Friday, September 29, 2006
Wolf - Novo vídeo online

Iced Earth - "Alive In Athens" em DVD

Pitch Black - Versão no Myspace

www.myspace.com/pitchblackattack
www.metal-forum.net/forum
Wednesday, September 27, 2006
Morbid Death - Ao vivo na RDP Açores

1 - Qual o título da primeira demo tape dos Morbid Death?
2 – Como se chamava a banda anteriormente?
3 - Qual o nome da banda que acompanhou os Morbid Death na sua última tournée pelo continente português?
Envie as suas respostas para paulo.sousa@bensaude.pt juntamente com o seu nome completo e número de B.I.
Phazer - Mais datas

27.09.06 – Inlive Caffé – Moita
30.09.06 – Concentração Motard – Santa Iria de Azóia
07.10.06 – Imprevisto Bar – Salvaterra de Magos
14.10.06 – Rocklab Club - Moita
18. 11.06 – Sons de Sintra – Casa da Juventude, Mem Martins, Sintra
Agenda

Tuesday, September 26, 2006
Agenda

14.10.06 - Encephalon / Daemogorgon - Marc-Burger, Vila Real, 23h
04.11.06 - Deathmor / Sacred Blood - Marc-Burger, Vila Real, 23h
18.11.06 - Holocausto Canibal / Fetal Incest / Trivial Y - Marc-Burger, Vila Real, 23h
23.12.06 - Invisible Flame-Light / Shattered Dreams - Marc-Burger, Vila Real, 23h
Os ingressos custam 4 euros (com direito a uma bebida de cápsula) e o DJ'ing estará a cargo do DJ Relapse.
Forgotten Suns - Abrem para Marillion?

Thursday, September 21, 2006
Review
SACRED TEARS
"Whispers Of Loneliness"
[DCD - Edição de autor]
A década de 90 ficou marcada nos Açores pelo despontar de inúmeros valores gerados por um espectro mais dark que reinava na altura no âmbito do heavy metal. Falamos de todo um conjunto de bandas que hoje em dia ainda servem de estandarte aos sons pesados oriundos dos Açores, como os Morbid Death, Obscenus, Gnosticism, Prophecy Of Death ou In Peccatvm e que, curiosamente, nunca foram suplantados a nível de estatuto e respeito pelas bandas vindouras. Como verdadeiro ciclo comercial e gerador/reciclador de modas que é a indústria discográfica, também as tendências “nu” chegaram aos Açores e instalaram-se no fechar do século, persistindo até hoje. Mesmo assim, e ao longo deste período, existiram sempre músicos obstinados e movidos por uma grande vontade de contrabalançar estas tendências usando o seu carácter mais tradicionalista.
"Whispers Of Loneliness"
[DCD - Edição de autor]

Os Sacred Tears surgem nesta conjectura, em 2002, e na altura já demonstravam grande vontade, apesar de uma jovialidade clarividente, em agir e fazer pelo panorama metaleiro [uma das provas foram as duas edições do “Sacred Fest” que organizaram independentemente]. No entanto, faltava ainda muita experiência à banda e muita estabilidade interior. Foram inúmeras as mexidas no seu seio, mas hoje quase que se podia apostar que tinham encontrado a equipa ideal não fosse as gravações de “Whispers Of Loneliness”, a sua demo de estreia, terem sido assoladas por inúmeros abandonos e conflitos que puseram em risco a sua própria edição e ainda fazem do futuro da banda uma verdadeira incógnita.
Contudo, e após ouvida “Whispers Of Loneliness”, podemos dizer que os açorianos podem se sentir afortunados por esta ter, de facto, chegado aos escaparates, porque no espectro death/goth metal este é certamente um dos melhores lançamentos de sempre nesta região. Quatro temas perfazem “Whispers Of Loneliness”, logo abrilhantada na sua entrada com a curta, mas excelente, intro ambiental com o mesmo título da demo, da autoria de Bruno Santos [teclas]. Com “New Blood”, apesar de alguns apontamentos cliché, reforça-se a preponderância das teclas. As guitarras revelam-se também coesas e inteligentes na forma como doseiam peso e melodia, embora o som obtido na gravação não seja, de facto, o melhor. A secção rítmica apresenta-se pouco ousada mas coesa, cumprindo bem o seu papel. O mesmo já não se pode dizer de António Neves [vocalista In Peccatvm], chamado às pressas para substituir Nélio Tavares [ex-Prophecy Of Death]. Talvez por esse motivo não tenha tido tempo de trabalhar devidamente a sua prestação vocal, fazendo-a aqui cair facilmente na monotonia. Por outro lado, a voz da também recrutada à pressa Joana Cabral, presta um delicioso contributo a “The Return Of Winter” que nos deixa a questionar sobre o motivo de sua tão subtil presença neste trabalho.
Resumidamente, e como já foi aqui dito, este é um trabalho ao nível do melhor que já se fez nos Açores e que aguça em muito as expectativas em relação a um futuro trabalho da banda. Mas para que se aí chegue é preciso que a banda resolva, urgentemente, todas as suas questões internas e existenciais. [7/10] N.C.
Wednesday, September 20, 2006
Agenda - Alta Tensão Indoor Tour

