Monday, March 30, 2009

Review

Centaurus A
“Side Effects Expected”
[CD – Listenable Records / MLI]

Podendo inserir-se num movimento, presumivelmente, “progressista”, em que bandas tentam trazer à luz do novo milénio elementos como a melodia e o groove num preparado death metal que, embora extremo, é de digestão menos “ácida”, os germânicos Centaurus A são uns dignos operários desta vaga de bandas mais jovens.

Mantendo um “académico” saber técnico e um peso esmagador, estes cinco músicos abordam o seu death metal com uma precisão e acutilância inusitados para um disco de estreia. Por outro lado, a audácia de lhe aliar melodia a rodos em certos momentos, com um forte cunho sueco mas sem nunca soar “piegas”, dissonâncias e solos de guitarra, por vezes, de cariz jazzístico, garantem a este colectivo de Colónia uma certa distinção entre o vasto leque de oferta. O thrash é também aqui um forte tempero, bem como os ritmos mais balançados e breaks [atenção, que nunca despropositados] que apelam a um espírito actual.

Facilmente resumimos o que é “Side Effects Expected” em termos estilísticos, mas perceber que esta mistura, no fundo, já rodada, não soa aqui fastidiosa, só mesmo escutando estes dez temas. Este é um disco de pulso [muito] firme, punhos cerrados e também de mente iluminada que privilegia o seu subtil experimentalismo. Aos nove anos de carreira, lançar um disco de estreia pode ter muitas interpretações que, embora a pesquisa não tenha esclarecido, faz-nos crer que tenha base na forma cerebral como a banda vê a sua música e a sua carreira e confia na experiência angariada ao fim destes anos para, no tempo certo, criar um disco válido. “Side Effects Expected” é um disco que merece, de facto, a nossa atenção pela forma panorâmica e sem preconceitos como interpreta o death metal. [8/10] N.C.

Estilo:
Death/Thrash Metal

Discografia:
- "Side Effects Expected" [CD 2009]

A Dream Of Poe - EP e DVD ao vivo em Maio

Os doomers açorianos A Dream Of Poe, liderados pelo teclista/guitarrista Bruno Santos [In Peccatum, ex-Sacred Tears], lançam o seu primeiro EP, "Sorrow For The Lost Lenore", no dia 16 de Maio através da internet. Os cinco temas que o compõem, incluindo covers de Morbid Death e My Dying Bride, poderão ser descarregados gratuitamente, em MP3 de alta qualidade, em www.myspace.com/dreamofpoe. O lançamento será acompanhado por um digibooklet e um DVD com a actuação do grupo no festival October Loud 2008 anexado por uma entrevista. O DVD estará disponível ao preço simbólico de 1€, ao que acresce portes de envio. Entretanto, o projecto já prepara um novo EP, conceptual e de cinco temas, tendo já gravadas as baterias de dois temas. O disco estará disponível a 7 de Outubro e promete ser "mais lento e triste" do que "Sorrow For The Lost Lenore". Embora a banda tenha dado como cessada a sua actividade ao vivo, o seu líder põe a hipótese de acompanhar este lançamento com um concerto.

Saturday, March 28, 2009

Thee Orakle - Levam "Metaphortime" a Castro Verde

1 de Maio marca mais uma data na tournée de promoção a “Metaphortime”, o surpreendente álbum de estreia dos nacionais Thee Orakle. Os Sattori e Ex-Líbris são as bandas de abertura num evento a decorrer no Sol Posto, em Castro Verde, a partir das 22h00.

Kronos - Arranca hoje promoção a novo EP

Os rockers industriais Kronos estão de volta com um novo EP intitulado “Ubi Est Morbus”. Este trabalho é composto por seis temas originais e uma cover de “Et Si Tu N’existais Pas”, do cantor romântico francês Joe Dassin. Gravado e misturado por Pedro Carvalho nos Estúdios Zero, em Tomar, e masterizado nos estúdios eMasters, em Londres, "Ubi Est Morbus" tem edição da Zero Negative e distribuição da Compact Records. A banda começa hoje a promoção ao vivo do seu novo registo com uma actuação na Semana da Juventude de Tomar. Entretanto, a banda já tem agendadas mais seis datas entre Lisboa, Santarém, Moita e Lagos até Julho deste ano. Mais informações aqui.

Friday, March 27, 2009

Review

RUMPELSTILTSKIN GRINDER
“Living For Death, Destroying The Rest”

[CD – Relapse Records / MLI]

Os “sindicalistas” Rumpelstiltskin Grinder estão de volta com mais um saqueador ataque de thrash crossover e uma série de elementos que os tornam, de certa forma, particulares. O humor sarcástico deste colectivo da Filadélfia é, sem dúvida, um dos aspectos “grampeadores” no seu universo e que nos faz decompor em agradáveis gargalhadas com títulos como “Raped By Bears”, “Stealing E.T.” ou “Buried In The Front Yard”. Contudo, este novo trabalho tem uma postura mais séria, estando mesmo, musicalmente, mais agressivo. Aliás, um dos elementos por que se destacam os Rumpelstiltskin Grinder é a rapidez de alguns temas, muitas vezes próximo do Black ou Death Metal ao que não serão nada estranhos certos elementos da banda que partilham vários projectos nesta orientação musical como, por exemplo, os Evil Divine, Solace In The Shadows e Armageddon (US).

De resto, o cruzamento revivalista do thrash com o hardcore acaba por assumir os maiores traços da identidade do quarteto, que estreia também aqui um novo vocalista que faz perfeitamente esquecer Eli Shaika. A elevada competência técnica deste colectivo é outra das bases para a enorme coesão deste material e estes músicos dão, de facto, aqui e ali, sinais de serem capazes de explorar outras vertentes. A abertura com “Nothing Defeats The Skull” dá-nos a ideia de serem adeptos de um extremismo à Devin Townsend aliado-lhe a uns compassos mais audazes que acentuam uma costela progressiva. Aliás, este acaba por ser, de longe, um dos melhores temas do disco, já que o resto do disco segue uma linha mais tradicional e a querer manter-se fiel às suas raízes. Claro que isso só é censurável a partir do momento em que condiciona alguma versatilidade. Mas discos com esta atitude já são raros de encontrar, sendo comparáveis talvez só a trabalhos de Municipal Waste, Toxic Holocaust ou Austrian Death Machine, isto em termos de nomes de mais jovens. Inclusive, a imagética de ambos é muito similar, com as figuras B.D. a destacarem-se.

“Living For Death, Destroying The Rest” é um muito válido ícone revivalista com uma energia e atitude invejáveis. Para todos os nostálgicos e todos aqueles que acham que a música é intemporal quando a qualidade impera. [8/10] N.C.

Estilo: Thrash Crossover

Discografia:
- “Raped By Bears” [CD ao vivo 2003]
- “Buried In The Front Yard” [CD 2005]
- “Living For Death, Destroying The Rest” [CD 2009]

www.rumpelstiltskingrinder.com

* Disponível "Nothing Defeats The Skull" no nosso player.

Vagos Open Air 2009 - Revelados primeiros nomes

Segundo o Myspace oficial do Vagos Open Air, o importante festival que decorrerá no distrito de Aveiro nos dias 7 e 8 de Agosto deste ano, tem já confirmadas as presenças dos Dark Tranquility, Epica e The Gathering. Para além desses, o festival terá mais três artistas de topo internacionais e três nacionais. Ao contrário do que havia sido anunciado antes, o recinto do espectáculo passa a ser o Campo de Futebol de Calvão, entendido pela Câmara local como o espaço certo para dar resposta a um festival desta envergadura. Aguardam-se mais detalhes sobre o evento para breve.

