HATESPHERE
“To The Nines”
[CD – Napalm Records / Fiomúsica]
São das jovens bandas de inspiração sueca mais interessantes dos últimos anos. Com uma apreciável rodagem quer em palco quer em termos de discos editados – este é o sexto em oito anos de carreira, sem contar com dois EP’s –, o que se consta é que esta banda dinamarquesa é das mais consistentes, trabalhadoras e perseverantes de uma nova colheita "milenar" de talentos. A sua sonoridade thrash/death metal com o cunho melódico de Gotemburgo é até uma receita mais que óbvia para quem quer agarrar com alguma facilidade os jovens ouvintes, mas a verdade é que há também muitos que o tentam e não conseguem.
Sem fazer absolutamente nada de espampanante neste quadrante, sempre muito guiados pelos The Haunted, o renovado colectivo de Aarhus – depois de uma recente e intensa remodelação na sua formação onde já só resta o guitarrista original Peter Hansen – consegue voltar em “To The Nines” com a força e vigor que sempre os caracterizou. Isso só vem demonstrar que o cérebro deste projecto ainda está aqui presente e possivelmente com a ajuda dos seus novos companheiros concebeu um disco que é mais dinâmico e agressivo que o anterior “The Serpent and Killer Eyes”, de 2007.
Quem já os conhece não vai achar que os Hatesphere tenham acrescentado absolutamente elemento nenhum à sua fórmula, nem mesmo se sente que os novos elementos da banda [e são quatro] tenham vindo mexer muito com a essência da banda. Todavia, há sim um esmiuçar de certos elementos que em maior ou menor proporção nos vão sendo sugeridos desde a sua estreia homónima, em 2001.
No cômputo geral, “To The Nines” é mais fluido e rápido que o seu antecessor, que era muito pautado pelo groove, mas ao mesmo tempo oferece ganchos com maior magnetismo e até o tema “Clarity” é potencialmente o tema com mais ar de single que a banda compôs até hoje, embora não soe plástico em nenhum momento. É sim um excelente exercício de thrash modernaço pleno de balanço.
Ao todo são mais dez temas muito consistentes que não desiludirão de forma alguma os fãs da banda… apenas aqueles a quem a dose de thrash/death metal moderno está ainda longe de lhes enfartar. Enquanto houver espaço e predisposição para se consumir este tipo de música, os Hatesphere estarão sempre num plano de destaque e serão compensados pela qualidade com que exploram o seu mundo. [7/10] N.C.
Estilo: Thrash/Death Metal melódico
Discografia:
- “Hatesphere” [CD 2001]
- “Bloodred Hatred” [CD 2002]
- “Something Old, Something New, Something Borrowed and Something Black” [EP 2003]
- “Ballet Of The Brute” [CD 2004]
- “The Killing” [EP 2005]
- “The Sickness Within” [CD 2005]
- “Serpent Smiles And Killer Eyes” [CD 2007]
- “To The Nines” [CD 2009]
www.hatesphere.com
www.myspace.com/hatesphere
“To The Nines”
[CD – Napalm Records / Fiomúsica]
São das jovens bandas de inspiração sueca mais interessantes dos últimos anos. Com uma apreciável rodagem quer em palco quer em termos de discos editados – este é o sexto em oito anos de carreira, sem contar com dois EP’s –, o que se consta é que esta banda dinamarquesa é das mais consistentes, trabalhadoras e perseverantes de uma nova colheita "milenar" de talentos. A sua sonoridade thrash/death metal com o cunho melódico de Gotemburgo é até uma receita mais que óbvia para quem quer agarrar com alguma facilidade os jovens ouvintes, mas a verdade é que há também muitos que o tentam e não conseguem.
Sem fazer absolutamente nada de espampanante neste quadrante, sempre muito guiados pelos The Haunted, o renovado colectivo de Aarhus – depois de uma recente e intensa remodelação na sua formação onde já só resta o guitarrista original Peter Hansen – consegue voltar em “To The Nines” com a força e vigor que sempre os caracterizou. Isso só vem demonstrar que o cérebro deste projecto ainda está aqui presente e possivelmente com a ajuda dos seus novos companheiros concebeu um disco que é mais dinâmico e agressivo que o anterior “The Serpent and Killer Eyes”, de 2007.
Quem já os conhece não vai achar que os Hatesphere tenham acrescentado absolutamente elemento nenhum à sua fórmula, nem mesmo se sente que os novos elementos da banda [e são quatro] tenham vindo mexer muito com a essência da banda. Todavia, há sim um esmiuçar de certos elementos que em maior ou menor proporção nos vão sendo sugeridos desde a sua estreia homónima, em 2001.
No cômputo geral, “To The Nines” é mais fluido e rápido que o seu antecessor, que era muito pautado pelo groove, mas ao mesmo tempo oferece ganchos com maior magnetismo e até o tema “Clarity” é potencialmente o tema com mais ar de single que a banda compôs até hoje, embora não soe plástico em nenhum momento. É sim um excelente exercício de thrash modernaço pleno de balanço.
Ao todo são mais dez temas muito consistentes que não desiludirão de forma alguma os fãs da banda… apenas aqueles a quem a dose de thrash/death metal moderno está ainda longe de lhes enfartar. Enquanto houver espaço e predisposição para se consumir este tipo de música, os Hatesphere estarão sempre num plano de destaque e serão compensados pela qualidade com que exploram o seu mundo. [7/10] N.C.
Estilo: Thrash/Death Metal melódico
Discografia:
- “Hatesphere” [CD 2001]
- “Bloodred Hatred” [CD 2002]
- “Something Old, Something New, Something Borrowed and Something Black” [EP 2003]
- “Ballet Of The Brute” [CD 2004]
- “The Killing” [EP 2005]
- “The Sickness Within” [CD 2005]
- “Serpent Smiles And Killer Eyes” [CD 2007]
- “To The Nines” [CD 2009]
www.hatesphere.com
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