PSYCHOPATHIC TERROR
“Fucker”
[CD – Serpent’s Eye/Firebox/Recital]
O álbum de estreia dos Psychopathic Terror traz-me à baila o eterno dilema de dissertar sobre bandas que, declaradamente, estão pouco interessadas em inovar. O caso destes finlandeses insere-se precisamente neste parâmetro e a nós, críticos ou pseudo-críticos, resta-nos a hipótese de tentar compreender ou ignorar simplesmente aquilo que uma banda está a tentar transmitir. Ora, para Pete Ilvespakka [voz, guitarra, baixo], fundador dos Psychopathic Terror e igualmente mentor dos Diaboli, criar este novo projecto foi, acima de tudo, um acto de canalizar ideias para a direcção correcta. Segundo o press que acompanha “Fucker”, o músico criou esta banda porque algumas das suas ideias não se encaixavam com o black metal do seu outro projecto.
“Fucker”
[CD – Serpent’s Eye/Firebox/Recital]
O álbum de estreia dos Psychopathic Terror traz-me à baila o eterno dilema de dissertar sobre bandas que, declaradamente, estão pouco interessadas em inovar. O caso destes finlandeses insere-se precisamente neste parâmetro e a nós, críticos ou pseudo-críticos, resta-nos a hipótese de tentar compreender ou ignorar simplesmente aquilo que uma banda está a tentar transmitir. Ora, para Pete Ilvespakka [voz, guitarra, baixo], fundador dos Psychopathic Terror e igualmente mentor dos Diaboli, criar este novo projecto foi, acima de tudo, um acto de canalizar ideias para a direcção correcta. Segundo o press que acompanha “Fucker”, o músico criou esta banda porque algumas das suas ideias não se encaixavam com o black metal do seu outro projecto.
Olhando para este disco vemos um conjunto de oito temas, totalizando uns efémeros 32 minutos, no qual se serve, da forma mais old school, crua e directa, um death/thrash inspirado em actos como Dismember ou Carnage. Este duo, completo pelo baterista Matti Johansson [Korpiklaani] e auxiliado por Toni Tie [Crystalic] na guitarra e Torsti nas vozes de alguns temas, é o pragmático modelo de banda underground e totalmente seu devoto. O próprio artwork da capa [necro e sangrento] bem o ilustra. Creio que não restam dúvidas que as ambições artísticas aqui são nulas e que o duo finlandês não procura re-inventar nada, mas simplesmente atingir satisfação pessoal e, acima de tudo, destilar raiva e ódio.
“Fucker” é, no entanto, um disco consistente, com temas rápidos e compassados, alguns com verdadeiro espírito punk/hardcore [como é o caso do final “Fuck The Police”], e que evitam que este se torne enfadonho. Toda a força tradicional do death/thrash está presente, de forma vigorosa e robusta. Contudo, tudo se resume a uma questão de critérios. Talvez por isso percebamos agora porque os Psychopathic Terror levaram tanto tempo a arranjar contracto e colocar nos escaparates um disco que já foi gravado em 2003. [7/10] N.C.
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