Grimlet - Preview de novo álbum em Abril

“Grim Perceptions”, o álbum de estreia dos nacionais Grimlet, será sujeito a uma preview ao vivo no dia 11 de Abril no Nyktos Rock Bar, na Figueira da Foz, pelas 22h00. A juntar a esta sessão estarão os Switchtense neste momento também a promover o seu álbum de estreia, “Confrontation Of Souls”. Os bilhetes custam 4€. De momento, os Grimlet já têm confirmada a sua presença no VI Festival Gaia em Peso a 1 de Novembro.

Hellxis Fest 2009 - Walls Of Jericho em estreia nacional

O Hellxis Fest chega à sua terceira no dia 24 de Abril com vários pontos de interesse internacionais e nacionais. Ao palco da Caixa Económica Operária, em Lisboa, subirão os Wall Of Jericho [E.U.A.], em estreia absoluta em Portugal, os Death Before Dishonor [Canadá], Nations AFire [E.U.A.], com membros de Ignite e ex-membros de Rise Against e Death By Stereo , Final Prayer [Alemanha], Twenty Fighters [Espanha] e os nacionais Broken Distance e Rat Attack. Esta maratona de concertos terá início às 20h00. Os bilhetes podem ser adquiridos no Portugal Ultra [Arroios], Cave Discos & Estúdio [Lisboa] ou por multibanco a 20€ [compra antecipada] e 22€ [compra no dia]. Estão ainda a ser organizadas excursões a partir do Porto, com passagens por Aveiro e Coimbra. Todas as informações necessárias em www.myspace.com/hellxisfest.

Thursday, March 26, 2009

Crónica

JORNALISMO DO FUTURO

Falar de crise é um autêntico mal necessário. Apesar da sensação de “lavagem cerebral” que já nos provoca, pela exaustiva rodagem que o tema tem nos meios de comunicação ou em qualquer conversa quotidiana, a verdade é que a razão assim o justifica e o problema é deveras complexo. Este “termo-papão” não é apenas mera propaganda numa tentativa qualquer de intimidar e condicionar as pessoas. O drama existe! Claro que nestas coisas há sempre uma exploração mediática do assunto, o que leva as pessoas a criarem temores maiores do que os reais. Mas o drama existe, repito. Não pretendo focar o impacto geral da crise, mas sim analisar a indústria jornalística no meio deste cenário económico.

Se a 3 de Fevereiro me chocou a notícia de que as “irmãs” Metal Maniacs e Metal Edge iam editar apenas mais um número até entrarem no seu “sono eterno”, as notícias que dão por extintos vários títulos, alguns centenários, do jornalismo norte-americano elevam o nosso constrangimento a novos superlativos. Rocky Mountain News, diário com 150 anos editado nos estados do Colorado e Denver, fecha as portas depois de ter registado um prejuízo de cerca de 16 milhões de dólares só no primeiro quarto de 2008. A tentativa de vender a marca também saiu frustrada e o seu destino revelou-se fatal. Saber que mais de uma dezena dos mais importantes jornais norte-americanos está nesta situação deixa-nos sem grande optimismo. Para alguns é apenas uma questão de dias, já que as percas são de milhões e avultam-se a cada dia que passa. Para outros, mesmo que o destino pareça traçado, é uma questão crucial desfazerem-se de património para tentar sobreviver mesmo que o negócio seja mau – o New York Times acabou de vender a sua sede a um terço do seu valor.

Neste momento, até já foi criado um site onde certos analistas fazem “apostas” sobre as próximas vítimas desta crise - www.newspaperdeathwatch.com. O autor é o ex-jornalista Paul Gillin que, embora apaixonado pela imprensa, diz que a culpa está também na maneira, ou na falta dela, como os jornais adaptaram as suas práticas aos dias de hoje. Para ele, os futuros jornais terão os seus conteúdos assinados pelos próprios leitores.

Com um fortíssimo concorrente como é a internet, e até para o que veio incentivar – os free lancers – é, de certa forma, visionária e credível esta análise. Entretanto, nunca quis crer que, pelo menos a curto prazo, os jornais desaparecessem. É um momento de crise a ditar as regras e a comprometer conceitos. Esperemos que seja passageiro…

De qualquer forma, falar em matéria assinada pelos leitores só pode gerar um risco – a qualidade do serviço já que não há convénio nenhum que o crive. Por outro lado, se se tratam de escribas “independentes” e/ou não-remunerados podemos estar a livrar-nos de muitos lobbies e a pôr em prática recorrente um dos valores “sagrados” do jornalismo – a isenção.

Todavia, a facilidade de acesso a mecanismos de comunicação tem a desvantagem de aumentar de tal forma a concorrência ao ponto de comprometermos a eficácia das mensagens que realmente interessam. O "mercado" acabará, supostamente, por ficar asfixiado e se não houver uma hierarquia ou catalogação, tal como acontece com a música [por mais que isso pareça abominável], poderão passar despercebidos alguns talentos. Esperar ter um público instruído que se voluntarie a absorver a mensagem que realmente interessa, é algo utópico. Qualquer rebanho sempre precisou do seu pastor…

Nuno Costa

Pitch Black + Morbid Death + Headstone - No MetalPoint

O MetalPoint, no Porto, recebe a 5 de Maio as actuações dos Pitch Black, Morbid Death e Headstone. Três pontos de interesse acompanham este espectáculo; são eles o novíssimo álbum dos Pitch Black, “Hate Division”, o EP de estreia dos Headstone, “Within The Dark”, e o regresso dos açorianos Morbid Death ao continente para uma mini-digressão que contempla ainda concertos no SWR – Barroselas Metal Fest [1 de Maio] e no Santiago Alquimista, em Lisboa, com os Desire [3 de Maio]. O espectáculo inicia-se às 21h00 e as entradas valem 4€.

Wednesday, March 25, 2009

Review

FALLING DUSK
“Vitta”

[CD – Edição de autor]

Embora não sejamos fundamentalistas, este trabalho de estreia dos nacionais Falling Dusk cai um pouco estranhamente no nosso espaço. Com uma clara tendência pop, o preparado musical destes lisboetas acaba por ser surpreendente, mas no modo confuso como é apresentado. Primeiro, estilisticamente, ficamos sem perceber para onde a banda pretende caminhar [ainda para mais com um passado ligado ao power metal melódico] e, segundo, ao que parece, este é um trabalho composto pelos seus dois únicos membros originais para uma série de convidados, nomeadamente, nas vozes, segundas guitarras e baixo, ao jeito de projectos como Ayreon ou Avantasia, com as devidas distâncias.

Contudo, neste projecto já só permanece o seu principal compositor, André Prista [Profusions], e o vocalista aqui convidado, Camilo Simões, de raízes açorianas, que acabou por ingressar a tempo inteiro na banda. Não percebemos bem o que se passou com os restantes elementos, mas parece que agora a banda se sente completa para avançar com um projecto que se formou em 2001 e que já cruzou um hiato forçado de dois anos. No geral, toda a informação sobre “Vitta” é pouco explícita e este parece-se com um retalhado manto de cores e sensações, sem com isso significar que seja harmonioso. Aliás, é aí que peca redondamente este projecto. Conceptual, presumivelmente, já que a banda parece ter certas empatias filosóficas, a verdade é que a vontade de oferecer um trabalho diversificado e complexo, dá a este um feeling quase de “compilação”, sem haver um fio condutor que lhe dê consistente. Temos por um lado o pop rock vincado, com recurso a alguma electrónica que acaba por resultar bem e, subitamente, temas de Heavy Metal tradicional como “Defiance”, em que os falsetes do vocalista convidado são muito dignos, e de peso groovy como “Panic”, também com um óptimo executante no baixo.

