Thursday, July 30, 2009

Nefret - Nova banda de black metal nacional prepara primeiro registo

O duo de black metal primitivo do Porto Nefret, composto por Abaddon [voz/guitarra/baixo] e Ishkur [voz secundária/guitarra/programações], prepara neste momento o seu primeiro trabalho a editar ainda este ano. O disco terá o formato split e será partilhado com os luso-franceses Arges. Neste momento já é possível escutar dois temas dos Nefret, “Odium Perpetuus” e “Ode à Morte”, em www.myspace.com/odiumperpetuus.

Wednesday, July 29, 2009

Switchtense - Relatam a sua mini-tour europeia

Os Switchtense publicaram uma reportagem sobre a sua mini-tournée na Alemanha e Holanda que decorreu no passado mês de Junho. Aceda à reportagem aqui. Entretanto, a banda da Moita vai estar já no próximo sábado, 1 de Agosto, no Warzone Metal Fest que se realizará na Associação Cultural de Vila Maior em S. Pedro do Sul. Ao seu lado vão estar os Pitch Black, Angriff, The End Gate e Gates Of Hell. O início dos espectáculos está marcado para as 21h00 e as entradas custam 5€.

Thee Orakle - No II Festival Côrtes de Lamego

Os Thee Orakle estão confirmados no II Festival Côrtes de Lamego, no distrito de Viseu, que decorrerá no dia 12 de Setembro. Os outros actos confirmados são W.A.K.O. e D3gr3do, estando ainda por anunciar uma última banda. As entradas são livres. Em breve serão revelados mais detalhes e a imagem promocional do evento.

Monday, July 27, 2009

Especial October Loud VI

NABLEENA

É muito fácil deixarmo-nos contagiar pelo que nos envolve. Musicalmente intenso em termos de Heavy Metal, mas muitas vezes, e por força natural das circunstâncias de uma região pequena em que tudo tende a se tornar permeável a actos e tendências circundantes, os Açores apresentam alguns casos de projectos musicais que se movem isoladamente no seu trilho criativo. Um desses casos, flagrantes, é o dos Nableena. Curiosamente uma banda com potencial reconhecido por todos, mas sempre votada a alguma “sombra” ao longo dos seus seis anos de carreira, devido a algumas trocas de elementos mas também à maneira cerebral, meticulosa e prudente como dá cada passo, os Nableena encontram-se, neste momento, mais estáveis em termos de formação e prometem afirmar-se com um primeiro álbum com edição prevista para este ano. O cocktail sonoro que propõem sempre surpreendeu quem os conhece, ainda mais numa fase inicial de existência em que os temas longos, as estruturas complexas e a arrojada mistura de Metal, em variados quadrantes, se entrelaçavam harmoniosamente com a world music. Metal de fusão é ainda o que podem esperar da banda... mas num outro nível de peso e melodia.

Num momento em que muitos anseiam o lançamento do primeiro disco dos Nableena fomos à procura de mais alguns detalhes. Petr Labrenstev, um dos principais mentores da banda, refere que o primeiro registo discográfico da banda “será lançado no princípio do Outono”. Dois temas deste, em versão rough master, estão disponíveis no seu Myspace e em vários outros sites, bem como numa edição limitada de 50 cópias distribuídas gratuitamente em Junho passado. O guitarrista [e responsável por toda a produção] adianta que “de momento resta a gravação de todas as vozes, assim como a produção final dos temas”. Para o seu lançamento a banda prevê um evento específico.

Entre os dias 1 e 4 de Outubro, a banda regista a sua segunda actuação no festival October Loud. Este ano com as mudanças já conhecidas no formato do evento, Petr considera, no entanto, que “só após a sua realização poderemos formular uma opinião concreta sobre o mesmo”, mas realça o facto de Outubro ser rico em festivais de alto calibre na ilha de S.Miguel, “daí que algumas alterações no formato e afins acabem por passar para segundo plano”.

Fica, de resto, a curiosidade sobre a maneira como a banda se vai apresentar no próximo October Loud, habituados que estamos a um alto profissionalismo. “Gostamos tanto de fazer e de preparar [surpresas], e tratando-se, neste caso, de uma ocasião extraordinária para nós e para todos os que aguardam o trabalho dos Nableena, revelaremos todos os aspectos especiais do nosso concerto no evento propriamente dito. No entanto, posso assegurar que contaremos com a presença de diversos músicos regionais convidados, como, por exemplo, o nosso grande amigo Filipe Vale. Teremos também ofertas especiais para o nosso público”, conclui Petr.

Line-up:
João Melo [voz]
Petr Labrenstev “Son Of Awacha” [guitarra, samples]
Pedro Couto [guitarra, samples]
Miguel Bernardo [baixo]
Gualter Honrado [bateria]

Ano de formação:
2003
Estilo: Metal de Fusão
Discografia:
“Promo” [CD 2009]

Friday, July 24, 2009

Entrevista Daimonion

ANJOS OU DEMÓNIOS

São da Polónia e praticam um som enraizado nos anos 80 onde se enquadram bandas como The Sisters of Mercy e The Mission. Estivemos à conversa com o simpático guitarrista Marcin Gliszczynski com o intuito de também despertar a curiosidade dos nossos leitores para descobrir esse interessante projecto.

Porquê Daimonion?
Foi um nome que o nosso vocalista sugeriu. Na filosofia grega, a palavra significa a voz interior que temos na nossa mente, que nos fala quando estamos prestes a fazer algo de errado. É ainda o tipo de consciência que nos avisa sobre os erros mas não nos diz o que devemos fazer, que te guarda mas deixa-te com liberdade de escolha para as tuas acções. Por vezes é entendida como a voz de um demónio mas não foi isso que tivemos em mente quando escolhemos este nome.

Na vossa biografia referem que tocam "Rock atmosférico com raízesalgures no gótico mas mais virados para o Rock alternativo”. Estão a tentar fugir a rotulagens? Pensam que se se autopromoverem como uma banda gótica vos vai limitar o tipo de ouvintes?
Demo-nos conta de que é impossível fugir a rótulos, especialmente agora que a música está tão facilmente disponível na Internet, mas há rótulos que podem induzir em erro e nós acreditamos que o rótulo de rock gótico seja um deles. Muitas pessoas associam a este género de música baseado no Metal ou no Death Metal com vozes femininas e imagens cliché de anjos caídos e por aí adiante. Nós não fazemos esse género de música e também não pertencemos à recente categoria da cena “electro-plastic-latex-techno-gótico”. Como a nossa própria biografia diz, nós nascemos do Rock gótico dos anos 80 e é a parte do Rock que estamos a tentar seguir. Nós também não planeamos colar-nos a este género de música porque experimentamos o som em várias direcções. Pode não ser muito notório no nosso álbum "Daimonion", mas os sons em que estamos neste momento a trabalhar, e que poderão julgar por vós próprios, serão, definitivamente, mais diversificados. Por isso mesmo achamos que a nossa música seria interessante para fãs de outros tipos de Rock e o alternativo seria um bom ponto de partida. Só queremos evitar situações nas quais algumas pessoas poderão nunca dar uma hipótese à nossa música porque é "gótico" e que só pela definição já a odeiam.

Infelizmente, para mim, as músicas estão todas cantadas em polaco. Não acham que, nos dias que correm, uma banda que queira singrar no mundo da música tenha que cantar em inglês?
Provavelmente tens razão quando dizes que o “music business” exige letras em inglês, mas também há alguns óptimos exemplos de bandas que fizeram uma carreira internacional cantando, por exemplo, em espanhol! Nós nunca pensamos na nossa actividade direccionada para o “music business”, sempre foi encarada como um hobby e não como uma maneira de fazer dinheiro. O nosso primeiro álbum foi cantado em polaco porque tínhamos algo a dizer na nossa língua naquela altura e não é nada improvável que um dia o traduzamos para inglês. Acreditamos que as músicas perderiam algo de especial, talvez exótico para algumas pessoas. O nosso segundo álbum será, provavelmente, cantado nas duas línguas. Estamos a trabalhar em algumas letras em inglês, principalmente porque eu decidi também escrever assim e é-me mais fácil expressar as minhas ideias em inglês. As letras do primeiro álbum foram escritas pelo nosso vocalista que prefere escrever em polaco.

