Tuesday, October 31, 2006

Lycosia - Estreia em Portugal

Os franceses Lycosia vão percorrer cinco datas pelo nosso país em promoção ao seu quarto e mais recente álbum - "Apokalipstik". Ao fim de dez anos de carreira o quarteto de glam-goth-deluxe estreia-se no nosso país passando por Loulé, Castro Verde, Moita, Santa Iria de Azóia e Cabanas de Chão, sendo esta última integrada no Kaotica Fest ao lado dos convidados Hunting Cross. A seguir ficam as datas precisas dos concertos, todos com início às 21h00 e com ingressos no valor de 5€.

31 Out. – Satori 666 – Loulé – Faro
01 Nov. – Sol Posto – Castro Verde
02 Nov. – Freira Bar – Moita
03 Nov. – Excalibar – Santa Iria de Azóia
04 Nov. – Kaotica Fest – Cabanas do Chão

Metal Bus Tour - Com Iron Maiden em Barcelona

A Metal Bus Tour está a organizar uma excursão ao concerto de Iron Maiden, a 30 de Novembro, em Palau St. Jordi, Barcelona, inserido na sua "A Matter Of Life And Death Tour". Na abertura do concerto estarão os Trivium que acabaram de lançar "Crusade". O valor da viagem e bilhete (ainda com a oferta de um poster gigante) é de 135€. Para mais informações contactar o e-mail metalbustour@gmail.com ou o número de telemóvel 968 151 277.

www.metalbustour.org

Amor-te - Novo registo em 2007

Os flavienses Amor-te vão lançar, a 18 de Janeiro de 2007, o EP "Ecos de Solidão" pela Big Foot Records. Este lançamento é acompanhado em simultâneo pela edição do livro "O absurdo, o abstracto e o realismo da conversa com a parede" e põe fim a um longo período de indefinição no seio da banda.

Sunday, October 29, 2006

Entrevista Jesus On Fire

SANGUE E CHAMAS

Em jeito de presságio, os Jesus On Fire decidiram formar-se para participar num concurso de música na sua cidade natal, Almeirim, no ano de 1998. Com cerca de três ensaios na bagagem a banda arriscou-se a subir ao palco e logo neste primeiro concurso arrecadou o segundo lugar, deixando muita gente perplexa perante a sua energia. A visão descontraída que tinham em relação a este projecto começou, por isso, a tomar contornos mais sérios. Atravessaram uma fase profunda de reconhecimento musical e pessoal e no novo “Blood Print” vêm revelar uma banda mais convicta e apostada em enveredar por caminhos sonoros mais agrestes e pesados. O baterista Gonçalo falou-nos do sucessor de “Mind Swicth” e do percurso dos Jesus On Fire.


Os Jesus On Fire formaram-se em 1998 em circunstâncias pouco convencionais, não é assim?
Quando começámos não havia ninguém em Almeirim a fazer este tipo de som, para além dos Ciborium que sempre tocaram um metal mais clássico e extremo. Nessa altura, tocava-se mais grunge e rock, e alguns de nós estavam ou tinham estado envolvidos em projectos desse estilo há já alguns anos. No 12º ano eu e o Gaspar estávamos na mesma turma e, numa normal manhã de escola, soubemos pelo Tó (que foi nosso guitarrista no início) que ia haver um concurso de bandas. Claro que queríamos participar, mas nenhum dos projectos que tínhamos na altura dispunha de temas em condições para tocar ao vivo. Então começámos a imaginar fazer uma banda de metal no género de Sepultura ou Korn. Basicamente, as coisas que ouvíamos na altura e que nunca tínhamos tentado tocar. Fomos à rádio de Almeirim e fizemos a inscrição, sem falar com o vocalista e o baixista. O nome foi inventado na altura e surgiu por causa de um jogo de basket. Na verdade, já causou alguma polémica, mas deixamos cada um ter a sua própria interpretação e temos que respeitá-la. Entretanto, tínhamos dez dias para preparar três músicas, em plena época de exames. Resultado: só tivemos um ou dois ensaios à pressa, três dias antes do concurso... e o vocalista nunca ensaiou! Enfim, fomos para o concurso no espírito de participar para nos divertirmos. Acabou por correr tão bem que ficámos com o 2º lugar, seguidos dos vencedores Ciborium, e, com isso, ficou uma vontade muito grande de continuar com este projecto.

