RIZOMA
“Insistir no Zero”
[CD – Babuíno Discos/Raging Planet/Compact]
E é com este título sugestivo que nos chega o concílio paralelo de membros dos Toranja. Entendendo que estes temas não serviriam à sua banda original, Ricardo Frutuoso [voz e guitarras], Dodi [baixo] e, mais tarde, após algumas alterações em estúdio, o baterista Pedro Lima, dão cara a um projecto de pop/rock de forte carga acústica, mas também com um subtil mas enlevado travo stoner.
“Insistir no Zero”
[CD – Babuíno Discos/Raging Planet/Compact]
E é com este título sugestivo que nos chega o concílio paralelo de membros dos Toranja. Entendendo que estes temas não serviriam à sua banda original, Ricardo Frutuoso [voz e guitarras], Dodi [baixo] e, mais tarde, após algumas alterações em estúdio, o baterista Pedro Lima, dão cara a um projecto de pop/rock de forte carga acústica, mas também com um subtil mas enlevado travo stoner.
A língua portuguesa é aqui perfilhada e o resultado ganha com isso. Os Toranja não serão uma sombra para os Rizoma, mas é certo que em alguns aspectos as experiências comungam-se – principalmente na escrita das letras. Estas 13 composições são um feliz escape principalmente para Ricardo e Dodi que, pelos vistos, andavam sobre-inspirados e em momentos já dispersos do mundo Toranja – e mais propriamente de Tiago Bettencourt. A perspicácia para aproveitar o que, de facto, tem potencial e soltar algum fôlego pessoal derivaram neste projecto que não logra em competência e pelas suas características promete agarrar algum air play.
O tom de voz sóbrio e a meio tom – muitas vezes distorcido – de Ricardo Frutuoso encaixa perfeitamente nesta ramificação de caule sólido e embalador. A sinergia entre distorção vintage, guitarra acústica e uma toada rítmica eficaz cria um descomprometido guião de sentimentos, sem querer inovar, nem particularmente impressionar.
O poder da composição e a experiência sobressaem aqui e seria de esperar que fizessem essa aventura soar bem. Ficamos contentes de ver estes músicos a soltar a sua costela mais rock e solos como o de “Roma” são apenas um dos pequenos “preciosismos” deste trabalho. Para ouvir descontraidamente na poltrona por entre o fumo de um cigarro enquanto o pezinho promete não parar de bater. [7/10] N.C.
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