"Midwest Pandemic"
[CD – Ferret Music]
Se "As Feathers To Flowers And Petals To Wings" não foi suficiente para arrancar os Twelve Tribes do anonimato, o salto para a Ferret Music e subsequente edição, em 2004, de "Rebirth Of Tragedy" serviram para dar o devido mérito e visibilidade a esta banda de metalcore de Daytona, Ohio.
Hoje em dia, e passadas várias digressões, a maior parte delas com nomes de topo como Killswitch Engage, Lamb Of God, Soulfly ou Machine Head, os Twelve Tribes parecem registar um crescimento cada vez mais acentuado tanto a nível de carisma como de personalidade. Produzido por Andreas Magnusson, "Midwest Pandemic" é o somatório de todos os atributos porque os Twelve Tribes são conhecidos, mas, cada vez mais, a banda americana parece habilitada a incutir mais complexidade nas suas composições. Para comprovar isto, "Midwest Pandemic" apresenta compassos mais complexos, riffs muito intensos e a melodia é menos preponderante, pelo menos em comparação com o seu antecessor, mas igualmente requintada.
O início do álbum com "National Amnezia", Muzzle Order" e "Televangelist" é extremamente intenso e partilha uma cumplicidade que quase nos faz sentir como se estivéssemos a ouvir uma só peça. Sem mais demora, chegam os temas com os refrões mais orelhudos do disco – "Pagan Self Portrait" e "History Versus The Pavement", respectivamente -, onde a voz imponente de Adam Jackson atinge uma dimensão melódica idêntica à de Howard Jones [Killswitch Engage]. A veia hardcore de "Verona", a pesada mas não menos emotiva "Nine Years Time" ou o épico final "The Recovery In Three Parts", são mais alguns dos muitos pontos fortes deste trabalho.
Tanto em universos pesados como melódicos, os Twelve Tribes são responsáveis por um cunho que, apesar dos tempos de correm, é bastante pessoal e representativo, por estranho que isto pareça. A sua técnica não se aproxima de muitas das bandas de metalcore que militam no cenário actual de peso, nem mesmo se reclama um génio ímpar da parte dos Twelve Tribes, mas a verdade é que são senhores de um potencial acima da média para criar bons riffs, refrões e... temas, claro está.
Tanto em universos pesados como melódicos, os Twelve Tribes são responsáveis por um cunho que, apesar dos tempos de correm, é bastante pessoal e representativo, por estranho que isto pareça. A sua técnica não se aproxima de muitas das bandas de metalcore que militam no cenário actual de peso, nem mesmo se reclama um génio ímpar da parte dos Twelve Tribes, mas a verdade é que são senhores de um potencial acima da média para criar bons riffs, refrões e... temas, claro está.
Em suma, este é mais um passo em frente na sua carreira e uma ajuda para fazerem-se rodear de mais uma série de opiniões que, se outrora eram meras suposições, hoje em dia são certezas irrefutáveis. [8/10] N.C.
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