Contou-me que o vosso último concerto, com os Diary of Dreams, foi cancelado alguns minutos antes de começar porque alguns moradores não queriam satânicos lá… O que aconteceu concretamente?
Era suposto ser um bom espectáculo, um festival que tinha a hipótese de vir a ser uma alternativa ao bem conhecido Castle Party. A organização fez um óptimo trabalho para que ele pudesse acontecer. Mas Klodzko é uma pequena cidade onde existe um grande número do que nós chamamos “pseudo-católicos” que são pouco tolerantes a qualquer coisa que seja “diferente”. Eles foram tão ignorantes que não conseguiram entender que tantos os músicos como os fãs ao se vestirem de preto não são, necessariamente, satânicos. Então decidiram sabotar o festival. Cortaram a corrente da rua principal e quando os organizadores conseguiram resolver o problema usaram os conhecimentos junto das autoridades locais para cortarem a energia da central eléctrica. Isto tudo minutos antes de começar a festa; o último checksound estava mesmo a terminar quando a energia foi abaixo definitivamente. Não tivemos alternativa a não ser guardar o nosso material e irmos embora. É muito triste que a ignorância consiga arruinar um grande esforço, é uma pena, mas a organização continua a lutar para repetir o festival com o mesmo alinhamento. Veremos como tudo isto acaba.

Vocês fizeram uma versão da música “Here Comes The Rain Again” dos Eurythmics. Porque é que ela não entrou no vosso primeiro álbum? Será que foi feita depois dele ser editado?
A versão foi gravada ao mesmo tempo que o álbum mas decidimos não a incluir porque na altura em que o gravámos este estava direccionado para uma determinada ideia, cujas letras da versão não se enquadravam. Contudo, a versão foi incluída em várias colectâneas. Nós gostamos de tocar versões mas não queremos que elas sejam a nossa rampa de lançamento. Também não seria muito justo; afinal trata-se de uma música de outra pessoa.

Fizeram parte do DVD “ In Goth We Trust” e de uma edição do Castle Party. A partir daí, viram portas abrirem-se?
Eu penso que fazer parte de colectâneas é bom para a banda, muitas pessoas nunca ouviram falar de nós e têm assim uma oportunidade de ouvir como é que a banda soa e procurar conhecerem-nos melhor… se gostarem do que ouviram. Nesse sentido são portas importantes que se abrem, mas não foi nada de espectacular. Ninguém ainda nos telefonou a dizer “ Temos um contrato para vocês”. Esperamos, sim, ganhar fãs com estas colectâneas.

Em que países é que já tocaram? E para quando uma visita a Portugal?

Poucos… Tirando a Polónia, visitámos, por duas vezes, a Áustria, nomeadamente em duas edições do Dark Nation Day Festival, em Viena; tocámos também na Lituânia este ano no Creeper Fest e esperamos que um dia seja possível tocar em Portugal e Espanha, pois sabemos que estes são países da Europa que têm muitas pessoas que gostam do nosso género de música. Sabemos, a partir do nosso Myspace, dos fãs que temos por lá. Então em Portugal nós, definitivamente, iremos tocar mais cedo ou mais tarde!

Quais são as vossas fontes de inspiração para compor?
A nossa inspiração não é estritamente musical, nós vemos muitos filmes e, por vezes, as nossas ideias e as dos nossos amigos provêm de elementos das bandas sonoras desses filmes. Gostamos de coisas fora do comum, tipo teorias da conspiração, histórias de eventos extraordinários, extraterrestres, fenómenos sobrenaturais e o poder da mente humana. Quanto ao panorama musical, admiramos alguns artistas pela sua atitude e riqueza musical. David Bowie é um dos nossos ídolos porque ele é realmente um artista camaleão e tudo o que faz é de grande qualidade. Outras bandas são os U2, Pink Floyd, David Sylvian, Peter Gabriel, Fields Of The Nephilim, Gary Newman, Depeche Mode e muitos outros bons artistas. Nós admirámo-los por diferentes coisas, como a consistência, fidelidade para com os seus fãs, atmosferas bonitas nas suas músicas, disposição para experimentar e explorar diferentes e até agora desconhecidas áreas na música. Em alguns pormenores gostaríamos de nos parecer com eles.

Imaginem que há possibilidade das vossas músicas fazerem parte da banda-sonora de um filme. Que filme escolheriam e porquê?
É difícil dizer… acho que o filme ainda não foi realizado. Os grandes filmes que já vimos têm todos muito boas bandas-sonoras e a nossa música não é suficientemente boa para os substituir. Todavia teria que ser um filme com um bonito trabalho de câmara, muita cor e espaço, um mistério e clima especial e teria, certamente, que ser maluco!

Para terminar, peço-lhe que deixe uma mensagem para todos os vossos fãs… em inglês e em polaco!
Jesteście wielcy – cieszcie się musiką i zarażajcie nią wszystkich wokół, a świat będzie lepszym miejscem! Muito obrigado por estarem aí. Mantenham a vossa mente sempre aberta e ouçam muita música, gozem-na e espalhem-na por todos para fazerem do mundo um lugar melhor! E, é claro, vemo-nos nos nossos concertos em Portugal!

Paula Martins

Especial October Loud V

PROPHECY OF DEATH

O Metal começava a despontar nos Açores nos inícios da década de 90 quando os Prophecy Of Death entram em cena influenciados por um death metal “floridiano”, muito sujo e directo. Relutantes e muito dedicados gravam três promo-tracks, duas demo-tapes e dois registos ao vivo, participando ainda em várias compilações nacionais e fazendo chegar o seu som a vários pontos do globo despertando interessantes reacções. Numa altura em que a banda se ia definindo como um cruzamento entre o death metal melódico e o doom e três anos depois de lançar o seu maior hit de sempre, o tema “Punished”, já com um álbum em preparação, dão por cessadas as suas actividades, corria o ano de 2001. A banda ficava ainda referenciada como das poucas açorianas que tiveram o privilégio de pisar o palco do SWR Barroselas Metal Fest, a par dos Luciferian Dementia, God’s Sin e mais recentemente os Morbid Death. Mais inesperada foi a reunião do grupo, em 2008, para alegadas actividades de estúdio, mas pouco demorou até que percebêssemos que a banda não se ficaria apenas por aí. E o seu regresso aos palcos deu-se, precisamente, na segunda edição do October Loud. Entretanto, um ano volvido e com mais alguns “quilómetros” nas pernas, prevê-se um concerto diferente este ano, já com a máquina mais oleada e ao nível do que nos habituou na década passada.

Paulo Andrade, baixista e membro da segunda encarnação da banda micaelense, mostra-se entusiasmado com a oportunidade de voltar a fazer parte do cartaz do October Loud e elogia a organização por levar a cabo o primeiro festival açoriano de Metal com quatro dias exclusivamente dedicados às bandas regionais. “O nosso público, com certeza, vai adorar e espero que este festival comece a fazer parte das rotas dos grandes festivais mundiais” exalta o músico. Sem querer adiantar grandes pormenores, Paulo Andrade diz ainda que a banda prepara o concerto no October Loud “sem grandes pressões”, mas afiança: “vamos levar algo especial ao nosso público”. Também especial prevê Paulo o regresso de mais uma banda veterana dos Açores ao activo que pisa este ano palco do October Loud – os Carnification. “Adorei a notícia e mais satisfeitos ainda ficamos por tocarmos no mesmo dia que eles, pelo que sei. Nós temos um carinho especial pelos Carnification visto que partilhámos várias coisas no passado, desde salas de ensaio a concertos. Belos tempos”, conclui o baixista. Entretanto, a pergunta que se impõe uma vez que os Prophecy Of Death já provaram querer regressar ao ritmo normal de uma banda, é: para quando um novo registo? Embora vago nas suas declarações, Paulo Andrade não hesita em garantir que “faz parte dos planos da banda entrar em estúdio e gravar um longa-duração” o que “está para breve”.

