Wednesday, March 31, 2010

Crónica

IGNORÂNCIA E PRECONCEITO

Inicio este texto colocando uma questão muito simples: como é possível alguém como Alberto Gonçalves, transbordante de preconceitos socioculturais e autor de ideias bacocas chegou a sociólogo, denegrindo vilmente a profissão e quem a exerce? Não entendo. E formulo uma segunda questão, muitíssimo bem colocada por Rui Miguel Abreu, cronista da Blitz: "quem no seu perfeito juízo daria emprego a Alberto Gonçalves?" [neste caso, quem no seu perfeito juízo lhe atribuiria uma coluna de opinião num jornal de âmbito nacional?]. Para contextualizar, Alberto Gonçalves é o autor dos infames textos "O hip hop também mata" e "'Hip hop', rimas finais", publicados no Diário de Notícias a 21 e 28 de Março, respectivamente, sobre a morte do rapper MC Snake.

Na resposta ao artigo de Abreu ao texto "O hip hop também mata" Gonçalves virou as baterias para o Metal, afirmando desbragada e ignorantemente: "o heavy metal, para usar um exemplo normalmente associado a jovens brancos (...) é de um primarismo similar [ao do Hip Hop], incluindo na celebração da violência (e na misoginia, etc.). Sucede que, ao contrário do hip hop, nem a "criatividade" do heavy metal beneficia de adulação externa ao culto (não conheço académicos empenhados em dissecar o lirimos da banda Nuclear Assault), nem o seu peso (sem trocadilho) ultrapassa círculos restritos.

Antes de mais, caro Alberto Gonçalves, são intrínsecas ao Metal uma estética e imagética tendencialmente mais obscuras e agressivas (nalguns sub-géneros mais do que noutros, como no Death ou no Black Metal) do que noutros estilos musicais, mas surpreende-me o facto de o seu ilustre e mal (in)formado cérebro não detectar uma fortíssima componente de crítica e análise social na música pesada. Para seu conhecimento - porque, notoriamente, precisa de ser esclarecido sobre o tema com a maior urgência possível - o nome Nuclear Assault carrega em si uma violenta crítica face ao perigo de uma eventual guerra nuclear entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética. Isto porque a banda (uma das minhas favoritas, por acaso) surgiu em 1984, a sete anos de a Guerra Fria (já ouviu falar?) terminar, após o colapso da União Soviética, ditado pela queda do Muro de Berlim, em 1989.

Por outro lado, a criatividade no Metal existe, e grande abundância, como poderá facilmente verificar se quiser dar-se ao trabalho de analisar cuidadosamente a estética, a imagética, o lirismo, a composição e a execução técnica de uma simples meia-dúzia de álbuns do género, independentemente da sua variante. Nessa medida, poderá facilmente comprovar não só a criatividade, mas também a cultura inerente a numerosos músicos do género, que muito frequentemente recorrem a disciplinas como a História, a Sociologia, a Literatura, a Arte em geral ou a Ciência para elaborarem intrincados conceitos originários de temas ou álbuns magníficos, provando a complexidade do Metal.

Com efeito, segundo o investigador Nelson Nunes, “o heavy metal não é ‘primário’, pelo simples facto de ser, provavelmente, dos estilos musicais mais complexos. Não acredita? Então veja a inspiração do heavy-metal: música africana tribal (o que mostra o seu enorme valor cultural), música clássica (extremamente apreciada pelas elites, desde o século XVII até hoje, o que revela também a sua complexidade de construção), punk rock (marcado pelas revoluções sociais e ideológicas dos anos 70/80) e ainda pelo blues (que demonstra, mais uma vez, o elevado índice cultural deste género). Por outro lado, o heavy metal não é, de todo, primário, uma vez que não apela, única e exclusivamente, à emotividade; as letras, aliás, são de uma extrema relevância social. Para tal, leiam-se os temas abordados por artistas como Iron Maiden (que apresentam temas históricos aos seus fãs; não será isto uma forma de ensino, apelando à emoção e à lógica?), Metallica, Killswitch Engage, System of a Down, entre muitos outros. O que acontece é que pelo ‘peso’ da música em si, os músicos do género não são, simplesmente, ouvidos pelos media. "

Quanto aos académicos interessados em estudar o Metal não faltam, mas claramente o senhor optou por fazer uma tristíssima figura ao afirmá-lo antes de fazer uma breve pesquisa na Internet sobre o tema, o que diz muito sobre a sua forma de trabalhar. Em particular na última década verificou-se um considerável aumento de importantes estudos sociológicos, antropológicos, psicológicos e históricos sobre o Metal enquanto aglutinador de paixões, gerador de comunidades altamente ritualizadas, com simbologia, ética, representações sociais e comportamentos próprios. Algumas dessas pesquisas resultaram em dezenas livros como Heavy Metal: The Music and its Culture; Running with the Devil: Power, Gender, and Madness in Heavy Metal Music; Lords of Chaos: The Bloody Rise of the Satanic Metal Underground; Rock, and Jazz: Perception and the Phenomenology of Musical Experience; Heavy Metal: A Cultural Sociology; Heavy Metal in Baghdad: The Story of Acrassicauda; This Ain't the Summer of Love: Conflict and Crossover in Heavy Metal and Punk; Metal: the Definitive Guide; Sound of the Beast: The Complete Headbanging History of Heavy Metal; Swedish Death Metal; Extreme Metal: Music and Culture on the Edge ou Heavy Metal Islam: Rock, Resistance and the Struggle for the Soul of Islam. Estes são apenas alguns títulos.

Aliás, a relevância do Metal enquanto objecto de estudo científico ficou bem patente na atribuição pelo Governo neozelandês, em 2007, de uma bolsa de estudo no valor de 96 mil dólares locais (cerca de 50 mil euros), válida até ao corrente ano, ao investigador e headbanger David Snell para conclusão da sua tese de doutoramento, intitulada The Everyday Life of Bogans: Identity and Community Among Heavy Metal Fans . A notícia correu Mundo.

Por outro lado, os documentários Metal: A Headbanger's Journey e Global Metal, realizados pelo antropólogo canadiano Sam Dunn com Scott McFadyen, revelaram-se determinantes para um maior desenvolvimento cultural do género. Embora não baseados em pressupostos científicos, estes documentos vídeo trouxeram ao Metal uma nova credibilidade, suscitando o interesse dos fãs e da sociedade em geral numa perspectiva sociocultural e histórica.