No fundo, e por mais que não queiramos aceitar, não encontramos aqui uma base musical segura que corresponda até à qualidade de certos convidados. Quando assim é, há pouco a dizer. Até a aposta num produtor estrangeiro para a masterização se apresenta infrutífera. Aliás, alguns dos temas aqui presentes estão subvalorizados pela sua captação e produção deficientes. Não há nada aqui de surpreendente em termos de composição e execução que nos possa, para já, fazer depositar especial fé nos Falling Dusk. “Vitta” apresenta-se auspicioso, mas só até o colocarmos a rodar… [4/10] N.C.

Estilo: Rock/Pop/Metal

Discografia:
- “Creatures From Heave” [Demo CD 2003]
- “Puzzling Gardens” [Promo CD 2008]
- “Vitta” [CD 2008]

www.fallingdusk.eu
www.myspace.com/fallingdusk

Candlemass - Novo álbum disponível para escuta

“Death Magic Doom”, o novo álbum dos Candlemass, está disponível na íntegra para escuta no seu Myspace da banda. O segundo disco consecutivo com Robert Lowe [Solitude Aeternus] na voz, será lançado a 3 de Abril pela Nuclear Blast que está, inclusive, a oferecer uma versão especial de 500 exemplares do álbum a quem reservar o disco pelo site da editora. Entre muitos outros comentários, a banda classifica “Death Magic Doom” como “o melhor álbum que fizeram desde “Nightfall”” de 1987.

Marilyn Manson - Em Portugal com novo disco

Marilyn Manson estará de regresso a Portugal no dia 17 de Junho para actuar no Coliseu do Porto. O emblemático músico norte-americano fará, assim, a estreia do seu sétimo álbum de originais, “High End Of Low”, a editar a 18 de Maio, perante o público nacional. O líder da banda, Brian Warner, já descreveu este novo trabalho como “muito rude, pesado e violento”, comparando-o até ao seu maior clássico, “Antichrist Superstar”. Para além do louvado regresso do baixista Twiggy Ramirez, presume-se que este disco marque colaborações com Kerry King [Slayer], James Iha [ex-Smashing Pumpkins] e Nick Zimmer [Yeah Yeah Yeahs]. O novo tema “We’re From America” estará disponível a 27 de Março para download gratuito no site oficial da banda. Os bilhetes para este concerto estão já à venda nos locais habituais entre 25€ e 35€.

Tuesday, March 24, 2009

Review

THEE ORAKLE
"Metaphortime"
[CD - Recital Records]

A cultura do profissionalismo e do trabalho árduo parece começar a estar fortemente enraizada nos responsáveis pela arte de “peso” nacional. Os vila-realenses Thee Orakle são os senhores que se seguem na subscrição de mais um trabalho de alta qualidade forjado neste extremo ocidental europeu. Com uma demo e um EP lançados em 2005 e 2007, respectivamente, e pela juventude deste colectivo nortenho, o substancial salto qualitativo que a banda aqui assina acaba mesmo por ser surpreendente. Quer pelo seu apurado trabalho de composição e execução técnica, quer pela excelente produção sónica e visual do disco, “Metaphortime” é o paradigma de como uma banda em início de carreira, num país maioritariamente de fé pequena, deve proceder para começar a desenhar uma imagem e nome de respeito e credibilidade.

Sendo que os progressos, a todos os níveis, estão bem salientes neste primeiro longa-duração, nem temos necessidade de fazer qualquer comparação com o “fundo de catálogo” do grupo. A banda parece que assumiu uma nova alma e maturidade é o adjectivo recorrente para classificar este trabalho. Tecnicamente podíamos destacar o trabalho minucioso do baterista Frederico Lopes, a voz penetrante de Micaela Cardoso ou os desafiantes solos de guitarra, algumas vezes temperados por escalas orientais, mas o que a banda aqui demonstra é um coeso conjunto de elementos convertido num todo muito sólido. Death metal melódico e experimental ao jeito de uns Amorphis ou Opeth aliado a um vaporizante aroma gótico e doom parentes de uns The Gathering ou Katatonia, dão aos Thee Orakle uma panóplia de argumentos, sensações e sabores que, certamente, serão eficazes na hora de saciar muitos dos anseios dos ouvintes.

Como é comum em primeiros trabalhos, só lamentamos não haver mais dois ou três temas com o poder hipnótico de “All Way Down” ou “White Linen”. Sendo estes dois temas de linhas melódicas fortes, não queremos com isso dizer que esperamos trabalhos comerciais, mas sim, e sempre, o mais equilibrados possível. “Metaphortime” nunca chega a ser um trabalho aborrecido, aliás a sua dinâmica faz inveja a muitos colectivos mais experientes, mas, se nos permitem como críticos, pelo saboroso gosto desta primeira experiência já elevamos a fasquia para uma segunda aventura. Um sinal de que o seu impacto foi grande e já nos deixa a salivar em relação a novas movimentações deste septeto. Enquanto isso, é óbvio, que teremos toda a calma a degustar estes expeditos dez temas, pois o tempo é uma manifesta metáfora relativamente às capacidades e longevidade deste disco. [8/10] N.C.

Estilo: Death/Gótico Experimental

Discografia:
- “Sight Points” [Demo CD 2005]
- “Secrets” [EP 2007]
- “Metaphortime” [CD 2009]

www.theeorakle.com
www.myspace.com/theeorakle

Friday, March 20, 2009

Entrevista General Surgery

ANATOMIA GRINDER

A cirurgia “sonora” sueca nunca mais foi a mesma desde que os General Surgery surgiram, já se passaram 21 anos. Contudo, o percurso desta banda de Estocolmo viu a sua natural prossecução altamente comprometida já que questões internas levaram-na a uma paragem que durou dez anos. Ainda assim, a sede “sanguinária” deste colectivo nunca se extinguiu e assim que as condições se reuniram, o grupo voltou ao activo em 2006 lançando o seu álbum de estreia, “Left Hand Pathology”. Uma mistura de grindcore e death metal old school que agora vê a sua versão um pouco mais técnica no novíssimo “Corpus In Extremis: Analysing Necrocriticism”. Fomos saudar o regresso de uma das bandas pioneiras do metal mais extremo da Suécia junto do guitarrista Johan Wallin, preferencialmente prefixado por Dr..

Cerca de três dias para captarem quase na totalidade “Corpus In Extremis…”. Nada mau! Entraram em qualquer tipo de concurso de rapidez também na gravação? [risos]
Gravámos realmente em três dias? Isso soa-me estranho. Eu diria que tinham sido à volta de dez dias e talvez quatro ou cinco para as misturas. Mas quem sou eu para saber? [risos]

Bem sei que devem estar cansados dessa pergunta, mas como se sentem, actualmente, em relação à situação interna da banda? Isto porque, realmente, a banda sempre se habituou a conviver com uma série de alterações e pausas na sua carreira.
Não acho que tenhamos passado assim por tantas alterações. A banda esteve, de facto, “congelada” entre 1991 e 2001, mas depois disso acho que temos estado bastante estáveis. Entretanto, sinto hoje, mais do que nunca, que nos comportamos como uma banda e que todos os nossos membros estão em sintonia em relação aos objectivos que queremos atingir. Atravessamos momentos muito divertidos!

Este é o vosso primeiro álbum com o Erik Sahlström nas vozes. É uma pessoa bem comportada a trabalhar? [risos]
Eu conheço o Erik [Dr. Sahlström] há dez anos a partir de amigos que tínhamos em comum. Penso que foi o baterista da antiga banda do Dr. Carlsson, os Face Down, [também antigo baterista da minha antiga banda, Repugnant] que nos indicou o contacto do Dr. Sahlström quando testávamos outros vocalistas há um par de anos. É muito agradável trabalhar com ele, pois cumpre o seu trabalho muito bem. Eu diria até que com ele estamos mais letais do que nunca ao vivo. Uma vénia para o "cirurgião-da-frente"! [risos]

Lembro-me de ouvir um álbum dos Maze of Torment e Serpent Obscene onde o Erik costumava cantar. Sabe se continuam activos?
Penso que ambas desistiram de tocar, por agora.

