BALBÚRDIA NO SINDICATO
Com um excêntrico nome, muita atitude e metal nas veias, chega-nos da Filadélfia este quarteto com um segundo álbum que embebe na perfeição os nossos sentidos numa realidade old school. Thrash crossover de “aço”, capaz ainda de abranger algum experimentalismo e vertentes mais extremas como o Black ou o Death Metal é o que podemos esperar do intenso “Living For Death, Destroying The Rest”. O que não faltará também é muito humor negro, o que aliás está bem patente na conversa que tivemos com Shawn Riley, vocalista e baixista.
Confesso que não consegui evitar rir quando li o título do vosso álbum ao vivo – “Raped By Bears!
Esperamos vir a escrever um tema com esse título no futuro, mas isso talvez ainda demore uns dez anos.
O urso é um animal viril mas começa a ganhar uma imagem um pouco gay quando trata de comer muito mel e a ter aquela postura ternurenta de peluche, etc. [risos]
Os ursos tornam-se gays quando comem mel? Isso é fixe. [risos] Eu gosto quando eles atacam pessoas. Nos circos russos dão-se opiáceos aos ursos e prendem-se-lhes as patas com grampos às bicicletas, fazendo-os andar sob chicotadas. Preciso de ver se continuam a fazer isso por lá.
Quem são as maiores vítimas dos ursos? Vocês?
Não, mas sim, na sua maioria, homossexuais e ciganos. Na capa de “Raped By Bears” verão um dos temíveis ciganos a ser mutilado e violado por um enorme Kodiak Grizzly. Só conseguem encontrar uma dessas monstruosidades no centro dos Estados Unidos, no Canadá e Alaska. Portanto, eu mantenho-me afastado dessas zonas.
Falando um pouco da vossa atitude como músicos, sei que preservam muito a vossa honestidade e integridade. Daí que se sintam altamente indignados pela maneira supostamente falsa como as pessoas consomem música diariamente. “Franjas ao lado coladas à testa” são algo que lhe causa vómitos?
Sim, embrulha-me. Penso que se estejam a referir àquilo que chamamos corte de cabelo à “Emo”. Eu penso que muitos putos estão a aderir a esta tendência por causa do filme “Twilight” e por causa de bandas como Fall Out Boy e outras parecidas.
Acha que o Metal afastou-se dos seus limites desde os dias em que se queimavam igrejas e “comiam cérebros”? Deixe-me dizer-lhe que o Varg Vikernes está prestes a sair da prisão. Alguma esperança nele?
Bom, nós mijamos em Igrejas às vezes, mas não passa disso. Se queimássemos as Igrejas todas ficaríamos sem nenhuma para nos divertirmos! [risos] Aposto que quando o Varg for libertado vai encetar um regresso medíocre com um qualquer álbum lento de black metal. Algumas das melhores bandas de black metal como os Satyricon estão a fazer música mais lenta, o que é totalmente aborrecido. É isso mesmo que disse: os Satyricon hoje em dia enjoam.
Costumam gozar com o vosso próprio “cadastro”. Que tipo de crimes têm cometido ultimamente?
Com um excêntrico nome, muita atitude e metal nas veias, chega-nos da Filadélfia este quarteto com um segundo álbum que embebe na perfeição os nossos sentidos numa realidade old school. Thrash crossover de “aço”, capaz ainda de abranger algum experimentalismo e vertentes mais extremas como o Black ou o Death Metal é o que podemos esperar do intenso “Living For Death, Destroying The Rest”. O que não faltará também é muito humor negro, o que aliás está bem patente na conversa que tivemos com Shawn Riley, vocalista e baixista.
Confesso que não consegui evitar rir quando li o título do vosso álbum ao vivo – “Raped By Bears!
Esperamos vir a escrever um tema com esse título no futuro, mas isso talvez ainda demore uns dez anos.
O urso é um animal viril mas começa a ganhar uma imagem um pouco gay quando trata de comer muito mel e a ter aquela postura ternurenta de peluche, etc. [risos]
Os ursos tornam-se gays quando comem mel? Isso é fixe. [risos] Eu gosto quando eles atacam pessoas. Nos circos russos dão-se opiáceos aos ursos e prendem-se-lhes as patas com grampos às bicicletas, fazendo-os andar sob chicotadas. Preciso de ver se continuam a fazer isso por lá.