Por outro lado, abundam no mercado as enciclopédias, constituindo as maiores referências The Book of Metal: The Most Comprehensive Encyclopedia of Metal Music Ever Created, Encyclopedia of Heavy Metal Music, The International Encyclopedia of Hard Rock & Heavy Metal, os cinco volumes da colecção Rock Detector (cada um incidindo num subgénero específico), The Virgin Encyclopedia of Heavy Rock, The International Encyclopedia of Hard Rock & Heavy Metal, The New Wave of British Heavy Metal Encyclopedia ou os dois volumes de Extreme Metal. Na Internet, as enciclopédias Metal Archives (www.metal-archives.com/), The BNR Metal Pages (www.bnrmetal.com/), GoC: Folk Metal Encyclopedia (www.truemetal.org/metalmagick/ ), Metallian (www.metallian.com/) ou o próprio Rock Detector (www.musicmight.com/) constituem referências obrigatórias. E estes são apenas alguns exemplos.

Face a tudo isto sr. Alberto Gonçalves ainda acha que o Metal é um género musical menor, sem interesse académico e científico? Entende que o Metal nada tem para oferecer que não mereça ser estudado? Só espero que o título da crónica que assina no DN - "Dias Contados" - seja profética e que muito em breve lhe seja retirada essa tribuna, porque notoriamente não a merece.

Dico

Monday, March 22, 2010

Stronghold Of Metal - Próximo sábado com ingleses Dark Forest

Rota frequente para iniciativas underground, o Revolver Bar, em Cacilhas, acolhe no próximo sábado, dia 27 de Março, o Stronghold Of Metal. Em cartaz estão os nacionais Inquisitor, Midnight Priest e Shivan e os ingleses Dark Forest. A partir das 20h15 à condição de um bilhete de 13€ [venda antecipada] ou 15€ [venda no dia].

Reincarnation Fest - Com Pagan Altar em Cacilhas

666% Metal e The Forge unem esforços para concretizar o Reincarnation Festival que traz pelo segundo ano consecutivo a Portugal os ingleses Pagan Altar. Estes são o grande destaque de um cartaz que conta ainda com Drakkar, Dawnrider, Midnight Priest, Incoming Chaos e Rising Force. O local escolhido para o efeito é o Revolver Bar, em Cacilhas, e o início das hostilidades está marcado para as 16h. Os bilhetes já estão disponíveis [informações através de 666metalevents@gmail.com] a 13€. No dia e no local custam 15€.

Friday, March 19, 2010

Entrevista Miss Lava

PEDRADA INCANDESCENTE
"Cada um de nós, sem Miss Lava, não era o mesmo"

Uma eruptiva provocação rock tomou de assalto o panorama nacional no final do ano passado na forma de “Blues For The Dangerous Miles”, o álbum de estreia dos lisboetas Miss Lava. Influenciados por bandas como Kyuss, Monster Magnet ou os seminais Black Sabbath e Led Zeppelin, carregam uma atitude e convicção quase perversas e assim o seu som ganha outro impacto. Com temas como “Black Rainbow” ou “Don’t Tell A Soul”, ambos com videoclips editados, pode tornar-se aditivo consumir este “lamaçal fumegante”, especialmente ao vivo. Fomos perceber junto da banda, que até contém ex-elementos dos Dawnrider e Etherial Grief, como se concebe uma estreia tão coesa e de forma tão descontraída.

Passados quase quatros meses do lançamento de “Blues For The Dangerous Miles” que balanço fazem do seu impacto junto do público e crítica?
Até agora tudo está a ser maravilhoso! A sério! Quando tocamos ao vivo, há uma sintonia muito especial com o público, que levanta voo connosco! Depois das actuações o pessoal aborda-nos, deixa mensagens no myspace, no youtube, etc... Relativamente aos media, desde o 9/10 no JN ao 4/5 no Blitz, passando pela Loud!, que incluiu o disco no Top 5 nacional de 2009, a verdade é que não nos lembramos de uma crítica negativa. Todos têm aceitado muito bem o disco, como o demonstra o airplay do single em rádios e TV.

Os Miss Lava até já têm um clube de fãs! Como se sentem em relação a isso?
O sentimento é de muito orgulho. O que há para dizer? Quando o nosso trabalho toca alguém ao ponto dessa pessoa usar grande parte do seu tempo para dinamizar a promoção da banda e criar maior envolvimento com quem gosta do nosso som... ficamos sem palavras. É um clube de fãs impulsionado por uma pessoa muito especial, o Mário, que nos tem acompanhado desde o primeiro concerto quase. A ele o nosso mais sincero obrigado.

Tiveram cuidados especiais na composição desta estreia ou, sendo uma banda de rock, deixaram com que tudo fluísse da forma mais natural possível?
Este disco é o acumular de alguns anos de aperfeiçoamento de química entre os músicos, de avaliações feitas ao vivo, na estrada e de apuramento da nossa consciência enquanto banda. Apesar do palavreado da frase anterior, isto é um processo natural. E está na natureza de cada banda ter mais ou menos cuidado na composição. Para nós, temos cada vez mais interiorizado o que é Miss Lava e, dentro desse espectro, cada música acaba por ter um processo de composição diferente do da anterior. Tentamos, claro, com que todos contribuam com o seu toque pessoal, porque é essa soma, ou o equilíbrio dessa soma, que faz os Miss Lava.

Sendo que até ao lançamento de um primeiro álbum não há grandes expectativas em torno de uma banda, de um modo geral, como é que acham que vai ser o processo de composição para um segundo álbum? Mais tenso?
Vai ser “no strings attached”! [risos] Já temos umas 5/6 músicas estruturadas e está a ser igual ao anterior. Provavelmente teremos menos tempo de maturação, uma vez que os concertos e os compromissos promocionais não param. Quanto à tensão, os americanos têm uma expressão que resume o nosso pensamento: “no pain, no gain”!

Pode dizer-se que chegaram até aqui por mérito próprio. Actuaram muito, gravaram o vosso próprio disco e agora tratam de grande parte dos compromissos promocionais da banda. É uma atitude rock’n’roll que todos deviam seguir, particularmente em Portugal?
Achamos que cada um faz o que acha que deve fazer. Nós gostamos disto e esta cultura “do it yourself” vem dessa paixão, de querer fazer acontecer, de querer sempre mais e mais e mais. Hoje em dia, com a explosão das redes sociais, quase que não precisas de ninguém para divulgares o teu trabalho e pores o “train a rollin’”! Quase todos os nossos concertos vêm de amizades e parcerias feitas online.

