THE HOTTNESS
“Stay Classy”
[CD – Ferret Music]
Já nos sentimos inoperantes e mesmo aborrecidos por termos que levar constantemente com a vontade voraz das discográficas nos incutirem algo que, pura e simplesmente, não existe! Os The Hottness vêm, também eles, apelidados de “salvadores da pátria”, neste caso da pátria punk/rock/southern/metal core e tudo o que tenha berros, riffs áridos e melodias teenagers. A vontade de pegar num trabalho à partida sob impacto de textos promocionais tão falaciosos já sai prejudicada, pois já não se consegue, hoje em dia, ser suficientemente ingénuo para ainda acreditar em sensacionalistas comunicados de imprensa que mais não são do que a própria auto-revelação do medo que as próprias discográficas vivem perante uma débil situação artística e económica. A confirmação vem logo a seguir, passados uns míseros segundos, de que este, afinal, é um disco igual a tantos outros!
A verdade nua e crua é que se os The Hottness tocam e cantam bem, as composições, essas são meras fracções de um mundo sobrexplorado e sem nada, absolutamente, nada de novo a oferecer. Ok, a musiquinha até pode soar muito bem, guitarras fortes, melodias de encher o ouvido, produção bombástica, mas o “bolo”, o geral, o cunho artístico, a personalidade? Bandas como os The Hottness – e que mais uma vez refiro, têm bons músicos e sabem muito bem movimentar-se dentro do seu perímetro musical - existem aos “pontapés”. Se alguns riffs poderiam ser, e são, memoráveis, como, por exemplo, os de “This City Is Ours” ou “Thrashy”, não podemos esconder a frustração de ouvir um disco que, no seu todo, é uma amostra clara de falta de personalidade da parte de músicos que não estão, no fim de contas, minimamente preocupados em vencer o marasmo que asfixia essa vertente musical muito popular nos Estados Unidos. Até nos chega a dar náuseas a forma como este tipo de disco se multiplica como autênticas fotocópias sem, aparentemente, ninguém levantar grandes vozes.
“Stay Classy”
[CD – Ferret Music]
Já nos sentimos inoperantes e mesmo aborrecidos por termos que levar constantemente com a vontade voraz das discográficas nos incutirem algo que, pura e simplesmente, não existe! Os The Hottness vêm, também eles, apelidados de “salvadores da pátria”, neste caso da pátria punk/rock/southern/metal core e tudo o que tenha berros, riffs áridos e melodias teenagers. A vontade de pegar num trabalho à partida sob impacto de textos promocionais tão falaciosos já sai prejudicada, pois já não se consegue, hoje em dia, ser suficientemente ingénuo para ainda acreditar em sensacionalistas comunicados de imprensa que mais não são do que a própria auto-revelação do medo que as próprias discográficas vivem perante uma débil situação artística e económica. A confirmação vem logo a seguir, passados uns míseros segundos, de que este, afinal, é um disco igual a tantos outros!
A verdade nua e crua é que se os The Hottness tocam e cantam bem, as composições, essas são meras fracções de um mundo sobrexplorado e sem nada, absolutamente, nada de novo a oferecer. Ok, a musiquinha até pode soar muito bem, guitarras fortes, melodias de encher o ouvido, produção bombástica, mas o “bolo”, o geral, o cunho artístico, a personalidade? Bandas como os The Hottness – e que mais uma vez refiro, têm bons músicos e sabem muito bem movimentar-se dentro do seu perímetro musical - existem aos “pontapés”. Se alguns riffs poderiam ser, e são, memoráveis, como, por exemplo, os de “This City Is Ours” ou “Thrashy”, não podemos esconder a frustração de ouvir um disco que, no seu todo, é uma amostra clara de falta de personalidade da parte de músicos que não estão, no fim de contas, minimamente preocupados em vencer o marasmo que asfixia essa vertente musical muito popular nos Estados Unidos. Até nos chega a dar náuseas a forma como este tipo de disco se multiplica como autênticas fotocópias sem, aparentemente, ninguém levantar grandes vozes.
O remédio para esta autêntica “doença” só os próprios músicos saberão encontrar. Perante isto, até me faço recordar de alguns músicos de projectos nacionais, credíveis e plenos de personalidade, que a dada altura decidem deliberadamente mudar de orientação musical, para uma mais trendy e “cifrónica”, porque acham que assim vão mais facilmente conseguir viver da música. E eu digo: será que estes não se lembram que, embora este seja um mercado que ofereça mais garantias de sucesso, por outro lado é muito mais efémero por estar, precisamente, super, hiper lotado? Será que vale a pena lutar por umas manchetes, temporárias, nos jornais e algum air-play, em vez de tentar criar bases para uma carreira sólida e duradoira? Pergunto-me até quando este tipo de bandas pode sobreviver? [4/10] N.C.
Estilo: punk/pop/southern rock/metalcore
Discografia:
- "Stay Classy" [2008]
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