Tuesday, September 19, 2006
Pitch Black - Em estúdio em Outubro

Saturday, September 16, 2006
Metal Xpress

Os nova-iorquinos EVERY TIME I DIE lançam no próximo dia 30 de Outubro, pela Ferret Records, o DVD intitulado “Shit Happens”. O DVD será composto por mais de duas horas de filmagens, entre elas extras escandalosos, cenas de bastidores nunca vistas da sua tournée norte-americana, todos os vídeos da banda, o seu concerto em Buffalo durante o Natal e na Warped Tour, etc.
Está disponível no site de STEVE HACKETT– http://www.stevehackett/ – edições exclusivas dos temas “The Fundamental Of Brainwashing” e “Man In The Long Black Coat”, extraídos de “Wild Orchids”, o seu mais recente trabalho. Aguarda-se também para breve a edição limitada em DVD de entrevistas, samples e excertos de concertos relativos ao lançamento de “Wild Orchids”.

Os KING’S X cancelaram a sua digressão europeia que ia decorrer já no próximo mês. Esta incluía o concerto no “Harmony”, em Bonn (Alemanha), que ia ser registado pela cadeia WDR “Rockpalast” para fazer parte da série “Crossroads”. A tournée fica assim marcada para a primavera de 2007.
Em Novembro, os SAGA vão lançar “Worlds Apart Revisited”, um duplo CD/DVD ao vivo, bem como em edição de luxo, da actual digressão que perfazem em suporte ao seu último álbum, “Trust”.
Está disponível para download no site de DEREK SHERINIAN (http://www.dereksherinian.com/herinian.com/) o vídeo de “In The Summertime”, com as interpretações de Billy Idol e Slash. “In The Summertime” é um tema extraído do seu último trabalho, “Blood Of The Snake”, e foi lançado como single no início deste mês.

Tuesday, September 12, 2006
Loud Metal Battle - 1/2 finais

Monday, September 11, 2006
ThanatoSchizO - Em pré-produção

Sunday, September 10, 2006
Metal Xpress

A britânica Ferret Records assinou contracto com os SEE YOU NEXT SUNDAY, banda de Michigan praticante de Grindcore com algumas abordagens experimentais. A banda prepara-se para entrar em estúdio no final deste ano com Andreas Magnusson [Scarlet, The Black Dhalia Murder] para a gravação do seu primeiro álbum na sua nova casa.
A editora MISTRESS DANCE e a loja online POWERCHORD apresentam novidades. Consulte os sites http://www.mdr.pt.vu/ e http://www.powerchord.pt.vu/, respectivamente, para lhes ter acesso.

