MARIONETTE
“Spite”
[CD – Listenable Records/Major Label Industries]
A busca [basicamente] desesperada por parte das bandas para tentarem conceber um produto refrescante baseado numa suposta mistura explosiva de elementos e, em paralelo, a forma como as editoras tentam vender, da melhor maneira que podem, o seu "peixe", nem que para isso tenham que recorrer a campanhas falaciosas de marketing, são os tristes indícios de que a indústria discográfica, em termos criativos, já viveu melhores dias. A falta de talento permeabiliza à banalidade muitos dos lançamentos a que pomos mãos hoje em dia e por detrás de uma estrutura discográfica não resta melhor do que tentar enfiar-nos na cabeça aquilo que não existe. Trata-se, naturalmente, do revés da massificação de uma corrente. Os melhores ficam e os outros terão que se confinar a um lugar restrito e modesto num universo musical cada vez maior. O caso dos Marionette pode muito bem ser esse, se bem que quem decide a aceitação de uma banda são os fãs. O que, de certa forma, é animador.
“Spite”
[CD – Listenable Records/Major Label Industries]
A busca [basicamente] desesperada por parte das bandas para tentarem conceber um produto refrescante baseado numa suposta mistura explosiva de elementos e, em paralelo, a forma como as editoras tentam vender, da melhor maneira que podem, o seu "peixe", nem que para isso tenham que recorrer a campanhas falaciosas de marketing, são os tristes indícios de que a indústria discográfica, em termos criativos, já viveu melhores dias. A falta de talento permeabiliza à banalidade muitos dos lançamentos a que pomos mãos hoje em dia e por detrás de uma estrutura discográfica não resta melhor do que tentar enfiar-nos na cabeça aquilo que não existe. Trata-se, naturalmente, do revés da massificação de uma corrente. Os melhores ficam e os outros terão que se confinar a um lugar restrito e modesto num universo musical cada vez maior. O caso dos Marionette pode muito bem ser esse, se bem que quem decide a aceitação de uma banda são os fãs. O que, de certa forma, é animador.
Sujeitando esses suecos a um apertado crivo, é patente que pouca cotação poderá ser atribuída a uma obra que se limita a misturar o peso, a melodia, a rapidez e alguns elementos sintéticos típicos do metal de Gotemburgo, o músculo do hardcore e, por outro lado, a imagem “limpinha” que se tem popularizado por grupos japoneses, sem, no entanto, nada mágico a acontecer por trás. Doze temas correm sob uma agravada impotência e em momento algum o grupo é capaz de nos surpreender. Monotonia é palavra de ordem, embora os temas contenham força e uma abordagem "modernaça". Mas isso, obviamente, não basta e reservam-se trabalhos destes apenas a quem tiver uma afeição extra por esta sonoridade. Não querendo massacrar as bandas jovens que procuram um lugar ao sol como os Marionette que, ainda por cima, estão apenas a lançar o seu primeiro trabalho, a verdade é que muito terá que ser revisto no futuro. Este talvez seja o melhor conselheiro para a banda… [5/10] N.C.
Estilo: Metalcore/Visual-Kei
Álbuns: "Spite" [2008]
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