
Friday, June 30, 2006
II Maratona Rock - Ponta Delgada de novo ao rubro

Painstruck - Cabeças-de-cartaz em Palmela

Thursday, June 29, 2006
Agenda

Estão disponíveis dois vídeos (incluindo o single Days of Summer) gravados na noite do lançamento do disco.
http://youtube.com/watch?v=jIC7WkZPE00&search=the%20poppers
http://www.myspace.com/thepoppers
Opúskulo - Ano de existência comemorado com compilação

Para os interessados em adquirir esta reunião de talentos, apenas terão que enviar um email para opuskulo@gmail.com expressando essa mesma vontade e indicando a morada na qual desejam receber o CD. Mais se informa que esta é uma edição totalmente amadora, feita de fãs para fãs, pelo que o seu formato é em CDr com capa e contra-capa e está disponível pela quantia simbólica de 3 euros, o suficiente para cobrir os gastos inerentes à mesma. Aqui fica o alinhamento:
Pitch Black - «Disturbing the Peace»; Men Eater – «Heart Beating Locomotiva»; Blind Charge - «Fall»; Switchtense - «My War» Underneath - «Souless / Life Status»; Congruity - «Rupture»; Panzerfrost - «Infernal Black Metal Attack»; Requiem Laus - «Reflection of God»; Grimlet - «Knee Deep in the Dead»; Morbid Death - «Insane»; Insaniae - «Porque fomos somos, porque somos seremos»; Witchbreed - «Medeusa»; Painted Black – «The Everlasting Guilt»; Skypho – «Demon’s Party»; Chemical Wire - «Riot»; Horrível - «Grutas»
Face à excelente receptividade que esta iniciativa recolheu por parte das bandas, já se encontra em preparação o Volume 2 sendo que os interessados em colaborar deverão demonstrar essa vontade através do email: opuskulo@gmail.com
Mais informações em http://www.opuskulo.pt.vu/
Wednesday, June 28, 2006
Mnemic - Em estúdio

Bleed The Sky - Guitarrista hospitalizado
De acordo com as recentes declarações dos Bleed The Sky relativamente ao estado de saúde do guitarrista Wayne Miller, hospitalizado em Louisville enquanto decorria a sua digressão com os Dope com uma pneumonia, a banda afirma que o seu estado é grave mas estável. O que se pensava ser uma normal apendicite, revelou-se afinal numa pneumonia infecciosa causada por um vírus que ainda não foi identificado. Esta causa-lhe problemas respiratórios, de hidratação e ao nível do sistema imunitário. A banda mostra-se extremamente solidária com o seu colega e afirma que não vai voltar aos palcos enquanto Wayne não estiver recuperado.
Amon Amarth - Vikings de volta