Para além da estreia do Erik, este é o vosso segundo álbum sem paragens pelo meio. É assim que sentem que devia ter sido desde o início?
Sim e não temos intenções de desistir. Estou certo que ainda vamos gravar mais um álbum antes de ficarmos velhos! [risos] No início tudo era feito por brincadeira e a maioria dos nossos elementos tinha bandas “reais” em que se concentrar. Portanto, não era esta a maneira mais correcta de proceder. Por outro lado, já se passaram 20 “malvados” anos e muita coisa já mudou.

Tiveram que “autopsiar” muitos corpos para se inspirarem a escrever este novo álbum?
[risos] Nós inspiramo-nos em bandas como Dissection e pensamos: “Raios, isto é exactamente como não devemos soar”, mas damos por nós a fazer exactamente o oposto!

Digo isso porque, por exemplo, o Sven dos Aborted costumava trabalhar numa morgue, o que lhe dava muita inspiração para escrever…
[risos] Com certeza, o Sven é muito fixe e escreve boas letras!

O Grindcore preserva a sua essência desde que surgiu. Como se sentem a compor temas sem ter, à partida, aquela preocupação de inovar?
A inovação é boa para quem gosta, mas até eu, o elemento mais novo da banda, sente o metal extremo e o grind como um “velho peido” e não gosto, sinceramente, de inovações neste tipo de música. Acredito piamente que se consegue escrever música interessante sem renovar qualquer conceito dentro do género. Os General Surgery são uma prova viva disso, digo eu. Obviamente, é muito difícil surgir com algo que nunca tenha sido feito e levado aos limites, mas é isso que distingue os profissionais dos amadores.

Que bandas mais admiram dentro desta corrente, actualmente?
Uma pergunta difícil… Eu penso que velhas bandas como Regurgitate e Dead Infection continuam a criar material muito bom. Os Machetazo também começam a tornar-se veteranos e o seu último trabalho é um autêntico “pontapé nos tomates”! Os Impaled continuam uma boa banda e os Butcher ABC são fantásticos. Os Abcess também não são maus. Continua a haver muito bom gore à moda antiga por aí para quem gosta dele.

“Corpus In Extremis…” foi totalmente produzido por vós. Uma questão financeira ou acham que vocês são as pessoas certas para saber o que o vosso som requer em estúdio?
No fundo, foram as duas. Nunca tivemos, propriamente, um produtor e o Dr. Eriksson [baixista] sabe como comandar as sessões de gravação. Portanto, o que fizemos foi excluir os produtores externos e deixá-lo assumir as rédeas da gravação, o que nos fez poupar dinheiro e poder passar mais tempo em estúdio. Tínhamos planos para ter o Fred Estby [ex-Dismember] a produzir o nosso novo álbum, mas acabámos por desistir por ele estar muito ocupado. De qualquer maneira, sabemos muito bem o que queremos e a gravação acabou por ficar “matadora”. Acho que fizemos a escolha mais acertada.

Em termos de orientação musical, este regresso marca uma predisposição mais técnica. Concorda?
Sim, este trabalho está mais técnico e um pouco mais intrincado. Embora eu dissesse que está longe de ser muito complexo, ele acaba por não ser tão “vanguardista” como o “Left Hand Pathology”. Desde que o Dr. Eriksson passou a escrever grande parte do nosso material as coisas começaram a soar assim, mas todos nós gostámos da ideia de nos esforçarmos mais para atingirmos uma maior destreza técnica. Isso tornou o álbum mais interessante.

Ao mesmo tempo, este pode ser também um álbum mais obscuro, agressivo e… menos sarcástico.
O Dr. McWilliams [ex-vocalista] contribuiu com algumas letras, mas o Dr. Sahlström escreveu a maior parte delas. Embora ele tenha um sentido de humor doentio, ele talvez seja um pouco mais realista que o Dr. McWilliams.

Confessam-se então pessoas muito divertidas? Apreciam, por exemplo, algum comediante em particular?
Eu diria que somos, de facto, pessoas muito divertidas e, sobretudo, alegres. Divertimo-nos todos os dias e todas as noites. Somos os nossos próprios comediantes, mas o Dr. Eriksson gosta muito do Roony Chutney. [risos]

Recentemente, lançaram mais um split-CD, desta feita com os japoneses Butcher ABC. Este é qualquer coisa como o vosso quinto split. Têm algum gosto especial por este formato?
Nós decidimos lançar este split-CD em 2003 mas acontece que ele levou uma eternidade “infernal” até ficar pronto. Sempre que o timing for propício e a banda achar bem, vamos editar mais splits, mas não se trata, realmente, de uma prioridade. Porém, é uma coisa muito divertida de se fazer!

Este ano marcará a vossa segunda presença no conceituado Maryland Deathfest. Ainda se lembram bem da primeira vez?
Na verdade, esta é a nossa terceira presença no festival. Tocámos lá em 2005 e 2007. Começamos a sentir-nos em casa! [risos] Fizemos grandes amizades com os organizadores e três de nós foram lá o ano passado apenas para passar um bom bocado. É um festival muito fixe, têm bom Red Bull e boa Vodka. A primeira vez que lá estivemos foi super fixe, ainda mais por ser a nossa primeira vez nos Estados Unidos como banda, mas a velha sala onde faziam o festival era má. Estou muito ansioso em relação à edição deste ano. Estivemos também no Japão e foi fantástico. Foi um verdadeiro marco para a banda. Demos três concertos com os Butcher ABC e Impaled e passámos óptimos momentos a sair e a beber quantidades ridículas de álcool!

Como é o movimento grindcore em Estocolmo? Pode-se dizer que vocês foram pioneiros na vossa área?
Estocolmo é mais conhecido pelos Sunlight… Talvez esteja incorrecto, mas acho que os General Surgery nunca tocaram grindcore óbvio e simples. Mas pode-se dizer que fomos uma das primeiras bandas a tocar este estilo aqui na área. Existem inúmeras bandas de grindcore em Estocolmo, mas distantes daquilo que fazemos. Diria que nos situamos entre o grindcore e o death metal old school de uns Entombed, Dismember, etc.

Agora que a banda parece ter encontrado a estabilidade necessária para trabalhar, sentem que é altura de recuperar todo o “tempo perdido”?
Eu acho que é altura de beber uma cerveja! [risos]

Por falar nisso, o vosso antigo vocalista deixou a banda por problemas com o álcool. Sabe alguma coisa sobre o seu actual estado de saúde?
Sim, vi-o recentemente em Gubbängentorget sentado com uns amigos. Ele estava a beber vodka com leite achocolatado e pareceu-me saudável. [risos] Ele berrou qualquer coisa para mim mas não consegui perceber sem o “pitch shifter”! [risos]

Nuno Costa


* Disponível o tema "Necronomics" no nosso player.

Saturday, March 14, 2009

Pitch Black + Assassinner - No Arte7Menor em Abril

11 de Abril serve para os Pitch Black e Assassinner promoverem em mais um espectáculo os seus novos trabalhos, “Hate Division” e “Other Theories Of Crime”, respectivamente. Desta feita, o local escolhido é o Arte7Menor, em S. João da Madeira, com o programa musical a arrancar às 17h30. O bilhete custa 3€

Noites de Metal na Eira - Este mês

As Noites de Metal na Eira ganham outro peso no dia 21 de Março próximo com as actuações dos Valium, Atomik Destruktor e Assassinner no Chã das Eiras, no Porto, a partir das 22h00. O bilhete custa 3€. O after-hours fica a cargo do DJ Angel of Despair.