Friday, September 08, 2006
Live Zone [report]
FESTIVAL ANGRA ROCK 2006
Mais uma vez, Angra do Heroísmo recebeu o maior e mais importante festival de Rock dos Açores, um evento que começa a ganhar alguma respeitabilidade, mesmo fora da região. A sétima edição do AngraRock ofereceu aos vários milhares de pessoas que acorreram ao Bailão espectáculos de qualidade, em geral, embora mais uma vez o evento coincidisse com o Rali Ilha Lilás, algo que rouba, naturalmente, muitos visitantes. Desta vez e fugindo à triste realidade dos anos anteriores, não choveu, excepção feita a um breve aguaceiro na noite de sábado e mesmo no final dos concertos. Ainda assim, importa realçar um facto: porque é que os mais jovens não acorrem a este grande evento?! É incompreensível que algumas bandas venham tocar aos Açores e tenham que se deparar com centenas, ou poucos milhares de pessoas e, por vezes, são bandas de muita qualidade e reconhecimento. Qualidade, já se sabe, não é um factor preponderante para o sucesso de um concerto ou artista e aqui é que deverá residir o maior problema do nosso povo. O AngraRock, assim como outros eventos na nossa região, sofrem dessa ligeira letargia que quase todo o Português possui. Este ano o festival AngraRock poderá ter sido dos melhores ao nível de qualidade musical, aspecto perfeitamente visível mesmo nas bandas regionais que actuaram, provenientes do concurso realizado em Junho.
Na primeira noite entrou em palco os Anomally, banda que ficou na 4ª posição no concurso AngraRock, mas que substituiu os micaelenses The Bliss, que tinham sido 2º classificados, mas que por motivos pessoais não puderam participar. Nada ficaram a dever e deram um excelente concerto, dentro da sonoridade Thrash/Death que nos tem vindo a habituar. O público reagiu bem à chamada dos Anomally que possuem bons executantes, embora a presença em palco pudesse ser mais enérgica para o estilo musical que produzem. Nota positiva para a abertura deste festival.
De seguida foi a vez dos já conhecidos Stream que, actualmente, fazem a promoção do seu CD single. As mudanças no conjunto foram radicais e, pelo menos por enquanto, não demonstram qualidade superior. O novo baterista encaixou-se na perfeição no conjunto, a segunda guitarra veio encher mais as composições, mas a nova vocalização deixa a desejar. Além disso, nesta noite, o vocalista não foi feliz, pois foram vários os desafinos nos timbres mais agudos. As músicas novas estão diferentes, num Rock muito mais comercial, acessível e talvez não tão explorado. Ouviam-se algumas críticas, umas menos próprias, outras mais pensadas, mas o que é certo é que o público está a dividir-se em relação a este conjunto.
A fechar esta noite, foi a vez dos Ramp subirem ao palco. Independentemente de se gostar, ou não, deste género musical um pouco pesado, julgo ser indiscutível que se presenciou um dos melhores concertos na Terceira. Arriscaria dizer que foi superior ao dos Moonspell, há 3 anos atrás. Excelentes executantes, sintonia perfeita, muita energia, atitude em parte da vocalista, mas categoria não lhes faltou e saíram de cabeça erguida!
Os Pluto deverão ter sido a melhor surpresa deste festival. O conjunto portuense apresentou-se em máxima força e chamou imensas pessoas para a frente do palco. A voz inconfundível de Manuel Cruz (ex-Ornatos Violeta) arrebatou completamente o festival AngraRock e os Pluto primaram pela inteligência e originalidade. Só ficou a vontade de se ter prolongado por mais algum tempo…