Foi, portanto, a partir daí que começaram a acreditar mesmo que podiam levar a banda a sério...
Sim. A banda tinha sido uma coisa criada só para participar naquele concurso, mas só depois de vermos do que éramos capazes de fazer juntos é que decidimos continuar com o projecto.

Referem que o público ficou muito surpreendido! Descreve-me como foram essas reacções?
Foi fantástico! Foi uma surpresa para muita gente, pois ninguém esperava ver algo com a energia que conseguimos transmitir. Havia bandas a participar com anos de ensaios, as pessoas sabiam que nos tínhamos juntado na brincadeira para ir ali. Se calhar ninguém julgava possível fazer o que fizemos em três dias.

A dada altura atravessaram um período algo crítico, tanto a nível de formação como de orientação musical, certo?
Sim, as coisas não correram sempre da melhor maneira, as pessoas não tinham disponibilidade e ao longo do tempo a formação sofreu várias alterações. A última das quais o vocalista, que é sempre um elemento que muda bastante o funcionamento de uma banda. Quanto ao estilo de som, houve uma altura em que as nossas referências começaram a deixar de fazer muito sentido. Refiro-me, por exemplo, a Korn ou mesmo Slipknot, apesar de naqueles primeiros tempos termos sido grandes fãs deles. Mas actualmente não nos dizem muito, nem em termos de som nem de postura. Por isso, a partir de dada altura tentámos afastar-nos o mais possível de influências comerciais à medida que compúnhamos e isto também nos levou a deixar para trás a maior parte do antigo reportório.

Então será por isso que referem frequentemente na vossa biografia que a satisfação para com as vossas gravações e música sempre foi efémera...
Sim, íamos fazendo malhas novas e as antigas deixavam de ter a mesma força quando as púnhamos lado a lado. Já não se tratava, efectivamente, do som que queríamos mostrar ao público. Costumávamos brincar com isso, do tipo: "agora temos esta nova, qual é a que vamos deixar de tocar?” (risos)

Sendo assim, que bandas vos servem de inspiração hoje em dia?
É difícil dizer porque cada elemento da banda ouve coisas bastante diferentes. Pessoalmente, ouço de tudo um pouco, desde (e principalmente) drum'n'bass, downtempo, funk ou techno. Em casa raramente ouço metal. Mas posso sempre referir Sepultura, Pantera, Faith No More, Alice In Chains, Helmet, Fear Factory, Tool como algumas das bandas que nos marcaram mais em geral.

Estão desta vez satisfeitos com “Blood Print”?
Sim, sem dúvida. As músicas que gravámos neste EP já são da fase em que o Kamy estava na banda. De facto, precisávamos de ter uma gravação com o som que tocamos hoje em dia, porque as pessoas só conheciam os Jesus On Fire de há três anos atrás. Ainda há muita gente que não percebeu muito bem o que estamos agora a fazer (e outros que nunca ouviram) e a gravação está já a servir para apostar em força na divulgação.

Quais os maiores progressos ou mudanças que apontas neste novo trabalho?
Principalmente a direcção em termos de estilo. Acho que o EP está bastante coeso no que diz respeito ao conceito que se pretende transmitir. Tem energia, velocidade, é aquilo que queríamos fazer e representa bem a banda.

Este EP foi gravado onde e com quem?
Foi gravado no The Fog Studios com o Hugo dos Switchtense.

As reacções já têm surgido?

Sim, bastante. Na nossa página no Myspace as visitas dispararam desde que pusemos online duas malhas novas. Muita gente tem deixado comentários bastante positivos também.

A nível de promoção, o que planeiam?

A nível de promoção temos agora uma mini-tour pelo país para fazer o máximo de divulgação ao EP. Planeamos tocar o máximo possível, vamos tentar arranjar uma editora que aposte em nós e temos andado pela net a tentar dar-nos a conhecer, nomeadamente através do Myspace (www.myspace.com/jesusonfire).

Para quando um álbum?
Não te posso adiantar datas, mas este será, de facto, o nosso próximo passo.