Friday, March 13, 2009

Review

GENERAL SURGERY
“Corpus In Extremis: Analysing Necrocriticism”

[CD – Listenable Records/MLI]

Embora já tenham atingido 21 anos desde que se formaram, os suecos General Surgery continuam uns relativos desconhecidos no panorama mundial da música extrema, isto, certamente, porque apenas estiveram activos cerca de metade deste período. Um desaparecimento precoce, em 1990, quando tinham apenas dois anos de existência, duas demos e um EP gravados, opôs-se ao desenvolvimento de uma carreira que podia perfeitamente estar noutro patamar actualmente.

Contudo, embora a banda em 2002 só preservasse um elemento da sua formação original que, aliás, neste momento, também já abandonou o “barco”, o grupo de Estocolmo decidiu regressar definitivamente ao activo e, entre várias demos e split-CD’s, chega ao seu álbum de estreia, “Left Hand Pathology”, em 2006, pela importante Listenable Records. Desde então a banda parece ter entrado nos eixos e querer recuperar o tempo perdido. Tournées no Japão e presenças em alguns dos festivais mais importantes de música extrema do mundo fizeram a banda justificar um segundo álbum, este “Corpus In Extremis: Analysing Necrocriticism” que temos agora disponível.

Confessos amantes dos Carcass e do mais podre que a música de peso tem, estes nórdicos apresentam uma convincente mistura de extremismo com ataques também, muitas vezes, mais brandos em jeito de um compassado punk/crust que, aliás, alivia convenientemente as “dores” infligidas por via de um grindcore executado a “alta rotação” [com vários temas a nem chegarem aos dois minutos]. Escusado será falar-se em pretensas inovações, muito menos quando este se trata de um estilo que sempre se manteve fiel aos seus pergaminhos. Contudo, “Corpus In Extremis…” é um disco saudavelmente pútrido e revela, sobretudo, atitude – coisa que não se compra na mercearia.

Por fim, fica manifestada a nossa admiração por estes músicos que nunca esqueceram os General Surgery, apesar das dificuldades, e o desejo de que a banda encontre a estabilidade necessária para nos brindar com muitos golpes de bisturi por muitos mais anos. [8/10] N.C.

Estilo: Grindcore

Discografia:
- “Left Hand Pathology” [CD 2006]
- “Corpus In Extremis: Analysing Necrocriticism” [CD 2009]

www.generalsurgery.nu
www.myspace.com/generalsurgery

Paradise Lost - Em S.Miguel

Ainda que não oficializado por nenhum promotor local, a vinda dos britânicos Paradise Lost à ilha de S. Miguel, nos Açores, a 13 de Junho para a segunda edição do festival Live Summer Fest, a decorrer este ano nas Portas do Mar, em Ponta Delgada, parece uma garantia já que a data foi adicionada no site e Myspace oficiais do grupo. Também garantidas parecem estar as presenças dos nacionais Cinemuerte e dos locais Morbid Death. Tudo indica que o evento será apresentado em conferência de imprensa no próximo mês de Abril.

Thursday, March 12, 2009

Irmandade Metálica - Promove concerto amanhã no Santiago Alquimista

O fórum Irmandade Metálica promove já amanhã [dia 13 de Março] um concerto com os nacionais Paranormal Waltz, Shivan e Veinless no Santiago Alquimista, em Lisboa. O serão será preenchido ainda por DJ’s e vídeos até às 04h00. Os espectáculos iniciam-se às 22h00 e a entrada custa 5€.

Review

INSANIAE/MOURNING LENORE
“Daemonivm 3th Anniversary Celebration”
[Split CD – Edição de autor]

É perfeitamente justo fazer honras de apresentação a este trabalho “bicéfalo” realçando o nobre esforço, tanto de bandas como do seu editor – o blog nacional Daemonivm - que conseguem, por seus próprios meios, dar visibilidade à música de mais dois projectos emergentes nacionais a necessitarem sempre de todo o apoio. Entretanto, muitos já devem ter ouvido falar dos Insaniae, até porque se formaram a partir dos extintos Dogma. Eles são uma banda de doom/gothic metal formada em 2003, no Tramagal, que para além da sua competência musical, enriquecem, em muito, a sua “imagem” por versarem na sua língua materna.

Numa altura em que o doom apresenta um catálogo nacional de elevadíssima qualidade, onde os principais protagonistas serão os Process Of Guilt, Before The Rain e Painted Black, não será, por isso, de estranhar que a corrente se estenda a possíveis seguidores que se inspiram no grande talento de seus conterrâneos, e não só. O denominador comum aqui é, acima de tudo, a qualidade e daí a satisfação de todos. Em dois temas aqui propostos, totalizando cerca de 22 minutos, somos capazes de, entre outras coisas, identificar o crescimento da banda desde o seu álbum de estreia, “Outros Temem os que Esperam Pelo Medo da Eternidade”, lançado em 2005.

A gravação competente de Fernando Matias nos Urban Insect Studios é também um factor que beneficia, em muito, o aspecto destes temas, mas as bandas aqui intervenientes sabem bem como mover-se nestes terrenos sombrios e pantanosos que são os do doom de espírito bastante melancólico e pesaroso. Sem qualquer pretensão de inovar, para além do factor de cantarem em português, os Insaniae acabam por convencer por alguns excelentes interpretes, principalmente a dupla de vocalistas formada por Isabel Cristina e Diogo Messias, e por um ambiente que harmoniza bem decadência com melodia. No entanto, fica a chamada de atenção para que se se quer fazer temas longos, é conveniente traçarmos um plano de dinâmica, principalmente, rítmica e estrutural mais rica e variada. Pouco mais de dois ritmos ao longo de dez minutos pode-se tornar verdadeiramente monótono. Aspectos que, estamos certos, a banda saberá colmatar até pela relativa experiência que já tem nessas andanças.

Ainda com pouquíssima experiência no meio estão os Mourning Lenore que estreiam-se neste split CD com dois temas dissuasores de qualquer ideia que pudesse haver de que se tratariam de uma banda ainda muito débil e/ou amadora. Antes pelo contrário. A receita é também o doom talvez de mais acentuado teor gótico, fazendo de início lembrar as linhas melódicas de Paradise Lost, mas que, ao mesmo tempo, soa mais distorcida do que, por exemplo, a dos seus companheiros de disco. Embora nem sempre este peso soe o mais convincente, os dois temas que os Mourning Lenore apresentam ficam facilmente na “retina” e superam até, diria, qualquer expectativa que pudesse haver em relação à sua estreia.

Muito sensíveis ao criar linhas melódicas o grupo consegue, nomeadamente, em “Patterns Of Emptiness” criar um tema fortíssimo em termos de emoções com um solo bluesy capaz de nos arrebatar os sentidos desde a primeira audição e a fugir um pouco à tendência de composição deste tipo de bandas. Para uma primeira amostra de uma banda formada em 2008, não se poderia pedir mais. Ficam neste trabalho vaticinados dois grandes talentos e o símbolo dos felizes gestos que o nosso underground consegue consumar quando temos pessoas empenhadas na promoção do que é nacional. [/] N.C.

Estilo: Doom/Gothic Metal

Discografia:
Insaniae – “Outros Temem os que Esperam Pelo Medo da Eternidade” [CD 2005]
Mourning Lenore – "Daemonivm 3th Anniversary Celebration" [Split CD 2008]

www.myspace.com/insaniae
www.myspace.com/mourninglenoredoom

Perfect Sin - De regresso ao activo

Os lisboetas Perfect Sin estão de volta há actividade após cerca de um ano de paragem, justificada “pelo cansaço em relação ao que envolve o underground musical”. Neste momento a banda compõe temas novos com apenas três elementos, C. Brandão [voz], Tiago Sousa [guitarra] e Ricardo Narciso [bateria], e efectua algumas gravações em jeito de esboço com o baixo a ser assumido, momentaneamente, pelo baterista. Os interessados em ocupar este lugar deverão enviar dados pessoais para os e-mails perfectsinband@gmail.com ou thelifevirus@hotmail.com.