Como é que passa pela cabeça de alguém agendar três concertos para o mesmo dia? Fale-nos um pouco dessa experiência.
[risos] Simplesmente aconteceu. O Rafa, da ICANCU, uma das melhores promotoras de eventos ao vivo nacionais, marcou-nos uma FNAC à tarde e um concerto num clube por volta da meia-noite. A uma ou duas semanas dos concertos ligou-nos com uma possibilidade de opening slot, às 22h, para Devil in Me num festival que ficava perto dos outros locais. É claro que não podíamos recusar. Mais: foi lindo, nunca nos vamos esquecer desse dia… e do dia seguinte! Não porque estávamos cansados, mas porque queríamos mais! [risos]

O vosso recente concerto com os Fu Manchu tem razões para figurar numa das melhores recordações da banda até hoje?
Sim, por várias razões; porque adoramos Fu Manchu, sendo uma referência musical para nós; porque fomos para cima do palco completamente desinibidos e com vontade de nos divertimos… e demos um grande show, ao que parece! [risos] Depois, a casa encheu a meio do espectáculo e o Santiago Alquimista tem aquelas varandas que fazem com que para onde quer que olhes vejas público. E neste caso, público a curtir! Por último, porque os media deram maior expressão à actuação e fizeram excelentes críticas!

Até certo ponto já se torna complicado conciliar as vossas vidas “musicais” com as profissionais? Nem que seja quando têm que actuar durante a semana ou estenderem-se noite dentro para gravar um álbum?
Mais ou menos. Sabes, quem corre por gosto não cansa e a gente vai levando a coisa. É claro que também temos compreensão do lado profissional e do lado familiar, mas acho que todas as pessoas à nossa volta percebem que cada um de nós, sem Miss Lava, não será o mesmo.

Apesar de tocarem um som directo e sujo, as vossas letras e conceito indiciam uma certa sensibilidade. Muito têm falado da “Miss Lava” que passou pela vida de cada um! São rapazes que ligam muito a essa parte afectuosa?
Claro que sim! Somos uns rapazes muito muito ligados a afectos! [risos] Agora a sério, parece-nos que o conceito de Miss Lava é mesmo esse, o de conjugar a dureza e calor do rock [Lava] com o groove e sensibilidade de uma Miss [naughty, claro]. A partir daqui, tentamos criar um universo narrativo aberto o suficiente para que cada pessoa se consiga rever ou identificar com as histórias que contamos de uma forma muito pessoal.

Neste momento, com o apoio de uma editora e de um management sentem que o vosso trabalho tem sido mais eficaz?
Sim, claro, porque dão-nos uma credibilidade importante e abrem-nos “portas” difíceis de abrir. Nesse sentido, a Avantegarde Management tem sido imparável, tal como a Raging Planet, claro.

Até que ponto é preciso cuidar da imagem e som de uma banda para que ela funcione, porque não dizê-lo objectivamente, em termos mediáticos?
Cada caso é um caso. As bandas têm é que ser fiéis a si próprias, ao seu som e às pessoas que compõem a banda. Para que a imagem funcione, há que ser autêntico. Com mais ou menos cuidado. Fake é que não. Vai logo tudo por água abaixo e não interessa a ninguém.

Concretamente, o que é que os Miss Lava têm que os outros projectos em que estiveram envolvidos não vos deixaram exprimir?
União e integração. Sintonia entre os vários elementos. E isto contagia. Alimenta ainda a vontade incrível de fazer música e de fazer acontecer. Aqui, somos mais felizes. Aqui, amamos de morte o que fazemos. [risos] Meio trágico mas é verdade!

Têm neste disco várias colaborações: com o Ricardo Espinha, Jens Bogren, Vanity Sessions, entre muitas outras figuras no campo da produção e arranjo de temas. Falem-nos um pouco de como foi estruturar o plano para a concepção de “Blues For The Dangerous Miles”.
O plano foi “acontecendo” à medida que a nossa consciência sobre o que queríamos ficava mais clara. Sabíamos que tínhamos que dar um salto em termos de mistura e masterização e o Filipe Marta da Avantegarde Management sugeriu o Jens que é um tipo com uma mente muito aberta. Depois, preferíamos controlar e fazer todo o processo de gravação em Portugal, levando o tempo que fosse necessário. Por isso, chamámos o Ricardo Espinha, com quem já tínhamos trabalhado no EP, para ajudar-nos nas captações. Todo o processo tinha que ser coordenado por um co-produtor central, o nosso baixista Samuel Rebelo, que contagiava com a nossa visão para o disco. Relativamente às Vanity, elas entraram numa outra parte do processo, emprestando-nos o seu enorme talento para a música “Birth, Copulation & Death”. Aqui, tudo teve a ver com feeling de composição. A certa altura, pensámos que a música ganharia outro power com vozes femininas, e daí até nos lembrarmos delas, que já tinham feito um DJ act a seguir a um concerto nosso, foi um pequeno passo. O mesmo aconteceu com o Emílio Salas dos Elektrik Experiment, um amigo de longa data que toca percussão na parte psicadélica do “Scorpio”, e com o Shela, dos Paus/If Lucy Fell/Riding Pânico, que toca teclas no “Black Rainbow”, no “The Wait” e no “Scorpio”.

O vosso primeiro videoclip foi captado fora do país e com um produtor externo. Um novo já está em preparação não é assim?
O primeiro vídeo, da “Black Rainbow”, foi gravado em Portugal com um realizador português, o Bruno Simões, que está em Londres. Ele faz pré-produção para blockbusters como “Harry Potter” e “As Crónicas de Nárnia”. É muito criativo e é um amigo há longos anos. Estamos muito contentes com o seu trabalho e a prova da sua qualidade é o airplay que estamos a conseguir ter. Quanto ao segundo vídeo, esse sim foi totalmente rodado em Berlim e realizado pelo Joerg Steineck, um artista muito ligado ao movimento stoner. É ele que assina, por exemplo, os documentários “Lo Sound Desert”, com ex-membros dos Kyuss, Unida e Queens Of The Stone Age. O vídeo terá uma abordagem conceptual à música “Don’t Tell a Soul”. Vai ser diferente, isso pode prometer!

Já vos ouvi várias vezes manifestar o sonho de actuar num festival como o Optimus Alive. Há desenvolvimentos nesse assunto?
Infelizmente, nos festivais patrocinados por “major brands”, não. Mas felizmente, temos aí umas datas marcadas em palcos nacionais históricos! Assim que pudermos divulgar, fá-lo-emos!

Acham que tem havido alguma parcialidade na forma como as produtoras dos maiores eventos nacionais lidam com as nossas bandas?
Sinceramente, não fazemos ideia se há parcialidade ou não. O que achamos é que os decisores muitas vezes não conhecem a realidade e o potencial do movimento musical em Portugal. Isto em qualquer estilo.

