DEBAUCHERY
"Continue To Kill”
[CD – AFM Records]
Olhar para o percurso interino deste colectivo é, antes de mais, dar de caras como uma dança esquizofrénica de entradas e saídas de elementos capaz até de nos deixar azoados. Mas não só por isso é marcada a existência dos Debauchery, como é óbvio. Também muita coisa boa estes germânicos já fizerem, quer através da edição de quatro interessantes álbuns, quer por digressões feitas com Six Feet Under, Dismember e Napalm Death. Os problemas com a consistência do line-up parecem nunca ter resfriado a vontade “sanguinária” do seu vocalista e líder Thomas, que aqui volta com “Continue To Kill”. Como o seu próprio nome indica, as intenções de Thomas parecem ser as de manter a identidade muito peculiar, diga-se, dos Debauchery que aliam a brutalidade do death metal com a energia do thrash e, imagine-se, a irreverência e acessibilidade do rock. Daí muita gente até lhes classifique como banda de death’n’roll. A forma de composição de Thomas [e volto a falar no singular porque a banda, hoje em dia, funciona mais como um projecto a solo] faz com que os Debauchery soem, à primeira escuta, a uma convencional banda de death metal extremo, mas isso só enquanto não nos surpreende com um bombástico tema rock de fazer inveja a veteranos como Motörhead. E isso tudo com a voz gutural de Thomas, o que lhes confere ainda mais interesse.
Posto isto, aqui temos um colectivo com muita atitude… e aparentemente despreocupado com o que possa ser dito pela imprensa ou pelos fãs que não chegam a gostar da banda por esta não se revelar nem uma banda de death metal puro nem de rock. Esta maneira de estar já vem acompanhando o colectivo desde a altura em que lançou o seu disco de estreia – “Kill Maim Burn” de 2003 – e ganhou expressão no anterior “Back In Blood” de 2007, que inclusive, teve uma edição especial com um segundo disco de covers de Genesis, The Beatles, Rolling Stones, Judas Priest, entre outros.
E é muito focada neste universo que a própria banda criou, que esta regressa fiel aos seus princípios, embora “Continue To Kill” se mostre mais pesado e thrashy que o seu antecessor. Os Debauchery fazem por não soar a uma banda muito séria, mas ao mesmo tempo convicta e consistente em qualquer uma das abordagens – extrema, groovy ou mais light – que adopte. São de louvar colectivos desses que não olham a lobbies para expor as suas influências musicais. É, por isso, com determinação que dizemos: é bom tê-los por cá. [7/10] N.C.
[CD – AFM Records]
Olhar para o percurso interino deste colectivo é, antes de mais, dar de caras como uma dança esquizofrénica de entradas e saídas de elementos capaz até de nos deixar azoados. Mas não só por isso é marcada a existência dos Debauchery, como é óbvio. Também muita coisa boa estes germânicos já fizerem, quer através da edição de quatro interessantes álbuns, quer por digressões feitas com Six Feet Under, Dismember e Napalm Death. Os problemas com a consistência do line-up parecem nunca ter resfriado a vontade “sanguinária” do seu vocalista e líder Thomas, que aqui volta com “Continue To Kill”. Como o seu próprio nome indica, as intenções de Thomas parecem ser as de manter a identidade muito peculiar, diga-se, dos Debauchery que aliam a brutalidade do death metal com a energia do thrash e, imagine-se, a irreverência e acessibilidade do rock. Daí muita gente até lhes classifique como banda de death’n’roll. A forma de composição de Thomas [e volto a falar no singular porque a banda, hoje em dia, funciona mais como um projecto a solo] faz com que os Debauchery soem, à primeira escuta, a uma convencional banda de death metal extremo, mas isso só enquanto não nos surpreende com um bombástico tema rock de fazer inveja a veteranos como Motörhead. E isso tudo com a voz gutural de Thomas, o que lhes confere ainda mais interesse.
Posto isto, aqui temos um colectivo com muita atitude… e aparentemente despreocupado com o que possa ser dito pela imprensa ou pelos fãs que não chegam a gostar da banda por esta não se revelar nem uma banda de death metal puro nem de rock. Esta maneira de estar já vem acompanhando o colectivo desde a altura em que lançou o seu disco de estreia – “Kill Maim Burn” de 2003 – e ganhou expressão no anterior “Back In Blood” de 2007, que inclusive, teve uma edição especial com um segundo disco de covers de Genesis, The Beatles, Rolling Stones, Judas Priest, entre outros.
E é muito focada neste universo que a própria banda criou, que esta regressa fiel aos seus princípios, embora “Continue To Kill” se mostre mais pesado e thrashy que o seu antecessor. Os Debauchery fazem por não soar a uma banda muito séria, mas ao mesmo tempo convicta e consistente em qualquer uma das abordagens – extrema, groovy ou mais light – que adopte. São de louvar colectivos desses que não olham a lobbies para expor as suas influências musicais. É, por isso, com determinação que dizemos: é bom tê-los por cá. [7/10] N.C.
Estilo: Death/Thrash/Rock
Álbuns:
- "Kill Maim Burn" [2003]
- "Rage Of The Blood Beast" [2004]
- "Torture Pit" [2005]
- "Back In Blood" [2007]
- "Continue To Kill" [2008]
- "Continue To Kill" [2008]
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