
Monday, July 31, 2006
Illuminate - Dupla alma

Thursday, July 27, 2006
Entrevista Painstruck
Uma das maiores insígnias do metal nacional está de volta com um novo trabalho. Os thrashers Painstruck editaram no mês passado o E.P. “The Scalpel”, coisa que já não acontecia desde 2002, altura em foi lançado “A Whole New Perception”. A abrir expectativas para um novo trabalho, já em preparação, a trupe comandada por Nuno Loureiro faz dessa forma um tributo aos fãs e aproveita para testar novos elementos no seu som sem, no entanto, comprometer de forma alguma a sua identidade. Foram estes os motivos que nos levaram a contactar o mentor deste projecto.
Um mês já decorrido após o lançamento de “The Scalpel” consegues já avaliar o seu impacto, as reacções do público?
Temos sido presenteados com reacções muito positivas em relação a todo o conteúdo e muita surpresa pelo facto de ser um E.P. e não um álbum.
Provavelmente já te perguntaram isso muitas vezes, mas porquê esse hiato tão longo entre as vossas duas últimas edições?
Deveu-se principalmente ao facto de termos tido muitos problemas de line-up, o que condicionou todo o envolvimento em actuações ao vivo. Logo, sem possibilidade de promoção a nivel de estrada, não fazia sentido investir numa edição para ficar na prateleira.
“The Scalpel” fala de quê?
O título é alusivo a todo o conteúdo do E.P.. Nele estão representadas várias facetas dos Painstruck, como a música “Room To Excel” que tem uma aproximação instrumental completamente fora do que as pessoas estão habituadas a ouvir dos Painstruck. Temos dois videos, um deles com um som bastante crú de concerto, mas que representa, à sua maneira, um típico concerto nosso. Ainda arranjámos espaço para, nesse vídeo, fazer um tributo às pessoas que têm trabalhado connosco e ajudado a banda nestes últimos anos.
Qual o verdadeiro intuito de “The Scalpel”?
Presentear os nossos fãs com algo realmente diferente e único, porque o que saíu neste E.P., à excepção da música “Last Gasp”, não irá sair em mais edição nenhuma. Portanto, é um artigo completamente exclusivo e, é claro, divulgar a nossa música.
Certamente, temos nestes 4 temas o prenúncio do que será, musicalmente, o vosso próximo álbum, certo?
De certa forma sim, é Painstruck!

Bom, neste momento estamos mais concentrados em promover o E.P..
Temos muitas músicas excelentes compostas. Pré-produzi-las e escolhê-las vai ocupar o seu tempo. De qualquer forma não faz sentido lançar um E.P. e ir logo a correr lançar o álbum. Tivemos a opção de lançar um ou outro e fizemo-la de maneira a não andarmos a tropeçar nos nossos próprios objectivos.
Já nos consegues prever a sua estrutura, nomeadamente a nível de número de faixas, título, etc?
Não, ainda é tudo muito prematuro mas serás dos primeiros a saber! (risos)
Neste momento, estão a trabalhar com a DFX Media. Está cessada a colaboração da Paranoid Records convosco?
Somos grandes amigos do pessoal da Paranoid, mas estando a trabalhar com a DFX não temos necessidade de trabalhar com mais alguma editora, a não ser a nivel de distribuição.
Para além dos concertos de lançamento do EP, os Painstruck têm actuado mais ao vivo?
O ano passado demos trinta concertos todos em Portugal, tocámos em vários festivais e tivemos um ano fantástico. Este ano abrimos para Testament, fomos cabeças-de-cartaz no festival Alta Tensão, entre outros, e os planos apontam para, a partir de Setembro, voltarmos à carga. Temos tocado muito e é certo que nem sempre chegam aos ouvidos de toda a gente, mas sempre que nos quiserem lá estaremos a divertir-mo-nos e a dar o nosso melhor.
O Nuno tem trabalhado muito como produtor ou não?
Tenho sim senhor, obrigado!
Tens sido muito surpreendido com os projectos que tens produzido? Alguma análise à cena musical portuguesa que queiras fazer?
Cada banda que gravo me surpreende sempre pelo melhor, não especialmente pela musicalidade ou serem eximios instrumentistas, mas principalmente pela maturidade e profissionalismo com que o projecto é abordado.

Acredita que ainda hoje relatamos histórias da nossa estadia e de todo o pessoal que nos acompanhou e tão bem nos acolheu. O pessoal de Tolerance0 que eu revi mais tarde, são grandes amigos! Se me pusesse a falar das saudades que eu e o Paulo Lafaia temos vossas nunca mais parava de escrever. Digamos que foi um fim-de-semana mágico, adorámos tocar e espero sinceramente aí voltar o mais rapidamente possível. Abraços a todos e um agradecimento especial para ti, por todo o apoio.
Nuno Costa
www.painstruck.com
Wednesday, July 26, 2006
Bosque/Stenhil - Split CD disponível