Nuno Costa

www.jesusonfire.web.pt

www.myspace.com/jesusonfire

Friday, October 27, 2006

Caros leitores da SounD(/)ZonE

Venho pedir desculpas pela paragem do blog nos últimos dias e informar que esta deve-se ao atarefado momento que atravesso na minha vida profissional. No entanto, alguns desses assuntos, muitos deles, estão relacionados com música e também com a SounD(/)ZonE. Iremos retomar as actualizações o mais rápido possível. Inclusivé já temos várias entrevistas na forja que apenas aguardam edição.

Muito obrigado pela compreensão

Nuno Costa

Saturday, October 21, 2006

Crónica

CONCERTOS CONGELADOS

O cair de algumas folhas e o frio que se faz sentir nos últimos dias são sintomas de que o Inverno está a aproximar-se a passos largos. Nesta altura, dá-se por terminada mais uma temporada de concertos por parte das bandas açorianas, salvo raras excepções. Aconchegadas no calor da sala de ensaios é tempo de compor novos temas, ensaiar os antigos e fazer o balanço de como correu a temporada de concertos. Mas não seria tão mais agradável continuar a mostrar aquilo que uma banda tem, quem sabe, por outros locais onde isso nunca tenha sido feito?

No entanto, a realidade é outra. Falámos de uma realidade cruel a que as bandas regionais vêem-se forçadas a cedo guardar as suas malas e, quem sabe, só no próximo terão a tão desejada oportunidade de mostrar aquilo que valem além fronteiras. Em mente ficam quem sabe os quatro ou cinco concertos que foram dados durante o verão, sempre com a maior garra possível na esperança que um dia seja reconhecido o devido mérito àqueles que vivem a música de um modo diferente. Falar da falta de apoios já se tornou um cliché, mas tenho a certeza que é por esta razão que as bandas regionais não conseguem ir mais longe.

Quatro foram as oportunidades dadas às bandas da ilha Terceira para tocarem - o Festival Angra Rock; a noite de rock inserida no programa das Sanjoaninas; o Fest Praia Rock, inserido nas festas do concelho da Praia da Vitória e o Festival Abismo. O Festival Angra Rock, que já é um marco a nível regional, restringe-se às três melhores classificadas no respectivo concurso. Quanto às Sanjoaninas e às festas da Praia da Vitória, este ano organizaram uma noite dedicada às bandas da ilha Terceira, mas é com muita pena minha que vejo que as bandas de metal são rejeitadas à partida por não terem um “som acessível”. O Festival Abismo, que teve este ano a sua primeira edição e tudo indica que terá uma segunda no próximo ano, foram dois dias que contaram com a participação de seis bandas locais entre elas Manifesto, Anomally e Lithium, onde não foi notória a descriminação de bandas devido ao estilo musical praticado. É de louvar iniciativas como esta, levadas a cabo pela 9xRock, que têm como principal intuito o de promover as bandas regionais. Esta é a realidade que existe na ilha Terceira, não muito diferente daquela que se vive na ilha vizinha de S. Miguel. Festival Ponta Delgada, Maratona do Rock, Festival Coliseu Anima Rock entre outras iniciativas, foram as oportunidades dadas às bandas da ilha de S. Miguel.

O balanço, até um certo ponto, chega a ser positivo, pois começa-se a ver algum empenho por certas pessoas/entidades que pretendem apostar naquilo que se faz por terras açorianas. Agora vejamos: não serão realmente suficientes os quatro ou cinco concertos dados por uma banda, pelo menos numa circunstância idêntica à do panorama açoriano? Ou seja, tendo em conta que normalmente este número de concertos dados por uma determinada banda acaba sempre por ter praticamente o mesmo público, deixando a banda sob grave risco de se tornar entediante para quem já a viu várias vezes num espaço de três ou quatro meses? No entanto, estes número supostamente suficiente de concertos dados por uma banda durante o verão não existe efectivamente para quem pretende estar em constante evolução a nível musical. E isto adquire-se não só na sala de ensaios mas também, e principalmente, actuando ao vivo.

Para que fosse ultrapassada esta lacuna que se depara aos músicos durante o Inverno, deveria continuar a haver um certo ciclo de eventos que divulgasse as bandas. Seria interessante, por exemplo, se fosse organizado um intercâmbio de bandas com o intuito de mostrar o trabalho de várias projectos noutros locais em que nunca tivessem tocado e de se proporcionar um maior convívio entre estas. Apostar na cultura não é só criar um ciclo de “Concertos Íntimos” em que se gastam balúrdios em artistas que já são consagrados no meio musical, mas sim investir também nos artistas locais que têm muito para mostrar. Contudo, sem os devidos apoios acabam por ficar apenas nas recordações daqueles que um dia tiveram a oportunidade de os ver actuar. É importante para a região, e acho que não deveria ser uma vergonha, mostrar aquilo que tem, pois contamos já com artistas tão bons ou melhores que muitos outros que já tem no seu currículo álbuns e contratos com editoras.