Sei que planeiam correr outros países a partir de Abril. Já há alguma data que possam adiantar?
Sim, vamos tentar desgraçar-nos ao máximo nuns pubs ingleses a sul de Londres. Para a semana, divulgamos as datas no myspace. É o que está combinado com o pessoal de lá.

Nuno Costa

Thursday, March 18, 2010

Xtreme Assault - Peso a norte

Mais uma produção SWR.Inc a ter lugar no dia 27 de Março no Dinaamo, em Panoias [Braga]. O evento será dividido em dois actos, começando o primeiro às 17h00 com os The Fall Of Man, Vai-te Foder, Suffochate e Atomik Destruktor, e o segundo às 21h30 com Endamage, Insanus, Legacy Of Brutality e The Ransack. O bilhete está disponível exclusivamente na bilheteira do recinto e custa 6€.

Wednesday, March 17, 2010

Megadeth & Guns'n'Roses - Concertos azarados

Em plena digressão comemorativa dos 20 anos do lançamento de “Rust In Peace”, os Megadeth viram-se forçados a interromper a sua data em Baltimore devido a problemas com o sistema de sonorização da sala Rams Head Live. Depois dos Testament terem terminado o seu espectáculo, contou-se cerca de duas horas até os Megadeth subirem ao palco para definitivamente actuarem (isso depois de vários soundchecks à última da hora). Foram, no entanto, apenas três os temas que a banda de Dave Mustaine suportou até decidir cancelar o espectáculo. Foi reportado pelo próprio Mustaine que houve “problemas com o P.A. desde o princípio da noite” e que “este era um pouco inferior” ao que costumam usar. “Depois do P.A. ir completamente à vida, fomos para os camarins, esperámos mais cerca de 45 minutos (…). Entretanto, um imbecil qualquer achou que era boa ideia derramar o seu cattering por cima da mesa de som, daí ter acabado o concerto”, concluiu Mustaine. Já no passado sábado, Axl Rose foi atingido por uma garrafa de plástico durante um concerto no estádio do Palmeiras, em São Paulo, Brasil. O incidente ocorreu logo no início do espectáculo, levando Axl Rose a mandar parar os seus colegas e entrar em diálogo com a audiência de forma a perceber se haviam condições para continuar. O espectáculo acabou por ser reatado e correr dentro da normalidade até ao seu final. É possível ver um vídeo deste incidente aqui. Na quinta-feira anterior, a banda havia já tido problemas com um grupo de bilionários e supermodelos brasileiros que geraram um motim num clube e provocaram o cancelamento do espectáculo.

Metallica - Espectáculos à "The Wall" em 2011

O co-manager dos Metallica declarou recentemente à inglesa Classic Rock Magazine que no próximo ano os Metallica terão uma concepção de espectáculo “equivalente ao “The Wall” dos Pink Floyd. Peter Mensch não quis, entretanto, acrescentar mais pormenores sobre essa futura digressão, dizendo apenas que passará por dez cidades e que “será um empreendimento enorme”. Recordamos que os Metallica estarão em Portugal nos dias 18 e 19 de Maio para espectáculos "360º" no Pavilhão Atlântico, com lotação esgotada.

Tuesday, March 16, 2010

Spank Lord - Ao vivo no Beer House

Os stoner rockers Spank Lord actuam no dia 27 de Março no bar Beer House, na Ribeira Grande, a partir das 22h30. O grupo açoriano continua a trabalhar no seu álbum de estreia, já baptizado de “Bombs Away”.

Review

FACTORY OF DREAMS
“A Strange Utopia”
[CD – ProgRock Records]

Uma das primeiras perguntas que nos ocorre quando pomos mãos a esse trabalho é: precisava Hugo Flores de mais um projecto com que se ocupar e onde exprimir outra qualquer faceta que não tivesse lugar nas suas outras criações? Aparentemente a resposta é não, pois pouco muda aqui no seu princípio progressivo de composição. Misturar vozes femininas com arranjos ambientais e orquestrais já havia sido feito em Project Creation, embora talvez sem a complexidade deste “A Strange Utopia”. Para não falar que a voz da sueca Jessica Lehto é a mais interessante que Flores usou para aplicar num dos seus trabalhos, dando-lhes uma dimensão, na teoria e na prática, internacional.

Contudo, a cada vez usar uma denominação nova tem pouco relevo. É comum querer dar-se uma imagem de "workaholic" quando se está nessa coisa do prog, mas Flores não precisa de fartura para se notabilizar, já tem qualidade suficiente. “A Strange Utopia” surge então como uma sequência lógica em termos de evolução no percurso do multi-instrumentista. Já Project Creation vivia do seu ambiente espacial e psicotrópico, fantasista ainda, tal como este Factory Of Dreams que, de facto, revela-se entusiasmante e envolvente em vários momentos. “Inner Station” oferece um violino deslumbrante, cortesia de David Ragsdale [Kansas], enquanto que a integridade de “ Weight Of The World” faz dele um excelente tema de apresentação. A melodia encantadora de “Sonic Sensations”, embora gere um claro dejá vu com The Gathering, invade-nos os sentidos para nos deixar a flutuar e a simbiose de vozes em “Dark Utopia” – com Hugo e a soprano Antoniella a juntar-se a Jessica – resulta num dos momentos mais intensos do disco.

Aqui e ali o peso revela-se, mas sempre muito controlado, e a electrónica assume um papel importante em várias passagens deste disco. Com isso percebe-se que elementos não faltam a este trabalho. Hugo continua, portanto, igual a si próprio e este é talvez o seu melhor disco até à data. Contudo, e apesar do vasto leque de colaborações, já era altura de Hugo dar oportunidade a outros músicos e trabalhar em equipa. Algumas programações não resultam assim tão bem, para além de que ajudava-lhe a “desafunilar” algumas ideias que começam a saturar. [7/10] N.C.

Estilo: Progressivo/Gótico/Sinfónico

Discografia:
- “Poles” [CD 2008]
- “A Strange Utopia” [CD 2009]

www.strangeutopia.com
www.myspace.com/projectcreation

VIII Extreme Metal Attack - Este fim-de-semana em Belmonte

Na próxima sexta-feira [21h] e sábado [18h] o Manjar do Pavaroti, em Belmonte/Caria [arredores da Covilhã], acolhe o VIII Extreme Metal Attack. São duas noites onde o black metal falará mais alto, mas em que haverá ainda lugar ao thrash e ao heavy metal mais tradicional. São grandes cabeças-de-cartaz nesta iniciativa da Hell Prod os holandeses Heretic e os germânicos Desaster. O restante cartaz ainda tem os espanhóis Wargoatcult e os nacionais Infernüs, Xerión, Urna, Decayed, Motörpenis, Midnight Priest, Sonneillon e Inquisitor. A partir de agora os bilhetes estão apenas disponíveis no recinto do espectáculo, no dia, a 10€ [primeiro dia] ou 15€ [segundo dia]. Mais informações pelo e-mail events@hellprod.com.