Line-up:
Nélio Tavares [voz]
Paulo Sousa [guitarra]
Paulo Andrade [baixo]
Flávio Medeiros [bateria]

Ano de formação:
1993
Estilo: Death/Doom Metal
Discografia:
“Morte” [Promo-track 1993]
“Beyond Darkness” [Demo-tape 1994]
“Immortality” [Promo-track 1994]
“Honour” [Demo-tape 1995]
“Live In Ponta Delgada” [Demo-tape 1997]
“Punished” [Promo-track 1998]
“Live At Coliseu” [Promo-CD 1998]
Site: metalicidio.com/pages/band.php?band_id=7

Thursday, July 23, 2009

Mourning Lenore - Gravam álbum de estreia em Dezembro

Os Mourning Lenore que editaram este ano um split-CD com os Insaniae, entram em estúdio em Dezembro para gravar o seu álbum de estreia. Este trabalho será registado por Fernando Matias [f.e.v.e.r., Moonspell, If Lucy Fell, Bizarra Locomotiva] nos Urban Insect Studios, onde, de resto, já haviam trabalhado para a produção dos dois temas disponibilizados no split-CD comemorativo dos três anos do blog Daemonium. Ao vivo a banda estreia-se nos Açores no dia 10 de Outubro ao lado dos W.A.K.O., Pitch Black, Desire, Sanctus Nosferatu, Nableena, Zymosis e Hatin’ Wheeler no festival Metalicidio On Stage, em Ponta Delgada.

Doro - Visita Portugal em Setembro

Doro Pesch visita Portugal no dia 27 de Setembro, num espectáculo a ter lugar no Cine-Teatro de Corroios. A ocasião servirá para a lendária vocalista alemã apresentar o seu mais recente álbum, “Fear No Evil”, lançado este ano. A primeira parte será assegurada por um artista ainda a designar. Os bilhetes estão à venda nos locais habituais ao preço único de 20€.

Wednesday, July 22, 2009

SuffocHate - Divulgam tema de EP de estreia

“Killing Machine” é o primeiro tema do EP de estreia dos portuenses SuffocHate, “No Mercy In His Eyes” a ser divulgado oficialmente. É possível escutá-lo em www.myspace.com/suffochate. O registo é composto por cinco temas, contando um deles com a participação de Miguel “Inglês” dos Equaleft, e será lançado no dia 1 de Setembro.

Review

IRONWOOD
“Fire:Water:Ash”
[CD – Edição de Autor]

Chamam-lhe obra-prima e aos seus autores os verdadeiros salvadores do folk e pagan metal. Perante isso quase nos chegamos a sentir intimidados em ir contra a aparente euforia em torno deste quarteto australiano, mas no exercício da nossa opinião própria e livre não nos coibimos minimamente de considerar este álbum uma das maiores “secas” a que fomos submetidos nos últimos tempos. Não cremos que nos vá chegar nenhum “hate-mail” até porque o grupo é um absoluto anónimo e assim parece querer continuar – no seu site estão mais interessados em colocar citações da imprensa do que tecer o mínimo sobre a sua origem e percurso. Provavelmente, porque também não haverá muito de interessante a contar.

Mesmo que isso nos possa dificultar a tarefa de apresentar aos nossos leitores este pseudo-prodígio, a opinião é indiscutível: quem consegue aguentar 70 minutos de música quase sempre acústica, com uma tentativa de parecer complexo com uma série de arranjos ambientais e sons medievais, um ou outro acesso de raiva black metal e um vocalista que bem se esforça para soar multifacetado mas caí no ridículo em certos registos, e tudo isso com um “dom” de ser extremamente básico, monótono, por vezes desajeitado até e… maçador, muito maçador! É curioso que quando pomos “Fire:Water:Ash” a rodar parece que algo interessante pode estar a sair das colunas, até porque aqui e ali lá sacam melodias cativantes nas violas acústicas, mas não tarda nada percebemos que não há nada que possa ficar para a posteridade neste álbum… e isto é mau, muito mau, ainda para mais com tanto tempo de música. Não serão os mais toscos músicos que ouvirão, longe disso [o baixo merece até especial atenção], pese embora alguém tenha deixado passar erros de execução durante a gravação, mas noção de composição e dinâmica é coisa que provavelmente nunca ouviram falar.

Por mais ambientes que criem, por mais rezas medievais que recitem, por mais notas que dêem, rápido ou devagar, o sentido de desinspiração é total e muito difícil de disfarçar. A prova cabal de que quantidade não é qualidade e dominar bem os instrumentos não é um meio seguro para que se crie boa música. [3/10] N.C.

Estilo: Folk/Pagan/Black Metal

Discografia:
- “Fire:Water:Ash” [CD 2009]

www.ironwoodsound.com.au
www.myspace.com/ironwoodband

Mindfeeder + Drakkar + Gargula - Este sábado em Benavente

No próximo dia 25 de Julho, os Gargula, Drakkar e Mindfeeder sobem ao palco do bar Side B, em Benavente. Os espectáculos arrancam às 21h00.

Festival Entre Paredes - Rockafé recebe nove jovens projectos nacionais entre Julho e Agosto

Até ao final do presente mês e durante o decorrer do próximo, o Rockafé, em Castelo Branco, promove o Festival Entre Paredes, onde ao longo várias datas actuarão várias bandas jovens do panorama Rock e Heavy Metal nacionais. São elas os Tiros Bombas e Socos nas Trombas, Thirosphere, Caducados, Kerb Crawlers, Desintegrathors, Sunya, Hateground, Revol e Anger Burst. O primeiro espectáculo decorre já esta sexta-feira [24 de Julho]. Mais informações em www.rockafe.com.

Neonirico - Concerto em Vieira do Minho adiado

O espectáculo que os vimaranenses Neonirico tinham agendado para o dia 25 de Julho, inserido no encerramento da final do concurso Vieira Rock 09, em Vieira do Minho, foi adiado para o dia 1 de Agosto. O local e a hora [23h30] mantêm-se.

Kronos - Este sábado no Warm Up para o Elektrocution: Ressurection

Os Kronos actuam no próximo sábado, dia 25 de Julho, na Warm Up Session do Elektrocution: Ressurection Fest que decorre no Revolver Bar, em Cacilhas, a partir das 21h00. Também nesta noite actuam os Siliconaut, Vexxxer, Statik Banister e Structura vs. Shhh…. As entradas custam 8€.

Cryptor Morbius Family - Novo álbum a editar nos Estados Unidos e tournée na Letónia

Os nacionais Cryptor Morbious Family confirmam as suas presenças no segundo ASL Fest em Santiago do Cacém, no dia 22 de Agosto, com os Holocausto Canibal, Sordid Sight, Burned Blood, entre outros, e no bar Side B, em Benavente, no dia 5 de Setembro, com os Bizarra Locomotiva. Entretanto, a promoção ao vivo do mais recente álbum do grupo, “Hypnotic Way To Hurt”, lançado a 5 de Junho e brevemente a editar nos Estados Unidos pela Beneath The Fog Productions, chegará à Letónia numa mini-tour que terá mais detalhes em breve.

IV Sobreirus Metal Fest - Este fim-de-semana em Santarém

Nos próximos dias 24 e 25 de Julho decorre em Sobral, distrito de Santarém, a quarta edição do Sobreirus Metal Fest. As bandas em cartaz são os Hate Disposal, Twilight In My Eyes, Switchtense, The Firstborn, Vulture, Echidna, Waste Disposal Machine e W.A.K.O.. Os espectáculos têm início às 22h00 e o bilhete pode ser adquirido por 7€ [um dia/oferta de uma imperial] ou 9€ [dois dias/oferta de duas imperiais]. O festival encerrará com sessões de DJing e os festivaleiros têm acesso a campismo gratuito. Mais informações em www.myspace.com/sobreirusfest.

Metalicidio On Stage - Cartaz divulgado

O site que apadrinha exclusivamente as bandas de Metal açorianas, o Metalicidio.com, passa para os palcos nos dias 9 e 10 de Outubro. Trata-se da primeira edição do Metalicidio On Stage que traz ao Pavilhão do Mar, em Ponta Delgada, quatro bandas do continente português, em estreia, e dá também oportunidade a quatro bandas locais de actuar. Concretamente de Lisboa deslocam-se os Desire e Mourning Lenore, do Porto os Pitch Black e de Almeirim os W.A.K.O.. Os Açores ficam representados pelos Zymosis, Nableena, Hatin’ Wheeler e Sanctus Nosferatu. Entretanto, fica ainda por apurar os horários dos espectáculos e o valor dos bilhetes. A organização promete ainda outras actividades relacionadas com o evento, existindo a possibilidade da realização de um workshop de voz.