Unearth - Visões flamejantes

Monday, June 26, 2006
Entrevista Grimlet
“Darkness Shrouds The Hidden” é o título do primeiro lançamento dos nacionais Grimlet. Gravado em 2003 – com Rui Santos [Oratory, Timeless ] – mas lançado só em 2004, este colectivo da Figueira da Foz formado em 1999 - a partir das cinzas dos Sacrum e Nonsense Package - encontrou algumas dificuldades acrescidas para promover o seu trabalho... A banda partiu para esta fase sem editora e, certamente, por isso só agora o seu trabalho começa a chegar a todos. Mas este, de facto, merece a atenção do nosso meio underground – falamos de um black/death/thrash com teclados, uma ligeira mentalidade progressiva e alguns aromas étnicos, mas sempre aliado de uma profusa obscuridade. A assinalar este lançamento a SounD(/)ZonE falou com o vocalista David Carvalho [ak.a. Nazgül].
A partir de quando te inicias nessas andanças da música?
Provavelmente, nunca houve um começo. Desde que me lembro sou atraido por este estilo de música e vida. É algo que nasceu comigo e faz de mim quem sou. Inevitavelmente, acabei por dar o passo em frente e fazer a transição de mero ouvinte para músico, por volta de 1996, quando uma banda de death metal melódico chamada Sacrum procurava um vocalista. Curiosamente, quem me convidou para a banda foi o Alex (teclista de Grimlet). Foram 3 anos de formação e aprendizagem que terminaram com a dissolução dos Sacrum.
Os Grimlet aparecem então quando e como?
A génese de Grimlet dá-se em 1999 quando eu e o Alex decidimos pôr em prática algumas das nossas ideias a nível de metal mais extremo. Recrutámos o Jordão (também ex-Sacrum) e o Nero, um amigo de longa data, começando então a trabalhar em algum material que já tinhamos.
Gorth, guitarrista em Milraz, junta-se ao projecto algum tempo depois...
O maior problema foi encontrar um baterista adequado à sonoridade da banda, o que só aconteceu três anos depois, quando Luís preenche o lugar, após a dissolução da sua anterior banda, Nonsense Package. Com a formação finalmente completa e após muito trabalho de composição, os Grimlet dão os primeiros concertos e ganham consistência em termos de projecto. Em Outubro de 2003, a banda inicia as gravações nos Echosystem Studios com o produtor Rui Santos, período bastante exigente e profícuo para todos os elementos da banda... Após um trabalhoso período de produção, o Demo-CD “Darkness Shrouds the Hidden” é editado pela própria banda, sendo apresentado ao vivo na final do “Rockmusic Metal Challenge”, no Hard Club, em Vila Nova de Gaia, em Setembro de 2004. Algum tempo depois, a banda sofre alterações a nível de formação com o afastamento, por motivos pessoais, do guitarrista Jordão, entrando para o seu lugar Rui Todo Bom.
A curto prazo, os objectivos passam por tocar ao vivo o máximo possível, pois é daí que absorvemos o maior prazer, apostando sempre numa componente cada vez mais forte, extrema e profissional. Continuaremos sempre a apostar na divulgação e promoção de Grimlet a nível nacional e internacional, sob todos os meios disponíveis. A composição de novos temas é também uma prioridade, tendo em vista a gravação de um novo trabalho, desta vez num formato longa-duração, se possível, com o apoio de uma editora.
A nível sonoro onde enquadras os Grimlet?
Os Grimlet surgem na cena nacional à procura de uma sonoridade própria onde o Death, Thrash e Black Metal são dominantes, mas em que a mistura de outras influências musicais se conjuga num conceito de ambiente oculto e sinistro onde o imaginário lírico relata histórias de batalhas sangrentas da antiguidade.
As teclas no vosso preparado servem, certamente, para baralhar as “contas”... Como surgiu a ideia de juntar teclas à vossa sonoridade?
Mais do que servirem a faceta mais sinfónica da banda, os teclados introduzem uma camada adicional no som e contribuem de forma absoluta para a textura multi-dimensional que pretendemos atingir com a nossa sonoridade.
Também existem muitas ambiências neste trabalho, nomeadamente no interlúdio instrumental “...At The Treshold!”, com flautas a remeterem-nos para ambientes orientais. Fala-nos um pouco de todos esses elementos e o que representam.
Na composição de “ Darkness Shrouds The Hidden “ a ideia fundamental era que a audição do disco fosse toda ela envolvida num ambiente obscuro e sinistro do início ao fim, daí as várias ambiências e interlúdios que ligam as várias músicas entre si e que servem para envolver o ouvinte nesse mesmo ambiente.
“Darkness Shrouds The Hidden” é o vosso primeiro registo. Embora já tenha lido que se trata de uma demo, o registo apresenta todas as características de um longa-duração. Como deve ser encarado então este trabalho?
Apesar de todas as características de um longa-duração estarem presentes, este trabalho é para nós um E.P. de apresentação da banda. A partir do momento em que pensámos em gravar um CD, a determinação e atitude profissional da banda foram tais, que o empenho e motivação colectiva acabaram por se reflectir neste resultado final.
Foi complicado e dispendioso mas deu-nos um enorme prazer fazê-lo. Desde o encontrar um estúdio e um produtor até ao trabalho gráfico, passando pela duplicação dos CD's, tudo foi bastante complicado mas o facto de tudo passar por uma atitude “ do it yourself “ fez com que, no final, ficássemos bastante contentes com o resultado no sentido em que representa, fielmente, Grimlet a todos os níveis. O obstáculo mais difícil de superar foi, certamente, conseguir uma distribuição nacional do álbum nas lojas de metal portuguesas, a qual contou com o auxílio da Recital. Também todo o processo de promoção inicial (para Portugal e estrangeiro) foi custoso pois enviámos álbuns a mais de 100 editoras, zines, rádios, blogs, para contratos, reviews, entrevistas e afins… Não é fácil uma banda desconhecida suscitar a atenção neste estágio mas, felizmente, o álbum mostrou o nosso potencial e o esforço compensou! Hoje em dia, focamo-nos mais na divulgação nacional e marcação de concertos [indispensáveis, claro!], tendo sido bem acolhidos pelos meios de comunicação nacional. Não ter uma editora que nos promova é trabalhoso, mas não achamos que isso seja um impedimento. Até pelo contrário, traz mais motivação!
Com “Darkness Shrouds The Hidden” foi a primeira vez que estiveram em estúdio? Fala-nos dessa “exigente e profícua” experiência, segundo descrevem no vosso press.
Enquanto Grimlet foi a primeira vez que estivemos em estúdio. Foi um ano muito intenso, desde as primeiras sessões de gravação até à produção e mistura finais no Estúdio Echosystem, em Barcelos. Foi muito exigente no sentido em que todos os membros fizeram questão de levar ao limite as suas capacidades técnicas e profícuo no sentido em que todos aprendemos muito com todo o processo e tudo o que ele envolve, a nível pessoal e colectivo. Por outro lado, o envolvimento pessoal e o profissionalismo do nosso produtor Rui Santos (Oratory, Timeless) foram fundamentais para que o nosso trabalho fosse o melhor possível e para que o resultado final fosse óptimo.
Este vosso trabalho já foi lançado há quase um ano e meio. Como tem sido o período pós-lançamento? Surgiram muitas oportunidades de concerto, o público tem gostado do vosso trabalho?
Nós pessoalmente consideramos o lançamento em Setembro de 2005, data em que iniciámos o processo de promoção e que realizámos o concerto do lançamento no Niktos, Alhadas, muito satisfatório e estamos bastante contentes com o período que estamos a atravessar. Durante o presente ano têm surgido algumas oportunidades de concertos, sejam estes organizados por nós ou por outra banda/organização. Independentemente de quem organiza, é invariavelmente necessário estar sempre atento ao mundo Underground para ver oportunidades de marcação de concertos! Quanto ao público, temos a noção que ainda somos desconhecidos para a maioria, mas achamos que temos agradado a quem ouve pois as reacções têm sido boas. No nosso último concerto (13 de Maio no Ribeirinha Bar, Porto) reparámos que havia algum pessoal que até conhecia as nossas letras! Muito gratificante!
O nosso objectivo para este ano é a continuação da promoção do álbum através da realização de mais concertos! Neste mês de Junho estão previstos 5 concertos, os quais estão inseridos na nossa "Domination Tour". Já estamos também a realizar contactos para a continuação da Tour com força depois do período de férias. Gostaríamos também de deixar o nosso site e contacto onde poderão encontrar informações actualizadas acerca dos concertos marcados.
Nuno Costa
Wednesday, June 21, 2006
Review
HEMATOMA
“For Yours We Wait”
[CD – Musicactiva]
A par dos Pitch Black, os Hematoma são, certamente, um dos nomes mais notáveis do thrash metal old school criado em Portugal. Pelo que constatamos neste trabalho – o segundo a partir do EP “Till The End” de 2003 - os Hematoma, oriundos de Massamá e formados em 2001, apresentam aqui uma notável coesão ressaltando, facilmente, o profissionalismo e os ideiais bem cimentados desses músicos. Agora com uma editora que lhes tome conta devida dos seus destinos, bem como foi responsável pela produção muito mais requintada de “For Yours You Wait” – aqui a cabo de Nuno Loureiro, nos Estúdios Floyd, com misturas de Paulo Abelho e assistência de João Eleutério, nos OCV Muzika Studios e masterização a cabo do “mago” Tommy Newton - e do seu artwork e conteúdos [este disco possui ainda uma interessante secção multimédia com dados biográficos, vídeos, etc], os Hematoma atacam agora em força com uma imagem muito profissional aliada a si.
“For Yours We Wait”
[CD – Musicactiva]

