Tuesday, April 18, 2006

Entrevista Urban Tales

CONTOS NA PENUMBRA

Nascidos das cinzas dos In Purity, mais concretamente, de uma ideia de Marcos Antunes, os Urban Tales são uma jovem banda de rock gótico, na boa tradição finlandesa, que em pouco tempo de existência tem conseguido provar que é um nome a ter em conta no panorama heavy nacional. Em Janeiro de 2005 começaram as suas actividades e no início deste ano gravaram três temas de uma pré-demo que lhes valeu uma presença num DVD de desportos radicais nacional. Para já encontram-se a filmar o seu primeiro vídeoclip e a preparar a sua vinda aos Açores para o festival Coliseu ANIMA Rock. É já nos dias 21 e 22 de Abril que decorrerá este aguardado evento no Coliseu Micaelense, em Ponta Delgada, e em jeito de apresentação a SounD(/)ZonE decidiu trocar algumas palavras com o mentor e vocalista da banda - Marcos Antunes.

Marcos, porque decidiste deixar a tua antiga banda e formar o teu próprio projecto?
A coisa não estava a correr da melhor maneira, ou seja, a certa altura tivemos de fazer alterações saindo membros que formaram os Soul Despair. Logo aí, o projecto começou por sucumbir, daí a minha saída. Definitivamente, não me “encontrava” ali - é complicado descrever porque és amigo de todos - mas sentias que havia ali um sentimento muito estranho. Além disso, eu já tinha muitas malhas guardadas e achava que estava na altura de criar algo meu.

Portanto, compões também... Não sabia que também tocavas...
Bem, eu não toco, deixo isso para o resto da banda e para as pessoas que estão envolvidas no resultado final das músicas, sejam produtores ou apenas convidados. Mas sim, sou eu quem basicamente cria a primeira linha musical e vocal e daí partimos para experiências, ou seja, é uma bola de neve que aos poucos vai crescendo e se transformando. Nunca uma música fica como é apresentada inicialmente e isto só pode provar que eu sou muito mau! (risos)

Talvez exigente...
Não, sou realista! Não sou guitarrista, consigo é arranjar boas linhas melódicas que depois servem de base àquilo que os outros criam. Definitivamente, não sou guitarrista, ponto final. (risos)

Gostava que me esclarecesses agora em relação à vossa demo se esta já foi lançada ou não... Continuo realmente sem perceber. Sei que gravaram três temas em Janeiro, que vos valeu a possibilidade de fazer parte da banda sonora do DVD “Mais1”, e agora estão a preparar uma demo oficial de 8 músicas, certo? E que é gravada por ti por sinal...
Gravámos uma pré-demo em Janeiro onde contámos com vários convidados. Daí, partimos pela decisão de criar uma demo para distribuir por editoras e foi assim que tudo se sucedeu. Entretanto, também enfrentámos umas contrariedades que nos levaram a atrasar todo o processo de gravação. Numa das alturas, devido a uma fonte de alimentação e curto circuito, perdemos parte do que havíamos gravado... Foi o caos! Mas pronto já está feito. Quanto à gravação tenho de te corrigir: eu quando decidi gravar a demo, convidei várias pessoas, entre elas o Bruno Fingers para fazer comigo a produção da demo. Então as coisas processaram-se comigo a gravar num sítio e ele noutro e juntávamo-nos para a edição e masterização. Ontem mesmo tivemos até às três da manhã a editar e masterizar... Enfim, foi giro trabalhar com ele e acho que nunca me tinha rido tanto enquanto gravava algo. Foi um ambiente muito descontraído! Já a “Until I Died” e a “Love And Hate” foram produzidas pelo João silva dos Icon And The Black Roses.

Então em relação à demo, o que podemos esperar dela estruturalmente e musicalmente? Sempre se tratarão de 8 temas?
É apenas uma demo com músicas que eu acho, mas isso é muito suspeito da minha parte dizer, que contêm boas musicas de metal. Quanto à estrutura, serão sete... e mais qualquer coisa! (risos)

Musicalmente, apresenta os Urban Tales aos açoreanos.

