NA ESTRADA DA GENIALIDADE
A par de uns Neurosis e Isis, os Cult Of Luna são parte de uma elite metálica muito particular. Com um som que vai buscar o peso e o compasso do doom, misturado com uma atitude progressiva e um espírito apocalíptico, os Cult Of Luna notabilizaram-se com trabalhos de superior qualidade como "The Beyond" e "Salvation". Este quarto disco dos suecos traz de novo o carácter pessoal e vincado que lhe reconhecemos, com um natural progresso, neste caso, no sentido de uma evolução em termos de variedade. "Somewhere Along The Highway" é mais um assombro de peso e genialidade que já não deixa espaço para qualquer dúvida em relação ao potencial desta banda. Mais uma vez, a SounD(/)ZonE teve o prazer de falar com Magnus Lindberg, guitarrista, percussionista e engenheiro de som da banda.
Pude constatar no vosso site que vocês ficaram especialmente satisfeitos com o vosso concerto em Portugal, em Setembro passado, na Casa da Música. Fala-nos dessa experiência, foi a vossa primeira vez cá?
Sim, esta foi a primeira vez que tocamos em Portugal e, certamente, foi um dos nossos melhores concertos de sempre. O público estava verdadeiramente embrenhado no nosso som e, para nós, foi realmente inspirador tocar num local como a Casa da Música. A recepção que tivemos por parte da organização também foi excelente... Foi, de facto, uma experiência muito agradável e que adoraríamos repetir.
Parte das gravações de “Somewhere Along The Highway” decorreu num estúdio no meio de uma floresta com um ambiente muito particular que, segundo vocês, deixou-vos com o estado de espírito perfeito para a ocasião. Conta-nos: é realmente difícil encontrar um ambiente para compor para Cult Of Luna? É que pelos contornos da vossa música acredito que seja preciso estar com os sentidos mesmo “lá” para as coisas funcionarem...
Bem, a maior parte das nossas composições são feitas na nossa sala de ensaios, mas é verdade que o sítio onde gravámos o álbum tinha uma certa vibração que penso ter sido positiva para resultado do disco. Muito do que se ouve no disco foi gravado “ao vivo” e isto foi uma coisa que nunca tínhamos experimentado. Penso, definitivamente, que este é o nosso álbum mais “alive” e espero que as pessoas também assim o interpretem.
Esclarece-me uma questão: vocês tiveram alguma alteração no line-up no ano passado?
Bem, o que se passou foi que o Thomas não podia tocar ao vivo connosco porque estava muito ocupado com outros projectos, por isso, tive que o substituir. Realmente, foi coisa de que não me importei minimamente porque eu gosto muito de tocar bateria!
Quanto ao resultado do vosso novo disco, quais consideras que foram as metas a atingir enquanto criavam estas novas composições? Eu arriscaria a dizer que elas estão um pouco mais melódicas...
O grande objectivo com “Somewhere Along The Highway” era superar o “Salvation” e, na verdade, penso que o conseguimos. Este novo disco está no mesmo patamar que o anterior, mas muito mais diversificado e sujo. Estamos muito contentes com ele.
Liricamente, que temas abordam neste novo álbum? Curiosamente, vocês têm um tema intitulado “Finland”... Podemos considerá-lo uma espécie de homenagem?
Todas as letras são escritas pelo Johannes e, normalmente, falam de experiências pessoais. Realmente, tinhas que falar com ele para teres mais pormenores... Em relação a “Finland”, um dos seus riffs foi criado enquanto estávamos em digressão pela Finlândia, daí o nome...
O vosso último álbum deixou-vos com grandes referências a nível mundial e vocês tiveram pela primeira vez oportunidade de fazer uma grande digressão. Que balanço fazes dessa experiência? Consegues, por exemplo, apontar diferenças entre o público americano e o europeu?
Eu pessoalmente não tenho nenhuma preferência entre o público americano e o europeu, penso que são os dois bons. Quanto a momentos marcantes desta fase, considero a digressão americana com os Mastodon a melhor que fizemos o ano passado. Passámos tempos realmente muito bons com eles e mesmo com os Breather Resit quando éramos cabeças-de-cartaz.
Quanto a projectos para o futuro, o que têm em mente? Já começaram a pensar na possibilidade de um DVD?
Bem, para já vamos pensar na digressão europeia de 4 semanas que se aproxima... Infelizmente, nesta primeira fase não vamos ter oportunidade de ir ao sul da Europa, mas queremos ver se vamos mais tarde, e regressar a Portugal, claro.