Musicalmente, e como já foi referido atrás, os propósitos aqui são bem tradicionais. Os Hematoma remontam aos primórdios do thrash metal, referente a uma face popularizada por nomes como Metallica ou Kreator, e com engenho - mas pouca arte - conseguem um trabalho apuradíssimo na sua vertente, mas pouco [ou nada] pessoal. Já mais de 20 anos depois do seu áureo nascimento, o thrash que os Hematoma aqui tentam recriar já urge uma verdadeira dose de reinventabilidade ou então, ao menos, que não deixem transparecer tanto as influências a que vivem agarrados. Tem um feeling injusto apontarmos o dedo nesse aspecto a uma banda, ainda mais quando técnica e estruturalmente, a sua obra é muito sólida. Ainda por outra prisma, como podemos censurar uma banda quando até a sua maneira de compor torna evidente que esta está completamente despreocupada com inovações e apenas procura prazer em tocar o género que lhes fez despertar a paixão pelo metal? Pois é... “For Yours We Wait” é composto por 5 temas e 26 minutos de duração onde conseguimos reviver plenamente o espírito oitentista do thrash metal. No entanto, há muito pouco espaço a rasgos de genialidade ou a ideias que nos façam manter com o ouvido junto ao altifalante ou a carregar no botão rewind. Tecnicamente, a banda demonstra ter o line-up de executantes perfeito para a concretização dos seus objectivos – tirando a voz pouco aguerrida de Tiago Estrada -, mas aqui falta claramente qualquer “grito” de inovação.
De qualquer maneira, este é um disco a ter em conta para os incondicionais das concepções mais tradicionais do metal e motivo de orgulho para os portugueses por terem encontrado aqui mais um colectivo coeso. Mas este é um disco de sabor muito agridoce pois se, por um lado, satisfaz o nosso sentimento nostálgico, por outro, deixa ficar um enorme vazio a nível de perspectivas. [6/10] N.C.
Tuesday, June 20, 2006
Live Zone [report]
CONCURSO ANGRA ROCK 2006
08-10.06.06 - Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, Terceira
Nos passados dias 8, 9 e 10 de Junho decorreu no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, na Terceira, a edição 2006 do Concurso Angra Rock. Nesta sétima edição do concurso açoriano foram 8 os inscritos no certame, entre eles os One O\\’ Five, Joel Moura, Black Nails, Othello, Overload e Anomally da ilha Terceira e os The Bliss e A Different Mind da ilha de S. Miguel. Sendo que, infelizmente, não pudemos estar presentes na primeira eliminatória do concurso, vamo-nos basear na segunda onde participaram os The Bliss, Anomally, A Different Mind e Overload, bem como na prestação, na final, dos Othello.
Sendo assim, os The Bliss foram os primeiros a subir ao palco do Centro Cultural de Angra do Heroísmo na sexta-feira e, sendo a primeira vez que assistíamos a um concerto seu ao vivo e a tocar originais, a primeira impressão foi positiva. De qualquer maneira, começou-se rapidamente a notar, de forma evidenciada, as suas influências ao longo dos temas o que, diga-se, não abona nada a favor de uma banda. De qualquer forma, uma voz forte e quente e um lado instrumental sóbrio mas eficaz, valeu-lhes pontos a esculturou-lhes uma boa imagem. Relativamente à sua sonoridade, os The Bliss parecem encontrar nos Rage Against The Machine a sua principal fonte de inspiração para a destilação dos seus riffs e em bandas como os Sinch ou Creed para a criação das suas melodias. O que fazem está de facto bem feito, embora se exija mais originalidade e mais dinâmica a nível de composição. Constatamos vocalizações demasiado próximas de temas como “Thoughtless” dos Korn ou riffs a soarem a “Wake Up” dos Rage Against The Machine e estes são, evidentemente, pontos que a banda tem que pôr urgentemente em cima da mesa e sobre os quais reflectir. Mas de um modo geral e atendendo também à relativa jovialidade da banda, ainda se toleram alguns “falhanços” desse tipo nas suas composições.
De seguida, veio o colectivo mais pesado desse concurso – os Anomally. Formados em Outubro do ano passado, os Anomally são a mais recente sensação do metal pesado da Terceira. Numa ilha de tradições mais punk/rock os Anomally estão hoje apostados em mudar o rumo dos acontecimentos e, de facto, pela coesão, qualidade e maturidade que demonstram prometem rapidamente se tornar um dos nomes mais fortes da ilha Terceira, se já não o são... Os Anomally trilham por uma vertente Death/Thrash/Goth a que reservam alguma frescura, nomeadamente, a nível de refrões melódicos - aqui misturados com elementos bem pesados -, susceptíveis de se alojarem nos nossos pavilhões auditivos para dificilmente saírem. Uma atitude à Hypocrisy – os suecos que sempre souberam renovar o seu som, alternando entre fases mais extremas e outras mais calmas e com vozes mais límpidas, com a diferença de que, nos Anomally, os teclados têm muito mais predominância, acentuando-se assim a aragem gótica. Três temas muito fortes onde se destacaram “Apocalyptic Signs” e “I Am God”, dois potenciais hinos num futuro muito próximo. Uma prestação muito sólida tanto na primeira eliminatória como na final, não passando indiferentes a ninguém.
Os A Different Mind foram a segunda banda a se deslocar expressamente de S. Miguel para participar no concurso Angra Rock. Com todo o seu currículo e estatuto, angariado ao fim de apenas cerca de um ano e meio de existência, nomeadamente, através da selecção para os TMN Garage Sessions e a escolha pelos Xutos e Pontapés para abrirem o seu concerto no Coliseu Micaelense, esperava-se já deles uns fortes candidatos ao título. O seu rock FM, a lembrar bandas como Melissa Auf Der Maur, é indiscutivelmente bem feito e o seu potencial orelhudo e radiofónico propensia-lhes feitos como os que já mencionamos. Três temas conhecidos do seu repertório serviram para mostrar o potencial da banda e a sua apetência para fazer boas malhas. A voz de Elisabete Dias é o grande talismã dessa banda, sempre muito segura, serena e cheia de “encantos”. A parte instrumental apesar de coesa, não se envolve em grandes tecnicismos, antes pelo contrário, pois aqui o que interessa mesmo é a canção. O ponto negativo das suas actuações acabou por ser a sua presença em palco – apresentaram-se praticamente estáticos. É indiscutível que a banda soa maravilhosamente em disco, mas perante essa postura ao vivo as músicas perdem, efectivamente, alguma cor. De qualquer forma, esta é uma das poucas arestas a limar para os propósitos musicais aqui em questão.
Os Overload, de seguida, “surpreenderam” logo de início pelo seu visível nervosismo... pelas suas caras, que deixam adivinhar as suas [tenras] idades, é normal que isso se verifique mas, mesmo que assim não fosse e atendendo a que o pressuposto principal aqui é a música, nem aí os Overload conseguiram convencer. Desde cedo deixaram antever na sua actuação que ainda têm um longo caminho a percorrer. Para além de não serem muito dotados tecnicamente, nomeadamente na parte vocal que se demonstra demasiado limitada, ainda mais para um género – uma espécie de um goth rock finlandês, que ao mesmo tempo nos transmite um feeling emo/teen/punk rock inundado de teclados, onde se exige uma boa voz melodiosa –, os Overload demonstraram estar muito aquém dos seus directos competidores, acabando mesmo por ser uma surpresa chegarem à final. Atendendo a que não assistimos ao primeiro dia do concurso, até ficamos com a sensação de que os outros três concorrentes da primeira eliminatória [excluindo os Othello que passaram à final] eram, ainda, de menor valor. A presença em palco dos Overload também foi sinal de uma tremenda inexperiência mas, como já se disse, isso passaria incólume caso a sua música compensasse. Mas, de facto, nem as malhas convenceram, embora uma ou outra passagem ficasse mais no ouvido.
Chegado o fim das duas primeiras etapas e anunciadas as passagens à final dos The Bliss, A Different Mind, Overload, Anomally e Othello, foi a vez de ver, na final, a prestação de um dos concorrentes a que não tínhamos assistido nas eliminatórias – os Othello. Apontados como um grupo “All Stars” no panorama musical Terceirense, os Othello eram apontados, à partida, por todos, como um dos mais prováveis vencedores deste concurso. Os Othello são formados por membros dos Lithium e Volkanic, para além de outros que, entre muitas outras coisas, têm a música como a sua ocupação profissional. Daí não fosse difícil adivinhar que este quarteto fosse muito bem dotado tecnicamente. No entanto, não estamos aqui a falar de rock ou metal progressivo, mas sim de um rock muito acessível, directo, catchy, mas com alguns momentos mais técnicos, nomeadamente, a nível de guitarras. Aqui o pretexto são as canções, não querendo os músicos aproveitar a oportunidade para qualquer demonstração barata de virtuosismo. No entanto, apesar dos temas serem muito agradáveis falta-lhes ainda alguma força, principalmente nos refrões, para que estes três temas pudessem atingir os objectivos que se exige neste tipo de música. Apesar de ser intocável o valor técnico desses músicos, talvez tenha sido esse o “calcanhar de aquiles” deste grupo, a par da voz que se revelou algo monótona nas vocalizações. De resto, todas as qualidades ao alcance destes músicos tornam-lhes potenciais mastodontes musicais que só precisam ainda de ser entrosados devidamente.
Chegada a hora da “sentença”, o júri decidiu então atribuir a vitória aos micaelenses A Different Mind, sendo os segundo e terceiro lugares atribuídos aos The Bliss e Othello, respectivamente.
Atendendo à enorme vaga de protestos que se seguiram ao anúncio dos resultados, é preciso que se diga que é urgente que se tome consciência de que num concurso existe sempre uma enorme dose de subjectividade onde haverão sempre pessoas mais e menos contentes com os resultados. Mas acima de tudo, urge que se manifeste todo o nosso fairplay e se evite a constante busca de bodes expiatórios e teorias da conspiração para se justificar a “derrota” ou “vitória” desta ou daquela banda. Na música, tal como em todas as formas de arte, existe sempre elementos abstractos naquela que se pensa ser uma equação muito objectiva – somar criatividade, originalidade e técnica. Prevalece, até certo ponto, a dose de experiência no ramo musical da parte de quem ajuíza – quer seja profissional da indústria, músico ou público – mas, uma certa parte fica completamente entregue aos nosso sentidos... ou não estivéssemos a falar de música. Agora não pode o público entrar em protesto exagerado, muito menos enveredando pelo caminho do insulto, por não ter ganho a banda que gostava que ganhasse. Na música, ou melhor dizendo, nos concursos tem que se saber ganhar e perder e só deve participar e assistir a eventos desse tipo quem está preparado para tal, quer se ache justo ou não. De resto, e apesar deste continuar a ser o mais importante evento de rock realizado nos Açores, continua-se a verificar algumas arestas por limar, nomeadamente, da parte de quem prepara o som e faz a assistência técnica em palco. É intolerável que continuem a cair suportes e se demore uma eternidade para acorrer ao incidente. Em qualquer grande organização de espectáculos existem sempre pessoas a “patrulhar” o palco para fazer face a esse tipo de imprevistos.
Por fim, resta dar os parabéns aos vencedores e vencidos, pois nestas coisas não existem derrotados e estão todos na posição de merecer o nosso respeito, nem que seja pelo facto de demonstrarem interesse por esta tão magnífica forma de arte que é a música. Agora resta esperar pelos dias 2, 3 e 4 de Setembro para mais uma edição do Festival Angra Rock que nos traz esse ano os Expensive Soul (Portugal), Deep Insight (Finlândia), Pluto (Portugal), Stream (Portugal), os três finalistas do concurso Angra Rock e ainda uma banda internacional a anunciar. O rock estará em “disputa” de novo em 2007!
Nuno Costa
08-10.06.06 - Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, Terceira

