"Razor Burn"
[CD - Massacre Records/Recital]
Apesar de não conhecer os trabalhos anteriores desta banda que já conta com 11 anos de actividade, sabendo à partida que este é o oitavo trabalho destes sul-africanos, no mínimo, espera-se algo consistente, produto de um desenvolvimento gradual. Uma banda que não consegue esta evolução, quase de certeza não consegue gravar oito álbuns!
Apesar de não conhecer os trabalhos anteriores desta banda que já conta com 11 anos de actividade, sabendo à partida que este é o oitavo trabalho destes sul-africanos, no mínimo, espera-se algo consistente, produto de um desenvolvimento gradual. Uma banda que não consegue esta evolução, quase de certeza não consegue gravar oito álbuns!
A primeira impressão não é boa… Sente-se um misto de várias influências que vão desde o rock mais alternativo dos anos 80, obscuro, as raízes, afinal, do movimento gothic. Pode-se caracterizar, desde já, esta como sendo uma banda de gothic/industrial. Mas há algo que não encaixa muito bem, conforme se vai ouvindo este CD.
Nota-se facilmente a depressão, obscuridade e melancolia, características deste género musical [os temas "Bleeding" e "Oblivion" são um bom exemplo disso], quando levado a sério, mas a musicalidade e a composição são algo simplistas. Depois da intro "Outside the Asylum", o tema "Arrow" contem riffs poderosos, vozes dramáticas e um complemento bem regado de sintetizadores, mas realmente o pecado está na simplicidade da música. É um pouco banal e parece que já foi feita várias vezes por muitas outras bandas europeias. Não o designaria por falta de originalidade, mas talvez falta de criatividade. Ainda assim, existem momentos bons neste CD que nem sequer é enfadonho! O tema que dá nome ao álbum "Razor Burn", "Descent", "Oblivion" e "Halo" deverão ser os melhores temas e com os refrões mais apelativos, embora em todo o álbum os temas incitem para momentos de uma certa descontracção…
Julgo que para quem gosta de gothic é só questão de ouvir repetidamente este "Razor Burn". Comigo está a funcionar e cada vez se torna mais aceitável. Se calhar, se fizesse esta review daqui a uma semana a nota já seria outra! Mas prefiro ficar-me por aqui… [6/10] Miguel Linhares
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