Miguel Aguiar [teclista Anomally - Terceira]

Friday, October 20, 2006

Festival Coliseu ANIMA Rock - Votação

Está disponível no fórum do site www.metalicidio.com uma votação que tem em vista encontrar, na opinião do público, os nomes mais consensuais para fazerem parte da edição 2007 do Festival açoriano Coliseu ANIMA Rock. O festival está a ser organizado pela SounD(/)ZonE e pelo próprio site Metalicidio, que pretendem assim celebrar os seus 4º e 2º aniversários, respectivamente. Não perca a oportunidade de votar. O seu voto poderá ser decisivo!

http://www.metalicidio.com/forum/viewtopic.php?t=1421

Agenda

Os britânicos Inkubus Sukkubus vão visitar Portugal nos dias 28 e 29 de Outubro para actuações no Culto Bar, em Cacilhas, e no Porto Rio bar, no Porto, respectivamente. Os espectáculos têm início às 22h00 e os bilhetes estão à venda, para o Culto Bar, por 15€ (antecipadamente) e 17€ (no dia). As reservas poderão ser feitas pelo número de telefone 96 0000 101 ou pelo e-mail info@cultoclub.com.

Agenda

A 31 de Outubro actuam no IPJ, em Setúbal, os Tears Of The Sun, Peaceful Until e os Perfect Sin. As entradas custam 3 euros.

Saturday, October 14, 2006

Metal Blade - Novas contratações

A banda de hardcore de Massachusetts Since The Flood acabou de assinar um contracto com a Metal Blade. O próximo lançamento da banda vai intitular-se “No Compromisse” e vai suceder a “Valor And Vengeance”, de 2005, lançado pela Ironclad Recordings, editora do vocalista dos Unearth, Trevor Phipps. Os death metallers Aeon são outra das propostas assinadas recentemente pela editora alemã.

Dew Scented - Brevemente em estúdio

Os Dew-Scented vão voltar a estúdio já no final deste mês para registar o seu novo álbum. O produtor será Jörk Uken [God Dethroned, Obscenity, etc] e as gravações terão lugar nos Soundforge Studios. As misturas e masterização ficarão a cargo de Andy Sneap [Arch Enemy, Machine Head, etc]. O disco será lançado no início do próximo ano.

Equilibrium - Novo contracto e disco

Os Equilibrium fazem agora também parte do ilustre quadro de bandas comandado pela Nuclear Blast. A banda germânica de black metal melódico alcançou um assinalável reconhecimento com o seu último álbum – “Turis Fratyr” – e apresta-se já a registar o seu segundo álbum a partir de Janeiro próximo. Este intitular-se-á “Saga” e tem data de lançamento agendada para o verão de 2007.

Friday, October 13, 2006

Agenda

No dia 31 de Outubro comemora-se no Ginásio Clube de Corroios a noite de Halloween com um concerto em que farão parte os Namek, The Chapter e Devil Horns & The Legend Killer. Haverá também a presença dos DJ’s Hell Billy e Inferno, do VJ Joka e ainda um concurso de máscaras. A entrada na “La Noche De Los Muertos II” custa 5€, com direito a três bebidas ou uma bebida branca.

Agenda

Os Daza Cominatcha vão actuar este sábado (dia 14) no Culto Bar, em Cacilhas, pelas 22h00. Esta actuação marca o início da sua digressão por Portugal, após uma passagem pela Inglaterra.

Loud Metal Battle - Encontrados primeiros finalistas

Já foram encontrados os primeiros três finalistas do concurso Loud Metal Battle. Estes são os My Enchantement, Pubkrawl e Crushing Sun, selecionados na primeira meia-final do concurso realizada a 7 de Outubro, no Freira Bar. Nesta etapa participaram também os Hunting Cross, Overload e Skeptik. A segunda meia-final deste certame realiza-se a 21 de Outubro, no mesmo bar, a partir das 17h00, onde concorrerão à final os Potion, Veinless, Confront Hate, Artworx, Utopia e Daemogorgon.