Na segunda noite os micaelenses A Different Mind, vencedores do concurso AngraRock deste ano, foram implacáveis. Mais uma vez demonstraram ser uma grande banda de Rock, muito coesa, experiente e com temas originais muito completos e orelhudos. Pecam por algum estatismo, mas conseguiram arrancar alguns aplausos. O público era muito reduzido, embora houvesse um pequeno grupo de micaelenses a apoiar o conjunto. Não cativaram muito os presentes, apesar de alguns apelos. A banda não comunicou muito com o público e tocou sempre num ambiente muito intimista, introspectivo, como se de um ensaio se tratasse.
A fechar esta noite, os finlandeses Deep Insight, em Portugal mais conhecidos por figurarem numa das compilações de Morangos com Açúcar. Uma coisa é certa: o prémio presença em palco foi para eles! Impressionante a energia que possuem, até o baterista parecia que tocava em pé e nunca pararam por um instante. A sonoridade, embora muito simplista, vagueia pelo Pop/Rock/Emo, com alguns laivos de agressividade. Ganharam, indiscutivelmente, pela presença e atitude em palco e para com o público. Acabou por também surpreender.
No último dia deste festival as honras de abertura foram para os Othello, banda 3ª classificada do concurso deste ano. Exímios executantes musicais, agradaram pela técnica e boa disposição em palco. Apesar da vocalização ter tido algumas falhas, pouco há a apontar aos Othello que conseguiram cativar e arrancar muitos aplausos. Não dando muito nas vistas, foram sempre electrizantes e capazes. Uma banda para o futuro…
A segunda banda da noite seria os Expensive Soul, que tinham actuado há pouco tempo no festival Ponta Delgada. A prestação aqui foi idêntica. Hip-Hop simples, com boas percussões, mas liricamente muito fraco. A energia característica deste tipo de música contagiou grande parte do público, ou não fosse esse o género musical da moda. Sem nada que faça lembrar Rock, no mais simples entender desta palavra e género musical, não se percebe muito bem o que fazia esta banda no AngraRock…
A fechar a noite e o festival, os germânicos Liquido que eram, no fundo, os cabeça de cartaz deste festival. Apesar de só terem dois ou três temas conhecidos do público em geral, deram um bom concerto numa onda Rock/Punk da nova escola e bem executado. Tiveram a maior plateia dos três dias e o agrado parecia geral. Curioso foi, quase no final, anunciarem que iam tocar um tema de uma banda que tinham antes dos Liquido, tema este de 1992. A surpresa é que o tema era …Death Metal, cantado a rigor! Maior surpresa foi depois de a tocarem, perguntarem se tinham gostado e o público ter gritado “yes”. Ou seja, os Liquido podem berrar em cima de um palco, mas os grupos (principalmente os regionais) que o fazem, não passa de berros, gritaria e pouca música. Modas e influências. Ás vezes basta ter “nome” para ter um público na mão. O vocalista ainda ameaçou tocar um tema de Napalm Death (Suffer), mas acabou por não fazê-lo. No final, foi um bom espectáculo e este festival AngraRock, à vista desarmada, começa a ganhar notoriedade. Embora muitas arestas tenham que ser limadas, é bom saber que existe algo dedicado somente ao Rock na nossa região. Esperamos pela 8ª edição…
Texto: Miguel Linhares
Fotos: João Costa/Hélio Vieira
In Jornal "União" [06.09.06] e www.musicofilia.blogspot.com
01-03.09.06 - Recinto do Bailão, Angra do Heroísmo