Faithfull - No Hard Rock Cafe

Live Zone [report]
I CONCURSO RIBEIRA GRANDE POP/ROCK
06.07.06 – Mercado Municipal, Ribeira Grande
No passado dia 6 de Julho decorreu a grande final do I Concurso Ribeira Grande Pop/Rock. Da final deste concurso organizado pela Câmara Municipal da Ribeira Grande, fizeram parte os A Different Mind (Pico da Pedra), The Bliss (Vila Franca do Campo), Nableena (Ribeira Grande), Crossfaith (Capelas) e Old House (Vila Rabo de Peixe), apurados a partir de uma primeira fase de selecção por maquetas em que fizeram também parte os Anjos Negros (S. Vicente Ferreira), Motherfoca (Covoada), Nurband (Vila Rabo de Peixe), 5ª Via (Vila Rabo de Peixe) e Psy Enemy (Ponta Delgada). Este é um formato musical há muito arredado dos palcos micaelenses, mais precisamente desde 98, ano em que decorreu a última edição do aclamado Concurso Novas Ondas. Este terá sido, certamente, um dos motivos que fez deslocar várias dezenas de pessoas ao Mercado Municipal da Ribeira Grande nesta data.
Num cenário imponente – óptimo palco e logística –, mas num arranque de espectáculo que tardou em chegar, subiram então ao palco os A Different Mind. Vindos de uma prestigiante vitória no Concurso Angra Rock 2006, nem estão volvidos dois meses, a banda pico pedrense, tanto pela sua experiência como pelos feitos alcançados na sua carreira, apontavam para si grande porção das apostas em relação ao presumível vencedor. O seu Rock alternativo e acessível mostrou-se, mais uma vez, de uma tremenda eficácia. Os níveis de composição são absolutamente sedutores e a doce [quase hipnótica] voz de Elisabete Dias perfazem um lote de características ganhadoras para quem pretende chegar a várias públicos ou a um bom sucesso comercial. Apesar do azar de terem rebentado uma corda de guitarra durante o espectáculo, a banda não se ressentiu dessa quebra rítmica e o seu psicológico manteve-se frio e concentrado. Pormenor negativo continua a ser mesmo a presença da banda em palco. Embora isto não contribua, indiscutivelmente, para os índices de energia que um concerto deve transmitir, começamos, no entanto, a consciencializar-nos de que aquela é uma maneira pessoal de estar em palco... até porque a questão aqui não é falta de experiência é, certamente, forma de estar. Cabe, no entanto, aos A Different Mind decidirem se a devem alterar ou não.
Os Nableena foram a banda que se seguiu. Decorridos breves segundos da sua actuação, já nos apercebíamos que o som preparado na mesa não era o melhor. Torna-se cada vez mais difícil encontrar profissionais da área aptos a produzir espectáculos de metal e, por aí, mancham-se muitas vezes concertos e, mais grave, o nome das bandas. Não fosse o valor efectivo deste colectivo da Ribeira Grande e, certamente, muita gente sairia de lá com má impressão do seu trabalho. No caso daqueles que não são estranhos a esse tipo de som, logo – em princípio – com um ouvido mais apurado, tornou-se mais fácil detectar as boas ideias e intenções deste quinteto. Formados por nomes conhecidos do nosso panorama de peso – Filipe Vale [vocalista Opressive], Petr Labrentsev [guitarrista ex-First Commandment], Pedro Couto [guitarrista], Rui Anjos [baixista ex-Gnosticism, ex-Kaos, ex-Vozes Ocultas] e Gualter Couto [baterista ex-First Commandment] –, os Nableena demonstraram um death/black/thrash algo atípico, difícil de caracterizar, onde as bruscas mudanças rítmicas nos deixavam confusos, mas ao mesmo tempo desafiados a entender a sua complexidade. Para muitos este poderá ter sido um desempenho confuso, onde se reclamarão falhas a nível de composição, mas numa altura em que poucos ousam arriscar no meio musical, creio que isso lhes valeu pontos a favor. Variedade, balanço, brutalidade, melodia q.b. e uma perspectiva progressiva – palavra chave para o resultado eclético da sua música – fez com que esta se tornasse uma actuação cativante.
Em terceiro lugar subiram ao palco os Old House. Mais prolífera do que aquilo que se poderia pensar à partida, pelo menos antes deste concurso, a cena musical da Vila de Rabo de Peixe revelou neste concurso três nomes. Dois deles praticamente desconhecidos da maioria do público, à excepção dos pop/rockers Nurband, pairava, por isso, sobre os Old House alguma curiosidade. “Trepado” o palco e de instrumentos em punho, os Old House “rasgaram” o éter com um som pop/rock, bem ao estilo de um João Pedro Pais. Dizimaram-se assim as hipóteses de que naquela Vila as tendências musicais já se tivessem expandido. Mais preocupante foi a vibração amadora que transmitiram. Assistimos a temas com alguma potencialidade do ponto de vista pop, bem “arrumadinhos”, alguns refrões a quererem impor-se, mas muito pouca convicção ou profundidade na sua actuação. Tecnicamente, a banda demonstrou-se muito sóbria, mas afinal de contas, este é um aspecto que nem podemos contestar face ao cariz e objectivos da sua música. Mas o facto é que a banda não convenceu... nem brilhou.
De seguida, os The Bliss. Estes vila franquenses são uma das bandas mais badaladas nos últimos tempos ou não tivessem sido eles um dos premiados do Angra Rock deste ano. Com três temas já conhecidos do seu repertório apresentaram-se em palco muito mais espicaçados, dando assim um dos seus concertos mais enérgicos a que assistimos nos últimos tempos. As suas canções são já reconhecidas pelo seu potencial orelhudo e, a partir daí, pouco ou nada há a dizer – as suas músicas funcionam. Sabemos que o que os The Bliss fazem está ainda longe de ser original – algo próximo de Creed, Sinch ou Rage Against The Machine –, mas é inegável o seu magnetismo. Ainda em fase de desenvolvimento – é preciso que se note que só muito recentemente a banda se lançou na composição de originais -, a banda de Guerreiro [vocalista] só tem que criar a sua própria personalidade para ganhar a confiança de todos. Uma voz muito boa e uma guitarra muito sólida, fazem desta uma banda muito eficaz. E isto é, de facto, um trunfo!
Para finalizar, os Crossfaith tomaram o palco. Com o atractivo de que íamos ver, pela primeira vez, Kadi [Spitshine] na voz, tornou-se especialmente aguardada esta actuação. Kadi é, certamente, detentor de uma das melhores vozes melódicas a enquadrar em sonoridades Hard’n’Heavy na nossa região... mas, de facto, foi nos deixando a aperceber ao longo do concerto que não está ainda perfeitamente entrosado com a banda e os seus temas. Alguns desafinos pouco habituais foram sintomáticos disso... A banda esta continua igual a si própria. No entanto, creio que é indiscutível que ainda lhe falta qualquer coisa. Para quem sabe dos seus resultados nos concursos que participou recentemente, fica com a sensação de que a banda “morre” sempre à beira da “água”. Tecnicamente a banda está muito longe de surpreender, ainda mais para quem teima em reclamar o metal progressivo como sua maior influência. Se primeiro era a voz o seu elo mais fraco, esta era, à priori, uma lacuna colmatada com a entrada de Kadi. Sendo que este ainda não se encontra na forma ideal, ainda não foi desta que a banda surpreendeu. Mas mesmo imaginando um Kadi em pleno, foi nos dada a prova de que não será só uma boa voz a salvar a “honra do convento”. “Bleed For Me” é, unanimemente, o tema mais forte da banda, mas pouco mais fica da sua actuação. A banda terá forçosamente que trabalhar nas suas composições ou mesmo no campo técnico, caso queira continuar a hastear a bandeira do prog, e aí então poderemos ter um novo brilho nos Crossfaith.
Terminado o certame, cabia agora ao Júri dizer de sua justiça. Em pouco tempo Pedro Monteiro – músico e representante da organização, Omar Moniz – animador da Rádio Nova Cidade, Ricardo Santos – vocalista/baixista dos Morbid Death e Eduardo Botelho – guitarrista, decidiram que a vitória seria atribuída aos The Bliss, ficando em segundo lugar os Nableena e em terceiro os A Different Mind. Entre festejos e alguns comentários menos consensuais, o I Concurso Ribeira Grande Pop/Rock saldou-se um evento muito positivo. É de congratular a iniciativa da Câmara mas, no entanto, e à semelhança do que aconteceu nos primeiros anos do já conceituado Concurso Angra Rock, há muitas coisas a melhorar ainda no seu formato e conceito. De qualquer maneira, acreditamos que o sistema engrenará com a experiência dos organizadores. Mas, para isso, é necessário que este volte no próximo ano. Fazemos figas para que sim.
Texto: Nuno Costa
Fotos: Luís H. Bettencourt
06.07.06 – Mercado Municipal, Ribeira Grande




De seguida, os The Bliss. Estes vila franquenses são uma das bandas mais badaladas nos últimos tempos ou não tivessem sido eles um dos premiados do Angra Rock deste ano. Com três temas já conhecidos do seu repertório apresentaram-se em palco muito mais espicaçados, dando assim um dos seus concertos mais enérgicos a que assistimos nos últimos tempos. As suas canções são já reconhecidas pelo seu potencial orelhudo e, a partir daí, pouco ou nada há a dizer – as suas músicas funcionam. Sabemos que o que os The Bliss fazem está ainda longe de ser original – algo próximo de Creed, Sinch ou Rage Against The Machine –, mas é inegável o seu magnetismo. Ainda em fase de desenvolvimento – é preciso que se note que só muito recentemente a banda se lançou na composição de originais -, a banda de Guerreiro [vocalista] só tem que criar a sua própria personalidade para ganhar a confiança de todos. Uma voz muito boa e uma guitarra muito sólida, fazem desta uma banda muito eficaz. E isto é, de facto, um trunfo!