Dr. Zilch - "A Little Taste Of Hell Vol.1" disponível para download

Enquanto preparam um novo trabalho, os lisboetas Dr. Zilch disponibilizam para download gratuito o álbum “A Little Taste Of Hell Vol.1” no seu site. Entretanto, estão marcadas datas ao vivo para 10 de Abril no Transmission Bar, em Lisboa, e 9 de Maio no Muralhas Bar, em Alcabideche.

Wednesday, March 11, 2009

Ramp - Anunciam digressão nacional de promoção a novo álbum

Seguindo a política de aguardar vários anos entre a edição de cada álbum de originais, os nacionais Ramp regressarão, finalmente, com o quinto longa-duração da sua carreira em Maio próximo. “Visions” de seu nome, sucede a “Nude”, lançado em 2003, e promete marcar mais uma nova etapa na carreira desta veterana banda. “Visions” foi co-produzido por Ricardo Mendonça e Rui Duarte, misturado por Daniel Bergstrand [Meshuggah, Strapping Young Lad, In Flames] e masterizado por Jim Brick. A banda anunciou já uma tournée nacional que arranca hoje [dia 12 de Março] e termina a 25 de Abril, num total de nove datas. Fica a nota de que “Visions” será oferecido em cada uma das suas datas no acto de compra do bilhete. Ficam a seguir, descriminadas, as datas:

- Dia 12 de Março (5ªf) – 22:30 – Ar d’Rato (Coimbra) entrada: €10 c/oferta do disco
- Dia 13 de Março (6ªf) – 23:00 – MusicBox (Lisboa) entrada: €12 c/ oferta do disco
- Dia 14 de Março (Sab) – 23:00 – Kastru’s Bar (Forjães/Esposende) entrada: €10 c/oferta do disco
- Dia 27 de Março (6ªf) – 22:30 – In Live Caffe (Moita) entrada: €10 c/oferta do disco
- Dia 3 de Abril (6ªf) – 22:30 – Excalibar (Santa Iria da Azoia) entrada: €10 c/oferta do disco
- Dia 9 de Abril (5ªf) – 22:30 - Teatro Sá da Bandeira (Porto) entrada: €12 c/ oferta do disco
- Dia 10 de Abril (6ªf) – 22:00 - CAE São Mamede (Guimarães) entrada: €12 c/ oferta do disco
- Dia 24 de Abril (6ªf) – 22:30 - Side B (Benavente) entrada: €10 c/oferta do disco
- Dia 25 de Abril (Sab) – 22:30 - Alfa Bar (Leiria) entrada: €10 c/oferta do disco

Thee Orakle - Mais datas de promoção a "Metaphortime"

No âmbito do lançamento do seu álbum de estreia, “Metaphortime”, os Thee Orakle apresentam uma série de datas promocionais que passamos a enumerar. Assim sendo, o périplo de actuações inicia-se no dia 21 de Março na S.F.A.L. Jovem, em Lavradio [Barreiro], seguindo-se da apresentação oficial do álbum na zona norte do país, no dia 28 do mesmo mês no Metal Point, no Porto, com os Headstone. Para o mês de Abril estão reservadas actuações para o Porto Rio, no Porto, no dia 12 [com Bal-Sagoth e The Ransack], e para o Nyktos Rock Bar, na Figueira da Foz, no dia 25 [com The Spektrum]. Em Maio é a vez da banda transmontana se deslocar à FNAC do Algarve, em Albufeira, no dia 1, pelas 17h00, sendo que às 22h00 do mesmo dia a banda vai estar no Sol Posto, em Castro Verde, para uma actuação com os Sattor e X-Libris. No dia seguinte a banda viaja até ao In Live Caffé, na Moita, onde terá a companhia dos Witchbreed. Por fim, a última data confirmada, para já, acontecerá no AM Live Metal Fest no Salão Paroquial de Abade de Neiva, em Barcelos, no dia 16 de Maio.

Headstone - Apresentam "Within The Dark" no próximo sábado

Os Headstone actuam no próximo sábado [dia 14 de Março] com os Artwork no In Live Caffé, na Moita, onde apresentarão o seu primeiro E.P., “Within The Dark”. O evento decorrerá a partir das 22h00. Entretanto, os Headstone têm também já garantida a presença no concerto de apresentação do álbum de estreia dos nacionais Thee Orakle, "Metaphortime", que decorrerá no Metal Point, no Porto, no dia 28 deste mês. O concerto terá início às 22h00 com as entradas a valerem 3,5€.

Grimlet - Álbum de estreia concluído

Os Grimlet têm já concluída a gravação do seu álbum de estreia, “Grim Perceptions”. O grupo da Figueira da Foz recorreu aos préstimos de Rui Santos e Bruno Gonçalves para a captação dos seus novos temas nos Echosystem, em Barcelos, a Daniel Cardoso e Pedro Mendes para a mistura nos Ultrasound Studios, em Braga, e a Jens Bogren para a sua masterização nos Fascination Street Studios, na Suécia. Neste momento, está já em fase de concepção o artwork do disco pelas mãos da Phobos Anomally Design baseando-se numa pintura original de Ettiene S. Amant da Chaoscopia.com, bem como o novo layout do seu Myspace. Neste último sítio está também já disponível uma preview de “Grim Perceptions” e o novo tema “Perceived Threat”. Em termos de actividades ao vivo, os Grimlet têm agendada a próxima actuação para o dia 11 de Abril no Nyktos Rock Bar, na Figueira da Foz, com os Switchtense, a partir das 23h00, onde farão uma live preview de “Grim Perceptions”.

Friday, March 06, 2009

Entrevista Crossfaith

EMOÇÕES EM CADEIA

O primeiro lançamento regional, de um ano que promete em termos de edições, é assinado pelos micaelenses Crossfaith. “Mixed Emotional” é o primeiro registo profissional deste quarteto que assina aqui cinco temas de grande sumptuosidade melódica e rockeira. Um recalcado manifesto de maturidade que coloca o grupo num patamar superior em termos de projectos locais. O aspecto que a banda apresenta hoje em dia é um justo fruto de uns últimos anos de muita dedicação e da química entre uma formação que já encontrou os seus elementos certos. O último a entrar nesta aventura é também o seu maior símbolo - o vocalista Ricardo Reis que diz-nos nas próximas linhas, entre muitas outras coisas, como se deve sobreviver num meio musical como o dos Açores.


Este é o primeiro registo profissional da banda. Há um sentimento de especial satisfação neste momento, até porque é sempre um feito complicado de atingir-se nos Açores?
Os Crossfaith no passado já auferiram gravações de demos, tanto de estúdio como ao vivo. Nenhum destes trabalhos alcançou o nível de qualidade para nos sentirmos confortáveis ao ponto de o editarmos. Todavia, também temos que olhar para a realidade do nosso mercado, em termos populacionais, porque não nos garante um grande número de vendas.

Pedia-lhe que traçasse com mais pormenor o caminho da concepção até à edição deste EP, referindo o que de mais positivo e/ou negativo teve.
No Outono de 2006, os Crossfaith deram início à pré-produção do seu primeiro trabalho em CD, gravado, produzido e masterizado por Paulo Miguel Melo nos Estúdios PFL. Tal como o seu nome sugere, “Mixed Emotional” foi um "circo" de emoções. Foi um processo de dois anos com várias interrupções, por diversos motivos, desde ter de dar resposta ao número de apresentações ao vivo que, naturalmente, requerem tempo de preparação na sala de ensaio, entre outras situações. No geral, foram mais de dois anos de grande amadurecimento para os músicos e para a música que fazemos.

Na altura em que entra para a banda muitos consideram o assinalar de uma nova vida para o projecto. Até que ponto acha que teve um peso “revolucionário” nos Crossfaith?
Quando entrei para os Crossfaith fi-lo com o pé direito. Digo isto porque, afinal de contas, encontrei músicos que tiveram a abertura suficiente para aceitar mudanças e deram o seu melhor em prol do nosso objectivo comum.

