Tuesday, March 16, 2010

White Zombie - Ex-guitarrista fala da derradeira fase da banda

Numa entrevista recente à revista Crawdaddy, o ex-guitarrista dos extintos White Zombie, Jay Yuenger, explicou, entre várias outras coisas, que não deu nenhum contributo à compilação antológica “Let Sleeping Corpses Lie” lançada em 2008. “Foi-me enviada uma maqueta apenas dois dias antes do seu lançamento. Foi um registo muito mal idealizado. Nenhuma das fotos estavam creditadas (…). Não trouxe encarte, o que seria essencial num lançamento deste tipo. A banda tem uma história muito interessante, como puderam não editar um encarte? Os fãs queixam-se disso constantemente. Eles estão contentes porque esta caixa contém discos antigos muito raros (…), mas o seu invólucro é uma seca. O Sean [baixista] tinha tanto género de coisas fixes, como fotos e flyers que poderiam ter sido incluídas”. Quando inquirido sobre as declarações de Rob Zombie que diziam que deixou de haver convivência e comunicação na banda depois do lançamento do último disco, Yuenger responde que “é inevitável que as coisas piorem depois de tantos anos a viver sob o mesmo tecto”. No entanto, o mesmo confessa que “gostava de ter gravado outro álbum, mas isto não estava nos planos”. Justifica: “Olhamos para os discos a solo do Rob e podemos perceber o que ele queria fazer. Eu sempre quis estar numa banda de rock onde os instrumentos base fossem guitarra, baixo e bateria. Nos vivíamos em Nova Iorque onde tinha grande expressão o rap e o techno. As minhas bandas favoritas na altura eram Slayer e Public Enemy. Eu gostava muito de samples e por isso editámos “La Sexorcisto” (…) e as pessoas adoraram. Fomos a primeira banda a rock a fazer essa mistura. Contudo, à medida que o tempo foi passado, a cena techno começou a dominar e eu odeio isso. Hoje em dia podem ouvir a falta de “humanidade” nos trabalhos do Rob”, confessou. Já os piores momentos da carreira dos White Zombie foram, para Yeung, “quando o primeiro baterista da banda, Ivan de Prume, abandonou a banda no meio de uma intensa digressão (...), ele era muito compulsivo e tinha problemas com substâncias. Nós tínhamos um grande espectáculo em Los Angeles e ele decidiu desaparecer para ir para a farra. Estava todo lixado e apareceu apenas cinco minutos antes do concerto. Nesse dia tocámos já sabendo que o íamos despedir logo a seguir ao concerto. Entretanto, tivemos ainda que andar a sorrir para todas as companhias de discos que estavam no backstage para nos fotografar”. Pode ler a entrevista toda aqui.

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