Foi entre 11 e 20 de Janeiro de 1985 que aconteceu na Barra da Tijuca, que divide o bairro de Jacarepaguá, a primeira edição daquele que é, por muitos, considerado o maior festival do Mundo. Da mente do empresário Roberto Medina surgiu um projecto que marcaria para sempre o conceito dos grandes festivais e que registou sempre números impressionantes. A primeira edição do evento possuia o maior palco [5 mil metros quadrados] construído até então e a “Cidade do Rock” [uma área com 250 mil metros quadrados] foi capaz de albergar grandes superfícies de fast food, dois centros comerciais com 50 lojas, dois centros de atendimento médico e várias outras infra-estruturas planificadas para atender perto de um milhão e meio de pessoas. O festival viria a ter mais duas edições no Brasil [1991 e 2001] antes de ser “exportado” para Lisboa [2004, 2006, 2008] e Madrid [2008]. O sucesso do evento manteve-se aliando-se ainda a um simbolismo humanitário, em 2001, quando abriu a sua edição com cinco minutos de silêncio cumpridos por centenas de rádios e televisões.
O Rock In Rio é um simbolo mediático da música rock e popular que continuará a fazer as delícias de todos já nas próximas edições que se avizinham [2010 em Portugal e Madrid]. Em termos de curiosidades de "bastidores", talvez o facto de Medina ter hipotecado o prédio da sua agência para começar a contratar artistas seja uma das mais relevantes. Quanto aos artistas, os AC/DC viram o seu sino de 1500 kg ter que ser substituido à última da hora por um de gesso, já que a estrutura do palco não aguentava; os Iron Maiden tiveram na edição 2001 do festival a sua maior plateia de sempre [250 mil pessoas]; Ozzy Osbourne que havia arrancado à dentada a cabeça de um morcego num concerto em 1982 teve que obedecer a uma cláusula que o proíbia de maltratar qualquer animal em palco, resguardando-se a organização de quaisquer problemas com a Sociedade Protectora dos Animais. Também o concerto de Ozzy ficou marcado pelo solo sem baquetas de Tommy Aldridge. Ainda uma das maiores polémicas do festival foram as acusações de que Britney Spears não cantava ao vivo. A situação foi esclarecida com o argumento de que Britney não conseguia cantar devidamente em simultâneo com as imensas coreagrafias e recorria, por isso, a uma “base pré-gravada” de sua voz.
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