Se no início a banda alegava um cariz progressivo, neste momento parece ter assumido uma identidade claramente mais AOR. Digamos que esta é a sonoridade que pretendem que vos identifique daqui para a frente?
É inevitável que todos sintam uma grande necessidade de nos classificar ao pormenor. Eu deixo andar o “barco” e fico a ver e ouvir, enquanto outros dão-se ao trabalho de analisar e classificar o que fazemos, à sua maneira, uns melhor que outros. Na realidade somos uma banda muito versátil que se enquadra bem em diversos cenários e sonoridades.

Eu não resistia a perguntar-lhe quais as suas referências vocais. Coincidência ou não, soa-me, a momentos, bastante a Marvin Lee Aday [vocalista dos Meat Loaf].
Já me compararam e já me chamaram muita coisa e cada um tem direito à sua opinião. Eu curto essa cena!

O facto de ter passado a barreira dos 30 anos ajuda a trazer mais alguma experiência à banda?
É o que dizem. Continuo o mesmo de sempre, embora com os anos de experiência haja a tendência para fazer as coisas com cabeça, tronco e membros. Digamos que é natural que isso se dê.

Embora os Açores comecem a tornar-se num viveiro de bandas dos mais variados estilos, como acha que as pessoas encaram a sonoridade dos Crossfaith e onde os poderíamos encaixar? Entre o público que gosta de Metal/Rock e o Pop ou em ambos?
Como é óbvio, por natureza própria, nós estamos enquadrados nestas três categorias. Temos um público que abrange todas as idades e diversos gostos.

Arriscaria a dizer até que vocês são bastante corajosos atendendo a que dentro de um cenário Rock/Metal açoriano que nutre um certo preconceito com o conceito do rock mais melódico e baladesco, vocês foram capazes de criar um disco cheio de sentimentos ditos mais "melosos".
Isto não nos preocupa. Temos consciência do que fazemos. De cartaz para cartaz, apresentamos um repertório adequado à sua temática e ambiente.

A verdade é que “Mixed Emotional” tem sido largamente promovido e com muito airplay nas rádios locais. As reacções até agora não podiam ser melhores, certo?
Até ao presente, têm superado as nossas expectativas.

A cerimónia de lançamento de “Mixed Emotional” foi de encontro às vossas expectativas? Uma experiência também marcada por ter sido transmitida em directo, para todo o mundo, por uma rádio local...
O nosso planeamento para o lançamento de “Mixed Emotional” consiste em duas fases distintas. No dia 31 de Janeiro de 2009 celebrámos uma festa de lançamento no bar H2O, em parceria com a Rádio Atlântida, que transmitiu o concerto em directo na internet e no seu programa de rádio. Foi uma festa que decorreu dentro das expectativas. A segunda fase do lançamento tem lugar no Teatro Ribeiragrandense, no dia 7 de Março [amanhã], com um concerto entre uma hora e quarenta e cinco minutos e as duas horas de duração. Estamos a contar com a presença em palco de dez músicos convidados. Neste evento, vamos apresentar o nosso repertório completo, com todos os nossos temas desde 2006, até à presente data, englobando a apresentação, pela primeira vez, a público do tema “Grave Diggers”.

No set-list de “Mixed Emotional” acabam por manter alguns temas antigos da banda mas com novos arranjos e estrutura. Porquê?
Acreditamos que tudo muda. Aquilo que não muda acaba por envelhecer ou cair no esquecimento...

Eu diria que “Give Me A Moment” é das canções mais orelhudas e bem concebidas de um artista regional até à data. Há um especial cuidado por terem canções de grande potencial radiofónico, por exemplo?
Obrigado pelo elogio! O objectivo principal da maior parte dos artistas no mundo musical é serem ouvidos. Como tal, também temos o cuidado, dentro do nosso conceito musical, de compor temas que sejam orelhudos e “radiofónicos”.

Com um manager nos vossos quadros abrem-se, claramente, perspectivas de irem mais longe, embora muita gente pense que esta escolha é muito discutível numa terra pequena como os Açores. Concorda?
Os Crossfaith têm um manager porque necessitam do apoio de um profissional para desempenhar muitas das funções que os próprios músicos estavam a tentar cobrir, sem ser exactamente a sua área. Agora que entrámos com um trabalho discográfico para o mercado, foi a altura propícia para a solicitação do José F. Andrade para membro nossa equipa de trabalho.

Por onde passam os grandes objectivos dos Crossfaith a curto prazo?
Os nossos objectivos para um futuro próximo estão direccionados para o apoio e divulgação do nosso EP e para o aumento da consistência do nosso repertório para que o possamos apresentar em todos os palcos convidativos à nossa presença.

“Mixed Emotional” é também o primeiro lançamento regional de 2009 e que antecede vários outros que estão em agenda para este ano. Um sinal de que está efectivar-se um certo crescimento no movimento musical local, o qual tantos ansiavam há largos anos…
Obviamente que com a vontade de se ser ouvido vem a vontade de lançar um disco. Os músicos da região não são diferentes dos do resto do mundo. Hoje em dia, já temos mais meios para alcançar estes objectivos. Se se está a efectivar-se um certo crescimento no movimento musical local? Sim, somos cada vez mais, com “voz mais alta” e com qualidade para sermos ouvidos.

Na sua opinião o que mudou na região nos últimos tempos, se é que mudou alguma coisa?
Eu acho que faz tudo parte do desenvolvimento global e dos objectivos de cada um e de todos em comum – o evoluir.

Para uma banda açoriana tudo tem um prazo de validade, diria eu, mais curto, uma vez que a área geográfica é reduzida e damos por nós a tocar, normalmente, ao fim de pouco tempo, sempre para as mesmas pessoas. Como pensam os Crossfaith contrariar isso?
Eu não vejo este assunto dessa forma. Não é por estar num meio pequeno que vou deixar de pensar que posso fazer algo diferente, para não me aborrecer ou cair na rotina. Os Crossfaith são uma banda versátil e sujeita a mudanças. Acreditamos que tudo muda e aquilo que não muda acaba velho e no esquecimento.

Essa eventual fugacidade faz-vos talvez já pensar em qual o próximo grande passo a dar em termos discográficos?
Nós lançámos “Mixed Emotional” há muito pouco tempo para estarmos a pensar já num próximo trabalho.

Como o imaginam?
Diferente!

Nuno Costa

IV Medas Metal Night - Em Abril

No dia 18 de Abril decorrerá a quarta edição do “Medas Metal Night” a ter lugar no Indycat Piano Bar em Medas, Gondomar. As bandas em cartaz são os Blackswan, Urban War e Hunting Cross.

Demon Dagger - Novo tema disponível no Myspace

Está já disponível no Myspace dos nacionais Demon Dagger o novo tema “The Dagger Days” retirado do seu próximo álbum, “The Cain Complex”. O terceiro longa-duração da banda bracarense foi gravado, misturado e masterizado nos Kohlekeller Studios, na Alemanha, durante os meses de Agosto e Setembro passados, com produção a cargo de Christian “Kohl” Kohlmannslehner [Crematory, Under Seige, Sieges Even, Agathodaimon]. “The Cain Complex” conta ainda com as participações especiais de Julien, vocalista dos franceses Benighted, em “Force Fed Of Mayhem”. O trabalho estará disponível em Abril próximo.