Quem são as maiores vítimas dos ursos? Vocês?
Não, mas sim, na sua maioria, homossexuais e ciganos. Na capa de “Raped By Bears” verão um dos temíveis ciganos a ser mutilado e violado por um enorme Kodiak Grizzly. Só conseguem encontrar uma dessas monstruosidades no centro dos Estados Unidos, no Canadá e Alaska. Portanto, eu mantenho-me afastado dessas zonas.
Falando um pouco da vossa atitude como músicos, sei que preservam muito a vossa honestidade e integridade. Daí que se sintam altamente indignados pela maneira supostamente falsa como as pessoas consomem música diariamente. “Franjas ao lado coladas à testa” são algo que lhe causa vómitos?
Sim, embrulha-me. Penso que se estejam a referir àquilo que chamamos corte de cabelo à “Emo”. Eu penso que muitos putos estão a aderir a esta tendência por causa do filme “Twilight” e por causa de bandas como Fall Out Boy e outras parecidas.
Acha que o Metal afastou-se dos seus limites desde os dias em que se queimavam igrejas e “comiam cérebros”? Deixe-me dizer-lhe que o Varg Vikernes está prestes a sair da prisão. Alguma esperança nele?
Bom, nós mijamos em Igrejas às vezes, mas não passa disso. Se queimássemos as Igrejas todas ficaríamos sem nenhuma para nos divertirmos! [risos] Aposto que quando o Varg for libertado vai encetar um regresso medíocre com um qualquer álbum lento de black metal. Algumas das melhores bandas de black metal como os Satyricon estão a fazer música mais lenta, o que é totalmente aborrecido. É isso mesmo que disse: os Satyricon hoje em dia enjoam.
Costumam gozar com o vosso próprio “cadastro”. Que tipo de crimes têm cometido ultimamente?
Às vezes quando vou a uma loja roubo um ovo cozido ou uma pimenta. Se me estou a sentir especialmente ignóbil sou capaz de roubar umas salsichas, algumas ervas frescas ou frutos. [risos]
Não temem que Deus vos castigue por isso?
Não, não tenho medo. Eu vou para a Igreja e como as “bolachas” de Jesus. Desta maneira eu posso fazer o que quiser que depois vou pedir perdão todos os domingos. [risos] Às vezes eu toco nos putos inadequadamente na Igreja, mas é fixe porque eu só me poderei arrepender na próxima vez que for lá.
E os media têm sido muito cruéis com o vosso último álbum?
Bom, sempre haverão paneleiros. Todos os que disserem que o nosso álbum não presta ou não o ouviu mais de 30 segundos ou são apenas snobs que só ficam impressionados com o cume da técnica e do virtuosismo. Que se lixem estes gajos.
As vossas capas sempre tiveram aquele aspecto de banda-desenhada. Porquê?
Boa pergunta, porque nós nem lemos banda-desenhada. Apenas gostamos de coisas espectaculares e é isso que depois mostramos. Esta seria uma perguntam mais adequada ao Mike Hrubovcak, o autor das capas dos nossos dois álbuns, do nosso logotipo e do nosso website. Demos-lhe uma ideia básica do que queríamos e o resto foi com ele.
Rumpelstiltskin será o duende que aparece na capa do vosso primeiro álbum?
Eu penso que sim. Será ele? É um gajo que rouba bebés! [risos]
E podemos dizer que o monstro de um olho só que aparece na capa de “Living For Death, Destroying The Rest” é um Bush sem máscara a reclamar, frustrado, pelo seu trono novamente?
Existem semelhanças, mas na realidade é apenas um Cyclop fulo. Ele comanda legiões subterrâneas de oficiais e duendes guerreiros.
Quanto à banda, sente-se bem por funcionar agora só com quatro elementos? O Eli perdeu o entusiasmo que tinha pelo “sindicato secreto”?
Sim, é mais fácil sermos apenas quatro elementos na banda. Contudo, todos nós escrevemos música, portanto, continua complicado mesmo só com quatro pessoas. Se pudesses testemunhar o quão atrasados e difíceis de lidar nós somos, perceberias porque o Eli deixou a banda. Estou a brincar! Agora a sério: ele deixou, realmente, de ter tempo para a banda.
Sabe se ele tem planos para continuar com outro projecto?