Converge - Em Portugal em Julho

Os norte-americanos Converge apresentam o seu mais recente trabalho, “Axe To Fall”, no Revolver Bar, em Cacilhas, no dia 8 de Julho. A fazer a abertura do concerto estarão os nacionais Before The Torn. Os ingressos para esse espectáculo estarão disponíveis brevemente a 20€ [pré-venda]. No dia do espectáculo custarão 30€. Os Converge são uns dos pioneiros do metalcore e mathcore.

White Zombie - Ex-guitarrista fala da derradeira fase da banda

Numa entrevista recente à revista Crawdaddy, o ex-guitarrista dos extintos White Zombie, Jay Yuenger, explicou, entre várias outras coisas, que não deu nenhum contributo à compilação antológica “Let Sleeping Corpses Lie” lançada em 2008. “Foi-me enviada uma maqueta apenas dois dias antes do seu lançamento. Foi um registo muito mal idealizado. Nenhuma das fotos estavam creditadas (…). Não trouxe encarte, o que seria essencial num lançamento deste tipo. A banda tem uma história muito interessante, como puderam não editar um encarte? Os fãs queixam-se disso constantemente. Eles estão contentes porque esta caixa contém discos antigos muito raros (…), mas o seu invólucro é uma seca. O Sean [baixista] tinha tanto género de coisas fixes, como fotos e flyers que poderiam ter sido incluídas”. Quando inquirido sobre as declarações de Rob Zombie que diziam que deixou de haver convivência e comunicação na banda depois do lançamento do último disco, Yuenger responde que “é inevitável que as coisas piorem depois de tantos anos a viver sob o mesmo tecto”. No entanto, o mesmo confessa que “gostava de ter gravado outro álbum, mas isto não estava nos planos”. Justifica: “Olhamos para os discos a solo do Rob e podemos perceber o que ele queria fazer. Eu sempre quis estar numa banda de rock onde os instrumentos base fossem guitarra, baixo e bateria. Nos vivíamos em Nova Iorque onde tinha grande expressão o rap e o techno. As minhas bandas favoritas na altura eram Slayer e Public Enemy. Eu gostava muito de samples e por isso editámos “La Sexorcisto” (…) e as pessoas adoraram. Fomos a primeira banda a rock a fazer essa mistura. Contudo, à medida que o tempo foi passado, a cena techno começou a dominar e eu odeio isso. Hoje em dia podem ouvir a falta de “humanidade” nos trabalhos do Rob”, confessou. Já os piores momentos da carreira dos White Zombie foram, para Yeung, “quando o primeiro baterista da banda, Ivan de Prume, abandonou a banda no meio de uma intensa digressão (...), ele era muito compulsivo e tinha problemas com substâncias. Nós tínhamos um grande espectáculo em Los Angeles e ele decidiu desaparecer para ir para a farra. Estava todo lixado e apareceu apenas cinco minutos antes do concerto. Nesse dia tocámos já sabendo que o íamos despedir logo a seguir ao concerto. Entretanto, tivemos ainda que andar a sorrir para todas as companhias de discos que estavam no backstage para nos fotografar”. Pode ler a entrevista toda aqui.

Stone Temple Pilots - Site de fãs lança "aperitivo" sobre novo trabalho

O site Below The Empty publicou um sample de 18 segundos do novo single dos Stone Temple Pilots, “Between The Lines”. Este faz parte do próximo álbum, homónimo, da banda a lançar a 25 de Maio pela Atlantic Records. No passado dia 23 de Fevereiro, a banda de rock norte-americana rodou o seu futuro álbum numa festa privada em Nova Iorque onde marcou presença um repórter da The Pulse Of Radio. O referido repórter descreveu este como “uma natural e melódica progressão" da banda "com harmonias ao jeito dos Beatles, um hard rock in your face, com muitos solos de guitarra e uma prestação surpreendente de Scot Weiland”. Os Stone Temple Pilots estão reunidos desde 2008, após seis anos de ausência, e o seu último disco, “Shangri-La-Dee-Da”, data de 2001.

Friday, March 12, 2010

Quatro projectos açorianos amanhã na luta contra a pobreza

Os Crossfaith, Plastic Music Project, Hiffen e Ficha Tripla participam amanhã, dia 13 de Março, no evento solidário “Erradicar a Pobreza, Radicar a Justiça”, no Pavilhão do Mar, em Ponta Delgada. Uma iniciativa da Cáritas com início marcado para as 21h30. As entradas custam 2€.

Live Zone

FIELDS OF THE NEPHILIM / BIZARRA LOCOMOTIVA
06.02.10 - Coliseu do Porto

No início do passado mês a SounD(/)ZonE teve o prazer assistir a mais uma grande noite de música. A ocasião movimentou uma "onda negra" em direcção ao Coliseu do Porto para receber uma das mais representativas bandas do cenário gótico. Os seguidores deste estilo de vida e género musical aderiram em peso vindos de várias zonas do país… e mesmo de fora.

Antes disso os lisboetas Bizarra Locomotiva aproveitaram para dar a conhecer o seu novo trabalho, “Álbum Negro”, e mostrar, uma vez mais, o poder que têm em palco. Rui Sidónio esteve incansável, acompanhado - e bem - pelos irreverentes Alpha e Miguel Fonseca. Um bom espectáculo de “aquecimento” para o que viria a seguir.

As luzes apagam-se e o palco é coberto por uma cortina de fumo que se estende até ao público. Envoltos em nevoeiro surgem todos os elementos dos Fields Of The Nephilim, à excepção do vocalista Carl McCoy. O grupo inglês dá início à sua actuação com o tema “Shroud”. Só no fim deste tema o mítico líder da banda deu entrada em palco. Do menu musical destacaram-se temas como “Moonchild”,”Love Under Will”,”Dawnrazor”. No entanto, é o tema “Penetration” a grande surpresa da noite. Perante um som excelente, as condições estavam, efectivamente, todas reunidas para uma grande noite.

A grande referência da banda, McCoy, claro está, foi ele próprio: frio como o gelo e nada comunicativo com o público. Mas o mais importante continua presente, a sua grande voz, e mantém também o estatuto de maior símbolo deste colectivo vanguardista.