Somos uma banda de Lisboa que toca metal Gótico. Fazemos música com o intuito de chegar a todos e não a um determinado género de público. Liricamente, o que eu acho que transmitimos é sentimento e dor. Fazemos questão de transmitir algo com as nossas músicas, pois isso para nós é fundamental. Se gostam de música emotiva, procurem ouvir o nosso som, acho que não se decepcionarão... Penso eu! (risos)

Ainda em relação a esta demo, o intuito é, portanto, tentar arranjar editora que vos leve a estúdio para gravar um primeiro álbum, certo? Já estão em conversações, algum resultado das mesmas até agora?
Ainda há dias uma editora estrangeira - do mediterrâneo – entrou em contacto connosco e disse querer algo com a banda. Mas neste momento, é um pouco prematuro dizer que vamos chegar a acordo com estes ou aqueles, até porque nada há em concreto. Aqui em Portugal também há contactos plausíveis, mas a ideia é esperar para ver porque, como disse, nada existe em definitivo. A ideia não é fazer com que a editora pague a gravação, até porque já temos uma grande instituição que nos possibilita tal circunstância. O que queremos é ter alguém que trabalhe connosco, que saiba mais que nós e que, realmente, nos queira ajudar. Não queremos dinheiro vivo, se é que me entendes. Quero é que ajudem a banda, assim como a banda se compromete a ajudar a editora que aposte em nós, mas é muito cedo para falarmos nisso.

Atendendo a que vocês existem há pouco tempo não acham surpreendente a excelente aceitação que têm tido por parte de quem vos ouve? Aliás, vocês até hoje só deram um concerto, certo?
Acho, e até me dá medo a expectativa em torno da banda, pois é algo um pouco fora do normal. Espero é que a expectativa não seja defraudada, somos um grupo que gosta de um género de música e dessa maneira tentamos criar algo bonito. Acho que estamos a conseguir... Agora realmente é esperar para ver. Sim, só demos um concerto... E que show! Foi muito bom e houve muita gente presente e que até já sabia certas músicas, o que é de estranhar. Acho que nesse dia no Culto conseguimos algo de diferente do que se faz normalmente, assim como no dia da gravação do clip. Outro dia “brutalíssimo”, outra vez cheio de gente porreira e disposta a colaborar, para grande espanto nosso.

Já agora, por falar nesse concerto, li no diário do vosso site que estavas extremamente doente no dia anterior ao concerto. Mas isto acabou por não te impedir de estar presente em palco porque, segundo parece, operaste uma recuperação notável. No site notei a tua comoção a falar nisso... Achas que se tratou de uma recuperação “milagrosa”? (risos)
Foi uma desculpa ! (risos) Não a sério, estava com 38,8 de febre... Durante a tarde, várias vezes pessoas do staff vieram-me perguntar o que se passava porque não estava com boa cara. Pior devo ter ficado quando se aproximou a hora do concerto... Enfim, mas se acontecesse algo de mal isso não seria desculpa, daríamos o concerto em qualquer circunstância mesmo que fosse mau para a banda. De facto, nem havia hipótese de adiar, basta pensar no que estava envolvido naquele dia para alem do concerto: a gravação da curta metragem sobre a história de uma das músicas e a captura de mais imagens para o clip. Isto tudo envolveu um staff de mais de vinte pessoas, para além do pessoal todo do Culto que foi inigualável, não tenho mesmo palavras para descrever o que se passou no dia inteiro. Foi tudo perfeito!

A vinda aos Açores é, portanto, o vosso segundo concerto no vosso ainda curto espaço de vida. Como recebeste este convite?
Com esta banda é o segundo, efectivamente, mas qualquer um de nós já tem alguma experiência de palco, quer em bandas, quer em circuitos de bares. O convite foi-me dado por um dos organizadores do evento - o Rui Sousa.