Sim, ele canta nos XXX Maniak neste momento. Violado por um atrasado mental! [risos]
Ainda costumam bloquear durante a composição? Ou seja, vocês parecem-me tão descontraídos que isso soa-me impossível de acontecer…
Realmente não costuma acontecer. Eu anoto tudo o que toco mesmo que seja a ideia mais estúpida de sempre. Mas isso mantém as ideias a fluir.
Perseguiram algum objectivo em especial com “Living For Death, Destroying The Rest”?
Os nossos objectivos eram matar, matar e matar. Sem dúvida, atingimo-los! [risos] O nosso objectivo principal era nunca ter partes nas nossas músicas que estivessem lá apenas para encher. Cada segundo de cada uma das nossas músicas é 100% necessária.
Neste disco não há tanto espaço a melodia como no seu antecessor. Sentem-se mais revoltados que nunca?
Hmmm, sim, com certeza. Contudo, ainda existe alguma melodia em temas como “Sewers Of Doom”.
Qual é a formula para se compor e fazer parte dos Rumpelstiltskin Grinder? Algumas cervejas e ver documentários sobre teorias da conspiração?
Talvez o Matt veja documentários sobre conspirações. Quanto a mim eu rio-me deles, não lhes dedico tempo do meu dia-a-dia. Apenas bebemos milhares de cervejas, mas acho que somos mais inspirados por jogos de vídeo e filmes de comédia e acção do que propriamente livros de banda-desenhada. Também nos inspiramos noutros tipos de música e em livros sobre assuntos esquisitos.
As vossas letras são sempre muito divertidas. Podia eleger a sua preferida e explicar do que fala?
“Spyborg” tem provavelmente o conceito mais “fora desse mundo” do nosso repertório. O Spyborg nasce num cemitério criado por um fantasma moribundo. O fantasma põe ao contrário as pernas do Spyborg, porque está prestes a morrer, e é só isso que o fantasma tem tempo de fazer. Isto é algo como o que acontece em “Eduardo Mãos de Tesoura” no qual o seu criador improvisa umas mãos à sua criatura com tesouras quando está prestes a morrer. Muito esquisito não? [risos] Mas não é tudo. Os Sindicatos Laranja e Negro dos Rumpelstiltskin Grinder, também conhecidos como Best Dudes Ever [B.D.E.], adquirem o Spyborg e mandam-no numa missão de espionagem para o futuro. A intenção é a dele arranjar informação sobre os nossos inimigos para que possamos antecipar a sua estratégia. Quando descobrimos que o nosso Spyborg foi descoberto pelo inimigo, demos-lhe ordem para matar tudo o que tivesse à sua vista. Missão falhada! [risos]
Deduzo que a vossa mais recente tournée tenham proporcionado muitos episódios dignos de registo. Para terminar, pedia-lhe que nos contasse alguns.
Conhecemos o pequeno Richard, a nossa carrinha avariou duas vezes, eu cai por um buraco e alguns putos roubaram a minha carteira, o carro do Ryan avariou em frente à casa do Mario Andretti [o famoso piloto de corridas], etc. Enfim, eu podia ficar o dia todo a contar episódios que nos aconteceram.
Não temem que Deus vos castigue por isso?
Não, não tenho medo. Eu vou para a Igreja e como as “bolachas” de Jesus. Desta maneira eu posso fazer o que quiser que depois vou pedir perdão todos os domingos. [risos] Às vezes eu toco nos putos inadequadamente na Igreja, mas é fixe porque eu só me poderei arrepender na próxima vez que for lá.
E os media têm sido muito cruéis com o vosso último álbum?
Bom, sempre haverão paneleiros. Todos os que disserem que o nosso álbum não presta ou não o ouviu mais de 30 segundos ou são apenas snobs que só ficam impressionados com o cume da técnica e do virtuosismo. Que se lixem estes gajos.
As vossas capas sempre tiveram aquele aspecto de banda-desenhada. Porquê?
Boa pergunta, porque nós nem lemos banda-desenhada. Apenas gostamos de coisas espectaculares e é isso que depois mostramos. Esta seria uma perguntam mais adequada ao Mike Hrubovcak, o autor das capas dos nossos dois álbuns, do nosso logotipo e do nosso website. Demos-lhe uma ideia básica do que queríamos e o resto foi com ele.
