidas para tocar ao vivo. Não sei porque isso acontece...

Muita gente pode não saber, mas tu tocas guitarra por vezes com um arco de violino. Conta-nos como surgiu esta ideia.
Eu gostaria de vos dizer que esta tinha sido invenção minha, mas a verdade é que Jimmy Page começou a fazer isso em 1966. Esta é de facto imagem de marca sua mas que alguns guitarristas se recusam a reutilizar. Eu penso que se trata de algo tão genial que não deveria desaparecer. Já se passou tanto tempo desde que Page usou esta técnica que os putos mais novos nunca devem ter ouvido falar nela e, quando eles me vêem usá-la, eles pensam que se trata de algo novo.

Tu tens uma forma muito filosófica de escrever. Como descreves no teu site, a maior função da poesia não é fornecer respostas, mas sim levantar mais questões. Quais são as tuas preocupações principais quando escreves e reflectes sobre o mundo à tua volta?
Acima de tudo, a ruptura entre o Homem e o Universo. A minha esperança é restabelecer esta ligação.

“Dead Word” deambula à volta de um certo conceito, certo?
Fala de pensamentos que já têm estado presentes nos nossos três álbuns anteriores. A condição humana tem tanta matéria por explorar que qualquer um pode escrever e escrever sobre ela que acaba por nunca se repetir.

Vocês acabam de regressar de uma digressão com os Sieges Even. Como correu?
Correu muito bem. Divertimo-nos muito e ambos partilhámos um bom público todas as noites.

Neste momento encontras-te a residir na Áustria. Algum motivo especial para esta mudança?
Mudei-me para cá há já algum tempo quando era casado com uma Austríaca.

Para finalizar, gostarias de deixar alguma mensagem ao público açoriano?
Obrigado pela entrevista. Eu sinceramente não sei que dizer ao público açoreano a não ser obrigado por nos ouvirem...

PLAYLIST DEVON GRAVES

Jethro Tull - Aqualung
Pink Floyd - Dark Side of the Moon
Porcupine Tree – In Absentia
Stream of Passion – Embrace the Storm
Pain of Salvation – Be

Nuno Costa

"Melhor Banda Sem Contracto"

O blog D:/moni1/ (Demonium) está a promover uma votação para eleger a melhor banda de metal nacional sem contracto. A votação decorre desde dia13 Fevereiro. Para que faça valer também a sua voz, consulte www.abcdemonium.blogspot.com e vote na sua banda preferida.

Thursday, February 16, 2006

"Virus I" na PJ

Após inúmeros lançamentos e uma intensa actividade no meio metálico açoriano, a PJ – Prods & Management, da responsabilidade de Paulo Jorge Sousa [ex-Prophecy Of Death] planeia agora o lançamento da sua primeira compilação em CD. A compilação terá como título “Virus I”, numa edição de 200 unidades e será distribuída por vários distribuidores nacionais e estrangeiros como, por exemplo, a Vacula Records, Dungeons Records, Thrash Publishing, BMF, entre muitos outros. O objectivo desta compilação é procurar dar projecção às bandas sem contracto que lutam por arranjar uma editora. Para tentar entrar nesta compilação deverá enviar para a respectiva entidade, o quanto antes, os seguintes itens:

- Tema em formato áudio

- Foto actualizada

- Biografia completa

- Logotipo da banda

- 30 euros (mais tarde reembolsáveis com um CD master do layout
completo da compilação e um CD compilação que depois poderá ser
reproduzido, para além de outros extras que acompanharão a compilação).

De realçar no currículo da PJ os lançamentos de “Live Beside The Church” e “Disharmonical Symphony Of Black Dimensions” dos açorianos Zymosis, da distribuição e promoção do álbum de estreia dos açorianos Hiffen – "Crashing" - , do MCD " Hellish Domains" dos brasileiros Anglachel e da divulgação e promoção de bandas como os Psy Enemy, Neurotic e Forgotten Suns. Para além de lançamentos, distribuição e promoção, a PJ organizou também o festival Roquefest, em 2005, o qual se revelou muito interessante e que servirá de base para o próximo registo ao vivo (CD+DVD) dos Zymosis.

PJ - Prods. & Management
Paulo Jorge Sousa
Rua João Leite nº 25 S.Roque
9500 - 708 Ponta Delgada, S.Miguel, Açores (Portugal)
Telemóvel: + ( 351 ) 91 865 08 59

Tuesday, February 14, 2006

Packs SounD(/)ZonE

A SounD(/)ZonE está agora a disponibilizar um pack com os seus 14 números editados. Adquira este pack pela módica quantia de 7,50€ (+ portes de envio) e aproveite para completar a colecção daquela que é já uma autêntica peça de coleccionador.

Para fazer a reserva envie os seus dados (nome e morada) para:

nuno_soundzone@yahoo.com.br

Monday, February 06, 2006

Olá caros leitores

Senti necessidade de prestar "contas" a vocês pela ausência de actualizações no blog da SounD(/)ZonE nas últimas semanas. Venho por isso esclarecer que tenho tirado os meus últimos tempos livres exclusivamente para a elaboração de um projecto, que exige muito tempo e, como sabem que a SounD(/)ZonE é quase exclusivamente obra minha, não me tem sobrado tempo para postar nenhum material novo. De qualquer maneira, a coisa boa disso tudo é que este projecto se prende com a SounD(/)ZonE e com a intenção de vos dar mais "som", mais música... E mais não digo porque às vezes os maus "olhados" funcionam!... (risos)

Prometemos o mais breve possível retomar as actualizações e vos trazer muitas novidades sobre... o "nosso mundo"!

Cumprimentos metálicos

Nuno Costa