Na primeira noite entrou em palco os Anomally, banda que ficou na 4ª posição no concurso AngraRock, mas que substituiu os micaelenses The Bliss, que tinham sido 2º classificados, mas que por motivos pessoais não puderam participar. Nada ficaram a dever e deram um excelente concerto, dentro da sonoridade Thrash/Death que nos tem vindo a habituar. O público reagiu bem à chamada dos Anomally que possuem bons executantes, embora a presença em palco pudesse ser mais enérgica para o estilo musical que produzem. Nota positiva para a abertura deste festival.

A fechar esta noite, foi a vez dos Ramp subirem ao palco. Independentemente de se gostar, ou não, deste género musical um pouco pesado, julgo ser indiscutível que se presenciou um dos melhores concertos na Terceira. Arriscaria dizer que foi superior ao dos Moonspell, há 3 anos atrás. Excelentes executantes, sintonia perfeita, muita energia, atitude em parte da vocalista, mas categoria não lhes faltou e saíram de cabeça erguida!
Os Pluto deverão ter sido a melhor surpresa deste festival. O conjunto portuense apresentou-se em máxima força e chamou imensas pessoas para a frente do palco. A voz inconfundível de Manuel Cruz (ex-Ornatos Violeta) arrebatou completamente o festival AngraRock e os Pluto primaram pela inteligência e originalidade. Só ficou a vontade de se ter prolongado por mais algum tempo…