Terminado o certame, cabia agora ao Júri dizer de sua justiça. Em pouco tempo Pedro Monteiro – músico e representante da organização, Omar Moniz – animador da Rádio Nova Cidade, Ricardo Santos – vocalista/baixista dos Morbid Death e Eduardo Botelho – guitarrista, decidiram que a vitória seria atribuída aos The Bliss, ficando em segundo lugar os Nableena e em terceiro os A Different Mind. Entre festejos e alguns comentários menos consensuais, o I Concurso Ribeira Grande Pop/Rock saldou-se um evento muito positivo. É de congratular a iniciativa da Câmara mas, no entanto, e à semelhança do que aconteceu nos primeiros anos do já conceituado Concurso Angra Rock, há muitas coisas a melhorar ainda no seu formato e conceito. De qualquer maneira, acreditamos que o sistema engrenará com a experiência dos organizadores. Mas, para isso, é necessário que este volte no próximo ano. Fazemos figas para que sim.
Texto: Nuno Costa
Fotos: Luís H. Bettencourt
Tuesday, July 25, 2006
Metal Xpress

25 de Setembro é data afixada para o lançamento de “The Scattering Of Ashes”, o novo álbum da banda de metal progressivo INTO ETERNITY. O artwork da capa do disco já foi revelado e tem autoria de Mattias Nore [Stratovarius, Evergrey]. Relativamente ao disco, já foi adiantado pelo vocalista Stu Block que este é “definitivamente um dos álbuns mais agressivos da carreira dos Into Eternity”. O disco conta com misturas e masterização de Andy Sneap.
Já se encontra disponível no site www.centurymedia.com o primeiro videoclip dos IGNITE – banda de hardcore melódico –, referente ao álbum “Our Darkest Days”, lançado a 15 de Maio último. Este vídeo aborda a ocupação do Iraque pelos Estados Unidos e foi gravado no deserto da Califórnia, com direcção de Chris Sims [Lamb Of God, As I Lay Dying].
Festival Alta Tensão - Em Lagoa

Thursday, July 20, 2006
Entrevista Theatre Of Tragedy

Quatro anos depois de "Assembly", sem Liv Kristine e com a aposta num som renovado, os Theatre of Tragedy lançam o seu mais recente álbum - "Storm". Conversámos com Lorentz Aspen, teclista da banda, que teceu comentários sobre o seu novo disco e nos contou onde tem estado o colectivo norueguês desde então. Ficámos também a saber um pouco mais sobre Nell - a nova vocalista - e do desejo de voltar a Portugal em breve.
Quatro anos passaram desde o vosso último álbum – “Assembly”. Que mudanças se podem esperar nos Theatre Of Tragedy desde essa altura?
Este álbum vai soar muito mais “tocado”. Afastámo-nos da maioria dos elementos electrónicos e construímos as músicas da forma mais usual com os instrumentos básicos e só depois inserímos alguns extras onde achámos que as músicas precisavam de mais textura. Por isso podem esperar um álbum mais pesado e hard rock que antes.
O vosso álbum já foi lançado há alguns meses atrás. Como têm sido as reacções?
Muito boas tanto por parte dos antigos fãs como dos novos. A imprensa essa tem estado dividida: uns dizem que encontrámos uma nova fórmula outros dizem que não estamos suficientemente experimentais ou extremos.
Alguns fãs mais antigos ficaram desapontados mas penso que isso foi mais pelo facto de Liv não cantar neste álbum. No entanto penso que a Nell convencerá muita gente neste novo álbum
Mesmo antes de lançaram “Storm”, não tiverem um certo receio das reacções dos vosso fãs visto que a voz de Liv não estará mais presente nos Theatre Of Tragedy?
Não tivemos medo pois tínhamos consciência que a voz da Nell é poderosa à sua maneira e que iria calar quem viesse com críticas profissionais. Tivemos mais medo quando fizemos a nossa primeira tour com a Nell sem ter ainda lançado um CD com ela.
Aí ficámos à espera dos tomates mas eles nunca foram lançados. (risos)
De qualquer forma depois de ouvir o álbum penso que os medos sobre esse assunto desapareceram visto que Nell revelou ser uma excelente escolha. Na minha opinião, ela tem uma linha vocal que, por vezes, faz lembrar a Liv.
(risos) Talvez. Ouvi tantas vezes tanto a Liv como a Nell que posso notar as diferenças entre elas, mas sei que em certos momentos elas podem soar bastante uma à outra mesmo tendo vozes bem diferentes.
Após a saída de Liv dos Theatre of Tragedy, encontrar uma subsituta perfeita foi uma das vossas preocupações ou quiseram apenas encontrar uma boa voz livre de qualquer comparaçõs à voz de Liv Kristine?
Nunca foi uma preocupação nossa encontrar uma substituta para a Liv mas sim encontrar uma vocalista que pudesse trazer as suas próprias características para a nossa música.
Estávamos cientes que iriam haver comparações mas escolhemos por aquilo que ouvímos. Não queríamos uma cópia de Liv Kristine. Isso não seria justo nem para nós nem para os fãs.
Desde 1995 que vocês têm dado que falar. Começaram com um som bastante melancólico, tendo depois passado para um som mais electrónico e agora “Storm”...
Parece-me que vocês não gostam de ficar muito tempo a fazer o mesmo, certo?
A única coisa na vida que não muda é o facto da vida mudar. (risos). E o mesmo acontece connosco. Mas penso que as pessoas irão encontrar em Storm a nossa bem conhecida melancolia.

Tendo também em conta que Storm é um álbum diferente de qualquer outro que vocês já tenham lançado, as vossas fontes de inspiração também não devem ter sido as mesmas. Em que se inspiraram para compor letras e músicas?
Inspirámo-nos na verdade nas mesmas coisas mas tudo passa por fazer arranjos diferentes. Aposto que conseguiria fazer gothic metal com algumas das músicas do Musique ou do Assembly. Seria só refazer algumas coisas apesar de também ser necessário mudar as letras de algumas músicas.
E as letras foram escritas por algum membro em especial ou por toda a banda?
As letras sempre estiveram a cargo do Raymond mas neste álbum ele e a Nell trabalharam juntos nessa parte.
O título do álbum transmite algo forte. Suponho que este tenha sido escolhido com cuidado, certo?
Storm levou 4 anos a ser concluído e contém tantas emoções e esforços que foi como uma tempestade para nós lançá-lo cá para fora. Foi um alívio ouvir o resultado final. E quando falo nisso posso dizer que não houve nada mais que bons sentimentos em toda a sua produção. Magnífico!
Tens alguma faixa favorita no novo álbum?
Sem dúvida a “Fade”.
Porquê?
Esta música tem algumas das minhas melhores linhas de piano e lembro-me de a gravarmos pela primeira vez na minha sala de estar. Tudo encaixava perfeitamente e todos sentíamos algo. E quando finalmente juntámos à música a voz de Nell a música ficou ainda melhor.
Para além disso, tendo em conta que é uma música já com 3 anos e que continua uma das melhores...
Muitos consideram “Aegis” como a vossa obra-prima. Já pensaram em voltar a fazer um som como aquele?
Não! Nunca voltaremos atrás para tentar copiar o que já fizemos. Isso seria muito mau tanto para nós como para os fãs.
Faremos e tocaremos sempre o que e como quiseremos e isso é a base de ToT. Se tentássemos voltar atrás no tempo para copiar o que já foi feito então isso soaria a uma técninca apenas para ganhar dinheiro.... sendo assim é melhor continuar pobres e contentar-nos com o que fazemos (risos).
Algo de que me apercebi é que apesar do vosso estilo ter mudado completamente em relação ao "Musique" e "Assembly", a verdade é que a voz de Raymond continua algo mecanizada. Alguma razão em especial para terem mantido esse efeito electrónico?
Todos os membros da banda contribuem com o seu toque pessoal e são livres de fazer o que quiserem sempre com uma certa pressão (risos). O Raymond queria que a sua voz fosse gravada assim e por isso nós autorizámos.
Será que no futuro voltaremos a ter uma voz masculina como antigamente?
Tentámos convencer o Raymond a fazer alguns guturais em algumas músicas mas ele não se sentiu à vontade com isso. Mas se fores a um concerto nosso poderás ouvir o mestre do gutural (risos)
Quanto a concertos, têm feito muita promoção a “Storm”?
Andámos numa tour europeia por altura da páscoa e demos alguns concertos “soltos” aqui e ali. Talvez uma nova tour lá mais para o Outono.

