EYEBLAST
“Never Ending”
[E.P. – Edição de Autor]
Depois de um longo período de gestação na forma de The Pisces, cuja saída do seu vocalista acabou por precipitar a reformulação de uma identidade, nascem os Eyeblast em 2007, oriundos de Barcelos. Já com Pedro Leão [voz] e Nuno Lopes [guitarra] nos seus quadros este sexteto viajou até Braga para gravar o seu primeiro trabalho com Pedro “Grave” nos GraveStudios. Faça-se justiça: sonoramente “Never Ending” é exemplar. Os Eyeblast bem podem dar-se por felizes, pois grande parte do impacto deste disco deve-se a este aspecto. Será isso depreciativo para o mais importante: a sua música? Digamos que há um certo desnível.
À entrada “Mirror” é fácil perceber a descontextualização deste disco, quando do Nu-Metal já nem se vêem as cinzas. Contudo, os Eyeblast são difíceis de se arrumar apenas nesta terminologia, até porque aqui nem há “rappalhadas”. São capazes de se compreender numa abordagem comedidamente alternativa e rockeira. Acauteladas as devidas descrições técnicas, o que é um facto é que, escutadas estas cinco composições, sente-se que a imaginação escasseia, estranhamente, por parte destes seis competentes executantes. Será talvez a pura paixão a falar e, certamente, a inibição de qualquer complexo que possa haver ao tocar uma coisa ultrapassada e repugnada por muitos. Nota dez para eles neste sentido.
Tirando a notória previsibilidade de “Never Ending” e partindo para ele com a prudência de quem está a encontrar uma banda, no fundo, nova do underground nacional, esta é uma estreia relativamente consistente. A parca originalidade é compensada pelas estruturas arrumadinhas mesmo que a missão de tornar os seus temas orelhudos passe um bocado ao lado do seu objectivo, excepção feita a “Underneath”. Há aqui também uma facilidade assumida para gerar groove, mas aspectos a estudar como a voz, corpulenta, mas com potencial para apresentar maior dinâmica e os sintetizadores que tendem a prescrever linhas algo retrógradas, se bem que valem uma espessura interessante a estes temas.
“Never Ending”
[E.P. – Edição de Autor]
Depois de um longo período de gestação na forma de The Pisces, cuja saída do seu vocalista acabou por precipitar a reformulação de uma identidade, nascem os Eyeblast em 2007, oriundos de Barcelos. Já com Pedro Leão [voz] e Nuno Lopes [guitarra] nos seus quadros este sexteto viajou até Braga para gravar o seu primeiro trabalho com Pedro “Grave” nos GraveStudios. Faça-se justiça: sonoramente “Never Ending” é exemplar. Os Eyeblast bem podem dar-se por felizes, pois grande parte do impacto deste disco deve-se a este aspecto. Será isso depreciativo para o mais importante: a sua música? Digamos que há um certo desnível.
À entrada “Mirror” é fácil perceber a descontextualização deste disco, quando do Nu-Metal já nem se vêem as cinzas. Contudo, os Eyeblast são difíceis de se arrumar apenas nesta terminologia, até porque aqui nem há “rappalhadas”. São capazes de se compreender numa abordagem comedidamente alternativa e rockeira. Acauteladas as devidas descrições técnicas, o que é um facto é que, escutadas estas cinco composições, sente-se que a imaginação escasseia, estranhamente, por parte destes seis competentes executantes. Será talvez a pura paixão a falar e, certamente, a inibição de qualquer complexo que possa haver ao tocar uma coisa ultrapassada e repugnada por muitos. Nota dez para eles neste sentido.
Tirando a notória previsibilidade de “Never Ending” e partindo para ele com a prudência de quem está a encontrar uma banda, no fundo, nova do underground nacional, esta é uma estreia relativamente consistente. A parca originalidade é compensada pelas estruturas arrumadinhas mesmo que a missão de tornar os seus temas orelhudos passe um bocado ao lado do seu objectivo, excepção feita a “Underneath”. Há aqui também uma facilidade assumida para gerar groove, mas aspectos a estudar como a voz, corpulenta, mas com potencial para apresentar maior dinâmica e os sintetizadores que tendem a prescrever linhas algo retrógradas, se bem que valem uma espessura interessante a estes temas.
Atendendo a este quadro, é também honesto que se assuma: estes Eyeblast há dez anos atrás valeriam muito mais. Vítimas das circunstâncias, é certo, mas parece-nos louvável se a convicção é a de fazer simplesmente o que se gosta. Mesmo assim, seria perspicaz que se mantivesse o grau de exigência criativa mais alto. [6/10] N.C.
Estilo: Nu-Metal
Discografia:
- “Never Ending”
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