A fechar esta noite, os finlandeses Deep Insight, em Portugal mais conhecidos por figurarem numa das compilações de Morangos com Açúcar. Uma coisa é certa: o prémio presença em palco foi para eles! Impressionante a energia que possuem, até o baterista parecia que tocava em pé e nunca pararam por um instante. A sonoridade, embora muito simplista, vagueia pelo Pop/Rock/Emo, com alguns laivos de agressividade. Ganharam, indiscutivelmente, pela presença e atitude em palco e para com o público. Acabou por também surpreender.
No último dia deste festival as honras de abertura foram para os Othello, banda 3ª classificada do concurso deste ano. Exímios executantes musicais, agradaram pela técnica e boa disposição em palco. Apesar da vocalização ter tido algumas falhas, pouco há a apontar aos Othello que conseguiram cativar e arrancar muitos aplausos. Não dando muito nas vistas, foram sempre electrizantes e capazes. Uma banda para o futuro…
A segunda banda da noite seria os Expensive Soul, que tinham actuado há pouco tempo no festival Ponta Delgada. A prestação aqui foi idêntica. Hip-Hop simples, com boas percussões, mas liricamente muito fraco. A energia característica deste tipo de música contagiou grande parte do público, ou não fosse esse o género musical da moda. Sem nada que faça lembrar Rock, no mais simples entender desta palavra e género musical, não se percebe muito bem o que fazia esta banda no AngraRock…
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Texto: Miguel Linhares
Fotos: João Costa/Hélio Vieira
In Jornal "União" [06.09.06] e www.musicofilia.blogspot.com
Tuesday, September 05, 2006
Review
METALICÍDIO
"Compilação de Metal Açoriano"
[Demo CD - Edição de Autor]
O site Metalicidio.com representa a autêntica enciclopédia de Metal açoriano. O definitivo suporte que faltava para assegurar e imortalizar todo o histórico metálico de um arquipélago que, apesar de pequeno, já várias vezes nos surpreendeu. Desde os longínquos Stormwind ou Necropsia, aos mais recentes Trauma Prone ou Reborn, [quase] nenhuma banda escapa à lupa dos “detectives” João Arruda e Rui Melo, mentores do projecto formado em 2004, e que tiveram as “luzes” [qual serviço público] para criar um site que permitisse a todos não esquecer o passado musical açoriano e ter em consciência o seu actual movimento. E quando falava em “serviço público”, acho que não há mesmo outra palavra que o defina melhor. Depois da organização de um Concurso de Guitarristas – que se revelou um sucesso em São Miguel -, a promoção de entrevistas na RDP – Antena 1 Açores, entre muitas outras manobras muito úteis às bandas locais, agora é a vez de uma compilação com 15 bandas do vasto panorama de peso açoriano. Em formato semi-profissional, o registo apresenta uma eclética variedade de estilos. Desde o power/progressive ao nu-metal, passando pelo punk, goth e black metal.
No primeiro plano temos em destaque os Massive Sound Of Disorder, banda onde pontua o virtuoso guitarrista Rodrigo Raposo [curiosamente, vencedor na categoria técnica do Concurso Guitarrista Metalicídio] que demonstra ser um dos colectivos mais promissores e coesos da região, pecando apenas por uma voz demasiado pálida. No entanto, consta que já trabalham com um novo vocalista. Os Hiffen e os Crossfaith têm sido outros dos colectivos mais activos do panorama açoriano. Os Hiffen porque lançaram o seu primeiro disco em finais do ano passado e os Crossfaith pela sua persistente presença nos palcos regionais. Os Hiffen, apesar de serem alvo de opiniões muito díspares são, no entanto, uma banda sólida e conseguem temas poderosos como este “Blind Thoughts”. Os Crossfaith apresentam-nos um dos seus temas mais emblemáticos, mas ainda numa fase em que Francisco Botelho era o vocalista principal - decididamente, o elo mais fraco do grupo. Neste momento, já trocou de posições com Kadi [Spitshine] e acreditamos que com isso a banda irá ganhar muito. Longe dos virtuosismos de um verdadeiro prog rock, no entanto, a objectividade e simplicidade do seu refrão – ou até mesmo a força da “repetição” – pode fazer de "Bleed For Me" um dos temas mais orelhudos do disco.