Friday, July 17, 2009

Especial Vagos Open Air 09

No calendário de festivais de Metal de verão surge em destaque a primeira edição do Vagos Open Air que decorre na região litoral de Vagos, nas proximidades da cidade de Aveiro, nos dias 7 e 8 de Agosto. Extintos os festivais Alliance Fest e In Ria Rocks, as promotoras Prime Artists e Ophiusa Eventos unem agora esforços para oferecer um certame com nomes sonantes do panorama de peso internacional e nacional. Alguns repetentes e outros em estreia absoluta em Portugal, o Vagos Open Air promete reunir em seu torno uma vasta legião de fãs desde o Metal Gótico ao Death Metal Melódico, passando pelo Doom, Metal Electrónico e de Fusão. Amon Amarth, The Gathering, Dark Tranquillity, Katatonia, Epica, Cynic, Kathaarsys e Dawn Of Tears num plano internacional e Process Of Guilt, Thee Orakle, F.E.V.E.R. e Echidna num nacional, são argumentos mais que suficientes e válidos para a comunidade metálica se deslocar em massa a Vagos no segundo fim-de-semana de Agosto. Como em qualquer bom festival, o Vagos Open Air não podia deixar de reunir um ambiente hospitaleiro e diversificado à sua volta, propondo área de campismo [gratuito para os possuidores do passe para os dois dias], espaços de lazer [paintball, Tiro ao Alvo, Slide], zonas de restauração, merchandising e situando-se ainda nas imediações de outras áreas de lazer. O preço dos bilhetes diários é de 25€ e para os dois dias de 40€. Jovens até 12 anos terão um desconto de 50%, excepto na campanha de passe com oferta de t-shirt.

Outras informações:
Site:
www.vagosopenair.com

Locais de venda:
Ticketline [reservas: 707 234 234 - www.ticketline.pt]
Fnac
Bliss
Livraria Bulhosa [Oeiras Park e C. C. Cidade do Porto]
Agência Abreu
Worten
C. C. Dolce Vita
Megarede, Carbono [Lisboa e Amadora] Cave [Lisboa]
Piranha [Porto]
Lost Underground [Porto]
Break Point [Vigo]

Viagens organizadas:
Sound Blast [Lisboa]
Infoline: 925132975 – email: excursoessb@hotmail.com

True Spirit’s Alive [Porto]
Infoline: 925132975 – email: truespiritsalive@gmail.com

Break Point [Vigo]
Metal Trip [Madrid, Avila, Salamanca, Valladolid e Palencia]

Bandas:

AMON AMARTH
Formação:

- Johan Hegg [voz]
- Olavi Mikkonen [guitarra]
- Johan Söderberg [guitarra]
- Ted Lundström [baixo]
- Fredrik Andersson [bateria]
Origem: Suécia
Estilo: Death Metal Melódico
Ano de formação: 1992
Discografia:
- “Once Sent From The Golden Hall” [1998]
- “The Avenger” [1999]
- “The Crusher” [2001]
- “Versus The World” [2002]
- “Fate Of Norns” [2004]
- “With Oden On Our Side” [2006]
- “Twilight Of The Thunder God” [2008]

Nota: Um dos maiores dinamizadores do que se convencionou chamar Viking Metal, o colectivo oriundo de Tumba tornou-se, particularmente a partir do novo milénio, num dos porta-estandartes de uma sonoridade que funde o Death Metal melodioso com uma mensagem, incondicionalmente, inspirada pela mitologia nórdica e influenciada ainda pelo escritor J.R.R. Tolkien [“O Senhor dos Anéis”].

Site: www.amonamarth.com

THE GATHERING
Formação:
- Silje Wegerland [voz]
- René Rutten [guitarra]
- Marjolein Kooijman [baixo]
- Hans Rutten [bateria]
- Frank Boeijen [teclados]
Origem: Holanda
Estilo: Rock Gótico/Atmosférico
Ano de formação: 1989
Discografia:
- “Always” [1992]
- “Almost A Dance” [1993]
- “Mandylion” [1995]
- “Nightmare Birds” [1997]
- “How To Measure A Planet?” [1998]
- “if_then_else” [2000]
- “Souvenirs” [2003]
- “Home” [2006]
- “The West Pole” [2009]

Nota: Veteranos, multifacetados e singulares, são assim os The Gathering que surgiram a tocar Death/Doom Metal nos seus primeiros anos de carreira mas que ousaram mudar drasticamente ao seu terceiro álbum, “Mandylion”, inserindo elementos atmosféricos, suaves e experimentais na sua música. Esta época marca a afirmação da banda graças a um considerável sucesso a partir da editora Century Media e com argumentos musicais que deviam muito à enorme aura que emanava da vocalista Anneke Van Giersbergen. Após seis álbuns e muitos quilómetros percorridos em digressão, os The Gathering sobrevivem ao abandono da sua frontwoman e maior símbolo e lançam-se num novo exercício de Rock/Pop melódico com o seu nono álbum, o novíssimo “The West Pole”, este já com a colaboração de Silje Wegerland [Octavia Sperati]. O Vagos Open Air é, portanto, o primeiro testemunho nacional da nova era desde lendário colectivo.

Site: www.gathering.nl

DARK TRANQUILLITY
Formação:
- Mikael Stanne [voz]
- Niklas Sundin [guitarra]
- Martin Henriksson [guitarra]
- Daniel Antonsson [baixo]
- Anders Jivarp [bateria]
- Martin Brändström [teclados]
Origem: Suécia
Estilo: Death Metal Melódico
Ano de formação: 1989
Discografia:
- “Skydancer” [1993]
- “The Gallery” [1995]
- “The Mind’s I” [1997]
- “Projector” [1999]
- “Haven” [2000]
- “Damage Done” [2002]
- “Character” [2005]
- “Fiction” [2007]

Nota: Essencial referir que são um dos pioneiros mais persistentes do famoso “som de Gotemburgo”. Lançaram álbuns referenciais para o estilo e continuam a ser um projecto altamente respeitado. Ainda mal dominando os instrumentos formaram a banda que ensaiava na casa de Anders Fridén, vocalista que viria a formar mais tarde os incontornáveis In Flames. A banda provavelmente nunca esperaria trepar ao topo do mundo “metálico”, o que acabou por acontecer com “Projector”, o seu primeiro álbum para a influente Century Media. Embora sendo este um álbum diferente, a banda vincou a sua independência e distanciou-se dos clones que começavam a surgir em catadupa. Actualmente não precisam provar nada a ninguém, apenas continuar, exemplarmente, a fazer o que sabem melhor. De regresso a Portugal após um longo período.

Site: www.darktranquillity.com

KATATONIA
Formação:
- Jonas Renkse [voz]
- Anders Nyström [guitarra]
- Fredrik Norrman [guitarra]
- Mattias Norrman [baixo]
- Daniel Liljekvist [bateria]
Origem: Suécia
Estilo: Metal Gótico
Ano de formação: 1991
Discografia:
- “Dance Of December Souls” [1993]
- “Brave Murder Day” [1996]
- “Discouraged Ones” [1998]
- “Tonight’s Decision” [1999]
- “Last Fair Deal Gone Down” [2001]
- “Viva Emptiness” [2003]
- “The Great Cold Distance” [2006]

Nota: Mais este projecto demonstra o quão mágicos devem ser os ares que circulam pela Suécia. Do doom/death metal passaram para uma sonoridade igualmente negra mas muito mais melódica e melancólica e assim marcam uma imagem impar ao longo da maior parte da sua carreira. São um caso flagrante de como compor música com um cunho muito pessoal mesmo que não estejam a inventar nada, mas o sentimento com que o fazem e a aura negra que lançam para o ar é facilmente hipnotizante. Esta condição vale-lhes um enorme respeito por parte dos fãs e coloca-os num patamar onde reinam sozinhos.

Site: www.katatonia.com

CYNIC
Formação:

- Paul Masvidal [voz/guitarra]
- Tymon Kruidenier [guitarra]
- Sean Malone [baixo]
- Sean Reinert [bateria/teclados]
Origem: Estados Unidos
Estilo: Metal Progressivo/Fusão
Ano de formação: 1987
Discografia:
- “Focus” [1993]
- “Traced In Ar” [2008]

Nota: O seu regresso aos discos o ano passado com o longa-duração “Traced In Air” foi motivo de grande euforia nas hostes dos fãs do metal de fusão que viram nascer em 1993, com a estreia “Focus”, uma genial banda. Contudo, e sem ninguém o prever, a banda dá-se por extinta em 1994 e os seus membros ocupam-se com os Gordian Knot. No entanto, algo despertou os músicos e em 2006 o mentor Paul Masvidal e Sean Reinert decidiram começar a ensaiar novamente. O resultado dessa reunião é então “Traced In Air” que tal como o seu sucessor promete prevalecer na história do metal alternativo como um álbum de culto. No Vagos Open Air ninguém vai querer perder a estreia (!) em solo nacional deste grupo de outra dimensão.