Espero sinceramente que possamos ir até aí abaixo. Porém, por termos andado tanto tempo sem lançar nada, muitos promotores têm receio de nos agendar por não saberem a quantidade de pessoas com que poderão contar num concerto nosso. Penso que primeiro iremos fazer uma boa tour como banda de suporte e talvez isso nos abrirá portas para tocar em mais países.
Muito obrigado por esta entrevista. Alguma coisa que queiras acresentar?
Obrigado pelo teu tempo dispendido nesta entrevista. É bom saber que ainda há pessoas que se interessam pelos ToT. Espero poder tocar em breve em Portugal!
Alex Gaspar
Tuesday, July 18, 2006
Metal Xpress

Um dos eventos metal/hardcore mais importantes da Europa está de volta. A par da Persistence Tour, o THE HELL ON EARTH TOUR é o mais importante festival itinerante de música underground do velho continente. Em parceria com a Metal Blade, Century Media e Alveran Records, o festival vê confirmadas já as presenças dos Heaven Shall Burn, Cataract, Maroon, God Forbid, Full Blown Chaos, Purified In Blood, Another Perfect Murder, entre outros. Mais informações em http://www.hellonearhttour.de/.
O designer MARTIN KYAMME foi premiado pela organização norueguesa de ilustradores Grafill [www.grafill.no] pela concepção da capa de “Aeolian” dos The Ocean. Este prémio é o correspondente aos Grammy’s para os designers da Noruega. Segundo o júri, o trabalho de Martin é “simples, mas extraordinário ao mesmo tempo. A slipcase é muito elegante… o booklet é como um conto de fadas”.

Metalbustour - Rumo a Vilar de Mouros
A Metalbustour promove mais uma excursão, desta vez ao Festival Vilar de Mouros, que decorre nos próximos dias 21,22 e 23 de Julho. O preço dos bilhetes é de 30€ [ida e volta - sem bilhete do festival incluido]. Para aderir a esta excursão contacte metalbustour@gmail.com ou o número 968 151 277. Mais informações em www.metalbustour.org ou www.myspace.com/metalbustour.
Monday, July 17, 2006
Review
CULT OF LUNA
"Somewhere Along The Highway"
Há alturas em que nos apetece sair de onde estamos, esvaziar a mente e fugir - os Cult of Luna trouxeram ao mundo o meio perfeito. Dois anos após o aclamado "Salvation", os suecos voltam a surpreender com Somewhere Along The Highway, um álbum com um título a condizer, que nos leva a viajar pelos lugares mais recônditos e negros da nossa mente. Este quarto álbum segue a linha do seu antecessor de 2004, trazendo de novo um som ao qual se poderia chamar post-doom, bem ao nível de uns Neurosis ou de uns Isis, mas que, por várias vezes, nos vai remetendo para a música de uns Air ou Sigur Ros. Estas "influências" são notórias sobretudo em músicas como “Marching To The Heartbeats” ou “Back To The Chapeltown”.
A composição é soberba e em "Somewhere Along The Highway" a banda deu extrema importância ao instrumental e onde a voz desempenha um papel secundário, entrando em cena em momentos altamente estratégicos que são o auge de uma série de explosões cerebrais. A atmosfera negra que nos envolve desde o primeiro ao último minuto é completada pelas vocalizações diversificadas de Klas Rydberg, as quais conferem agressividade ao sentimento melancólico que se vai transmitindo. Mas ao contrário do que se poderia esperar e quando se pensava que os Cult of Luna tinham esgotado a sua fórmula, eis que eles inserem neste álbum aspectos que mexem com a atmosfera e vão tornando cada música como uma nova paisagem. Ambientes negros diferentes, cenas que para além de variarem em cada música diferem também de ouvinte para ouvinte.
E é isto que faz deste disco um disco tão subjectivo e pessoal, um disco que mexe com os nossos sentimentos e consequentemente cada um sentirá à sua maneira. E apesar de, tal como uma viagem, "Somewhere Along The Highway" só fazer sentido como um todo, gostaria de destacar a belíssima “Thirtyfour” e a explosiva “Back to the Chapeltown”. Se procuram uma hora de orgasmo psicológico e de explosões emocionais, então ponham este disco no vosso leitor, fechem os olhos e deixem-se levar pela música. [9/10] Alex Gaspar
"Somewhere Along The Highway"
[CD - Earache Records]

A composição é soberba e em "Somewhere Along The Highway" a banda deu extrema importância ao instrumental e onde a voz desempenha um papel secundário, entrando em cena em momentos altamente estratégicos que são o auge de uma série de explosões cerebrais. A atmosfera negra que nos envolve desde o primeiro ao último minuto é completada pelas vocalizações diversificadas de Klas Rydberg, as quais conferem agressividade ao sentimento melancólico que se vai transmitindo. Mas ao contrário do que se poderia esperar e quando se pensava que os Cult of Luna tinham esgotado a sua fórmula, eis que eles inserem neste álbum aspectos que mexem com a atmosfera e vão tornando cada música como uma nova paisagem. Ambientes negros diferentes, cenas que para além de variarem em cada música diferem também de ouvinte para ouvinte.
E é isto que faz deste disco um disco tão subjectivo e pessoal, um disco que mexe com os nossos sentimentos e consequentemente cada um sentirá à sua maneira. E apesar de, tal como uma viagem, "Somewhere Along The Highway" só fazer sentido como um todo, gostaria de destacar a belíssima “Thirtyfour” e a explosiva “Back to the Chapeltown”. Se procuram uma hora de orgasmo psicológico e de explosões emocionais, então ponham este disco no vosso leitor, fechem os olhos e deixem-se levar pela música. [9/10] Alex Gaspar
Friday, July 14, 2006
Entrevista Torch Bearer

