"The Toxic Touch"
[CD - Metal Blade/Recital]
Existem grupos que nunca conseguem alcançar um estatuto e mediatismo que possa ser relacionado com sucesso de vendas e aceitação do público-alvo. No entanto, mesmo vivendo no limite do underground e conseguindo alguns airplays em rádios de todo o mundo, cativam milhares de fãs em todos os continentes e tornam-se ícones. Os God Dethroned são um desses grupos.
Existem grupos que nunca conseguem alcançar um estatuto e mediatismo que possa ser relacionado com sucesso de vendas e aceitação do público-alvo. No entanto, mesmo vivendo no limite do underground e conseguindo alguns airplays em rádios de todo o mundo, cativam milhares de fãs em todos os continentes e tornam-se ícones. Os God Dethroned são um desses grupos.
Formados em 1990, na Holanda, foram precisos alguns anos até conseguirem lançar um CD em condições e com um contracto minimamente proveitoso. Em 1997 juntavam-se à Metal Blade e lançaram 6 trabalhos de estúdio, para além de um remastered do primeiro álbum "The Christhunt" de 1992. Este sétimo disco da sua carreira, "The Toxic Touch", foge um pouco ao passado do grupo que se cataloga no mais puro e extremo black/death metal. Embora não conheça todos os trabalhos deles, posso afirmar que este disco é um pouco mais melodioso do que os seus antecessores. Não deixa de ser death metal, só que é mais inteligente.
Actualmente com Ariën Van Weesenbeek na bateria, Henri na guitarra e voz, Henk Zinger no baixo e Isaac Delahaye na guitarra, os God Dethroned fazem aqui um trabalho quase perfeito no que concerne a death metal, com muitos traços de bom trash, daquele dos anos 80 que já quase não se faz! Basta ouvir a fabulosa "2014", ou a contagiante "Falling Down"… Na verdade é difícil escolher ou catalogar cada música deste álbum. Está tudo muito bem conseguido e fiel a um metal coeso, poderoso e melodioso senão – e não resisto a mencionar mais uma – ouçam a faixa 6 "The Day You Died". Para além de serem temas que nos entram muito bem no quarto ou na sala, é só imaginá-los ao vivo…
Definitivamente, um dos melhores álbuns que ouvi nos últimos anos e de uma banda que nem surpreendia tanto assim. É bom ver quando as bandas evoluem e não se deixam presas ao mesmo som toda a sua carreira. Maturidade – neste caso – é sinal de qualidade. [9/10] Miguel Linhares
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