No âmbito de uma rubrica aberta por força e interesse em promover a intensa – invulgar – e muito saudável actividade de estúdio actual das bandas açorianas e igualmente para servir aqueles que anseiam por detalhes sobre o que está reservado na “sombra” dos estúdios locais, a SounD(/)ZonE oferece aqui um dos primeiros "Studio Updates" que prometem satisfazer muita da curiosidade actual gerada à volta destas vindouras obras açorianas. Não havendo garantias de serem editadas todas este ano, a realidade é se preparam muitos trabalhos num sinal claro de que algo de bom parece querer despontar do meio do atlântico. Aguardam-se discos de estreia e novos trabalhos em discografias erguidas a pulso. Ao longo das próximas semanas este será o espaço "espia" que lhe trará pormenores fresquinhos e exclusivos dos próximos álbuns de peso com chancela açoriana.
IN PECCATVM
Como um dos mais importantes estandartes de uma “geração sobrevivente” de projectos gerados na década de 90, nos Açores – a par deles só mesmo os incontornáveis Morbid Death se mantêm activos –, os In Peccatum, naturais da Fajã de Baixo, em S. Miguel, atingem agora a marca notável dos dez anos de carreira. Por este motivo encontram o melhor pretexto para se empenharem em assinalar esta data e tornar 2008 um ano de celebração. Depois da regravação da demo-tape “Just Like Tears”, de 1999, a banda garante editar, por seus próprios meios, um novo trabalho de originais este ano. Por via de tópicos, deixamos aqui informações actualizadas e exclusivas do que se passa no estúdio de gravação e muitos outros detalhes à volta do sucessor de “Antília”.
ESTÚDIO
Juntos com o guitarrista e produtor/engenheiro de som Eduardo Botelho desde de Junho/Julho de 2007 nos estúdios Globalpoint, em Ponta Delgada, a banda de António Neves [voz, guitarra], Hélder Almeida [guitarra], André Gouveia [baixo], João Oliveira [bateria] e Bruno Santos [teclados] está neste momento a terminar as vozes do último tema do seu futuro EP. De seguida entrará no processo de mistura e masterização, também a cargo de Eduardo Botelho. Está previsto o término dos trabalhos de estúdio para daqui a dois meses.
FORMATO DA EDIÇÃO
O quarto trabalho dos In Peccatum sairá em formato EP, composto por quatro temas e presumivelmente com faixas intro e outro. A banda prepara meios para o editar de forma independente. Segundo a banda “está fora de questão procurar editora”. “Até não seria de todo impossível arranjar quem o lançasse, mas, no entanto, não estamos preparados para dar resposta às eventuais exigências de um selo discográfico”, sublinha o baixista André Gouveia.
ORIENTAÇÃO MUSICAL
“Doom/goth na mesma linha daquilo que a banda vem fazendo nos últimos tempos, mais propriamente representando o seguimento natural de um trabalho como “Antília””, assim define a banda o seu futuro EP. Acrescenta ainda que neste disco “os extremos estão mais demarcados – é um trabalho simultaneamente mais pesado e melódico, pois nem todas as faixas apresentam a mesma dinâmica”.
CONCEITO
A banda micaelense certamente vinca aqui uma maneira própria de estar, conceber e escrever a sua música, para além de que manifesta um “patriotismo” louvável e muito saudável. Após o conceito baseado nas lendas das Sete Cidades adoptado em “Antília”, o quinteto volta a abordar as raízes e vida açorianas, decaindo desta vez o pressuposto lírico e estético na sismologia e na natureza vulcânica dos Açores. “É uma temática que abrange todos os temas presentes neste novo EP, a qual mantém-se à volta das erupções, vulcões, da agonia que estes fenómenos geram quando em manifestações mais violentas ou mesmo em circunstâncias de catástrofe”, detalha André Gouveia. A banda compromete-se a manter este estilo de escrita pois “pura e simplesmente gosta muito do local onde vive e não lhe é de todo difícil absorver as energias da sua ilha e beber inspiração em coisas tão belas e ao mesmo tempo tão ignoradas como, por exemplo, as paisagens açorianas, belas, únicas e com tantas estórias para e por contar”, justifica Gouveia. Contudo, mantém-se uma incógnita o título do seu novo trabalho: “Ainda não decidimos qual vai ser. Provavelmente, vai ser a última coisa…”, conclui o baixista.
ARTWORK
Seguindo a tendência para ser auto-suficiente, também neste detalhe os In Peccatum assumem a responsabilidade de conceber a capa do seu novo EP. “O nosso projecto gráfico não é de todo arrojado. Por isso, qualquer um de nós dá conta do recado”, confessam. Porém, a banda ainda não trabalha na sua concepção ou definiu o seu aspecto final.
PROCESSO DE COMPOSIÇÃO
“Acreditem ou não, o processo de composição destes novos temas foi muitíssimo semelhante àquele que se registava quando éramos um trio. Creio que isso deve-se ao facto dos novos elementos da banda irem beber influências às mesmas fontes que eu, o Neves e o Almeida no passado”, garante André Gouveia. Acrescenta ainda que “para além disso, todos os elementos novos já faziam parte da banda na fase de composição deste novo trabalho e contribuíram com ideias, se bem que o grosso dos temas surge quase sempre do Almeida”.