Quando se formaram em 2003, carregavam a imagem de um super-grupo criado à medida de nomes experientes da cena de peso sueca. Membros de Unmoored, Satariel, Scar Symmetry, Solar Dawn, entre outros, perfaziam esse elenco com meios ao seu alcance para, num ápice, conseguirem juntar-se, gravar e lançar um álbum. “Yersinia Pestis”, de 2003, foi a primeira investida deste colectivo de death/thrash/black metal que nos deixou de imediato com a sensação de que este não seria apenas um passatempo de um grupo de amigos que toca música. A prova disto está em “Warnaments”, lançado em Abril passado na Europa, que, para além de mais coeso mostra também uma banda mais versátil e a procurar novos caminhos para a sua música. A sua obra ganha assim em interesse e, por isso, decidimos conversar com o vocalista Pär Johansson.
Para quem ainda nunca ouviu falar nos Torch Bearer, faz-nos uma breve introdução à criação da banda.
Nós todos provimos de outras bandas como Unmoored, Satariel, Scar Symmetry, entre outras. Portanto, já andamos nisto há bastante tempo e conhecemo-nos também há muito. Quando o Christian nos contactou e perguntou se queríamos fazer algo juntos, alinhámos de imediato.
Neste vosso novo álbum vocês já não estão sob o selo da Metal Blade. O que se passou para que tenham lançado apenas um álbum pela editora alemã?
Eu, sinceramente, não sei porquê. Mas na realidade nós temos contracto com a Cold Records que licenciou o nosso primeiro disco à Metal Blade. Por alguma razão, a Cold Records decidiu desta vez trabalhar com a Regain Records. Por nós está tudo bem.
Vocês mantém algum dos vossos antigos projectos?
Sim, nós todos continuamos envolvidos nas nossas anteriores bandas. Por exemplo, os Satariel – a minha outra banda – vai lançar, muito brevemente, um MCD como aperitivo para o seu futuro longa-duração.
Um dos vossos guitarristas originais abandonou a banda… Porquê?
O Göran simplesmente sentiu que não dispunha de tempo ou vontade suficientes para continuar a fazer música com os Torch Bearer. No entanto, nós todos continuamos amigos. Não foi nada dramático.
Foi muito difícil encontrar um substituto para o Göran? Já agora, apresenta-nos o Patrik Gardberg.
Não, não foi muito difícil, até porque ele era amigo do Christian há muito tempo. No entanto, não consigo dizer muito sobre ele porque não o conheço ainda muito bem. Mas ele é um bom companheiro para se ter numa banda, já notei isso.
Relativamente ao vosso novo álbum, porque escolheram o título “Warnaments”?
Eu senti que era o título perfeito para o tema do disco... foi apenas isso! (risos)
Não sei se concordas comigo, mas a primeira coisa que reparei na primeira vez que ouvi o vosso novo álbum foi que vocês estão muito mais melódicos. Dá-me a tua opinião sobre este novo material.
Sim, concordo totalmente. Mas ao mesmo tempo eu penso que o “Warnaments” é mais brutal que o primeiro.
Poderemos dizer que isso deve-se ao facto de contarem agora com um novo elemento na vossa formação ou mesmo às influências musicais que possam ter adquirido nesses últimos 3 anos?
Acima de tudo, deve-se ao facto de no nosso primeiro disco sermos 4 pessoas a compor e neste ter sido o Christian o único a escrever.
Eu acho que foi maravilhoso essa vossa ligeira mudança de som, pois assim vocês terão aumentado as atenções à vossa volta porque demonstram versatilidade e espírito aberto para fazer evoluir o vosso som. Não concordas?
Sim, concordo totalmente!
Como têm reagido as pessoas ao vosso novo álbum?
Até agora a maioria das pessoas demonstrou gostar muito do álbum, por isso estamos muito satisfeitos com as reacções.
Onde têm andando desde o lançamento de “Warnaments”? Têm tido muitos concertos, têm muitos para dar ainda?
Na verdade, não demos ainda nenhum espectáculo, porque até agora temos sido apenas uma banda de estúdio. Mas esperamos fazer algumas tournées no futuro.
Que planos tens para os Torch Bearer para além das tournés? Apesar de soarem sempre um bocado a projecto paralelo, eles são uma prioridade para ti?
Como já mencionei, nós planeamos tocar ao vivo e fazer digressões. A par disso, continuar a “espalhar” discos por aí.
Um último comentário para os portugueses!
Espero ver-vos na estrada um dia desses...não muito longe! Obrigado pela entrevista.
Para quem ainda nunca ouviu falar nos Torch Bearer, faz-nos uma breve introdução à criação da banda.
Nós todos provimos de outras bandas como Unmoored, Satariel, Scar Symmetry, entre outras. Portanto, já andamos nisto há bastante tempo e conhecemo-nos também há muito. Quando o Christian nos contactou e perguntou se queríamos fazer algo juntos, alinhámos de imediato.
Neste vosso novo álbum vocês já não estão sob o selo da Metal Blade. O que se passou para que tenham lançado apenas um álbum pela editora alemã?
Eu, sinceramente, não sei porquê. Mas na realidade nós temos contracto com a Cold Records que licenciou o nosso primeiro disco à Metal Blade. Por alguma razão, a Cold Records decidiu desta vez trabalhar com a Regain Records. Por nós está tudo bem.
Vocês mantém algum dos vossos antigos projectos?
Sim, nós todos continuamos envolvidos nas nossas anteriores bandas. Por exemplo, os Satariel – a minha outra banda – vai lançar, muito brevemente, um MCD como aperitivo para o seu futuro longa-duração.
Um dos vossos guitarristas originais abandonou a banda… Porquê?
O Göran simplesmente sentiu que não dispunha de tempo ou vontade suficientes para continuar a fazer música com os Torch Bearer. No entanto, nós todos continuamos amigos. Não foi nada dramático.

Não, não foi muito difícil, até porque ele era amigo do Christian há muito tempo. No entanto, não consigo dizer muito sobre ele porque não o conheço ainda muito bem. Mas ele é um bom companheiro para se ter numa banda, já notei isso.
Relativamente ao vosso novo álbum, porque escolheram o título “Warnaments”?
Eu senti que era o título perfeito para o tema do disco... foi apenas isso! (risos)
Não sei se concordas comigo, mas a primeira coisa que reparei na primeira vez que ouvi o vosso novo álbum foi que vocês estão muito mais melódicos. Dá-me a tua opinião sobre este novo material.
Sim, concordo totalmente. Mas ao mesmo tempo eu penso que o “Warnaments” é mais brutal que o primeiro.
Poderemos dizer que isso deve-se ao facto de contarem agora com um novo elemento na vossa formação ou mesmo às influências musicais que possam ter adquirido nesses últimos 3 anos?
Acima de tudo, deve-se ao facto de no nosso primeiro disco sermos 4 pessoas a compor e neste ter sido o Christian o único a escrever.
Eu acho que foi maravilhoso essa vossa ligeira mudança de som, pois assim vocês terão aumentado as atenções à vossa volta porque demonstram versatilidade e espírito aberto para fazer evoluir o vosso som. Não concordas?
Sim, concordo totalmente!
Como têm reagido as pessoas ao vosso novo álbum?
Até agora a maioria das pessoas demonstrou gostar muito do álbum, por isso estamos muito satisfeitos com as reacções.
Onde têm andando desde o lançamento de “Warnaments”? Têm tido muitos concertos, têm muitos para dar ainda?
Na verdade, não demos ainda nenhum espectáculo, porque até agora temos sido apenas uma banda de estúdio. Mas esperamos fazer algumas tournées no futuro.

Como já mencionei, nós planeamos tocar ao vivo e fazer digressões. A par disso, continuar a “espalhar” discos por aí.
Um último comentário para os portugueses!
Espero ver-vos na estrada um dia desses...não muito longe! Obrigado pela entrevista.
Nuno Costa
Thursday, July 13, 2006
Metal Xpress

Os BLIND GUARDIAN disponibilizaram mais um tema do seu próximo álbum - "A Twist In The Myth". Desta vez o escolhido foi “Otherland” e pode escutá-lo em http://www.nuclearblast-musicshop.de/.
Os THRESHOLD, uma das maiores instituições do metal progressivo, assinaram pela germânica Nuclear Blast. Karl Groom e Richard West já se manifestaram muito contentes com o acordo, acreditando que, face à dimensão da editora, vão chegar certamente a muitos novos fãs. A banda planeia entrar em estúdio em Setembro próximo para gravar o seu novo álbum que deverá ser lançado no início de 2007. Seguir-se-á depois, na Primavera, a digressão de promoção ao álbum.
Os SONIC SYNDICATE são os grandes vencedores do Concurso de Bandas, lançado no Verão de 2005, pela Nuclear Blast. Este concurso premeia os participantes com um aliciante contracto com a editora germânica, tendo por isso a acorrência sido enorme: 1500 maquetas chegaram à sua sede em Donzdorf. O Júri foi composto por membros da Metal Hammer alemã, Metal Hammer espanhola, Metal Hammer italiana, Rock Hard francesa, Inferno da Finlândia, Scream da Noruega e Close Up da Suécia.