Depois de uma pausa, os Fields voltaram ao palco para um encore com “For Her Light”,”ZOON” e ”Last Exit For The Lost”. Este último tema levou o público ao rubro. Uma noite memorável!

Texto: Miguel Ribeiro
Fotografia: Paula Martins

Wednesday, March 10, 2010

Fim-de-semana de "rebaldaria" no Revolver Bar

Dose indecorosa de punk/hardcore nacional nos dias 13 e 14 de Março no Revolver Bar, em Cacilhas. Mata-Ratos, Deadly Mind e The Skrotes são os primeiros a entrar em cena, a partir das 21h30. O bilhete custa 6€. Na segunda "parte" os protagonistas são os For The Glory, More Than Hate e Overcome, desta feita a partir das 16h00. A entrada custa 5€.

Genocide - Ícones do grind nacional comemoram 20 anos

Os míticos Genocide estarão de regresso aos palcos no dia 24 de Abril para comemorar os seus 20 anos de carreira. A banda de grindcore do Porto escolheu para o efeito o V-5, na sua cidade natal. Recorde-se que os Genocide gravaram uma demo [“Silent Songs”, 1991] e dois álbuns [“Genocide”, 1994, “Breaking Point”, 1999]. O seu impacto no underground nacional fê-los abrir concertos para Napalm Death, Benediction, Hypocrisy, Gorefest, Cradle Of Filth, Extreme Noise Terror, Grave, entre outros. Hoje em dia afirmam tocar apenas "em concertos para amigos".

Soulfly - Data de lançamento de novo álbum adiada

“Omen”, o sétimo álbum da intensa carreira dos Soulfly, viu a sua data de lançamento ser alterada de dia 4 para 25 de Maio. Enquanto isso, a banda já percorre inúmeros palcos pelos Estados Unidos, numa digressão, para já, muito preenchida até 4 de Abril. “Omen” foi gravado com o produtor Logan Mader [Cavalera Conspiracy, Gojira, Devildriver] nos estúdios Edge Of The Earth, em Hollywood e será lançado pela Roadrunner Records. Como curiosidade, as edições especiais deste álbum incluirão versões de “Refuse/Resist” e “Your Life, My Life” dos Sepultura e Excel, respectivamente, onde participam os filhos de Max Cavalera, Zyon e Igor. É, de resto, o som do coração de Zyon que abre o álbum “Chaos A.D.”

King Of Asgard - Assinam pela Metal Blade

Os King Of Asgard são um novo projecto de viking/folk/death metal onde pontificam ex-membros de Mithotyn, Falconer, Thy Primordial, Indungeon e Dawn. O grupo formou-se em finais de 2008 e durante o passado ano gravou a demo com sete temas “Prince Of Märing” que lhes valeu um contracto com a influente Metal Blade. Entretanto, a banda já grava o seu álbum de estreia nos estúdios Sonic Train, na Suécia, com Andy La Rocque [King Diamond].

Hostility - Pedradas da Bay Area

“Set In Stone” é o título do novo álbum dos thrashers norte-americanos Hostility. O grupo oriundo da Bay Area terá o seu terceiro álbum da carreira editado no início do Verão por uma editora ainda por determinar. Este disco foi produzido, misturado e masterizado por Juan Urteaga, que já trabalhou com “monstros” como Machine Head, Testament e Exodus. Já o seu antecessor, “Uncompromised”, havia sido misturado e produzido por Colin Richardson [Slipknot, Trivium, Sepultura]. Para já, o novo tema “Resented Legacy” está já disponível para escuta no Myspace da banda.

Pro-Pain - Em estúdio para captar novo álbum

Os veteranos Pro-Pain estão neste momento nos estúdios Creek em Gilterkinden [Suiça] a registar o 12º álbum da sua carreira. O sucessor de “No End In Sight”, de 2008, será lançado pela Regain Records no final de 2010. A banda de hardcore natural da Flórida fará também aqui a sua estreia em álbum com o baterista Rick Halverson [Narcotic Self, Stephen Pearcy, RATT, Cellador] nas suas fileiras.

Painted Black - Álbum de estreia em Abril pela Ethereal Sound Works

Depois de uma demo e um E.P. eis chegada a altura dos Painted Black se estrearem em álbum. Dois longos anos de trabalho culminam com um conjunto de oito novas faixas intitulado “Cold Comfort”, ao que poderão ter acesso a partir de Abril pela Ethereal Sound Works [Secrecy]. Este disco foi gravado e produzido nos UltraSound Studios, em Braga, por Daniel Cardoso e Pedro Mendes. Micaela Cardoso, vocalista dos Thee Orakle, figura também aqui como convidada em dois temas. De momento, está disponível no Myspace do grupo um sampler do álbum, bem como as duas primeiras partes de um documentário/making of de “Cold Comfort”.

Loud! - #109 a chegar aos quiosques

Com um novo álbum na forja, “Écailles De Lune”, a editar já no dia 29 de Março, os Alcest justificam a sua chamada à capa da edição #109 da revista Loud!. A sua estreia em Portugal a 14 e 15 de Maio, no Auditório Sá de Miranda, em Braga, e Side B, em Benavente, respectivamente, é outra das boas notícias que ajudarão a digerir ainda melhor a leitura da entrevista com o líder da banda Neige. Ainda no rol das entrevistas estão nesta edição Blaze Bayley, Freedom Call, André Matos, The Dillinger Escape Plan, Audrey Horne, Dark Fortress, Van Canto, Kaipa, Heidevolk, Poisonblack, Mortification, Mosh, Hills Have Eyes, Arise, Imperium Dekadenz, Decrepidemic, Les Discrets, Barn Burner, Charred Walls Of The Damned, Aeternam, Ereb Altor e Divine Codex. Muitos discos serão "resenhados", como é costume, também nesta edição, entre eles as novidades de Alcest, Alkaline Trio, André Matos, At The Soundawn, Audrey Horne, Barren Earth, Catamenia, Charred Walls Of The Damned, Enthroned, Gamma Ray, High On Fire, Helloween, Hills Have Eyes, Kaipa, Les Discrets, Mammoth Grinder, Mortemia, Mosh, Raganrok, Rob Zombie, The Dillinger Escape Plan, The Vision Bleak, Unleashed e Wolfmother. Em reportagem, o staff da Loud! relata-nos os acontecimentos nos concertos nacionais de Evile e Warbringer, Sunn O))) e Eagle Twin, Fu Manchu e Novembers Doom, Process Of Guilt, Why Angels Fall e Löbo, assim como no Lucifer Rising Fest, na apresentação do novo álbum dos Hills Have Eyes na Casa de Lafões, e na última edição do Metal Container no Porto Rio. Nos “Tesourinhos Pertinentes” estará “Control And Resistence” dos Watchtower, nos DVD’s as novidades de Ace Frehley e Joe Satriani e nas “Reedições” clássicos de Neurosis e Crowbar. Nos posters – Warbringer e Fu Manchu.