DEZ ANOS DE “PECADO”
O peso desta data influi decisivamente na opção de editarem este novo trabalho este ano. A banda garante mesmo que “se não fosse por isso o disco poderia ter saído mais cedo ou então mais tarde”. A par disso, é uma efeméride que “ajuda a promover o trabalho, embora este venha a ser um projecto pequeno e com os pés bem assentes na terra. Mas é sempre uma mais-valia e, ao fim ao cabo, acaba por fazer sentido, pois vai ser uma demonstração daquilo que foram dez anos de evolução e crescimento. Não teria o mesmo sentido se tal acontecesse aquando do nono ou décimo primeiro aniversários da banda”, conclui Gouveia.
IN PECCATVM
Como um dos mais importantes estandartes de uma “geração sobrevivente” de projectos gerados na década de 90, nos Açores – a par deles só mesmo os incontornáveis Morbid Death se mantêm activos –, os In Peccatum, naturais da Fajã de Baixo, em S. Miguel, atingem agora a marca notável dos dez anos de carreira. Por este motivo encontram o melhor pretexto para se empenharem em assinalar esta data e tornar 2008 um ano de celebração. Depois da regravação da demo-tape “Just Like Tears”, de 1999, a banda garante editar, por seus próprios meios, um novo trabalho de originais este ano. Por via de tópicos, deixamos aqui informações actualizadas e exclusivas do que se passa no estúdio de gravação e muitos outros detalhes à volta do sucessor de “Antília”.
ESTÚDIO
Juntos com o guitarrista e produtor/engenheiro de som Eduardo Botelho desde de Junho/Julho de 2007 nos estúdios Globalpoint, em Ponta Delgada, a banda de António Neves [voz, guitarra], Hélder Almeida [guitarra], André Gouveia [baixo], João Oliveira [bateria] e Bruno Santos [teclados] está neste momento a terminar as vozes do último tema do seu futuro EP. De seguida entrará no processo de mistura e masterização, também a cargo de Eduardo Botelho. Está previsto o término dos trabalhos de estúdio para daqui a dois meses.
FORMATO DA EDIÇÃO
O quarto trabalho dos In Peccatum sairá em formato EP, composto por quatro temas e presumivelmente com faixas intro e outro. A banda prepara meios para o editar de forma independente. Segundo a banda “está fora de questão procurar editora”. “Até não seria de todo impossível arranjar quem o lançasse, mas, no entanto, não estamos preparados para dar resposta às eventuais exigências de um selo discográfico”, sublinha o baixista André Gouveia.
ORIENTAÇÃO MUSICAL
“Doom/goth na mesma linha daquilo que a banda vem fazendo nos últimos tempos, mais propriamente representando o seguimento natural de um trabalho como “Antília””, assim define a banda o seu futuro EP. Acrescenta ainda que neste disco “os extremos estão mais demarcados – é um trabalho simultaneamente mais pesado e melódico, pois nem todas as faixas apresentam a mesma dinâmica”.
CONCEITO
A banda micaelense certamente vinca aqui uma maneira própria de estar, conceber e escrever a sua música, para além de que manifesta um “patriotismo” louvável e muito saudável. Após o conceito baseado nas lendas das Sete Cidades adoptado em “Antília”, o quinteto volta a abordar as raízes e vida açorianas, decaindo desta vez o pressuposto lírico e estético na sismologia e na natureza vulcânica dos Açores. “É uma temática que abrange todos os temas presentes neste novo EP, a qual mantém-se à volta das erupções, vulcões, da agonia que estes fenómenos geram quando em manifestações mais violentas ou mesmo em circunstâncias de catástrofe”, detalha André Gouveia. A banda compromete-se a manter este estilo de escrita pois “pura e simplesmente gosta muito do local onde vive e não lhe é de todo difícil absorver as energias da sua ilha e beber inspiração em coisas tão belas e ao mesmo tempo tão ignoradas como, por exemplo, as paisagens açorianas, belas, únicas e com tantas estórias para e por contar”, justifica Gouveia. Contudo, mantém-se uma incógnita o título do seu novo trabalho: “Ainda não decidimos qual vai ser. Provavelmente, vai ser a última coisa…”, conclui o baixista.
ARTWORK
Seguindo a tendência para ser auto-suficiente, também neste detalhe os In Peccatum assumem a responsabilidade de conceber a capa do seu novo EP. “O nosso projecto gráfico não é de todo arrojado. Por isso, qualquer um de nós dá conta do recado”, confessam. Porém, a banda ainda não trabalha na sua concepção ou definiu o seu aspecto final.
PROCESSO DE COMPOSIÇÃO
“Acreditem ou não, o processo de composição destes novos temas foi muitíssimo semelhante àquele que se registava quando éramos um trio. Creio que isso deve-se ao facto dos novos elementos da banda irem beber influências às mesmas fontes que eu, o Neves e o Almeida no passado”, garante André Gouveia. Acrescenta ainda que “para além disso, todos os elementos novos já faziam parte da banda na fase de composição deste novo trabalho e contribuíram com ideias, se bem que o grosso dos temas surge quase sempre do Almeida”.
DEZ ANOS DE “PECADO”
O peso desta data influi decisivamente na opção de editarem este novo trabalho este ano. A banda garante mesmo que “se não fosse por isso o disco poderia ter saído mais cedo ou então mais tarde”. A par disso, é uma efeméride que “ajuda a promover o trabalho, embora este venha a ser um projecto pequeno e com os pés bem assentes na terra. Mas é sempre uma mais-valia e, ao fim ao cabo, acaba por fazer sentido, pois vai ser uma demonstração daquilo que foram dez anos de evolução e crescimento. Não teria o mesmo sentido se tal acontecesse aquando do nono ou décimo primeiro aniversários da banda”, conclui Gouveia.
Nuno Costa
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