WARREL DANE
“Praises To The War Machine”
[CD – Century Media/EMI]
Já com este projecto no horizonte quando gravava “This Godless Endeavour”, último disco dos Nevermore, de 2005, o talentoso vocalista Warrel Dane e também símbolo dos extintos Sanctuary e Serpent’s Knight consuma agora a edição do seu primeiro disco a solo. O mote foi dado com o intuito – já comum em músicos que usam estes “escapes” para descansarem da seriedade técnica dos seus projectos de origem – de criar um trabalho orientado para o potencial das canções. E assim foi.
Acompanhado pelo multifacetado Peter Wichers [guitarrista ex-Soilwork] que assina grande parte da composição e toda a gravação e produção do álbum, Dirk Verbeuren [baterista dos Soilwork] e Matt Wicklund [guitarrista ex-Himsa], Warrel Dane oferece-nos em “Praises To The War Machines” temas incrivelmente contagiantes, começando logo da melhor maneira com “When We Pray” e “Messenger”, com ritmo mais compassado mas de um groove tremendo, complementados com refrões de eficácia cirúrgica mas que nunca chegam a soar plásticos. Até porque, pelas suas letras profundas mas também verdadeiramente rebeldes – “the world is ruled by fools and thieves”, assim versa o refrão do tema de abertura – comprovam mais uma vez que Dane é um intérprete que sabe usar a sua mensagem de forma prática e para despertar consciências.
“Praises To The War Machine” é um disco que se divide em peso e melodia de forma perfeita. Por um lado temos a preocupação de dar um peso modernaço a alguns temas, com riffs tão simples quanto demolidores e que já seriam de esperar por parte de Wichers que sabe perfeitamente o que uma canção deve ter, e temas “baladescos” como “Brother” ou “Your Chosen Misery” [este último com uma viola acústica a sustentar Dane] em que se sobrepõe sempre a intensidade, a graciosidade e o feeling de um conjunto de intérpretes de uma liga superior.
“Praises To The War Machine”
[CD – Century Media/EMI]
Já com este projecto no horizonte quando gravava “This Godless Endeavour”, último disco dos Nevermore, de 2005, o talentoso vocalista Warrel Dane e também símbolo dos extintos Sanctuary e Serpent’s Knight consuma agora a edição do seu primeiro disco a solo. O mote foi dado com o intuito – já comum em músicos que usam estes “escapes” para descansarem da seriedade técnica dos seus projectos de origem – de criar um trabalho orientado para o potencial das canções. E assim foi.
Acompanhado pelo multifacetado Peter Wichers [guitarrista ex-Soilwork] que assina grande parte da composição e toda a gravação e produção do álbum, Dirk Verbeuren [baterista dos Soilwork] e Matt Wicklund [guitarrista ex-Himsa], Warrel Dane oferece-nos em “Praises To The War Machines” temas incrivelmente contagiantes, começando logo da melhor maneira com “When We Pray” e “Messenger”, com ritmo mais compassado mas de um groove tremendo, complementados com refrões de eficácia cirúrgica mas que nunca chegam a soar plásticos. Até porque, pelas suas letras profundas mas também verdadeiramente rebeldes – “the world is ruled by fools and thieves”, assim versa o refrão do tema de abertura – comprovam mais uma vez que Dane é um intérprete que sabe usar a sua mensagem de forma prática e para despertar consciências.
“Praises To The War Machine” é um disco que se divide em peso e melodia de forma perfeita. Por um lado temos a preocupação de dar um peso modernaço a alguns temas, com riffs tão simples quanto demolidores e que já seriam de esperar por parte de Wichers que sabe perfeitamente o que uma canção deve ter, e temas “baladescos” como “Brother” ou “Your Chosen Misery” [este último com uma viola acústica a sustentar Dane] em que se sobrepõe sempre a intensidade, a graciosidade e o feeling de um conjunto de intérpretes de uma liga superior.
Confirmando a atracção de Dane por covers, aqui são-nos oferecidas duas bem conseguidas, nomeadamente “Lucretia My Reflection” dos Sisters Of Mercy e “Patterns” de Paul Simon, esta última sujeita a uma transformação impressionante. Mas é pelo seu todo que este disco vale e principalmente pelos seus temas originais. Canções no verdadeiro sentido da palavra que embora nos levem a pensar numa tendenciosa repetição de fórmula, o que se verifica em alguns casos, é verdade, conseguem entusiasmar e agarrar-nos até ao fim. Este é um sinal de que existem características muito próprias nos seus autores e que imprimem muita personalidade a este material. Para além disso, o colectivo foi também inteligente em controlar as dinâmicas do alinhamento do disco de forma a este fluir os mais naturalmente possível.
Quanto à interpretação de Dane mantém-se, como seria de esperar, a alto nível, embora predominantemente em tons mais baixos mas que dão uma profundidade e sentimento fantásticos a este material. O melhor destes exemplos poderá ser “This Old Man” que para além da beleza arrepiante do seu refrão tem grande força para nos deixar deprimidos graças às palavras tocantes e entoações viscerais de Dane.
Para além de um conteúdo muito coeso, quer em termos líricos quer instrumentais, “Praises To The War Machine” é, sem dúvida, um marco na carreira do vocalista de Seattle. A aposta foi ganha e ficamos descansados, pois enquanto não estiver ocupado com os Nevermore, Dane vai continuar, com certeza, a oferecer-nos [muito] boa música! [8/10] N.C.
Estilo: Groove/Gothic Metal
Álbuns: "Praises To The War Machine" [2008]
www.warreldane.com
www.myspace.com/warreldane
No comments:
Post a Comment