Sendo assim, os The Bliss foram os primeiros a subir ao palco do Centro Cultural de Angra do Heroísmo na sexta-feira e, sendo a primeira vez que assistíamos a um concerto seu ao vivo e a tocar originais, a primeira impressão foi positiva. De qualquer maneira, começou-se rapidamente a notar, de forma evidenciada, as suas influências ao longo dos temas o que, diga-se, não abona nada a favor de uma banda. De qualquer forma, uma voz forte e quente e um lado instrumental sóbrio mas eficaz, valeu-lhes pontos a esculturou-lhes uma boa imagem. Relativamente à sua sonoridade, os The Bliss parecem encontrar nos Rage Against The Machine a sua principal fonte de inspiração para a destilação dos seus riffs e em bandas como os Sinch ou Creed para a criação das suas melodias. O que fazem está de facto bem feito, embora se exija mais originalidade e mais dinâmica a nível de composição. Constatamos vocalizações demasiado próximas de temas como “Thoughtless” dos Korn ou riffs a soarem a “Wake Up” dos Rage Against The Machine e estes são, evidentemente, pontos que a banda tem que pôr urgentemente em cima da mesa e sobre os quais reflectir. Mas de um modo geral e atendendo também à relativa jovialidade da banda, ainda se toleram alguns “falhanços” desse tipo nas suas composições.
De seguida, veio o colectivo mais pesado desse concurso – os Anomally. Formados em Outubro do ano passado, os Anomally são a mais recente sensação do metal pesado da Terceira. Numa ilha de tradições mais punk/rock os Anomally estão hoje apostados em mudar o rumo dos acontecimentos e, de facto, pela coesão, qualidade e maturidade que demonstram prometem rapidamente se tornar um dos nomes mais fortes da ilha Terceira, se já não o são... Os Anomally trilham por uma vertente Death/Thrash/Goth a que reservam alguma frescura, nomeadamente, a nível de refrões melódicos - aqui misturados com elementos bem pesados -, susceptíveis de se alojarem nos nossos pavilhões auditivos para dificilmente saírem. Uma atitude à Hypocrisy – os suecos que sempre souberam renovar o seu som, alternando entre fases mais extremas e outras mais calmas e com vozes mais límpidas, com a diferença de que, nos Anomally, os teclados têm muito mais predominância, acentuando-se assim a aragem gótica. Três temas muito fortes onde se destacaram “Apocalyptic Signs” e “I Am God”, dois potenciais hinos num futuro muito próximo. Uma prestação muito sólida tanto na primeira eliminatória como na final, não passando indiferentes a ninguém.
Os A Different Mind foram a segunda banda a se deslocar expressamente de S. Miguel para participar no concurso Angra Rock. Com todo o seu currículo e estatuto, angariado ao fim de apenas cerca de um ano e meio de existência, nomeadamente, através da selecção para os TMN Garage Sessions e a escolha pelos Xutos e Pontapés para abrirem o seu concerto no Coliseu Micaelense, esperava-se já deles uns fortes candidatos ao título. O seu rock FM, a lembrar bandas como Melissa Auf Der Maur, é indiscutivelmente bem feito e o seu potencial orelhudo e radiofónico propensia-lhes feitos como os que já mencionamos. Três temas conhecidos do seu repertório serviram para mostrar o potencial da banda e a sua apetência para fazer boas malhas. A voz de Elisabete Dias é o grande talismã dessa banda, sempre muito segura, serena e cheia de “encantos”. A parte instrumental apesar de coesa, não se envolve em grandes tecnicismos, antes pelo contrário, pois aqui o que interessa mesmo é a canção. O ponto negativo das suas actuações acabou por ser a sua presença em palco – apresentaram-se praticamente estáticos. É indiscutível que a banda soa maravilhosamente em disco, mas perante essa postura ao vivo as músicas perdem, efectivamente, alguma cor. De qualquer forma, esta é uma das poucas arestas a limar para os propósitos musicais aqui em questão.