Site: www.cyniconline.com
Myspace: www.myspace.com/cyniconline
Last FM: www.lastfm.pt/music/Cynic

EPICA
Formação:
- Simone Simons [voz]
- Mark Jansen [guitarra/voz]
- Isaac Delahaye [guitarra]
- Yves Huts [baixo]
- Coen Jansen [teclados]
- Ariën Van Weesenbeek [bateria/teclados]
Origem: Holanda
Estilo: Power Metal/Gótico/Sinfónico
Ano de formação: 2003
Discografia:
- “The Phantom Agony” [2003]
- “Consign To Oblivion” [2005]
- “The Divine Conspiracy” [2007]

Nota: Com uma curiosa propensão para o metal gótico/sinfónico e/ou cantado por vocalistas femininos, a Holanda vê nascer em 2003 um dos projectos mais consistentes e emblemáticos da actualidade neste género. Grande parte do mérito vai para impressionante vocalista Simone Simons mas também para o fundador Mark Jansen [guitarrista] que antes havia feito parte dos After Forever. Com três álbuns sumptuosos e cheios de melodias encantadoras o grupo edita já em 2009 “The Classical Conspiracy”, um duplo-CD ao vivo do grupo no Miskolc International Opera Festival onde executou, para além de temas próprias, peças de Mozart, Dvoräk, Verdi, Vivaldi em conjunto com um coro e uma orquestra. Estreia absoluta em Portugal!

Site: www.epica.nl

KATHAARSYS
Formação:
- J.L. Monáns [voz/guitarra]
- M. Barcia [baixo]
- A. Hernández [bateria]
Origem: Espanha
Estilo: Power Metal/Gótico/Sinfónico
Ano de formação: 2002
Discografia:
- “Portrait Of Wind And Sorrow” [2005]
- “Verses In Vain” [2007]
- “Anonymous Ballad” [2009]

Nota: Um curioso projecto espanhol que já várias vezes passou por Portugal e que agora regressa para apresentar o seu terceiro longa-duração, editado em Março deste ano, “Anonymous Ballad”. A banda oferece uma inusitada mistura de black/death/gothic metal com uma abordagem progressiva. Contractos com a europeia Silent Tree Productions e a latino-americana Concreto Records têm valido a propagação do nome da banda num movimento underground que já os tem em excelente consideração.

Website: www.kathaarsys.org

DAWN OF TEARS
Formação:
- J. Alonso [voz]
- Andrés Pérez [guitarra]
- J.L. Trebol [guitarra]
- Konrad [baixo]
- Israel Pérez [bateria]
Origem: Espanha
Estilo: Death Metal Melódico
Ano de formação: 1999
Discografia:
- “Descent” [2005]

Nota: Considerado uma das esperanças do metal espanhol, o colectivo madrileno cumpre um percurso de existência pautado por boas reacções a um trabalho que sempre contou com a grande obstinação da banda na gestão de todos os seus passos, nomeadamente editoriais. Depois de uma demo e um longa-duração em 2007, o grupo de death metal melódico ocupa-se, de momento, na promoção do seu primeiro EP “Dark Chamber Litanies” que terá apresentação em Portugal no VOA.

Site: www.dawnoftears.com

PROCESS OF GUILT
Formação:

- Hugo Santos [voz/guitarra]
- Nuno David [guitarra]
- Custódio Rato [baixo]
- Gonçalo Correia [bateria]
Origem: Portugal
Estilo: Doom Metal
Ano de formação: 1998
Discografia:
- “Renounce” [2006]
- “Erosion” [2009]

Nota: Muito se diz que Portugal é um sítio com um ambiente privilegiado para a gestação de bandas Doom. Mera especulação, o facto é que nos últimos anos Portugal tem dado ao mundo excelentes bandas nesta vertente musical e um dos casos flagrantes é o dos Process Of Guilt. “Renounce”, o seu álbum de estreia de 2006, caiu como um bomba no panorama nacional e emitiu fortes estilhaços para o estrangeiro. Um exercício tenebroso de Doom fúnebre e compassado, no entanto, com espaço a frágeis e desesperantes melodias. Com tão auspiciosa estreia já mal os fãs podiam esperar por um sucessor. “Erosion” trava esta ansiedade em Junho deste ano e o Vagos não podia ser melhor sítio para a banda poder expor todo o seu potencial. Quem se atreve?

Site: www.processofguilt.com
Myspace: www.myspace.com/processofguilt
Last FM: www.lastfm.pt/music/Process+Of+Guilt

THEE ORAKLE
Formação:
- Pedro Silva [voz]
- Micaela Cardoso [voz]
- J. Ricardo Pinheiro [guitarra]
- Romeu Dias [guitarra]
- Daniel Almeida [baixo]
- Luís Teixeira [teclados/samples]
- Gonçalo Correia [bateria]
Origem: Portugal
Estilo: Death/Doom/Gothic Metal
Ano de formação: 2004
Discografia:
- “Metaphortime” [2009]

Nota: Colectivo bastante jovem do panorama de peso nacional mas já com apontamentos mais que suficientes para serem considerados uma das maiores valias do underground local. Se mencionarmos a qualidade da estreia “Metaphortime”, de 2009, será fácil perceber porquê. São uma das grandes surpresas nacionais para este ano.

Website: www.theeorakle.com

[f.e.v.e.r.]
Formação:
- Fernando Matias [voz]
- João Queirós [guitarra/teclados]
- Luís Lamelas [guitarra]
- Filipe Von Geier [baixo]
- Pedro Cardoso [bateria]
Origem: Portugal
Estilo: Rock/Metal electrónico/industrial
Ano de formação: 1999
Discografia:
- “4st_Fourst” [2009]

Nota: O Rock de textura industrial, sintética e electrónica é algo que muitos consideram uma mistura muito ousada ou talvez quase "profana". Tal como os Nine Inch Nails, os [f.e.v.e.r.] não tiveram problema algum em chocar susceptibilidades e preconceitos e em Portugal mostram já há uma década que são exímios na recriação deste estilo. Apenas um longa-duração mas três EP’s, splits, singles e um álbum de remisturas, os [f.e.v.e.r.] são exemplos mais que suficientes da mestria destes lisboetas na confecção deste cocktail musical. A experiência faz o resto. Um segundo longa-duração está a ser burilado… pode ser que no Vagos já ouçamos alguma surpresa.

Site: www.fever.web.pt
Myspace: www.myspace.com/feveronline
Last FM: www.lastfm.pt/music/F.E.V.E.R.

ECHIDNA
Formação:
- Pedro [voz]
- David Doutel [guitarra]
- Pedro Lima [guitarra]
- Miguel Pinto [baixo/voz]
- Tiago Cardoso [bateria]
Origem: Portugal
Estilo: Death/Thrash Melódico
Ano de formação: 2001
Discografia:
- “Insidious Awakening” [2008]

Nota: O álbum de estreia deste quinteto de Vila Nova Gaia foi uma das maiores surpresas do ano passado em Portugal. Uma consistência notável na recriação do death/thrash metal melódico e de orientação moderna, catapultaram os Echidna para as jovens referências do underground luso. Um contracto com a importante Rastilho Records abre portas para um futuro promissor que ainda agora “começou”.

Neonírico - Convidados na final do concurso Vieira Rock 09

Os vimaranenses Neonírico actuam no dia 25 de Julho na grande final do concurso de bandas de garagem Vieira Rock, em Vieira do Minho. Os autores do recente “Renaissance” são a banda convidada que fecha o certame pelas 23h30.

Thursday, July 16, 2009

Heavenwood - Apresentam novo videoclip nas FNAC

Nos dias 17, 23 e 31 de Julho os portuenses Heavenwood apresentam nas FNAC de Matosinhos, Vila Nova de Gaia e Braga, respectivamente, em formato Premiere Showcase Release, o videoclip do tema "13th Moon" retirado do seu mais recente álbum, "Redemption". O teledisco foi gravado e produzido por Carlos Barros, Rui Correia e Ricardo Coutinho [nomedecena.com] e, segundo comunicado oficial, "é baseado nos signos do zodíaco e irá conter mensagens subliminares no fantástico estilo da interpretação da alquimia". Estas datas servirão ainda para apresentar o "making of" do respectivo vídeo e proporcionar o convívio entre banda e público. Destaque ainda para a apresentação, em exclusivo, dos temas "September Blood", "Poem For Mathilde" e "Her Lament" em formato advance/pré-produção com a participação do orquestrador sinfónico russo Dominic G. Joutsen. O início de cada sessão é às 22h00.

