MY EYES INSIDE
“Anatomy Of Ties”
[CD – Edição de autor]
Com maior ou menor dificuldade, os My Eyes Inside conseguem atingir a sempre ansiada fasquia do primeiro álbum. Isso para uma banda underground que viu o parto deste disco várias vezes adiado, deve ter um sabor especial. Se isso ao menos serviu para limar ao máximo as suas arestas e apresentar-se na melhor condição possível, só os próprios saberão. Contudo, a verdade é que “Anatomy Of Ties” é bastante ambicioso em termos de composição e deixa claro desde o início que a esta banda do Porto não faltam boas influências e ideias.
[CD – Edição de autor]
Com maior ou menor dificuldade, os My Eyes Inside conseguem atingir a sempre ansiada fasquia do primeiro álbum. Isso para uma banda underground que viu o parto deste disco várias vezes adiado, deve ter um sabor especial. Se isso ao menos serviu para limar ao máximo as suas arestas e apresentar-se na melhor condição possível, só os próprios saberão. Contudo, a verdade é que “Anatomy Of Ties” é bastante ambicioso em termos de composição e deixa claro desde o início que a esta banda do Porto não faltam boas influências e ideias.
Para uma banda ainda jovem como eles, o grande despique será harmonizar todos os impulsos criativos que lhes surgem. No geral, sabem como fazê-lo, assumindo a sua arte uma atitude vincadamente progressiva e de espírito aberto. Se a abertura “Road To The Ground” serve para nos deixar de nariz torcido e a apostar que este é mais um disco banal de metal de inspiração sueca, com aquela garrazinha melódica insubmissa que já dificilmente consegue convencer alguém, rapidamente, e ainda dentro do mesmo [extenso] tema muita coisa se começa a passar e os ambientes limpos e melancólicos começam a afirmar-se.
Na sua generalidade longos, os temas de “Anatomy Of Ties” devem a uma composição dinâmica e eclética o seu esqueleto, sendo que para o bem ou para o mal vamo-nos deparar com ambientes que nos fazem sentir, faseadamente, num plano gótico, dark, doom, post, death, ambiental e progressivo. Não chega a ser um exercício esquizofrénico, o que evita que soe forçado.
Contudo, harmonizar a relação entre estes elementos pode ser aperfeiçoada, bem como evitar alguns clichés principalmente nos riffs mais pesados. A produção não compromete mas exigia outro tratamento na bateria, com um bombo extremamente plástico, e é na voz que está a maior fraqueza dos My Eyes Inside. André Cordeiro terá que rever seriamente alguns aspectos para conseguir corresponder ao esplendor melódico de algumas das passagens aqui contidas. De qualquer forma, fica a certeza de mais um talento promissor a despontar do nosso underground. [7/10] N.C.
Estilo: Death Metal Progressivo
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