Destruction - Baterista abandona

“Divergências musicais e pessoais” causadas pelo “stress das digressões” são as razões apontadas hoje em comunicado pelos thrashers alemães Destruction para justificar a saída de Marc Reign. Estes acrescentam que o seu ex-baterista “vai concentrar-se agora no seu projecto rock chamado Volcano e pretende manter-se aberto a outros estilos musicais”. Apesar do sucedido, estão garantidas as datas agendadas para os próximos meses. De resto, os Destruction encontram-se a compor o seu novo álbum, o qual já garantiram “ser mais orientado para as raízes do grupo”. Ainda antes de um novo álbum, estará disponível, a partir de 13 de Abril [na América do Norte], o novo DVD “A Savage Symphony – The History Of Annihilation” que contém a actuação da banda no Wacken Open Air em 2007 e, como não podia deixar de ser, vários extras.

Tuesday, March 09, 2010

Smashing Pumpkins - Procuram novo baixista e teclista

Com a saída de Ginger Pooley, os Smashing Pumpkins comunicam agora a necessidade de encontrar um novo baixista e face à situação provisória de Mark Tullin abrem também audições para teclista. Todos os interessados nos lugares devem contactar os e-mails pumpkinsbass@gmail.com ou pumpkinskeys@gmail.com. A baixista, natural da californiana, decidiu abandonar a banda para dedicar-se à família, especialmente à sua filha. Os Smashing Pumpkins que regressaram ao activo em 2006, depois de seis anos de hiato, têm vindo a lançar, faseadamente, desde Dezembro de 2009, temas de um novo álbum intitulado “Teargarden By Kaleidyscope”, em formato digital e circunstancialmente físico, num conceito inovador. Enquanto isso, a banda já planeia uma digressão mundial.

Versus Magazine - Nova edição disponível com passatempos aliciantes

A oitava edição da Versus Magazine, referente ao mês de Março, encontra-se online, acessível gratuitamente, e em novo formato. Nesta edição é possível participar em dois passatempos que dão direito a ganhar um bilhete para o dia 30 do Rock In Rio e uma guitarra signature de Zakk Wylde. Noutros conteúdos, pode encontrar-se entrevistas com Gates Of Hell, ManInFeast, Ponto Nulo No Céu, Defying Control e Argharus, reviews a discos e concertos, para além de novas secções de artigos e design renovado. Pode ler ou descarregar a nova edição da Versus Magazine em www.versus-magazine.com.

Seven Stitches - Álbum de estreia disponível este mês

No dia 25 de Março os Seven Stitches apresentam ao vivo o seu álbum de estreia, “When The Hunter Becomes The Hunted”. O concerto decorrerá no Musicbox, no Cais do Sodré [Lisboa], e terá também no seu cartaz os Switchtense e Bleeding Display. O preço do bilhete é de 8€ e inclui um exemplar do disco [em edição digipack] e uma imperial. No dia anterior, “When The Hunter Becomes The Hunted”, a editar com o selo Raging Planet, estará disponível na íntegra para audição no Myspace da banda.

Fitacola - Novo EP editado este mês

Os conimbricenses Fitacola aprestam-se a lançar o seu primeiro E.P., “Outros Dias”, no próximo dia 19 de Abril acompanhado de um concerto no Santiago Alquimista, em Lisboa, juntamente com os Strung Out. Entretanto, o grupo de punk rock estreou um novo look no seu Myspace e disponibilizou nesta mesma plataforma vários temas novos. “Outros Dias” está incluído na iniciativa Optimus Discos e foi gravado e misturado por Miguel Marques nos Generator Music e masterizado por Alan Douches nos West West Side Music, em Nova Iorque. Neste disco é ainda possível contar com uma versão de “Cai Neve Em Nova Iorque”, um original de José Cid, com participação de Kalú dos Xutos e Pontapés. Fernando Badoui também é aqui convidado. A suceder a este E.P. os Fitacola já têm gravado e masterizado o terceiro longa-duração da sua carreira, composto por 13 temas originais, com data de lançamento ainda por definir.

Friday, March 05, 2010

Planeta Música - Novo site agrega melhores conteúdos de zines nacionais

Projecto inovador da autoria do site Lusitânia de Peso que consiste numa estrutura que agrega num só espaço cibernético conteúdos de vários blogues e sites escritos em língua portuguesa e dedicados à música. Segundo o staff do Planeta Música, “esta é uma forma de promover aqueles que dedicam o seu tempo à música. Com um desenho minimalista, apresentamos os títulos mais recentes dos 14 sítios que colaboram com a nossa equipa, respeitando sempre os direitos de autor”. Entre estes sítios está, orgulhosamente, a SounD(/)ZonE.

Thursday, March 04, 2010

Mouth Of The Architect - Pós-Metal de qualidade em Lisboa e Porto

Os norte-americanos Mouth Of The Architect estreiam-se ao vivo em Portugal no dia 21 de Abril no Music Box, em Lisboa. O grupo discípulo de bandas como Neurosis e Isis trazem já na bagagem o seu novo E.P. “The Violence Beneath” a lançar no dia 17 de Abril. Para além de Lisboa, está também marcada uma data no dia 22 de Abril no Porto Rio, no Porto. O espectáculo na capital está marcado para as 22h00 e os bilhetes custam 12€.

Wednesday, March 03, 2010

VIII Blindagem Metal Fest - Já em Maio

Embora ainda “cheire” ao Blindagem Metal Fest VII, que decorreu no passado dia 6 de Fevereiro, e mesmo ao concerto do 14º aniversário do Blindagem Metal Show, em Novembro de 2009, a equipa do programa de rádio com o mesmo nome decidiu avançar já com uma nova iniciativa, visto estas últimas terem sido, segundo a mesma, “um enorme sucesso”. Assim sendo, a 29 de Maio teremos a 8ª edição do Blindagem Metal Fest que desta vez decorrerá na Associação Cultural e Desportiva Os Ílhavos, no distrito de Aveiro. Em cartaz estão Pitch BLack, The Ransack, Demon Dagger, Hacksaw, Estado de Sítio e Unblessed Ark. Os concertos estão marcados para as 22h00. O bilhete custa 5€. Recordamos que o programa passa todas as quintas-feiras das 00h00 às 01h00 na Rádio Terra Nova em 105.0 FM.