Chegado o fim das duas primeiras etapas e anunciadas as passagens à final dos The Bliss, A Different Mind, Overload, Anomally e Othello, foi a vez de ver, na final, a prestação de um dos concorrentes a que não tínhamos assistido nas eliminatórias – os Othello. Apontados como um grupo “All Stars” no panorama musical Terceirense, os Othello eram apontados, à partida, por todos, como um dos mais prováveis vencedores deste concurso. Os Othello são formados por membros dos Lithium e Volkanic, para além de outros que, entre muitas outras coisas, têm a música como a sua ocupação profissional. Daí não fosse difícil adivinhar que este quarteto fosse muito bem dotado tecnicamente. No entanto, não estamos aqui a falar de rock ou metal progressivo, mas sim de um rock muito acessível, directo, catchy, mas com alguns momentos mais técnicos, nomeadamente, a nível de guitarras. Aqui o pretexto são as canções, não querendo os músicos aproveitar a oportunidade para qualquer demonstração barata de virtuosismo. No entanto, apesar dos temas serem muito agradáveis falta-lhes ainda alguma força, principalmente nos refrões, para que estes três temas pudessem atingir os objectivos que se exige neste tipo de música. Apesar de ser intocável o valor técnico desses músicos, talvez tenha sido esse o “calcanhar de aquiles” deste grupo, a par da voz que se revelou algo monótona nas vocalizações. De resto, todas as qualidades ao alcance destes músicos tornam-lhes potenciais mastodontes musicais que só precisam ainda de ser entrosados devidamente.
Chegada a hora da “sentença”, o júri decidiu então atribuir a vitória aos micaelenses A Different Mind, sendo os segundo e terceiro lugares atribuídos aos The Bliss e Othello, respectivamente.

