Wednesday, January 10, 2007

Review

DEATHSTARS
"Termination Bliss"
[CD - Nuclear Blast]

Quem inicialmente vê a capa do último álbum dos suecos Deathstars fica na dúvida se não será mais um conjunto seguidor de Marilyn Manson! Ao ouvi-lo, a dúvida dissipa-se rapidamente. Não, não são propriamente seguidores do artista mencionado, mas apresentam sim alguns rasgos musicais semelhantes, para além da imagem transmitida. Perfeitamente catalogados numa vertente Industrial/Goth, acima de tudo, este conjunto funde Metal com tendências electrónicas.

Depois de um primeiro disco menos mediático - “Synthetic Generation” (2003) -, o regresso em 2006 dá-se com este “Termination Bliss”, um disco a fazer lembrar ora Rammstein, ora Type O Negative e, tenuemente, Nine Inch Nails, bandas que, com certeza, são escuta obrigatória da maioria dos membros desta banda.

Whiplasher Bernadotte [voz], Nightmare Industries [guitarra e programação], Skinny [baixo] e Bone Machine [bateria] não são propriamente mestres em originalidade, mas o crédito é merecido quanto à audibilidade deste disco que deverá ser consumido sem preconceitos. Guitarras bem ritmadas e pesadas pautam a estrutura deste trabalho, apimentado pela voz possante e adocicados backing vocals femininos, bem visíveis no tema de abertura “Tongues”. Outros dos momentos mais bem conseguidos nos 44 minutos de todo o CD são “Blitzkrieg”, um tema mais ritmado e, poderá se dizer, mais dançante, “Cyanide”, o primeiro single extraído de “Termination Bliss”, “Death in Vogue”, um dos temas mais rápidos – embora não muito rápido –, “Greatest Fight On Earth”, um dos momentos mais eróticos e sinistros e o tema que dá o nome a este disco que acaba por ser o mais melancólico, negro e introspectivo de todas as onze músicas.

Não é brilhante este disco, mas convence ligeiramente pela atitude que a banda tenta impor. Fica somente a curiosidade de ver o que nos trará um próximo trabalho de estúdio e se, aí sim, vão conseguir adicionar mais criatividade e inovação, não se ficando somente pelas “semelhanças” sonoras, algumas mais que óbvias. De momento, dá-se o benefício da dúvida... [8/10] M.L.

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