Os BLACK LABEL SOCIETY têm já terminados os temas que farão parte do seu próximo disco, o primeiro com o selo da Roadrunner Records. O álbum chamar-se-á “Shot To Hell" e será lançado no dia 19 de Setembro.
Os portugueses N.E.I.M. aprestam-se a 3 concertos no final desta semana. O primeiro é já hoje no Bar House, em Bobadela; o segundo na sexta-feira no Almeirim Bar e o terceiro no sábado no Cabana Bar, em Fonte da Telha.
Os thrashers portuenses HEADSTONE têm já um sítio no MySpace. A morada é www.myspace.com/headstonemetal e nela poderão encontrar fotos da banda e temas gravados em ensaio.
Os THE SYMPHONYX actuam no próximo dia 22 de Julho em Penafiel, no Largo da Ajuda, a partir das 21h30. As entradas são livres. O espectáculo contará com a presença do já habitual quarteto de cordas Sarasate e de uma dupla de actores e figurantes.
Já está disponível, embora ainda em fase de construção, a página MySpace dos ETHEREAL. O endereço é www.myspace.com/etherealrealm. A banda tem também disponível o vídeo de “The Eyes Of A Sinner” (The Dreams Of Yearning – 2003) em http://www.youtube.com/watch?v=e4_AwSGop2A e do mesmo tema, mas em versão acústica (gravada ao vivo no programa Curto Circuito da Sic Radical – 2003), em http://www.youtube.com/watch?v=1VPCJfjx30A. Entre outras notícias, a banda informa que o guitarrista Carlos Monteiro decidiu deixar os Ethereal, alegando razões pessoais.
Wednesday, July 12, 2006
Reaktor - De volta aos palcos

Painstruck - Regresso consumado

Misery Signals - Sinais reflectidos

Sunday, July 09, 2006
Review
CRIPTA OCULTA / NORTADA GELADA
[Split Demo Tape - Eternal Desolation Rec/Hell War Prod.]
Esta é a primeira vez que temos a oportunidade de ver na nossa caixa de correio uma demo tape... daquelas mesmo à moda antiga, misantrópicas em que a informação é mínima, as cores monocromáticas e onde reina o espírito necro do black metal tradicional norueguês. E é isso que aqui temos efectivamente – uma split demo tape de duas bandas de black metal primitivo portuguesas, “amaldiçoadas” pelos sentimentos mais cáusticos do ser humano, numa tempestade de sentimentos frios capaz de nos congelar o sangue e de nos povoar o imaginário com as imagens mais desoladoras e apocalípticas possíveis.
[Split Demo Tape - Eternal Desolation Rec/Hell War Prod.]

A cacofonia que nos propõe os Nortada Gelada em “Hino à Guerra” e “Frio...” – os dois temas que aqui apresentam – enquadra-se perfeitamente nos propósitos de uma banda de black metal obscuro, extremo e tradicional. O objectivo aqui é mesmo, acima de tudo, tentar transmitir o sentimento mais miserável possível e isto eles conseguem-no na perfeição. A produção e o som frio da própria fita magnética têm aqui um papel preponderante. Apesar de tudo, estes dois temas sabem ainda a pouco em relação àquilo que a banda pode fazer, mas fica a nota que a sua sonoridade serviu para nos despertar os sentimentos que aqui já referimos... este é um sinal de missão cumprida.
Uma vez que, nem no pacote que nos chegou, nem na internet, se encontra informação ou dados biográficos sobre ambas as bandas aqui em questão, torna-se difícil acrescentar mais qualquer coisa a esta review... Aliás, a atitude aqui é absolutamente anti-comercial, anti-propaganda... Fundamentalismos “subterrâneos”? Talvez sim... No caso dos Cripta Oculta, certamente... Ora aqui fica alguma da pouquíssima [contra]informação que encontramos no site da banda: "Ideology: If you seek interactive crap like guestbook, getting in contact with members, you've probably mistaken yourself. Your presence here is useless and a waste of time.We 're not looking for "black metal friendship" or support from this rotting "scene". GO FUCK YOURSELF! Identities or band members are irrelevant and unknown they shall remain. We play BLACK METAL, that's all and no more to be said concerning this topic". Por este motivo, e respeitando a ideologia da banda – até para que não corramos o risco de nos ser rogada mais uma praga -, ficam aqui os nossos “caracteres mudos” ao seu trabalho. Nortada Gelada [7/10] N.C.
Festas Nordeste - Noite Rock

Saturday, July 08, 2006
Metal Xpress

Os THE SYMPHONYX têm um novo endereço de e-mail. Qualquer contacto com a banda deve ser agora efectuado através de thesymphonyxmail@gmail.com. Aceda também a vários conteúdos sobre a banda na sua página oficial - www.thesymphonyx.com/ e ao seu novo videoclip através de www.youtube.com/user/thesymphonyx.
Os SEVERE TORTURE vão marcar presença a 11 de Outubro, no Hard Club, num concerto integrado na sua Blitzkrieg4 Tour. Este é um espectáculo a cargo da Rocha Prod..
Os ARCH ENEMY vão lançar no dia 24 deste mês, na Europa, o duplo DVD “Live Apocalypse”. O DVD oferece filmagens multi-ângulo, cenas de bastidores, entrevistas, promo clips num total de três horas de pura devastação. Para além disso, o DVD será editado em versão Dolby 5.1, num trabalho a cargo de Andy Sneap que também produziu o último álbum da banda “Doomsday Machine”.
“Black Flame” é o nome já escolhido pelos suecos WOLF como título do seu próximo trabalho. Após várias semanas nos estúdios Friedman, com Fredrik Nordström [Dream Evil, Hammerfall, In Flames], as gravações do suecessor de “Evil Star”, de 2004, encontram-se já quase terminadas e o disco tem data de lançamento prevista para os fins de Setembro. Este será o primeiro disco da banda com o baterista Tobias R. Kellgren e do guitarrista Johannes Losbäck, amigo de longa data que costumava tocar de vez em quando ao vivo com a banda.
Os britânicos NAPALM DEATH já terminaram as gravações de “Smear Campaign”, o sucessor de “The Code Is Red... Long Live The Code”.

Os suecos THE HAUNTED acabaram já as gravações do seu novo álbum. O sucessor do aclamado “rEVOLVEr”, de 2004, foi gravado na Dinamarca, nos Anfarm Studios, pelo produtor Tue Madsen (Himsa, Kataklym). A sua data de lançamento será anunciada nas próximas semanas.
Friday, July 07, 2006
I Concurso Ribeira Grande Pop/Rock - The Bliss vencem