Wednesday, October 11, 2006

Metal Xpress

Os CHIMAIRA assinaram contracto com a Nuclear Blast para todo o mundo, excepto para os E.U.A., cuja promoção ficará a cargo da Ferret Records. A estreia para a editora alemã será feita já em Fevereiro de 2007, data de lançamento do novo disco dos norte-americanos.

Os INCUBUS aprestam-se a lançar o seu novo álbum no dia 26 de Novembro. Intitula-se “Light Grenades” e foi produzido por Brendan O’ Brien [Pearl Jam, Bob Dylan, Korn] ao longo do último ano, em Los Angeles e Atlanta.

Os EDGUY vão estar em digressão pela América Latina entre 1 e 19 de Novembro. O concerto no dia 3 em São Paulo será gravado para futura edição em DVD. No próximo ano, a banda de Tobias Sammet já tem a sua presença assegurada, como cabeça-de-cartaz, no festival Bang Your Head.

Nos dias 26, 27 e 28 de Outubro e 4 e 6 de Novembro, os húngaros EKTOMORF vão estar em várias cidades alemãs em festa de lançamento do seu novo álbum intitulado “Outcast”.

O guitarrista Monteiro está de volta aos nacionais ETHEREAL. A banda acumula agora três guitarristas e pretende assim tirar partido disso para mostrar ao vivo todo o trabalho de estúdio.

Os veteranos alemães DESTRUCTION vão estar em Portugal no dia 2 de Dezembro do presente ano para actuar no Cine-Teatro de Corroios, em Almada. Este espectáculo conta com a produção da editora Nemesis e da Rocha Produções. Na abertura do concerto estarão os nacionais Angriff e Alcoholocaust. A Nemesis Records acabou também de anunciar um contracto de distribuição com a editora francesa Listenable Records para território nacional.

O HARD CLUB, a mítica sala de espectáculos nortenha, situada em Vila Nova de Gaia, vai ser encerrada no final deste ano, anunciou Kadu, sócio do clube e baterista dos Xutos e Pontapés, no jornal Correio Êxito. Segundo a publicação, a casa vai fechar por falta de liquidação de dívidas, havendo já quem assegure que esta vai ser vendida a particulares que a vão tornar num restaurante de luxo. No entanto, o proprietário do Hard Club já tem planos para abrir uma sala idêntica noutra zona.

Os açorianos STREAM assinaram um contracto de distribuição com a Turmic Records, para o lançamento do seu mais recente single - "Another Story" - na Dinamarca. Entretanto, o single está a rodar também nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, tendo mesmo entrado directamente para o Top 7 da Madd Radio.

Os MERCENARY foram nomeados em quatro categorias para os Danish Metal Awards deste ano. São estas “Melhor Álbum”, “Melhor Produção”, “Melhor Artwork” e “Melhor Tema Metal do Ano”. A banda vai ainda actuar na cerimónia de entrega de prémios a decorrer no dia 18 de Novembro, em Copenhaga.

A rádio ROCKZONE voltou às emissões. Aceda a estas em http://www.rockzone.no.sapo.pt/.

Os THE SYMPHONYX vão actuar no dia 19 de Outubro, às 00h00, na Recepção ao Caloiro, em Póvoa de Lanhoso.

No dia 10 de Novembro os CYCLES, HEADSTONE e SHADOWSPHERE vão actuar no Bar Porto Rio, no Porto, às 23h00. Este concerto tem os atractivos de marcar a estreia nacional dos Headstone e a apresentação oficial de Nuno Silva, novo guitarrista dos Cycles.

Monday, October 09, 2006

Entrevista Switchtense

CONTRA O SISTEMA

É hoje, manifestamente, uma certeza de que o nosso underground tem vindo a expandir-se tanto em quantidade como em potencial. A sucessão de lançamentos consistentes num perímetro de bandas em fase inicial de carreira, faz-nos crer cada vez mais no profissionalismo e na exigência com que as bandas mais novas encaram os seus projectos. Os Switchtense, formados na Moita em 2002, são um exemplo desta garra e vontade de vingar, solidificando esta ideia com o lançamento de “Brainwash Show”, na primeira metade deste ano. As palavras que trocámos com Hugo [vocalista] dão-nos a perceber os ideais e objectivos desta promessa nacional dentro das sonoridades thrash/metalcore.