Nuno Costa
www.cultofluna.com
www.earache.com
A par de uns Neurosis e Isis, os Cult Of Luna são parte de uma elite metálica muito particular. Com um som que vai buscar o peso e o compasso do doom, misturado com uma atitude progressiva e um espírito apocalíptico, os Cult Of Luna notabilizaram-se com trabalhos de superior qualidade como "The Beyond" e "Salvation". Este quarto disco dos suecos traz de novo o carácter pessoal e vincado que lhe reconhecemos, com um natural progresso, neste caso, no sentido de uma evolução em termos de variedade. "Somewhere Along The Highway" é mais um assombro de peso e genialidade que já não deixa espaço para qualquer dúvida em relação ao potencial desta banda. Mais uma vez, a SounD(/)ZonE teve o prazer de falar com Magnus Lindberg, guitarrista, percussionista e engenheiro de som da banda.
Pude constatar no vosso site que vocês ficaram especialmente satisfeitos com o vosso concerto em Portugal, em Setembro passado, na Casa da Música. Fala-nos dessa experiência, foi a vossa primeira vez cá?
Sim, esta foi a primeira vez que tocamos em Portugal e, certamente, foi um dos nossos melhores concertos de sempre. O público estava verdadeiramente embrenhado no nosso som e, para nós, foi realmente inspirador tocar num local como a Casa da Música. A recepção que tivemos por parte da organização também foi excelente... Foi, de facto, uma experiência muito agradável e que adoraríamos repetir.
Parte das gravações de “Somewhere Along The Highway” decorreu num estúdio no meio de uma floresta com um ambiente muito particular que, segundo vocês, deixou-vos com o estado de espírito perfeito para a ocasião. Conta-nos: é realmente difícil encontrar um ambiente para compor para Cult Of Luna? É que pelos contornos da vossa música acredito que seja preciso estar com os sentidos mesmo “lá” para as coisas funcionarem...
Bem, a maior parte das nossas composições são feitas na nossa sala de ensaios, mas é verdade que o sítio onde gravámos o álbum tinha uma certa vibração que penso ter sido positiva para resultado do disco. Muito do que se ouve no disco foi gravado “ao vivo” e isto foi uma coisa que nunca tínhamos experimentado. Penso, definitivamente, que este é o nosso álbum mais “alive” e espero que as pessoas também assim o interpretem.
Esclarece-me uma questão: vocês tiveram alguma alteração no line-up no ano passado?
Bem, o que se passou foi que o Thomas não podia tocar ao vivo connosco porque estava muito ocupado com outros projectos, por isso, tive que o substituir. Realmente, foi coisa de que não me importei minimamente porque eu gosto muito de tocar bateria!
Quanto ao resultado do vosso novo disco, quais consideras que foram as metas a atingir enquanto criavam estas novas composições? Eu arriscaria a dizer que elas estão um pouco mais melódicas...
O grande objectivo com “Somewhere Along The Highway” era superar o “Salvation” e, na verdade, penso que o conseguimos. Este novo disco está no mesmo patamar que o anterior, mas muito mais diversificado e sujo. Estamos muito contentes com ele.
Liricamente, que temas abordam neste novo álbum? Curiosamente, vocês têm um tema intitulado “Finland”... Podemos considerá-lo uma espécie de homenagem?
Todas as letras são escritas pelo Johannes e, normalmente, falam de experiências pessoais. Realmente, tinhas que falar com ele para teres mais pormenores... Em relação a “Finland”, um dos seus riffs foi criado enquanto estávamos em digressão pela Finlândia, daí o nome...
O vosso último álbum deixou-vos com grandes referências a nível mundial e vocês tiveram pela primeira vez oportunidade de fazer uma grande digressão. Que balanço fazes dessa experiência? Consegues, por exemplo, apontar diferenças entre o público americano e o europeu?
Eu pessoalmente não tenho nenhuma preferência entre o público americano e o europeu, penso que são os dois bons. Quanto a momentos marcantes desta fase, considero a digressão americana com os Mastodon a melhor que fizemos o ano passado. Passámos tempos realmente muito bons com eles e mesmo com os Breather Resit quando éramos cabeças-de-cartaz.
Quanto a projectos para o futuro, o que têm em mente? Já começaram a pensar na possibilidade de um DVD?
Bem, para já vamos pensar na digressão europeia de 4 semanas que se aproxima... Infelizmente, nesta primeira fase não vamos ter oportunidade de ir ao sul da Europa, mas queremos ver se vamos mais tarde, e regressar a Portugal, claro.
Nuno Costa
www.cultofluna.com
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