Waste Disposal Machine - Ao vivo na Galiza

Os industrial metallers Waste Disposal Machine assinalam a sua terceira incursão pela Galiza nos dias 12 e 13 de Março com actuações na Sala UE!, em Ponteares, e Sala Zona Zero, em Caldas de Reis. Estas datas inserem-se na segunda fase de promoção ao álbum “Interference”, lançado em Novembro último. A acompanhar a banda tomarense nestas ocasiões estarão os DJ’s The Obmun e Arritmic. Para além destes espectáculos, os Waste Disposal Machine têm já em carteira concertos no Seixal [26 de Março], Torres Novas [27 de Março] e Portalegre [16 de Abril].

Optimus Alive!10 - Faith No More e Alice In Chains confirmados

Dois nomes incontornáveis do Rock mundial foram hoje confirmados pela Everything Is New para integrar o Optimus Alive!10. Pelo regresso à actividade dos Faith No More depois de onze anos de paragem e pelo auspicioso regresso aos discos dos Alice In Chains, em 2009, com "Black Gives Way To Blue", a euforia será certamente generalizada junto dos fãs destes dois grupo norte-americanos . Será no dia 8 de Julho, no Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras, que se promete fazer história. Os bilhetes já estão à venda nos locais habituais a 50€ [um dia] e 90€ [três dias].

Tankard - Este fim-de-semana em Benavente

Pouco mais de quatro anos após a sua estreia em Portugal, os thrashers alemães mais fanáticos por cerveja e futebol estão de regresso já este sábado, dia 6 de Março, para actuar no Side B, em Benavente, com os Pitch Black e Angriff, a partir das 21h30. Repete-se assim a dose tripla de 2005, no Hard Club, com a pré-venda de 200 bilhetes já esgotada [a capacidade do recinto é de 300 pessoas]. As reservas para aquisição de ingressos no próprio dia devem ser feitas até à próxima quinta-feira pelo e-mail notredame.prod@gmail.com. Nesses contornos o bilhete custará 20€; no próprio dia o valor fica em 22€. Entretanto, estará disponível uma excursão a partir do Porto [Parque das Camélias], pelas 12h00, ao valor de 25€ e da responsabilidade da True Spirit Alive.

Headstone - Álbum de estreia a gravar em Maio

“I Am All” é o título do primeiro disco dos thrashers Headstone a ser gravado a partir de 1 de Maio nos estúdios Soundvision com a produção de Paulo Lopes e da própria banda. O alinhamento do disco, que sucede ao E.P. “Within The Dark”, de 2009, inclui temas como “Invisible”, “Blood Ties”, “Through All The Doubts” e “Hope Lies Dead”. Oportunidades para ouvir esses e outros temas nos próximos dias 26 de Março e 17 e 23 de Abril no Metal Point [Porto], Art7 Menor [S. João da Madeira] e Porto Rio [Porto], respectivamente.

Lança Chamas Open Air - Festival recorda António Sérgio

Personalidade honorária dos meios de comunicação nacionais, mais concretamente da Rádio, António Sérgio, falecido no passado mês de Novembro, terá um festival em sua homenagem a decorrer no dia 3 de Julho no Clube Desportivo e Cultural do Casal do Marco, em Paio Pires [Seixal]. Está programada a actuação de sete bandas, a partir das 16h00, entre elas, já confirmadas, os Shivan e os Gargula. O bilhete custará 10€.

Brootal Sunday Fest II - Este mês em Aveiro

O Terminal Bar abre portas no dia 14 de Março ao Brootal Sunday Fest II. São protagonistas neste festim metálico os Synopse, Stigma Sphere, Gates Of Hell, Coldfear e Revolution Within. Jovens projectos nacionais para conferir a partir das 14h00 e por apenas 2€ [as senhoras não pagam].

Tuesday, March 02, 2010

From Now On - No Algarve no próximo fim-de-semana

O punk/hardcorers From Now On vão estar nos próximos dias 5 e 6 de Março [sexta e sábado] no Algarve para actuações no Arcádia Rock, em Faro, e no Marginália Bar, em Portimão. O grupo lisboeta faz-se acompanhar, no primeiro caso, dos The Highest Cost, Death Circus e Gravity’s Falling, com os concertos a começarem pelas 23h00 [entrada a 3€], e no segundo, dos A Thousand Words, One Step Ahead e Tribruto, quando soarem as 22h30 [entrada a 4€].

As I Lay Dying - Novo disco na Primavera

Aproxima-se do fim a captação do quinto disco dos As I Lay Dying. A decorrerem durante o último mês, as gravações de “The Powerless Rise” puderam contar com a colaboração do conhecido Colin Richardson e seu assistente Martyn Ford. O guitarrista Phill Sgrosso garantiu já que “para além de passarmos vários dias por semana em estúdio estamos já a preparar a nossa próxima digressão. Passaremos pela Austrália e Nova Zelândia já nos finais de Março e pelos Revolver [God] Awards em Los Angeles no dia 8 de Abril. Segue-se uma digressão norte-americana como cabeças-de-cartaz que coincidirá praticamente com o lançamento do nosso novo disco”, concluiu o músico.

John 5 - Divulga novo tema no Myspace

O ex-Marilyn Manson e actual Rob Zombie, John 5, disponibilizou hoje no seu Myspace a faixa “The Nightmare Unravels”, a integrar o seu próximo disco a solo, “The Art Of Malice”. O guitarrista norte-americano, de seu verdadeiro nome John Lowery, terá o seu quinto trabalho em nome próprio disponível no mercado a partir da próxima Primavera. Neste disco é responsável por todos os instrumentos à excepção da bateria, assumida por Tommy Clufetos [Rob Zombie]. O seu último álbum data de 2008, “Requiem”. No mesmo ano lançou também o DVD “auto-biográfico” “Behind The Player”.

Metalhead Events - Alarga excursão para o Hellfest

A Metalhead Events comunicou hoje os seus planos para acrescentar mais um autocarro à sua excursão ao Hellfest [com partida de Sete Rios e paragens em Coimbra e Guarda] entre os dias 16 e 21 de Junho. Na base desta deliberação está a forte procura de lugares depois de anunciados os últimos nomes para o cartaz deste ano do festival francês que inclui nomes como Kiss, Alice Cooper, Deftones, Carcass, Fear Factory, Immortal, Motörhead, Slayer, Exodus. Os interessados em agarrar esta nova oportunidade deverão contactar metalhead.events@gmail.com. O preço da viagem com o bilhete é de 220€; só a viagem custa 110€.