Rumpelstiltskin será o duende que aparece na capa do vosso primeiro álbum?
Eu penso que sim. Será ele? É um gajo que rouba bebés! [risos]
E podemos dizer que o monstro de um olho só que aparece na capa de “Living For Death, Destroying The Rest” é um Bush sem máscara a reclamar, frustrado, pelo seu trono novamente?
Existem semelhanças, mas na realidade é apenas um Cyclop fulo. Ele comanda legiões subterrâneas de oficiais e duendes guerreiros.
Quanto à banda, sente-se bem por funcionar agora só com quatro elementos? O Eli perdeu o entusiasmo que tinha pelo “sindicato secreto”?
Sim, é mais fácil sermos apenas quatro elementos na banda. Contudo, todos nós escrevemos música, portanto, continua complicado mesmo só com quatro pessoas. Se pudesses testemunhar o quão atrasados e difíceis de lidar nós somos, perceberias porque o Eli deixou a banda. Estou a brincar! Agora a sério: ele deixou, realmente, de ter tempo para a banda.
Sabe se ele tem planos para continuar com outro projecto?
Sim, ele canta nos XXX Maniak neste momento. Violado por um atrasado mental! [risos]
Ainda costumam bloquear durante a composição? Ou seja, vocês parecem-me tão descontraídos que isso soa-me impossível de acontecer…
Realmente não costuma acontecer. Eu anoto tudo o que toco mesmo que seja a ideia mais estúpida de sempre. Mas isso mantém as ideias a fluir.
Perseguiram algum objectivo em especial com “Living For Death, Destroying The Rest”?
Os nossos objectivos eram matar, matar e matar. Sem dúvida, atingimo-los! [risos] O nosso objectivo principal era nunca ter partes nas nossas músicas que estivessem lá apenas para encher. Cada segundo de cada uma das nossas músicas é 100% necessária.
Neste disco não há tanto espaço a melodia como no seu antecessor. Sentem-se mais revoltados que nunca?
Hmmm, sim, com certeza. Contudo, ainda existe alguma melodia em temas como “Sewers Of Doom”.
Qual é a formula para se compor e fazer parte dos Rumpelstiltskin Grinder? Algumas cervejas e ver documentários sobre teorias da conspiração?
Talvez o Matt veja documentários sobre conspirações. Quanto a mim eu rio-me deles, não lhes dedico tempo do meu dia-a-dia. Apenas bebemos milhares de cervejas, mas acho que somos mais inspirados por jogos de vídeo e filmes de comédia e acção do que propriamente livros de banda-desenhada. Também nos inspiramos noutros tipos de música e em livros sobre assuntos esquisitos.
As vossas letras são sempre muito divertidas. Podia eleger a sua preferida e explicar do que fala?
“Spyborg” tem provavelmente o conceito mais “fora desse mundo” do nosso repertório. O Spyborg nasce num cemitério criado por um fantasma moribundo. O fantasma põe ao contrário as pernas do Spyborg, porque está prestes a morrer, e é só isso que o fantasma tem tempo de fazer. Isto é algo como o que acontece em “Eduardo Mãos de Tesoura” no qual o seu criador improvisa umas mãos à sua criatura com tesouras quando está prestes a morrer. Muito esquisito não? [risos] Mas não é tudo. Os Sindicatos Laranja e Negro dos Rumpelstiltskin Grinder, também conhecidos como Best Dudes Ever [B.D.E.], adquirem o Spyborg e mandam-no numa missão de espionagem para o futuro. A intenção é a dele arranjar informação sobre os nossos inimigos para que possamos antecipar a sua estratégia. Quando descobrimos que o nosso Spyborg foi descoberto pelo inimigo, demos-lhe ordem para matar tudo o que tivesse à sua vista. Missão falhada! [risos]
Deduzo que a vossa mais recente tournée tenham proporcionado muitos episódios dignos de registo. Para terminar, pedia-lhe que nos contasse alguns.
Conhecemos o pequeno Richard, a nossa carrinha avariou duas vezes, eu cai por um buraco e alguns putos roubaram a minha carteira, o carro do Ryan avariou em frente à casa do Mario Andretti [o famoso piloto de corridas], etc. Enfim, eu podia ficar o dia todo a contar episódios que nos aconteceram.
Nuno Costa
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