Wednesday, July 15, 2009

Review

MINSK
“With Echoes In The Movement Of Stone”
[CD – Relapse / Major Label Industries]

Miragens, alucinações, faltas de ar, arritmias… pode isso tudo ser sintomas da sujeição à experiência de ouvir qualquer álbum dos Minsk. Inspirados no seu nome pela martirizada cidade bielorrussa que ardeu para ser erguida como uma Fénix, estas quatro almas de Peoria e Chicago parecem ter vivido os complicados tempos que esta cidade do leste europeu atravessou ao longo de vários séculos e absorvido todos os seus traumas. Transformando isso em música, o resultado não podia ser outro senão marcante, perturbador e profundo.

Numa conjuntura actual em que começa a ganhar grande relevo a desafiante mistura de post-rock com doom, sludge e elementos psicadélicos, num cocktail, no fundo, homogeneamente progressivo, os Minsk saltam para a proa de um movimento de consciências dementes que nos oferecem um som de paisagens decadentes e atmosferas insalubres sem dó nem piedade. Quando pensamos que ter uns Neurosis, Isis, Kylesa ou Baroness é já dose suficiente para nos mergulhar num cosmos onde a luz escasseia e a vida definha, não temos problemas em assumir que mais esta “ameaça” é perfeitamente válida; tão letal quão saborosa.

Ao terceiro disco de originais, estes norte-americanos mantêm-se fiéis ao seu caminho, mas “With Echoes In The Movement Of Stone” é claramente menos ambiental e mais distorcido, com os temas a se tornarem mais "temas", isto num exercício de reduzir em certa parte as "cerimónias" de dez minutos que marcaram os seus dois soberbos anteriores trabalhos, e a agressividade a assumir uma outra preponderância. Entretanto, o “calvário” continua a ser longo e penoso, no bom sentido, mas a dissonância, amplitude e multiplicidade de sentimentos continuam autenticamente... tenebrosas! E com isto tudo, só nos podemos render aos encantos desta complicada forma de expressar sentimentos. Não para eles. [9/10] N.C.

Estilo: Post-Rock/Sludge/Doom/Psicadélico

Discografia:
- “Out Of A Center Which Is Neither Dead Nor Alive” [CD 2005]
- “The Ritual Fires Of Abandonment” [CD 2007]
- “With Echoes In The Movement Of Stone” [CD 2009]

Monday, July 13, 2009

II Berço Fest - Guimarães ao rubro este fim-de-semana

Nos próximos dias 17 e 18 de Julho [sexta e sábado] Guimarães abre as portas do São Mamede CAE [Centro de Artes e Espectáculos] para dar lugar ao II Berço Fest. No primeiro dia do festival é possível assistir às actuações dos Coldfear, Rod Of Ruin, The End Gate, Web e Pitch Black a partir das 21h30. Já no sábado haverá uma matiné com início às 16h00 com as actuações dos Burned Blood, Ashes Reborn, Reptile e Necris Dust e mais tarde, pelas 21h30, sobem ao palco os Final Mercy, Equaleft, Demon Dagger, The Ransack e Mata-Ratos. Ficarão encarregues de animar a noite depois dos concertos os DJ’s António Freitas, Tó Lobo e Rato [El Rock] e Lx. Os bilhetes em pré-venda para os dois dias custam 17€ ou 20€ se comprados no dia. O bilhete único para sexta custa 8€ e para sábado 12€ com a possibilidade de se assistir à matiné apenas por 7€ ou ao set de DJ’s por 8€. Os ingressos estão disponíveis na bilheteira do S. Mamede CAE, Vimaranes Music Shop e El Rock Bar, em Guimarães.

Review

HATESPHERE
“To The Nines”

[CD – Napalm Records / Fiomúsica]

São das jovens bandas de inspiração sueca mais interessantes dos últimos anos. Com uma apreciável rodagem quer em palco quer em termos de discos editados – este é o sexto em oito anos de carreira, sem contar com dois EP’s –, o que se consta é que esta banda dinamarquesa é das mais consistentes, trabalhadoras e perseverantes de uma nova colheita "milenar" de talentos. A sua sonoridade thrash/death metal com o cunho melódico de Gotemburgo é até uma receita mais que óbvia para quem quer agarrar com alguma facilidade os jovens ouvintes, mas a verdade é que há também muitos que o tentam e não conseguem.

Sem fazer absolutamente nada de espampanante neste quadrante, sempre muito guiados pelos The Haunted, o renovado colectivo de Aarhus – depois de uma recente e intensa remodelação na sua formação onde já só resta o guitarrista original Peter Hansen – consegue voltar em “To The Nines” com a força e vigor que sempre os caracterizou. Isso só vem demonstrar que o cérebro deste projecto ainda está aqui presente e possivelmente com a ajuda dos seus novos companheiros concebeu um disco que é mais dinâmico e agressivo que o anterior “The Serpent and Killer Eyes”, de 2007.

Quem já os conhece não vai achar que os Hatesphere tenham acrescentado absolutamente elemento nenhum à sua fórmula, nem mesmo se sente que os novos elementos da banda [e são quatro] tenham vindo mexer muito com a essência da banda. Todavia, há sim um esmiuçar de certos elementos que em maior ou menor proporção nos vão sendo sugeridos desde a sua estreia homónima, em 2001.

No cômputo geral, “To The Nines” é mais fluido e rápido que o seu antecessor, que era muito pautado pelo groove, mas ao mesmo tempo oferece ganchos com maior magnetismo e até o tema “Clarity” é potencialmente o tema com mais ar de single que a banda compôs até hoje, embora não soe plástico em nenhum momento. É sim um excelente exercício de thrash modernaço pleno de balanço.

Ao todo são mais dez temas muito consistentes que não desiludirão de forma alguma os fãs da banda… apenas aqueles a quem a dose de thrash/death metal moderno está ainda longe de lhes enfartar. Enquanto houver espaço e predisposição para se consumir este tipo de música, os Hatesphere estarão sempre num plano de destaque e serão compensados pela qualidade com que exploram o seu mundo. [7/10] N.C.

Estilo: Thrash/Death Metal melódico

Discografia:
- “Hatesphere” [CD 2001]
- “Bloodred Hatred” [CD 2002]
- “Something Old, Something New, Something Borrowed and Something Black” [EP 2003]
- “Ballet Of The Brute” [CD 2004]
- “The Killing” [EP 2005]
- “The Sickness Within” [CD 2005]
- “Serpent Smiles And Killer Eyes” [CD 2007]
- “To The Nines” [CD 2009]

www.hatesphere.com
www.myspace.com/hatesphere

War Zone Metal Fest - Metal nacional em destaque em S. Pedro do Sul

No dia 1 de Agosto decorre na Associação Cultural de Vila Maior, em S. Pedro do Sul, o War Zone Metal Fest. O cartaz é constituído pelos nacionais Gates Of Hell, The Endgate, Angriff, Switchtense e Pitch Black. Os espectáculos iniciam-se às 21h00.

Sunday, July 12, 2009

Metal Roque - S. Roque recebe noite de peso em Agosto

No dia 13 de Agosto os Nableena, Neurolag e Zymosis actuam na freguesia de S. Roque, em S. Miguel, numa noite intitulada Metal Roque. As hostilidades têm início às 21h30 e o acesso é gratuito.

Review

HELLSAW
“Cold”
[CD – Napalm Records / Fiomúsica]

Nos últimos tempos temo-nos apercebido do empenho da austríaca Napalm Records em diversificar as características musicais do seu catálogo. Originalmente conhecida pela sua faceta mais gótica, e depois de já contar com bandas de doom e rock’n’roll, é a vez do selo propor no seu roster um regresso às origens do black metal, precisamente na sua orientação mais primitiva e fria de declarada influência escandinava. Posto isto e escutados os primeiros instantes de “Cold” parece que lhe tiramos instantaneamente a radiografia. Impõe-se a fórmula do black metal simples e directo, não tão sujo quanto se poderia imaginar já que a produção não deixa, mas suficientemente negro e retro para lhe colocarmos na prateleira ao lado de nomes como Darkthrone, Hellhammer, Immortal ou Celtic Frost.

