Friday, November 03, 2006

Entrevista Falconer

VENTOS GÉLIDOS

Prioridade absoluta do guitarrista e teclista Stefan Weinerhall, os Falconer revelam, ao quinto disco de originais, uma tomada de posição que corta com o seu passado recente. Aliás, essa posição está bem explícita no press release que acompanha «Northwind», o disco que tráz de volta o vocalista Mathias Blad. Stefan Weinerhall ligou-nos da Suécia para explicar o porquê dessa tomada de posição.


Apesar das vendas do álbum anterior terem sido muito boas, o resultado não vos agradou. Porquê?
Convém dizer que estamos a falar em termos musicais. Realmente, é um disco que destoa de tudo o que já fizemos até hoje. É um bom trabalho, mas não para a sonoridade que tentamos criar.

Foi uma experiência má?
Digamos, apenas, que foi uma experiência que não queremos repetir no futuro. A sonoridade que pretendemos fazer é a que está patente neste disco e que, de resto, foi interrompida com o álbum anterior.

Mesmo assim, falamos num disco que vendeu perto de 18 mil cópias. Certo?
Sim, mas isso não nos diz nada, porque não nos identificamos com aquele som.

Nesse caso, as expectativas para o disco «Northwind» devem ser superiores, dado que este disco reflecte o vosso estilo...

Sim, acho que podemos dizer isso, porque «Northwind» tem todos os ingredientes que achamos serem importantes para um resultado ainda melhor. Estamos convictos de que alguns fãs vão apreciar este nosso regresso às origens.

Pelo que sabemos, o Mathias Blad não vai estar disponível para fazer digressões. Como é que vai ser a promoção ao novo disco?
Isso vai ser, realmente, complicado, porque o Mathias não está disponível. Como tal, vamos apenas aceitar propostas muito pontuais e de acordo com a sua agenda.

Já agora, como é que ele reagiu quando o convidaste para cantar neste disco?
Reagiu da forma mais profissional possível, colocando em cima da mesa todos os prós e contras do seu regresso. Nada mais natural se queres que te diga...

Claro, até porque já teve experiências anteriores...

Nem mais! Mesmo assim, sempre nos demos muito bem e apesar de ele morar longe de nós, sempre acompanhou o nosso percurso.

Até que ponto um vídeo-clip poderia ajudar em termos promocionais?

Nós fizemos um clip para o disco anterior, mas a qualidade ficou aquém da que pretendíamos. Além disso, não compensou muito porque os programas de televisão que rodam Heavy Metal são emitidos a horas pouco convenientes. Logo, é um investimento sem grandes contrapartidas.

Este é o quinto e último disco que vos liga à Metal Blade. Já falaram do vosso futuro?

Ainda não! Pelo que sei esse processo só deverá ser iniciado daqui a alguns meses, ou seja, depois de haver resultados em relação às vendas deste álbum. Todavia, estou convicto de que chegaremos a um acordo, porque os nossos discos atingem sempre vendas algo acima da média. Refiro-me a números acima das 15 mil unidades.

José F. Andrade
in "Notas Soltas"

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