Num plano mais contemporâneo temos os míticos [por essas bandas] Tolerance 0 e os Psy Enemy. A banda de Honório Aguiar marcou profundamente toda a história do metal nos Açores, culminando com a gravação do seu primeiro álbum, nos Floyd Studios, em 2004, do qual foi extraído este “Everyday Meal”. Embora a qualidade [estranhamente descuidada de Nuno Loureiro] não ajude nada a transmitir a verdadeira pujança da banda micaelense, os Tolerance 0 são uma força “vulcânica” destas ilhas e que o diga quem já os viu ao vivo. Neste registo fica a boa composição, mas esta está longe de ser a gravação ideal para quem quer conhecer verdadeiramente a banda. Os jovens Psy Enemy têm vindo a amadurecer com o tempo e temos aqui mais um caso em que o registo não reflecte o verdadeiro potencial da banda. Ainda muito jovens e a tocar há pouco tempo, os Psy Enemy na altura de “Religion And Fiction” ainda denotavam muitas deficiências de composição e, particularmente, muitas falhas no campo vocal. No entanto, esta é uma fase já ultrapassada, assegura quem já os viu com a actual formação.
Na senda da tradição Punk da ilha Terceira, temos os Manifesto e os Resposta Simples [estes últimos bem mais core] em temas que não demonstram grande brilhantismo, muito menos técnico, em que ficamos por uma ou outra passagem mais cantarolável [“Estrela Vermelha” dos Manifesto é muito popular na sua ilha].
Os veteranos Morbid Death e In Peccatvm proporcionam, indiscutivelmente, os melhores momentos do disco. “Last Breath”, apesar de não corresponder ao período discográfico mais consensual dos Morbid Death, é um momento de extrema classe, com um thrash/goth metal bem ao jeito de uns Paradise Lost. “Watery Portrait” é extraído da já antiga, mas bem sucedida demo, “Antília”, dos In Peccatvm. O exemplo perfeito para quem quer conhecer o que melhor se faz cá a nível de sonoridades góticas.
Do passado dos Enuma Elish já nada se preserva, passando do doom metal para um dark rock muito interessante e que é capaz de entusiasmar e envolver muitas mentes. No campo das surpresas, os Nableena são certamente a maior deste disco, pelo menos para quem está mais próximo do movimento metaleiro açoriano. Demonstram realmente algo diferente e a fugir às tendências que parecem facilmente se instaurar no meio insular e fazem questão de vincar a sua ousadia com um death/doom metal ao jeito de uns My Dying Bride, com orquestrações e um delicioso lado experimental.
Os extintos Stormwind, uma das bandas mais antigas dos Açores, e os Nürband são declaradamente autores dos momentos mais pobres e desinteressantes do disco. A pobreza das gravações não ajuda, mas a evidente falta de inspiração ou alma no seu retro rock destaca-se ainda mais.
Os Zymosis têm surpreendido imenso pela sua “irrequieta” movimentação no movimento metaleiro açoriano. Lançaram já três demos e um DVD e são um dos últimos e maiores defensores do Black Metal nos Açores. No entanto, essa dinâmica a nível de edições não lhes serviu ainda para ganhar a coesão que já se esperava deles. Apesar de ter crescido, a banda carece ainda de originalidade, mas isso já quase nem se exige num espectro em que quase tudo já foi inventado. A banda diverte-se a fazer aquilo que mais gosta e conseguimos sentir essa honestidade. No entanto, e apesar deste tema ser ao vivo, urge uma enorme remodelação na voz de Hélder Medeiros... Experienciamos registos muito “estranhos”, realmente, em “Revenge”.
Para fechar o disco, temos mais uma jovem banda de São Miguel. Os Death To Rise ainda deixam transparecer demasiado a sua inexperiência e falta de orientação na forma de compor. O death metal de inspiração sueca, sempre acompanhado de uma subtil melodia, não contém nenhum momento particularmente marcante, mas ainda, nesta fase, é difícil prever o que quer que seja sobre o seu futuro.
Em suma, este é, acima de tudo, um precioso item para que quer conhecer parte da vasta herança musical de peso dos Açores. Sim, uma parte, porque face ao vasto leque de hipóteses que podiam incluir esta compilação, e que ficaram de fora, o staff do site Metalicídio pensa futuramente editar um segundo volume. Parabéns ao site e ao honroso serviço que tem prestado ao metal açoriano. [/] N.C.
"Compilação de Metal Açoriano"
[Demo CD - Edição de Autor]