Contudo, com o avançar dos temas, apercebemo-nos que os Hellsaw têm a coragem de apontar alguma claridade a este material, virtude de um sentido melódico interessante, para além de alguns arranjos e efeitos muito subtis que podem tornar este num disco demasiado ousado para os mais conservadores adeptos deste movimento.

E o problema de “Cold” acaba por poder ser mesmo esse: um disco preso na encruzilhada da indefinição em relação ao seu público-alvo. Como já foi referido, pode soar “limpinho” de mais para convencer os indefectíveis da natureza misantropa e sórdida do black metal, mas também está longe de ser uma obra moderna dentro do género, como uma dos Dimmu Borgir, por exemplo.

Caberá ao tempo e à disposição do ouvinte aceitar, ou não, este disco. O mais importante é que fora qualquer preconceito, “Cold” é um trabalho honesto e os Hellsaw, embora exibam descaradamente todos os clichés do género – muito ripanço nas guitarras e bateria repetitiva – ainda tiveram a lucidez de não tornar este um disco intragável. Quem não for adepto do antigo nem do moderno e procura um meio-termo, este poderá ser um disco perfeito. [6/10] N.C.

Estilo: Black Metal

Discografia:
- “Spiritual Twilight” [CD 2005]
- “Phantasm” [CD 2007]
- “Cold” [CD 2009]

www.hellsaw.at.tt
www.myspace.com/hellsawmusic

Saturday, July 11, 2009

ThanatoSchizO - Em estúdio em Julho para gravar disco de versões acústicas

No dia 22 de Julho os ThanatoSchizO entram em estúdio para a gravação do seu quinto longa-duração que desta vez será composto por versões acústicas de temas dos seus anteriores trabalhos, com incursões étnicas e electrónicas. A gravação e produção do álbum serão assumidas na totalidade pela própria banda, com assistência de Pedro Cabral e Paulo Almeida, que dividirá os seus trabalhos entre o Teatro de Vila Real e os seus Blind & Lost Studios, em Santa Marta de Penaguião. O guitarrista Guilhermino Martins comenta: "Temos vindo a trabalhar na pré-produção destes temas desde o Verão de 2008, pelo que sentimos estar a preparar um álbum especial, não só pela abordagem fora do comum, mas também pela forma como nos temos sentido confiantes neste papel, tocando ritmos mais compassados e incorporando elementos tão diferentes na nossa música.” O novo disco do colectivo nacional será editado pela Major Label Industries ainda em data por definir.

I Hate Fest - Hoje em Figueiras

Os Hate Disposal, Darkside Of Innocence, Antichthon, Stigma Sphere e Mend Your Loss actuam hoje [sábado] em Figueiras, Leiria, pelas 22h00, no primeiro Hate Fest. Os ingressos custam 4€.

Desire + The Spektrum - Ao vivo hoje na Figueira da Foz

Hoje, 11 de Julho, os Desire levam o seu novo trabalho, o EP “Crowcifix”, até ao Nyktos Bar, na Figueira da Foz. Na primeira parte do espectáculo da conhecida banda de doom/gótico de Lisboa estarão os The Spektrum. Um espectáculo a não perder a partir das 22h00.

Friday, July 10, 2009

Entrevista Witchbreed

O FEITIÇO DA SEDUÇÃO

Em 2006, como que com ideias de sair da “reforma antecipada”, Ares [ex-Moonspell] e Dikk [ex-Deepskin] decidiram entregar as suas almas a um novo projecto chamado Witchbreed. Os experientes músicos dedicaram-se com enorme afinco na criação da sonoridade dark/gothic/progressive metal que caracteriza os Witchbreed e, sobretudo, a elevá-la a um exigente patamar de maturidade, quer técnico quer de composição. Podendo contar com o portento vocal que é a madeirense Ruby e com a irrepreensível produção de Waldemar Sorychta [Moosnpell, Lacuna Coil, Samael], os Wicthbreed parecem confinados a um reconhecimento fácil e além-fronteiras, para o que já tem ajudado o contrato com a britânica Ascendance Records. A frontwoman e símbolo mais visível da banda, Ruby Roque, não se coibiu de comentar as boas reacções que “Heretic Rapture”, o seu álbum de estreia editado no final do mês passado, tem granjeado.

A Ruby é natural da Madeira. Depois de Alberto João Jardim e Cristiano Ronaldo, é a grande marca a sair do arquipélago. Concorda? [risos]
Claro que não concordo! [risos] Temos o Vinho da Madeira e o Bolo de Mel! Eu simplesmente percorri o que tinha a percorrer na ilha e era altura para outros voos...

Qual é a receita para ter umas cordas vocais tão… dotadas? Muitas aulas, herança genética?
[risos] Quero pensar que é genético. A minha familia é muito “musical”, adoro a voz do meu pai que também toca guitarra e é a minha grande inspiração; os meus tios e primos tambem cantam. Obviamente também tive aulas de canto desde muito pequena, que odiei, mas agora sei ver e admito que me ajudou imenso a nível técnico.

Segundo consta não estava muito confiante em relação a conseguir um lugar nos Witchbreed quando lhe foi feito o convite para fazer uma audição. Foi um caso particular ou normalmente não é muito confiante da sua voz?
É mesmo um caso de não gostar de audições. Eu era uma miudinha de aparelho nos dentes, tímida, num estúdio com dois músicos experientes e com um ar suspeito. [risos] Só fui à audição porque a minha amiga Vanessa fez pressão para eu aceitar o convite. Eu gravei a “Descending Fires” de aparelho nos dentes, por isso, não é falta de confiança na minha voz.

Neste momento os Extreme Attitude, a sua antiga banda, estão extintos?
Sim, estão. Foram uma grande e boa parte do meu crescimento como músico e eram, acima de tudo, meus amigos de infância. Foi muito bom e ainda mantemos contacto.

O facto de se ter mudado para Lisboa teve a ver com a sua entrada para a banda e o processo de composição de “Heretic Rapture”? Naturalmente, não me estou a querer meter na sua vida pessoal [risos], mas deduzo que o compromisso com os Witchbreed se tenha vindo a intensificar e a exigir bastante de todos…
Não. Eu já residia em Lisboa quando me convidaram para fazer a audição para os Witchbreed que na altura não tinham nome! Obviamente que exigiu muito de todos, mas nada teve a ver com a minha deslocação para Lisboa. Já cá residia há quase um ano.

Era ainda uma pessoa bastante inexperiente quando se juntou aos Witchbreed? Que papel teve o Dikk e o Ares na sua integração?
Não, não era assim tão inexperiente. Eu com 15 anos já cantava em casinos com musicos com idade de serem meus pais. Actuava em galas, gravava “jingles” para Rádios e TV. Tinha uma vida musical muito activa. Depois fui-me tornando amiga do actual chefe da Antena 3 da Madeira e fiz programas e muitas entrevistas. Foi muito bom. O Ares e o Dikk, foram muito importantes sim no mundo do Metal; o Ares já fez tours e sabe a loucura que é estar na estrada, como negociar com editoras, etc. O Dikk é o meu produtor preferido; é o meu director musical. Ele conduz-me quando estou a gravar e tudo soa melhor. Eles aí foram essenciais.

Sendo eles os mais experientes, são também quem assume a maior parte da composição ou você, o Filipe e o Tiago também surpreendem os veteranos com as suas ideias?
Obviamente que o grosso do trabalho recai nos ombros do Dikk e do Ares, mas em “Heretic Rapture” encontramos toques de todos os elementos da banda. E sim, muitas vezes eles ficam surpreendidos com as ideias de que os meninos novitos lá se vão lembrando! [risos]

Portanto, não há nenhum regime absolutista dentro da banda?
Hmmm… Só quando o Ares veste a farda do Hitler e o Dikk a do Mussolini! [risos] Existe o regime dos mosqueteiros!