Como foi erguer os Switchtense? A Moita é um cenário privilegiado para o vosso género, certo?
Antes de mais quero agradecer, em nome dos Switchtense, ao Nuno e ao seu projecto SounD(/)ZonE, por todo o apoio ao underground nacional. Não desistas, que nós deste lado também não iremos desistir de fazer o que mais gostamos neste mundo. A banda surgiu das “cinzas” de outra banda em que eu e o guitarrista tocávamos! Esse outro projecto terminou e sentimos necessidade de continuar a fazer música. Foi fácil arranjar os elementos e em duas semanas estávamos a ensaiar músicas, a definir ideias... o normal neste processo. Quanto ao facto de a Moita ser um cenário privilegiado, não concordo... Até há bem pouco tempo não haviam sítios para tocar ao vivo. Contudo, as coisas têm mudado! Nós há 4 anos que organizamos, em conjunto com a autarquia, um festival de metal. Por cá já passaram, entre outros, os W.A.K.O., Seven Stitches, Painstruck e Mindlock. Acredito que tenhamos ajudado nessa mudança de mentalidades e, hoje em dia, já se aposta alguma coisa nessa área, embora de forma limitada!! É uma luta...

Entretanto, já houve algumas mexidas na banda...
Sim, é uma selecção natural que acaba por acontecer em todas as bandas, ou quase todas. Há sempre questões pessoais, gostos e objectivos que causam essas situações. Desde 2002 até 2004 mantivemos a mesma formação. Durante essa altura gravámos duas demos que nos permitiram uma boa exposição. Durante esses dois anos tocámos mais de 30 vezes ao vivo - concursos, concertos em bares, festivais... Em 2005, saíram o baterista e o guitarrista, mas eu e o Karia [baixista] quisemos continuar com a banda! Arranjámos um guitarrista, o Pardal, fizemos o E.P. e, no final de 2005, apareceu o Antero [baterista]. Foi com esta formação que durante este ano andámos aí a tocar as músicas do novo E.P..

Como olhas os Switchtense de hoje e os que se formaram há quatro anos atrás?
Com muito gosto pelo que estamos a fazer nesta altura, mas não esquecendo o início. Contudo, gosto muito mais desta fase. Acho que encontramos um equilíbrio muito bom entre gostos musicais e relações humanas! Somos um grupo de amigos que se diverte bastante com os Switchtense. Acho que estamos muito melhores... e ainda bem!

O vosso último E.P. - “Brainwash Show” - já foi editado no primeiro semestre deste ano. Acredito já ser possível fazer um balanço mais preciso dos seus resultados...
O E.P. esta disponível desde Março. Sem dúvida que foi um grande veículo de divulgação do nosso nome, tem resultado muito bem. Temos recebido críticas muito positivas desde sites até pessoas que nos visitam na internet (www.myspace.com/switchtenseportugal). Deu um gozo enorme fazer este E.P. e, como tal, dá um gozo enorme ver que as pessoas gostam!

As vendas têm algum significado para vocês nesta fase? Digo isto porque, realmente, numa fase inicial todo o esforço vai para promoção…
Tem um significado simbólico. O mais importante é que conseguimos chegar a muitas pessoas! Ate à data já vendemos cerca de 150 cópias em concertos e na internet. Para uma banda que não tem editora e se auto-promove acho que é muito satisfatório!

E a promoção ao vivo como tem decorrido?
Essa parte tem sido a melhor. Até à presente data, durante o ano de 2006, já demos mais de 20 concertos, entre festivais, bares e uma data em Espanha. As pessoas têm aderido de uma forma espectacular. Vemos os pescoços a rodar nos concertos, vemos as rodas de “pancadaria” que o pessoal faz quando tocamos e depois, no final, vem sempre alguém deixar uma palavra de incentivo e força. E são pessoas que falam a verdade, que estão ali a ver o concerto e que sentem na pele o que queremos transmitir. É, sem duvida alguma, o momento em que tiramos o maior gozo disto! E é para essas pessoas que queremos continuar a tocar!