Por fim, resta dar os parabéns aos vencedores e vencidos, pois nestas coisas não existem derrotados e estão todos na posição de merecer o nosso respeito, nem que seja pelo facto de demonstrarem interesse por esta tão magnífica forma de arte que é a música. Agora resta esperar pelos dias 2, 3 e 4 de Setembro para mais uma edição do Festival Angra Rock que nos traz esse ano os Expensive Soul (Portugal), Deep Insight (Finlândia), Pluto (Portugal), Stream (Portugal), os três finalistas do concurso Angra Rock e ainda uma banda internacional a anunciar. O rock estará em “disputa” de novo em 2007!
Nuno Costa
In jornal "União", edição 14.06.06
Nos bastidores do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo e no meio da azáfama das comemorações, a SounD(/)ZonE incitou Ruben Moniz - guitarrista dos A Different Mind -, durante breves segundos, a fim de captar as primeiras reacções e sensações desta vitória.
Primeiras reacções a essa vitória, como te que sentes?
Bem, ainda não caí em mim!(risos)
Agora que o prémio está nas vossas mãos, já têm ideia do que fazer com ele?
Pagar as dívidas! (risos) As passagens, estadia, etc, foram todas pagas do nosso bolso...
E já pensam em gravar algo?
Sim, já tivemos a conversar sobre isso e, em princípio, para Outubro vamos entrar em estúdio para gravar 8 temas.
Ficarás encarregue da gravação?
Não... Vou participar também, mas ainda não posso adiantar quem será o produtor.
Monday, June 19, 2006
Concurso Ribeira Grande Pop/Rock - Finalistas

Recorde-se que o primeiro classificado receberá um cheque de quinhentos euros, o segundo trezentos e cinquenta euros e o terceiro duzentos euros como prémio.
Saturday, June 17, 2006
Nightwish - Era de ouro

Kataklysm - DVD ao vivo

Sirenia - Terceiro a caminho

In Flames - Com Slayer
Dimmu Borgir - Preparam novo álbum
Tuesday, June 13, 2006
Agenda

Whitesnake - Primeira vez em S. Miguel


Sunday, June 11, 2006
A Different Mind são os grandes vencedores...

Muito em breve teremos aqui uma extensiva review de todo o concurso, até lá fica a lista das três bandas que subiram ao podium:
1º - A DIFFERENT MIND (S.Miguel)
2º - THE BLISS (S. Miguel)
3º - OTHELLO (Terceira)
Saturday, June 10, 2006
Concurso AngraRock 2006 - Finalistas

OTHELLO
ANOMALLY
OVERLOAD
THE BLISS
A DIFFERENT MIND
Depois da actuação dos finalistas e enquanto o júri estiver a decidir os vencedores do concurso, actuarão os STAMPKASE, vencedores do AngraRock 2005.
O júri deste ano é, como habitualmente, composto por cinco elementos, desta vez presidido pela promotora musical Inês Pimenta. Fica-se á espera do resultado final, desejando muita sorte a todos os intervenientes.
Thursday, June 08, 2006
Review
ASSEMBLENT
Num início de carreira tipicamente despretensioso, onde marcaram as suas actividades com os Dawn - uma banda de covers -, Sérgio Marques [vocalista], Daniel Campos [guitarra], Carlos Santos [baixo] e César Bento [bateria] celebravam a sua amizade através da partilha de um projecto musical onde a ideia principal era o divertimento. Pelo meio, fica uma altura em que Tânia Gaspar acompanhou o grupo nas teclas, mas foi em 2002 que tudo começou a tomar contornos mais sérios e a ideia de começar a formar uma identidade própria tomou lugar. No mesmo ano, Pedro Lopes entra para as teclas e as versões grunge e metal começam a dar lugar a um death/thrash/doom/goth. Esta talvez pareça uma definição pouco ortodoxa, mas é talvez a única maneira de confluir e fazer transmitir a ideia sobre a sonoridade dos Assemblent. Se temos, por um lado, as ambiências melódicas, tanto através dos leads de guitarra e arpejos como nos teclados, a recriarem a típica veia goth, por outro temos um som de guitarra bastante sujo e alguns riffs thrashados a fazerem lembrar a contemporânea onda metalcore ou mesmo a herança sueca.
Nas vozes, as texturas andam sempre num plano gutural que, apesar de encaixar no segmento goth [num molde à lá Moonspell], também se insere facilmente num plano death. As batidas essas nunca são muito aceleradas, residindo aí as distâncias entre as influências death e doom que os Assemblent reclamam. Apesar de mencionarem Carcass como uma das suas influências, não esperem encontrar aqui nada tão devastador ou “sanguinário” como aquilo que os lendários britânicos criaram ao longo da sua carreira. Esperem sim um verdadeiro ambiente dark, mas sempre doseadamente melódico. Exemplos mais marcantes neste disco são “Silent Cries”, uma típica power ballad gótica onde marca presença [ilustríssima] Fernado Ribeiro [Moonspell] e “Heartwork”, curiosamente, os dois temas gravados em 2003 que serviram de primeiro registo promocional para a banda.
No geral, o disco é bem linear e mantem-se coeso do princípio ao fim. No entanto, não se percebe como o material aqui composto, com os meios disponíveis hoje em dia, apresenta uma produção de guitarra e até mesmo de bateria tão fraco e desnivelado. O caso das guitarras é gritante e faz-nos realmente lamentar o “prejuízo” que daí lhe advém por extrair grande parte da força a este material. Realmente, algum deste material poderia soar estrondoso se tivesse uma produção à altura... De qualquer maneira, ficam asseguradas as potencialidades dos Assemblent, apesar de algumas condicionantes, e apesar de, como é óbvio, acreditarmos que ainda têm muito para crescer. No entanto, uma estreia promissora. [7/10] N.C.
"Equilibrium"
[CD - Nemesis]