No primeiro plano temos em destaque os Massive Sound Of Disorder, banda onde pontua o virtuoso guitarrista Rodrigo Raposo [curiosamente, vencedor na categoria técnica do Concurso Guitarrista Metalicídio] que demonstra ser um dos colectivos mais promissores e coesos da região, pecando apenas por uma voz demasiado pálida. No entanto, consta que já trabalham com um novo vocalista. Os Hiffen e os Crossfaith têm sido outros dos colectivos mais activos do panorama açoriano. Os Hiffen porque lançaram o seu primeiro disco em finais do ano passado e os Crossfaith pela sua persistente presença nos palcos regionais. Os Hiffen, apesar de serem alvo de opiniões muito díspares são, no entanto, uma banda sólida e conseguem temas poderosos como este “Blind Thoughts”. Os Crossfaith apresentam-nos um dos seus temas mais emblemáticos, mas ainda numa fase em que Francisco Botelho era o vocalista principal - decididamente, o elo mais fraco do grupo. Neste momento, já trocou de posições com Kadi [Spitshine] e acreditamos que com isso a banda irá ganhar muito. Longe dos virtuosismos de um verdadeiro prog rock, no entanto, a objectividade e simplicidade do seu refrão – ou até mesmo a força da “repetição” – pode fazer de "Bleed For Me" um dos temas mais orelhudos do disco.
Num plano mais contemporâneo temos os míticos [por essas bandas] Tolerance 0 e os Psy Enemy. A banda de Honório Aguiar marcou profundamente toda a história do metal nos Açores, culminando com a gravação do seu primeiro álbum, nos Floyd Studios, em 2004, do qual foi extraído este “Everyday Meal”. Embora a qualidade [estranhamente descuidada de Nuno Loureiro] não ajude nada a transmitir a verdadeira pujança da banda micaelense, os Tolerance 0 são uma força “vulcânica” destas ilhas e que o diga quem já os viu ao vivo. Neste registo fica a boa composição, mas esta está longe de ser a gravação ideal para quem quer conhecer verdadeiramente a banda. Os jovens Psy Enemy têm vindo a amadurecer com o tempo e temos aqui mais um caso em que o registo não reflecte o verdadeiro potencial da banda. Ainda muito jovens e a tocar há pouco tempo, os Psy Enemy na altura de “Religion And Fiction” ainda denotavam muitas deficiências de composição e, particularmente, muitas falhas no campo vocal. No entanto, esta é uma fase já ultrapassada, assegura quem já os viu com a actual formação.
Na senda da tradição Punk da ilha Terceira, temos os Manifesto e os Resposta Simples [estes últimos bem mais core] em temas que não demonstram grande brilhantismo, muito menos técnico, em que ficamos por uma ou outra passagem mais cantarolável [“Estrela Vermelha” dos Manifesto é muito popular na sua ilha].
Os veteranos Morbid Death e In Peccatvm proporcionam, indiscutivelmente, os melhores momentos do disco. “Last Breath”, apesar de não corresponder ao período discográfico mais consensual dos Morbid Death, é um momento de extrema classe, com um thrash/goth metal bem ao jeito de uns Paradise Lost. “Watery Portrait” é extraído da já antiga, mas bem sucedida demo, “Antília”, dos In Peccatvm. O exemplo perfeito para quem quer conhecer o que melhor se faz cá a nível de sonoridades góticas.
Do passado dos Enuma Elish já nada se preserva, passando do doom metal para um dark rock muito interessante e que é capaz de entusiasmar e envolver muitas mentes. No campo das surpresas, os Nableena são certamente a maior deste disco, pelo menos para quem está mais próximo do movimento metaleiro açoriano. Demonstram realmente algo diferente e a fugir às tendências que parecem facilmente se instaurar no meio insular e fazem questão de vincar a sua ousadia com um death/doom metal ao jeito de uns My Dying Bride, com orquestrações e um delicioso lado experimental.
Os extintos Stormwind, uma das bandas mais antigas dos Açores, e os Nürband são declaradamente autores dos momentos mais pobres e desinteressantes do disco. A pobreza das gravações não ajuda, mas a evidente falta de inspiração ou alma no seu retro rock destaca-se ainda mais.
Os Zymosis têm surpreendido imenso pela sua “irrequieta” movimentação no movimento metaleiro açoriano. Lançaram já três demos e um DVD e são um dos últimos e maiores defensores do Black Metal nos Açores. No entanto, essa dinâmica a nível de edições não lhes serviu ainda para ganhar a coesão que já se esperava deles. Apesar de ter crescido, a banda carece ainda de originalidade, mas isso já quase nem se exige num espectro em que quase tudo já foi inventado. A banda diverte-se a fazer aquilo que mais gosta e conseguimos sentir essa honestidade. No entanto, e apesar deste tema ser ao vivo, urge uma enorme remodelação na voz de Hélder Medeiros... Experienciamos registos muito “estranhos”, realmente, em “Revenge”.
Para fechar o disco, temos mais uma jovem banda de São Miguel. Os Death To Rise ainda deixam transparecer demasiado a sua inexperiência e falta de orientação na forma de compor. O death metal de inspiração sueca, sempre acompanhado de uma subtil melodia, não contém nenhum momento particularmente marcante, mas ainda, nesta fase, é difícil prever o que quer que seja sobre o seu futuro.
Em suma, este é, acima de tudo, um precioso item para que quer conhecer parte da vasta herança musical de peso dos Açores. Sim, uma parte, porque face ao vasto leque de hipóteses que podiam incluir esta compilação, e que ficaram de fora, o staff do site Metalicídio pensa futuramente editar um segundo volume. Parabéns ao site e ao honroso serviço que tem prestado ao metal açoriano. [/] N.C.
Monday, September 04, 2006
Metal Xpress

A Metal Blade disponibilizou um player online no seu site onde pode ouvir-se dois novos temas do próximo trabalho dos AMON AMARTH – “With Oden On Our Side”. Aceda a http://www.metalblade.de/aa_player. Faça já a reserva do seu álbum e ganhe merchandise da banda como abridores, balões e posters. Entretanto, a banda já confirmou uma tournée como cabeças-de-cartaz, em suporte ao seu novo álbum, e que arrancará no dia dois de Novembro em Frankfurt e terminará um mês depois em Estocolmo. Como bandas suporte estarão os Wintersun e os Týr.
Os SUGAR, vencedores do Festival de Música Moderna de Corroios 2005, estão já em estúdio a gravar o seu álbum de estreia. Brevemente, mais um contemplado do festival, os vencedores de 2006 - New Connection, vão também gravar o seu primeiro álbum.
Matte Järnil [ex-21st Impact] é o novo baixista dos DUSKFALL, vindo substituir Marco Eronen que deixou a banda recentemente. A banda está assim apta a voltar aos palcos, o que se prevê que aconteça a 13 de Janeiro do próximo ano no Winternoise Festival em Osnabrük, na Alemanha. Próximas datas serão anunciadas brevemente.

Sunday, September 03, 2006
Agenda
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