Este trabalho foi apresentado a editoras, certo? Alguma ilação que se possa tirar daí, alguma perspectiva animadora para o futuro em relação a um vínculo com alguma etiqueta?
Por acaso, até nem apresentámos a muitas editoras. Aliás, em Portugal, penso que não apresentámos o trabalho a ninguém! Poderá ser um erro, mas acho que cá não se trabalha a sério com as bandas de metal! Falta muito apoio, divulgação, etc. Para isso preferimos ser nós a tratar de tudo – da agenda de concertos, das vendas, de todos os detalhes! Enviámos algumas cópias do E.P. para algumas editoras estrangeiras. Houve respostas com a mensagem de que no futuro poderão dar alguns frutos. Temos, por exemplo, a distribuição do E.P. no Brasil assegurada por uma editora de lá. A ver vamos…

Vocês sempre trabalharam até hoje num verdadeiro regime Do It Yourself. Gravam, produzem e masterizam os vossos trabalhos, financiam-nos, promovem-nos... É difícil acumular todas estas funções e conseguir obter os resultados pretendidos?
Dá algum trabalho, mas pelo menos sabemos que não vamos trabalhar em vão. Ás vezes, as bandas depositam toda a confiança em terceiros e, algumas dessas vezes, essa decisão revela-se errada. E quem corre por gosto não cansa!

Relativamente ao facto das gravações serem feitas por vocês, esta é uma opção deliberada ou realmente não têm ainda possibilidade de experimentar outro produtor ou outro estúdio?
Realmente não tivemos ainda possibilidade monetária. Também achamos que, nesta fase, podemos perfeitamente assegurar todo esse trabalho. Tenho algum material que me permite fazer uma produção “caseira” com a mínima qualidade. Este E.P. é mais um exemplo disso! Contudo, num futuro próximo, queremos trabalhar com outra pessoa. Acho que podemos ganhar muito com isso.

Tu é que é que tens a responsabilidade de escrever as letras para a banda. “Brainwash Show” representa o quê para ti?
O E.P. representa, basicamente, uma revolta e inconformidade para com as normas que todos os dias nos são impostas! Acho que estamos a caminhar para uma “standartização”exagerada das pessoas! Hoje em dia somos mais facilmente influenciados por tudo um pouco e foi contra essa postura apática que escrevi estas letras! Evoluímos em tantas coisas, mas continuamos a regredir em outras. Já não pensamos por nos próprios e cada vez mais estamos sujeitos a pressões que nos tentam conduzir à tal “standartização” de comportamentos de que falei atrás. A resignação é sempre um bom caminho para a evolução.

Agora em jeito de provocação: quando falam na “desinformação” dos media e como deles depende muito do pensamento e das escolhas das pessoas, não tiveram algum receio a nível de promoção quando submeterem o vosso EP aos media na área do Metal? (risos)
Não, até porque já sabíamos de antemão que esses meios de comunicação que criticamos nunca nos iriam passar cartão nenhum. Não estás a ver os Switchtense na televisão, certo? (risos)

Fala-nos um bocado da vossa “maneira musical” de estar. Já vos ouvi dizer que não aspiram à originalidade mas, certamente, existe algum cunho pessoal...
Não temos aspirações de soar com esta ou aquela banda, mas também sabemos que estamos expostos às mais diversas influências, como todas as pessoas. Contudo, fazemos simplesmente a música que gostamos de ouvir. Não nos interessa se soa mais a Pantera ou Slayer, pois o importante para os Switchtense é fazer a música que mais gosta. Existem bandas que a primeira preocupação é a parte estética e original da “coisa”. Isso não nos preocupa, por exemplo. E lá está: a falta de preocupação também acontece, porque sabemos que fazemos as nossas músicas sem querer parecer a esta ou aquela banda. Não procuramos soar assim ou assado. Temos é várias influências, mas ainda bem que nos conseguimos descolar delas.

Agora qual será o próximo passo a atingir para os Switchtense?
Tocar ao vivo mais e mais. Contudo, nesta altura já estamos a preparar temas novos para gravar durante o próximo ano. Queremos fazer um álbum de qualidade superior. Garanto que será mais rápido, mais forte e mais agressivo! Um grande abraço a todos e continuem a apoiar o metal português. Obrigado!