Thursday, July 06, 2006
Nightwish - Novos desejos

Hammerfall - Álbum em Outubro

Tuesday, July 04, 2006
Agenda

Review
THEATRE OF TRAGEDY
"Storm"
[CD - AFM/Recital]
24 de Março 2006: chegada de uma tempestade vinda da Noruega. E é bem verdade que este "Storm" causou impacto. Depois de uma fase virada para a música electrónica, os noruegueses Theatre Of Tragedy lançam este ano o seu sexto álbum de originais, um álbum que obviamente causou algum cepticismo naqueles que desde os anos 90 seguem o percurso da banda e que não tinham ficado convencidos com os seus dois álbuns anteriores. É impossível não ver os Theatre Of Tragedy como uns pioneiros na música gótica do tipo "Bela e o Monstro" já que eles deixaram uma marca indelével com os seus primeiros registos e, sobretudo, com a sua obra de referência "Aégis". É então quatro anos depois de "Assembly" que os noruegueses lançam o primeiro álbum desde a expulsão, ainda misteriosa, de Liv Kristine e com um novo registo vocal a cargo de Nell (The Crest).
Quanto a este “Storm” é importante referir que decerto aqueles que gostavam dos ToT - “metal” e não dos ToT- “electro" ficaram contentes com o disco. Isto porque, apesar de não nos presentearem com o sentimento inicial que tanto os caracterizava, a verdade é que, pelo menos, voltaram com um som mais pesado, com maior ênfase nos riffs e com letras que fazem algum sentido. Indispensável também falar da marca que mais difere dos outros álbuns: a voz feminina. Na minha opinião, Nell foi uma óptima escolha por parte da banda, sendo que a sua voz não foge muito do registo de Liv. Até em alguns momentos ficamos com a sensação que estamos a ouvir a senhora de Leaves' Eyes a cantar.
"Storm"
[CD - AFM/Recital]

Quanto a este “Storm” é importante referir que decerto aqueles que gostavam dos ToT - “metal” e não dos ToT- “electro" ficaram contentes com o disco. Isto porque, apesar de não nos presentearem com o sentimento inicial que tanto os caracterizava, a verdade é que, pelo menos, voltaram com um som mais pesado, com maior ênfase nos riffs e com letras que fazem algum sentido. Indispensável também falar da marca que mais difere dos outros álbuns: a voz feminina. Na minha opinião, Nell foi uma óptima escolha por parte da banda, sendo que a sua voz não foge muito do registo de Liv. Até em alguns momentos ficamos com a sensação que estamos a ouvir a senhora de Leaves' Eyes a cantar.
É, porém, também verdade que apesar de diferente, "Storm" ainda não é um regresso dos Theatre of Tragedy à era do “ouro” que compreendeu a época entre 1994 e 1998, onde nos presenteavam com uma música carregada de um ambiente bastante doom, cheio de sentimento e completa pelas magníficas letras em inglês "Shakespeariano". Também é verdade que a voz de Raymond continua a não ser o que era nessa época. O cheiro a "Musique" ou a "Assembly" permanece: apesar da vontade que a banda parece mostrar em querer voltar atrás no tempo, a voz masculina mostra-se algo mecanizada e com bastantes efeitos electrónicos o que, apesar de dar um toque original a esta nova era dos Theatre of Tragedy, poderá desiludir alguns fãs. Isso poderá dever-se ao facto de Raymond afirmar que sempre se sentiu orgulhoso dos dois últimos álbuns da banda e que o que faz da voz dele é só e apenas da sua responsabilidade. Os músicos esses continuam iguais a eles próprios destacando-se bastante desta vez o uso dos teclados, o papel da bateria e uns esporádicos solos de guitarra.
No geral, penso que este foi um regresso estratégico por parte dos Theatre Of Tragedy, quebrando os cepticismos que se poderiam ter acerca deste novo álbum. Porque mais que um sucessor de "Assembly", este seria um álbum sem a diva Liv Kristine. [7/10] A.G.
www.theatreoftragedy.com
Monday, July 03, 2006
Entrevista Zao