Nas vozes, as texturas andam sempre num plano gutural que, apesar de encaixar no segmento goth [num molde à lá Moonspell], também se insere facilmente num plano death. As batidas essas nunca são muito aceleradas, residindo aí as distâncias entre as influências death e doom que os Assemblent reclamam. Apesar de mencionarem Carcass como uma das suas influências, não esperem encontrar aqui nada tão devastador ou “sanguinário” como aquilo que os lendários britânicos criaram ao longo da sua carreira. Esperem sim um verdadeiro ambiente dark, mas sempre doseadamente melódico. Exemplos mais marcantes neste disco são “Silent Cries”, uma típica power ballad gótica onde marca presença [ilustríssima] Fernado Ribeiro [Moonspell] e “Heartwork”, curiosamente, os dois temas gravados em 2003 que serviram de primeiro registo promocional para a banda.
No geral, o disco é bem linear e mantem-se coeso do princípio ao fim. No entanto, não se percebe como o material aqui composto, com os meios disponíveis hoje em dia, apresenta uma produção de guitarra e até mesmo de bateria tão fraco e desnivelado. O caso das guitarras é gritante e faz-nos realmente lamentar o “prejuízo” que daí lhe advém por extrair grande parte da força a este material. Realmente, algum deste material poderia soar estrondoso se tivesse uma produção à altura... De qualquer maneira, ficam asseguradas as potencialidades dos Assemblent, apesar de algumas condicionantes, e apesar de, como é óbvio, acreditarmos que ainda têm muito para crescer. No entanto, uma estreia promissora. [7/10] N.C.
Wednesday, June 07, 2006
SounD(/)ZonE - "Blog da Semana"

BlogBoard dos Açores:
www.factosonline.com/blogs
Ver o destaque aqui: Blog da BlogBoard dos Açores: http://www.blogboardazores.blogspot.com/
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Entrevista Sick Of It All
A comemorar 20 anos de existência , os nova iorquinos Sick Of It All não mostram sinais de “cansaço”. Uma das maiores instituições do punk hardcore mundial, sedeada em Queens, surge em 2006 com um novo álbum - “Death To Tyrants” -, numa directa alusão às suas origens na sua forma mais rígida e pesada. Após nove álbuns, alguns EP’s e álbuns ao vivo, estes senhores, comandados por Lou Koller, acrescentam ao seu regresso a inclusão de Tue Madsen (The Haunted , Himsa) na produção, o qual soube perfeitamente captar o espírito revolucionário da banda. Para quem gosta de Hardcore este disco não passará, com certeza, despercebido e é uma reconfortante prova de que um dos reis do hardcore se mantem cheio de fibra. A SounD(/)ZonE teve a oportunidade de trocar algumas palavras com o baterista Armand Majidi.
Após vinte anos de carreira, nove álbuns, dois registos ao vivo e muitos concertos pelo mundo fora, como se sentem em relação a isso? Neste aspecto “Sick Of It All” é como que um paradoxo… (risos)
A banda nunca foi o motivo por estarmos infelizes na vida. Esta foi sempre o escape para todas as nossas frustrações. Estamos muito contentes com o que atingimos. Nós “tocámos” em muitas pessoas e o elevado número de tatuagens com referência a nós no mundo é um testemunho do quão intimamente tocamos no interior das pessoas. É extraordinário vermos a pessoas cantarem as nossas letras e identificarem-se com a nossa mensagem.
Sick Of It All é um nome que tem, certamente, um sentido muito interventivo... qual é o vosso ponto de vista em relação ao actual estado do mundo, nomeadamente, em relação a guerras, racismo, violência e muitas outras coisas menos boas?
O nosso nome não generaliza. Significa antes tudo do que estás farto. Cabe a cada pessoa decidir se este significa raiva contra o sistema, o governo, os pais, a escola, os empregos, os patrões, seja o que for. Infelizmente, não há termino para a lista quando nos referimos a coisas de que estamos fartos.
O vosso novo álbum – “Death To Tyrants” – soa mais agressivo do que o vosso anterior registo. Sentiram vontade de tornar as coisas mais extremas para elevar o vosso hardcore a outras dimensões?
Nós apenas quisemos capturar o som característico da banda. O nosso anterior disco não era assim, por isso não foi tão bem sucedido. Nós tivemos um problema técnico no nosso estúdio durante as suas gravações, o que o afastou muito das misturas. Neste disco acho que transmitimos muito mais da verdadeira intensidade da banda.