Thursday, March 05, 2009

Crónica

ILUSTRES DE BANCADA

Invocando uma gíria futebolística, até porque me confesso entusiasta adepto desta modalidade, a actividade de “treinadores de bancada” parece cada vez mais desenvolver-se, embora sempre tenha sido um "ramo" muito disputado num país de consciências, quase sempre, pouco esclarecidas. Neste texto é evidente que me estarei mais a referir a “músicos de bancada”, “jornalistas de bancada”, “managers de bancada”, “promotores de bancada”, “técnicos de som de bancada”, etc, etc…

Tal como no futebol, a música desperta muitas paixões, mas estas podem ser verdadeiramente nocivas a partir do momento em que se tornam ridículas rixas intelectuais encerradas naquilo que classificamos vulgarmente de fanatismo, clubismo ou bairrismo. O manifesto das nossas opiniões, apesar da democracia em que vivemos, devia ter regras mais rígidas para não cairem, como facilmente acontece, numa avaliação difamatória de tudo e de todos. A liberdade de expressão não devia contemplar a “libertinagem de expressão”, mas é o que parece que se tornou. Não sabemos lidar com ela, definitivamente. Seremos sempre "animais", mais do que aquilo que pensamos…

Tento evitar estas crónicas precisamente para não cometer o mesmo erro. Não podemos estar por aí a dizer sempre tudo o que pensamos, não é verdade? Para além do que evito expressar-me sobre o que não sei e mesmo quando falo sobre aquilo que sei ou penso saber, faço-o com a maior das reservas e distâncias para não abordar pontos dos quais não estou completamente inteirado.

Potenciadas pela expansão dos meios de comunicação, nomeadamente dos fóruns, a opinião das pessoas sente-se muito mais hoje em dia e de forma indiscriminada, fazendo isso com que muitas vezes se constatem autênticos atentados ao bom senso e à integridade do próximo. Respeito é cada vez menos uma palavra com significado no vocabulário das pessoas. Não estou aqui a defender a censura, com toda a certeza, mas confesso que não sei para onde pesa mais a balança quando medidos os prós-e-contras de uma liberdade que, tendencialmente, reclamamos total. Se nos discorrêssemos da gravidade que tem fazer juízos de qualquer espécie sobre qualquer coisa que não conhecemos a fundo… Meus amigos, para mim esta é das coisas mais inconcebíveis que pode haver. Chocam-me por completo e, claro, revoltam-me. Não posso conceber que a liberdade de expressão seja usada como método de onanismo intelectual quando tudo não passa de um claro indício de uma série de complexos e de uma imensa falta de respeito e moral.

Este é, evidentemente, um comportamento altamente destrutivo, já que pode deitar abaixo muita boa intenção, trabalho ou projecto. Difama-se, indiscriminada e viciosamente… Mas as coisas tendem a ficar encobertas ou disfarçadas, melindrosamente, por retóricas, singelezas cínicas ou por qualquer certificado de incapacidade intelectual.

Salvo flagrantes casos de incompetência, qualquer convocatória é o resultado de semanas, meses e anos de trabalho e não de apenas 90 minutos de jogo – ou de música, neste caso. O bilhete por que pagamos não nos dá direito de pôr em causa toda uma estrutura, profissional ou amadora. A não ser que esta seja a nossa.

Nuno Costa

Anonymous Souls - Amanhã em Santa Maria da Feira

Os Anonymous Souls actuam amanhã [dia 6 de Março] com os Morg e Hellsblood no Rock VFR, em Santa Maria da Feira. Este concerto é inserido na “Agony Tour” que promove o seu segundo álbum e que tem já agendadas datas para o Metal Point, no Porto, com Equaleft, Drop D, Urban War e Minim, no dia 13 de Março, e em E. S. Fiães, em Santa Maria da Feira, no dia 24 de Abril.

Morbid Death - Anunciam datas de mini-digressão no continente

Os açorianos Morbid Death têm já confirmadas todas as datas e locais para a sua mini-digressão pelo continente em Maio próximo. Assim sendo, no dia 2 o destino é o festival SWR – Barroselas Metal Fest, no dia 3 o Santiago Alquimista, em Lisboa, com Desire, e dia 5 o Metal Point, no Porto, com Pitch Black e Headstone.

Supersuckers e Nashville Pussy - Visitam Portugal em Abril

Os veteranos Supersuckers e Nashville Pussy deslocam-se no dia 6 de Abril ao Santiago Alquimista, em Lisboa, para um concerto que promete um contagiante espírito rock’n’roll. Ambos projectos trazem discos novos na bagagem, sendo o último dos Supersuckers intitulado “Get It Together” e dos Nashville Pussy “From Hell To Texas”. Os bilhetes já estão à venda no local do espectáculo, FNACs, Carbono, Cave e em www.ticketline.pt.

ThanatoSchizO - Álbum semi-acústico em 2009

A independente portuguesa Major Label Industries acaba de firmar contracto com os ThanatoSchizO para o lançamento de um álbum semi-acústico, constituído por remakes de temas dos seus quatro longa-duração, com algumas incursões étnicas e electrónicas. A decisão de lançar um disco neste formato acaba, segundo a banda, por ser um passo óbvio após várias sessões live neste contexto, surgidas quando a FNAC impôs que só podiam promover o seu trabalho no seu espaço desta forma. O guitarrista Guilhermino Martins confessa que tomaram-lhe o gosto e desde aí, todas as vezes que editam novos registos, trabalham em remakes acústicos paralelos. Entretanto, continua sem estar definido a data e estúdio para gravação, mas estando já garantida uma edição para 2009.

Monday, March 02, 2009

Obituary - Terminam novo álbum

Os Obituary já terminaram os trabalhos relativos ao lançamento do seu novo álbum a lançar entre Maio e Junho próximos pela Candlelight Records. Neste momento já é conhecido o seu artwork, novamente concebido por Andreas Marschall que já havia dado o seu contributo gráfico em álbuns como “The End Complete”, “Frozen In Time” e “Xecutioner’s Return”. O vocalista John Tardy já referiu que este novo álbum “saiu verdadeiramente doente” e mostra-se muito ansioso para o público o ouvir. Já Ralph Santolla [guitarrista] diz que, na sua opinião, “o novo material dos Obituary é bem pesado” e contém alguns dos seus riffs preferidos no contexto da discografia da banda. As últimas edições dos Obituary foram “Left To Die”, um EP de quatro temas lançado o ano passado [incluindo dois originais, uma nova gravação de “Slowly We Rot” e uma cover de “Dethroned Emperior” dos Celtic Frost] e “Xecutioner’s Return”, o último longa-duração da banda, em 2007.

Dream Theater - Teaser de novo álbum divulgado

Mike Portnoy, baterista dos Dream Theater, apresentou na passada sexta-feira, no programa norte-americano “Friday Night Rocks”, um teaser de um minuto do futuro álbum da sua banda que será misturado já na próxima semana pelo engenheiro Paul Northfield. O baterista já definiu o décimo trabalho de estúdio da banda de nova-iorquina como um mistura entre “A Change Of Seasons”, “Octavarium”, “Learning To Live”, “Pull Me Under” e “The Glass Prison”. O disco deverá ser editado no início do próximo verão pela Roadrunner Records. Entretanto, continua disponível o DVD duplo “Chaos In Motion 2007/2008” que atingiu vendas a rondar as 9.000 cópias só na sua primeira semana de lançamento nos Estados Unidos. Entretanto, fica o link para o teaser aqui.

Cult Of Luna - Primeiro DVD em Abril

“Fire Was Born”, o primeiro DVD dos suecos Cult Of Luna, será lançado no final de Abril e não a 23 de Março, como anteriormente previsto. Isto deve-se a “alguns problemas técnicos na planta de impressão”. Este trabalho é baseado num concerto dado a 1 de Julho de 2008 no Scala, em Londres, e conta ainda com respostas a perguntas dos fãs dadas por Johannes Persson [guitarrista] e Anders Teglund [teclista] e vídeos de “The Watchtower”, “Leave Me Here” e “Back To Chapel Town”. “Fire Was Born” estará disponível pela Earache Records.