Os Zao sempre foram um banda que desafiou a mente dos seus fãs. Desde meados dos anos 90 que a banda de Greensburg, na Pennsylvania, lança álbuns diferentes, alternando entre trabalhos mais rock’n’roll, hardcore e outros mais metal. Este ano regressam com “The Fear Is What Keeps Us Here” e assinalam mais um “desvio” em relação ao que tinham feito anteriormente. Este novo disco mostra-se distante da fúria metalcore de “Funeral Of God”, sendo mais técnico, hardcore, contendo alguma melodia, resumindo bem, no fundo, a mentalidade experimental que a banda sempre mostrou ao longo da sua discografia. Em plena digressão americana com os Demon Hunter e Unspoken, o baterista Jeff Gretz falou para a SounD(/)ZonE.
Antes de mais, como está a decorrer a digressão com os Demon Hunter e Unspoken?
Bastante bem! Todas as noites os nossos espectáculos têm esgotado ou lá perto. Tem comparecido muitos fãs dos Zao e acredito que pessoas novas também. Para além disso, somos amigos dos Demon Hunter... eles desenharam a capa do nosso CD, por isso, sentimo-nos como uma família em tourné.
Para os açoreanos, faz-nos um resumo da vossa história.
Não existe versão resumida da nossa história! (risos) Eu dirigiria as vossas atenções para o DVD de seis horas que lançámos no final do ano passado intitulado “The Lesser Lights Of Heaven”, o qual relata muito detalhadamente o longo e turbulento caminho da banda. Este contém três horas e meia de documentário, cerca de duas horas de cenas “cortadas”, dois concertos ao vivo e treze temas aleatórios da nossa carreira e, ainda, o vídeo de “The Rising End”. São dois DVD’s com tudo o que sempre desejou conhecer da carreira dos Zao e, provavelmente, também muito que não desejaria! Mas, resumidamente, formámo-nos em meados dos anos 90 em Pakersburg, em West Virginia, sendo que depois todos deixaram a banda excepto o baterista. Posteriormente, recrutou um série de pessoas de Greensburg e da Pennsylvania e aí nasceram os Zao como os conhecemos hoje. Este baterista consultou muitas pessoas antes de abandonar a banda... Mas, entretanto, cá estamos nós.
Achas que o facto de terem gravado o vosso novo álbum com o Steve Albini (Nirvana, Neurosis, High On Fire, Pixies) tornou o vosso som mais apocalíptico? Eu achei-o ainda mais sujo, embora claro, e com alguns resquícios de Neurosis...
Sim, ele grava sempre os discos dos Neurosis e nós gostamos realmente da banda, por isso, isso talvez ressalte um bocadinho. Nós queríamos mesmo que este disco soasse “sujo” e é assim que o Steve gosta de gravar. Por isso, saiu perfeito.
Li também que foi o Steve que se convidou para gravar o vosso novo disco no seu estúdio...
A sua namorada tinha algumas filmagens dos nossos concertos... Ele viu e ficou impressionado! Ele contactou a banda e mostrou interesse em gravar. Creio que a honestidade que emana das bandas é uma das coisas que o atrai mais e nós admiramos isso nele. Por isso, foi a combinação perfeita.
Os títulos dos vossos discos e os seus conteúdos líricos têm sempre uma mensagem muito forte e surgem sempre carregados de alguma controvérsia... “Funeral Of God” é exemplo disso e neste novo disco mantém-se aquela força enigmática tanto no seu título como no seu artwork... Queres explicar-nos melhor o que significa?
Estes estão sempre abertos a muitas interpretações. Após a um título tão directo como “Funeral Of God” fazia sentido agora fazer algo um bocadinho mais abstracto. Eu penso que isto funciona a determinados níveis e esta é, supostamente, a melhor arte. O medo é uma coisa distinta para cada pessoa e, por isso, é que este título é fixe.
Musicalmente, “The Fear Is What Keeps Us Here” está mais técnico. Podemos dizer que andaram com os ouvidos em bandas como The Dillinger Escape Plan? Afinal de contas, seria uma coisa natural uma vez que estiveram em digressão com eles o ano passado...
Nós todos temos um passado ligado a bandas mais técnicas, assim como ouvimos muitas cenas do género. Isto tudo se deu neste disco porque realmente eu, o Scott e o Martyr conseguimo-lo tornar possível tecnicamente. Eu penso que as capacidades técnicas dos antigos membros da banda sempre ocultaram um bocado essas influências. Para além disso, é bom ter material mais agressivo, uma vez que o mais antigo era um bocado mais básico. Isto torna os espectáculos ao vivo mais interessantes ao haver este contraste. Nós começámos a compor novo material exactamente após termos acabado a digressão com os The Dillinger Escape Plan, por isso, estou certo que isso se reflectiu em nós de alguma maneira. Como podes estar em tourné com uma banda como aquelas e não ficar “afectado”? (risos) Embora o novo trabalho se mostre mais dinâmico e hardcore, podemos ainda encontrar nele algumas passagens mais melódicas... Sim, nós somos fãs de Pop, por isso, não interessa o quão maluco o material se torne. Apesar de tudo, os nossos temas continuam a ter uma estrutura Pop muito básica.
No geral, como têm sido as reacções a este vosso novo trabalho?
O disco saiu há apenas uma semana, mas as pessoas já estão a cantar os seus novos temas... Por aí, penso que já é uma vitória. O que temos conseguido perceber das opiniões dos nossos fãs é que há um grande consenso... positivo! Em qualquer disco dos Zao existem sempre pessoas que dizem que é o melhor disco de sempre da banda e outras que dizem que é o pior. Nós apenas fazemos o que nos compete. Nós não ficamos chateados se as pessoas não gostarem dos nossos discos. Às vezes as pessoas demoram um bocadinho a compreender aonde está a tentar chegar uma banda se mudar o seu som... e os Zao mudam muito todas as vezes, por isso... Os fãs estão sempre a tentar compreender-nos. É por isso talvez que os Zao mantêm o interesse à sua volta após dez anos de carreira.
Para já o que reservam para a banda a nível de actividades?
Por agora vamos continuar a nossa digressão. Entretanto, já estamos a pegar em algumas ideias para o nosso próximo disco. Todos nós estamos a escrever nos nossos tempos livres. Nós estamos a pensar talvez em gravar algumas covers e ver o que acontece com elas. Veremos...
Algum comentário final para o fãs portugueses?
Sim... Nós precisamos de “sair” um bocado de vez em quando... Vamos “almoçar” juntos?! (risos)
Antes de mais, como está a decorrer a digressão com os Demon Hunter e Unspoken?
Bastante bem! Todas as noites os nossos espectáculos têm esgotado ou lá perto. Tem comparecido muitos fãs dos Zao e acredito que pessoas novas também. Para além disso, somos amigos dos Demon Hunter... eles desenharam a capa do nosso CD, por isso, sentimo-nos como uma família em tourné.
Para os açoreanos, faz-nos um resumo da vossa história.
Não existe versão resumida da nossa história! (risos) Eu dirigiria as vossas atenções para o DVD de seis horas que lançámos no final do ano passado intitulado “The Lesser Lights Of Heaven”, o qual relata muito detalhadamente o longo e turbulento caminho da banda. Este contém três horas e meia de documentário, cerca de duas horas de cenas “cortadas”, dois concertos ao vivo e treze temas aleatórios da nossa carreira e, ainda, o vídeo de “The Rising End”. São dois DVD’s com tudo o que sempre desejou conhecer da carreira dos Zao e, provavelmente, também muito que não desejaria! Mas, resumidamente, formámo-nos em meados dos anos 90 em Pakersburg, em West Virginia, sendo que depois todos deixaram a banda excepto o baterista. Posteriormente, recrutou um série de pessoas de Greensburg e da Pennsylvania e aí nasceram os Zao como os conhecemos hoje. Este baterista consultou muitas pessoas antes de abandonar a banda... Mas, entretanto, cá estamos nós.
Achas que o facto de terem gravado o vosso novo álbum com o Steve Albini (Nirvana, Neurosis, High On Fire, Pixies) tornou o vosso som mais apocalíptico? Eu achei-o ainda mais sujo, embora claro, e com alguns resquícios de Neurosis...
Sim, ele grava sempre os discos dos Neurosis e nós gostamos realmente da banda, por isso, isso talvez ressalte um bocadinho. Nós queríamos mesmo que este disco soasse “sujo” e é assim que o Steve gosta de gravar. Por isso, saiu perfeito.
Li também que foi o Steve que se convidou para gravar o vosso novo disco no seu estúdio...
A sua namorada tinha algumas filmagens dos nossos concertos... Ele viu e ficou impressionado! Ele contactou a banda e mostrou interesse em gravar. Creio que a honestidade que emana das bandas é uma das coisas que o atrai mais e nós admiramos isso nele. Por isso, foi a combinação perfeita.

Estes estão sempre abertos a muitas interpretações. Após a um título tão directo como “Funeral Of God” fazia sentido agora fazer algo um bocadinho mais abstracto. Eu penso que isto funciona a determinados níveis e esta é, supostamente, a melhor arte. O medo é uma coisa distinta para cada pessoa e, por isso, é que este título é fixe.
Musicalmente, “The Fear Is What Keeps Us Here” está mais técnico. Podemos dizer que andaram com os ouvidos em bandas como The Dillinger Escape Plan? Afinal de contas, seria uma coisa natural uma vez que estiveram em digressão com eles o ano passado...
Nós todos temos um passado ligado a bandas mais técnicas, assim como ouvimos muitas cenas do género. Isto tudo se deu neste disco porque realmente eu, o Scott e o Martyr conseguimo-lo tornar possível tecnicamente. Eu penso que as capacidades técnicas dos antigos membros da banda sempre ocultaram um bocado essas influências. Para além disso, é bom ter material mais agressivo, uma vez que o mais antigo era um bocado mais básico. Isto torna os espectáculos ao vivo mais interessantes ao haver este contraste. Nós começámos a compor novo material exactamente após termos acabado a digressão com os The Dillinger Escape Plan, por isso, estou certo que isso se reflectiu em nós de alguma maneira. Como podes estar em tourné com uma banda como aquelas e não ficar “afectado”? (risos) Embora o novo trabalho se mostre mais dinâmico e hardcore, podemos ainda encontrar nele algumas passagens mais melódicas... Sim, nós somos fãs de Pop, por isso, não interessa o quão maluco o material se torne. Apesar de tudo, os nossos temas continuam a ter uma estrutura Pop muito básica.
No geral, como têm sido as reacções a este vosso novo trabalho?
O disco saiu há apenas uma semana, mas as pessoas já estão a cantar os seus novos temas... Por aí, penso que já é uma vitória. O que temos conseguido perceber das opiniões dos nossos fãs é que há um grande consenso... positivo! Em qualquer disco dos Zao existem sempre pessoas que dizem que é o melhor disco de sempre da banda e outras que dizem que é o pior. Nós apenas fazemos o que nos compete. Nós não ficamos chateados se as pessoas não gostarem dos nossos discos. Às vezes as pessoas demoram um bocadinho a compreender aonde está a tentar chegar uma banda se mudar o seu som... e os Zao mudam muito todas as vezes, por isso... Os fãs estão sempre a tentar compreender-nos. É por isso talvez que os Zao mantêm o interesse à sua volta após dez anos de carreira.

Por agora vamos continuar a nossa digressão. Entretanto, já estamos a pegar em algumas ideias para o nosso próximo disco. Todos nós estamos a escrever nos nossos tempos livres. Nós estamos a pensar talvez em gravar algumas covers e ver o que acontece com elas. Veremos...
Algum comentário final para o fãs portugueses?
Sim... Nós precisamos de “sair” um bocado de vez em quando... Vamos “almoçar” juntos?! (risos)
Nuno Costa
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