E como se dá a oportunidade de se lançarem de forma tão profissional? Foi a experiência e contactos do Ares ou mera estratégia e uma ponta de sorte? Digo isso também porque, por exemplo, o Ares já trabalhou com o Waldemar Sorychta…
Digo-te que foi uma noite em que fiz pressão ao Dikk para ele acabar a masterização de duas faixas que iríamos lançar no Myspace, juntamente com uma imagem nova, e passado algumas horas dos temas estarem online recebemos algumas propostas, sendo a mais interessante a da Ascendance. O facto do Ares ter trabalhado no passado com o Waldemar, penso que ajudou, mas estávamos todos reticentes, pois eles já não se falavam há mais de dez anos. Mesmo assim, tudo correu bem, o Waldemar gostou do que ouviu e foi isso que o fez vir a Portugal.

O Waldemar espantou-se pelo Ares estar agora noutras andanças, a tocar um som mais pesado e tal… [risos]
Estás-te a rir, mas acredita que Moonspell tem malhas muito mais melódicas do que nós e o Ares toca peças muito mais complexas e dark do que em Moonspell. Retiras o gutural de Moonspell e tens uma banda gótica muito melódica. Retiras a minha voz de Witchbreed e tens uma banda extremamente pesada. Vá lá que ao menos dou uns toques a cantar! [risos]

Registou-se alguma história curiosa em estúdio?
Sim, aconteceram várias até. Estavam sempre a tentar raptar o nosso produtor do estúdio, ao ponto em que o Ares teve de desligar o telemóvel. Eu entendo que um produtor daqueles em Portugal chame a atenção a muitas bandas, mas é uma grande falta de respeito interromper o trabalho dos outros. Digamos que agora rimos da situação, mas na altura ficámos muito irritados, porque estávamos a meio da pre-produção.

Até que ponto acha que cresceram com o Waldemar, alguns num primeiro contacto e outros já num terceiro ou quarto como é o caso do Ares?

O Waldemar foi uma pessoa super humilde, extremamente cómica e super talentosa. O melhor é que existiu uma simbiose entre a banda e o Waldemar o que tornou tudo mais fácil e acabámos os trabalhos três dias mais cedo do que o previsto. Crescemos a nível profissional, subimos um patamar. O Waldemar deu-nos uns bons conselhos para o futuro e nós vamos segui-los à risca. Eu até podia dizer-te mas depois tinha de matar-te! [risos]

Bom, se é para valer informação preciosa... [risos]
Os segredos do Waldemar vão para a cova com a banda, desculpa! [risos] Os melhores "chefes" não dão os ingredientes das suas melhores receitas!

Vocês estudaram e pré-produziram sozinhos “Heretic Rapture” até à exaustão até requisitarem os préstimos do Waldemar. Estamos a falar de um período de um ano. O que vos absorveu mais esforço nesta etapa? Almejavam a perfeição?
O Waldemar pré-produziu também connosco. Acho que o pior foi mesmo os problemas técnicos; avariaram computadores e demoraram semanas a arranjar e a passar dados. Foi um stress. Quanto às composições até fluiram bem. Claro que fizemos várias versões da mesma música, sem saber o que soava melhor. Sim temos um grande defeito, todos nós somos demasiado perfeccionistas. E chegámos a ficar dia e noite em estúdio só para corrigir pequenas coisas. Mas no final vale a pena.

Perfeito é o refrão de “Rebel Blood”, provavelmente dos ganchos mais pegadiços que ouvi nos últimos tempos… É “culpa” de quem?
O culpado será o Dikk. Ele fez a linha de voz e eu enterpretei-a à minha maneira fazendo um pequeno ralentando na “…follow me…”.

Cantar em português foi uma ideia tida com que intuito?
Obviamente que ao lançar um álbum a nível internacional por uma editora britânica, teriamos que deixar o nosso cunho português! A “Heretica” é uma música triste como o nosso fado e quando o Ares mostrou-me a letra que tinha escrito eu identifiquei-me logo com ela. Cheguei a emocionar-me ao cantá-la quando digo “…sou Diva… da solidão…”.

Tem alguma cantora portuguesa como referência?
Não, não tenho.

Uma estreia por uma editora estrangeira é algo sempre de realce. Não me lembro de muitos casos nacionais em que isso tenha acontecido… Que se fiquem pelo exemplo dos Moonspell e não dos Icon & The Black Roses, por exemplo… [risos] Como se sentem com isso tudo?
Nós vivemos um dia de cada vez e nós não queremos ser como os Moonspell ou como os Icon, mas sim os Witchbreed e marcar uma nova página na música portuguesa. É ambicioso, eu sei, mas o sonho comanda a vida!

Foram muito exigentes convosco? Estão obrigados a vender metade do que o “Thriller” pelo menos? [risos]
O objectivo deste álbum é dar a conhecer os Witchbreed ao mundo. Chegar ao sítio mais remoto do mundo, é esse o objectivo de “Heretic Rapture”.

Outro motivo por que se devem sentir bastante orgulhosos, é o facto de terem tido airplay no programa do Bruce Dickinson na BBC. Como é que isso se proporcionou?
Ele descobriu a banda provavelmente pela nossa editora que tambem é inglesa e gostou, pois ninguem obriga o Bruce a passar nada no seu programa. Ele gostou da "Rebel Blood", rodou-a e comentou a banda. Podem ouvir isso no nosso Myspace.

Neste momento a banda está disponível para se entregar em força aos seus compromissos, entrar em digressão pela Europa, por exemplo, ou isso ainda não possível devido às vossas vidas pessoais?
Estamos 100% disponíveis para entrar em digressão se tal oportunidade acontecer. Quando fizemos os Witchbreed esclarecemos: ou estamos a 100% ou não estamos.

De momento, só têm três datas confirmadas, certo?
Sim, temos três datas em Portugal. Temos recebido outras propostas mas sem condições nenhumas. Já agora alerto às organizações que pretendem fazer eventos com bandas para que pensem bem antes, porque exige muita coisa. Já está na altura de as bandas portuguesas serem tratadas com respeito.

O Ares continua a ter contacto com o Fernando Ribeiro, correcto? Quer revelar-nos, ainda que possa sempre ser suspeito [risos], se ele já expressou a sua opinião sobre vocês?
Isso são assuntos deles. Eu não conheço pessoalmente o Fernando Ribeiro, não que eu saiba. Presumo que o Fernando Ribeiro tenha mais que fazer [como tentar cantar Amália?] do que estar a comentar o trabalho dos Witchbreed.

Não tarda leva-vos em digressão… [risos]
Não tarda nada o Elvis e o Michael Jackson vêm jantar à minha casa!

Num cenário tão coeso e promissor como o vosso, creio que só vos falta, para já, a gravação de um videoclip? Isto está a ser pensado?
Sim, mas sinceramente não é o aspecto mais importante. Nós queremos tocar e mostrar o nosso trabalho ao vivo, isso sim, é o mais importante.

Nuno Costa

www.myspace.com/witchbreed

Thee Orakle - "Metaphortime" apresentado em Mirandela este mês

Os vila-realenses Thee Orakle actuam no próximo dia 26 de Julho na Zona Verde da cidade de Mirandela, pelas 23h59. A entrada é gratuita e o lazer é uma garantia num local situado à beira TUA [banhos livres] num espaço que oferece o maior relvado da cidade, campo de ténis, aluguer de caiaques, barracas de comes e bebes, etc. Para a ocasião a banda promete também algumas surpresas “técnicas”. Entretanto, esta acaba de disponibilizar no seu Myspace um excerto de cada tema do seu álbum de estreia, “Metaphortime”, editado a 16 de Março passado pela Recital Records. Relembramos ainda que em Agosto os Thee Orakle marcam presença no aguardado Vagos Open Air, em Aveiro, no dia 8, e mais tarde no Milagre Metaleiro Open Air, em S. Pedro do Sul, no dia 14.

Progressive Nation Tour - Honras nacionais em Outubro

Num espaço de quatro meses os nova-iorquinos Dream Theater actuarão pela segunda vez em Portugal desta feita num concerto inserido na Progressive Nation Tour 2009, um evento da autoria do próprio baterista Mike Portnoy. Depois de criar furor nos Estados Unidos, a tournée viaja até à Europa com paragem no Palácio de Cristal, no Porto, no dia 22 de Outubro. A acompanhar os reis do Metal progressivo estarão os suecos Opeth, uma das maiores sensações do Metal progressivo e extremo dos últimos anos. Os menos conhecidos, mas não menos cativantes, Bigelf, dos Estados Unidos, e os Unexpect, do Canadá, têm honras de abertura do evento. O preço dos bilhetes é de 30€ e estão à venda nos locais habituais. O espectáculo tem início às 19h00.