Sim, com certeza! Não são, de longe, principiantes...
Esperemos que não, por vezes as coisas podem não correr bem e a impressão pode mesmo ser essa. No Culto foi bom, por isso, dessa já nos safámos! (risos)

Que referências tens dos Açores a nível musical?
Bem, é brutal, porque vou ser sincero: não conhecia muitas bandas. Apenas conheço os Hiffen e os Morbid Death e mais uns quantos. Agora com esta oportunidade, tentei descobrir a cena underground, daí que tenha ficado abismado, não só pela quantidade de bandas, mas também pela qualidade. Sério mesmo, e as bandas em questão neste Festival são o caso real.

E que expectativas tens para este concerto? Tocar num coliseu será certamente um momento agradável...
Sem dúvida, mais que tudo é ver como todos vocês conseguiram criar algo tão grande e com uma qualidade indiscutível. Deus queira que consigam dar continuidade a este evento, porque tem todo o sentido, certo? Tocar no Coliseu Micaelense deverá ser indescritivel. Esperamos que apareça muita gente para fazer deste dia uma autêntica festa, porque é disso que se trata, uma festa na qual a tua zine também está envolvida à qual aproveito para endereçar já os meus parabéns!

Muito obrigado! Já me constou que vocês vão aproveitar esta oportunidade para gravar o concerto no Coliseu. Sei também que vocês já estão a acabar um videoclip... Será que estas imagens ainda poderão constar deste vídeo ou destina-se a um fim completamente diferente?
Bom, a ideia partiu de mim que propus trazer alguém da escola ETIC para filmar todo o evento e fazer um DVD de recordação para o pessoal, mas uma coisa bem feita dentro das possibilidades. Apresentei a ideia à ETIC e ao meu “compincha” João Correia - director do Clip In Purity – que, no mesmo dia, me deu a resposta. Depois da parte da organização do evento também recebi o sim...Tudo fácil quando corremos todos para o mesmo lado!

Marcos, agora para terminar: quais os teus desejos como músico e quais os planos da banda para o futuro? E já agora, um apelo para que as pessoas apareçam no festival!
Ok, vou então começar pelo fim: bem, eventos destes não acontecem da noite para o dia, por isso, apareçam, nem que seja para brindar aos aniversariantes! Tinha toda a lógica isto correr muito bem, pois só assim é que poderá acontecer de novo. Ainda por cima com o preço dos bilhetes, super baratos! A ver o que acontece... Sobre os meus desejos como músico, para já gostava de um dia me considerar músico a sério. Mas o que espero é conseguir alcançar todas as metas a que me propus, nas quais está alcançar uma editora e desta forma lançar-nos para o mercado. Acho, e posso até estar enganado, mas sinceramente acho que a banda criou uma estrutura à sua volta que mostra que podemos ser uma boa aposta para quem confiar em nós. Vamos ver se acham o mesmo que nós.

Nuno Costa

www.theurbantales.com

3 comments:

Anonymous said...

oi,vou ser mto honesta...ouvi esta banda e fiquei "fan" gostei mesmo de os ouvir...
Sou do continente, mas estava de férias com o meu pai e como soube do festival "anima"rock,tive que ir...bem...mto mice...o festival estava nice, apesar de alguns que n consequiram conter o que bebiam, acabando por se tornar desagradáveis, se calhar foi por isso que esta banda - Urban Tales - se vieram embora. Enfim,fora isso, realmete eles foam mto fixes.Acho que fiquei "Fan"!!!

SoundZone said...

Olha que fixe! Sempre tivemos alguem do continente no festival!:D E que ficou a conhecer o blog... Mas yhas, foi realmente muito triste o que se passou com os Urban Tales. Sao tudo boa gente e não mereciam, definitivamente, aquilo! Nem eles nem ninguem! Mas também nao fiquem a pensar que isso representa a generalidade do publico açoreano, trata-se apenas de um caso isolado... Ja agora, diz-me la: tas com algum problema em fazer o teu registo no blog?

Nuno Costa

Anonymous said...

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