A administração Bush é o exemplo de um governo controlado pelas corporações, onde até os interesses nacionais são postos à parte em favor dessas. Os verdadeiros tiranos são aqueles que se escondem nos bastidores e nem precisam confiar nas eleições para se manterem no poder. São eles a elevarem os interesses políticos e a decidirem quais as guerras a fazer e as que não devem fazer. Não interessa qual é a tua opinião em relação a isso... trata-se tudo de uma questão de negócios, ganância, riqueza e poder às custas das guerras e do sofrimento das pessoas.
Qual foi a sensação do Lou ao cantar uma música com os The Haunted? Como foi que começou esta saudável amizade entre uma banda sueca de thrash e uma americana de hardcore?
Os The Haunted são porreiros o suficiente para expressarem o quanto os Sick Of It All significam para eles... e a forma foi convidar o Lou para cantar no seu disco. Felizmente, estávamos em digressão pela Europa nessa altura e, por isso, foi mais fácil o Lou encontrar disponibilidade para gravar. Após ouvirmos o resultado final, decidimos que o Tue Madsen seria uma óptima escolha para produzir o nosso próximo álbum, porque ele fez um excelente trabalho com os The Haunted.
Por curiosidade… o que significa o dragão tribal que consta do vosso logotipo?
Este significa a amizade entre nós. Nos nossos primórdios, éramos conhecidos em Nova Iorque como a “The Alleway Crew”, porque costumávamos andar num parque em Flushing, Queens. Alguns membros do grupo começaram a usar o dragão como um símbolo da crew e, uma vez que os Sick Of It All foram fundados, era um passo lógico adoptar o dragão como logotipo.
Entre Abril e Julho vocês têm uma agenda muito preenchida, inclusive, na Europa. Acham que o público europeu é mais receptivo hoje em dia do que em outros tempos?
Na Europa sempre nos “abraçaram” desde o princípio. A nossa primeira digressão por lá foi em 1992 e, embora fosse curta, foi muito bem sucedida. Os europeus sempre foram mais receptivos a bandas sem um perfil mainstream porque lá existe um movimento underground que não precisa da MTV ou da rádio para lhes dizer do que gostar.
Depois da digressão, já têm algo planeado ou vão simplesmente para casa gozar de um merecido descanso com as vossas famílias?
Sou um homem de família, por isso, significa muito para mim passar um tempo de qualidade com a minha esposa e filhos. Eu desejava não sentir tanto a falta dela como sinto... mas esta foi a vida que encontrei para mim. Pelo menos os meus filhos percebem o que eu faço e admira-me por eu ter um emprego mais fixe que o da maioria dos pais! (risos)
Uma vez que atravessamos uma data especial – o vosso 20º aniversário -, têm alguma coisa em mente, a nível de edições, para comemorá-la?
Nós vamos filmar um concerto em Nova Iorque para comemorar o nosso 20º aniversário através de um DVD. Alguns pormenores ainda não estão definidos, mas já estamos a contactar um director. Esta edição especial pode vir a estar disponível antes do final deste ano.

Apenas desejo que toda a gente goste do nosso novo disco, porque estamos realmente orgulhosos dele. É o melhor álbum que gravámos nos últimos anos! Eventualmente, vemo-nos no Verão, em Agosto, quando tocarmos em Lisboa!
Ruben Bento
www.sickofitall.com
Tuesday, June 06, 2006
Concurso Angra Rock 2006 - É já esta semana

Mais informações em: www.angrarock.com
Saturday, June 03, 2006
Morbid Death - Concerto cancelado

Friday, June 02, 2006
Impulso Atlântico - Lança compilação punk

A Impulso Atlântico está agora a colocar o CD em todas as lojas do género espalhadas pelo país e, provavelmente, será também distribuída por uma distro portuguesa, uma das maiores na área “underground”, de modo a ser vendida numa das grandes cadeias de música a nível nacional. Nos Açores, ainda não se sabe onde estará à venda, mas quem estiver interessado em comprar a compilação “Ataque Frontal” pode fazê-lo contactando um dos responsáveis da Impulso, Paulo Lemos, através do número 964 136 490.
Fica a lista de músicas e artistas que fazem parte desta compilação:
CD1
Acromaníacos – Cherne Laranjinha
Albert Fish – Future
Alien Squad – The Alien’s awake / Human Zénith
Alison Bentley – You rope
Banshee and something else we can’t remember - Take Me Home (I Can’t Drive)
Barafunda Total – Tribos urbanas
Coiratos Violentos – Coiratos Violentos
Crise Total – Suicídio Involuntário
Decreto 77 – (you don’t) move and inch
Defying Control – Turn it off
Easyway – Back to Black
Enday – Mariachi
Ervas Daninhas – Pedras da Calçada
Fiona At Forty – Worn out shoe box
Freedoom – Inferno Punx
Fishbrain – Infected (my brand new day)
Fitacola – Eu não
For The Glory – I won’t crawl on my knees
Fora de Mão – Tarraça
Get Lost – File 032
If Lucy Fell – Fat Man Dilemma
July Thirtheen – While
Last Hope – Que Queremos Nós
Left Hand – The girls suck but they’re hot
Manifesto – Estrela Vermelha
CD2
Mata-Ratos – O Gangue das Batinas
More Than Hate – World of Waste
No Age Limit – Science
No One Yet – 8 pecados
Omited GR – Obsession
Peste&Sida – Trash Metal
Piss!! – Lords of war
Pointing Finger – Transcend
Rejects United – Strolled Away
Resposta Simples – Genocídio Cultural
RJA – Subtil (Terrorista Português)
Sicks Souls - Mysteries of Life
Simbiose – Betrayal
SK6 – Zero como ponto de partida
Subcaos – Rise against
Take a Hike – Máquina de Guerra
Tara Perdida – Lambe Botas
The Aster – Evergreen
The Parkinsons – Heroes & Charmers
The Hellspiders – Motorcycle Girl
The No-Counts D.O.M. – Valhalla on the Rocks
The Starvan – Fake Roofs
The Traumatics – Murder’s Lane
Trinta e Um – Homem de Barro
Twenty Inch Burial – Octopus
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