Nuno Costa

www.myspace.com/switchtenseportugal

Thursday, October 05, 2006

Ethereal - De regresso aos palcos

Os Ethereal vão assinalar o seu regresso aos palcos no próximo dia 10 de Outubro ao lado dos Hunting Cross, Forgotten Suns e Timeless, no Hard Club, em Gaia. Esta data marca um voltar de página difícil na carreira dos Ethereal após a saída de Monteiro e entrada e adaptação de Fred, novo guitarrista. A seguir ao concerto do dia 10 seguem-se mais dois espectáculos em Outubro, um no dia 14 no Decibel Rock Fest com os Pitnoise, Unified Theory e Some Gentle Dawn (Cine Teatro de Corroios), o outro no dia 21 no Bar Sol Posto (Castro Verde). A banda volta mais tarde aos palcos a 7 de Dezembro para actuar no Bar In Live Caffe, na Moita.

Cultura Alternativa - Novo fórum

Está disponível um novo fórum em Portugal destinado às culturas alternativas. Intitula-se, precisamente, Cultura Alternativa e encontra-se alojado em http://www.culturaalternativa.pt.vu/. Este fórum é da autoria de João Arruda, também do site açoriano Metalicidio.com, e tem como objectivo divulgar datas de concertos, apresentações de livros, peças de teatro ou exposições, críticas a estas mesmas, novidades do mundo cultural, etc.

Born A Lion - Com novo vídeo

Os Born A Lion já terminaram as gravações do vídeo para “John Captain”, o primeiro single a extrair do seu próximo disco. O vídeo teve a realização do cineasta Carlos Barros, autor do filme “Até Onde”, e neste momento está a ser produzido pela Lightbox. A seguir o seu lançamento, a 13 de Novembro, a banda vai percorrer oito datas de apresentação. Entretanto, na próxima semana, “John Captain” e “My Black Horse” já estarão a rodar nas rádios.

Monday, October 02, 2006

Review

SWITCHTENSE
"Brainwash Show"
[EP - Edição de Autor]

Pese embora tenha sido lançado em Março do presente ano, só agora nos foi dada a oportunidade de estabelecer contacto com este “Brainwash Show”. Apesar disso, nunca é tarde para promovermos alguns trabalhos e as boas reacções que o seu lançamento gerou e também a sua chegada à final de um concurso/votação que por pouco não os levava a fazer parte do cartaz deste ano do festival Super Bock Super Rock, aguçaram desde cedo a nossa curiosidade em torno dos Switchtense.

Este quarteto da Moita formou-se em 2002 e deste então lançou duas maquetas. O seu terceiro trabalho surge no formato EP e é um verdadeiro manifesto de atitude DIY, sendo totalmente gravado, produzido e misturado pela banda nos The Fog Studios. Este espírito rebelde e insurgente está também bem patente no conceito e no teor musical das seis faixas que compõem este EP. Falámos de uma objecção à manipulação a que estamos sujeitos por parte dos media e como esta influencia os comportamentos de uma sociedade e, por outro lado, de um thrash metal com muita atitude hardcore. Podíamos muito bem, aos primeiros minutos de escuta, rotular este “Brainwash Show” como um mero produto fiel das tendências metalcore que reinam (ou reinavam?) no cenário metálico actual, mas aos poucos acaba por sobressair uma certa conjuntura musical tradicional. No entanto, é-nos difícil encarar estes Switchtense como uma novidade demasiado relevante, muito longe disso... Apesar da crueza da gravação que nos remonta a um cenário bastante longínquo, do peso e rapidez de uns Sepultura ou o balanço de uns Machine Head, muito do que aqui se ouve também é resultado de um universo referencialmente contemporâneo. Temas como “Your Own Agression” ou “My War” são impossíveis de passar sem nos fazerem lembrar Lamb Of God.

Acontece de facto que para além da força das guitarras e de uma técnica apreciável, os Switchtense demonstram ainda aqui pouco para aquilo que acreditamos que sejam capazes de fazer. Sente-se o potencial, mas a nível de composição continuam a faltar ideias que se sobreponham ao óbvio. Metade destes temas são muito fortes mas, gradualmente, o interesse decaí deixando até a sensação que os últimos temas foram lá deixados para “encher”. Esta é certamente uma banda explosiva ao vivo (que o provem alguns vídeos que se encontram na net), mas numa perspectiva artística e de carreira este trabalho revela ainda pouca ambição. Contudo, não perca de vista esta banda cuja força está elevada aos patamares mais altos das sonoridades thrash nacionais. [7/10] N.C.