THEATRE OF TRAGEDY
"Storm"
[CD - AFM/Recital]
24 de Março 2006: chegada de uma tempestade vinda da Noruega. E é bem verdade que este "Storm" causou impacto. Depois de uma fase virada para a música electrónica, os noruegueses Theatre Of Tragedy lançam este ano o seu sexto álbum de originais, um álbum que obviamente causou algum cepticismo naqueles que desde os anos 90 seguem o percurso da banda e que não tinham ficado convencidos com os seus dois álbuns anteriores. É impossível não ver os Theatre Of Tragedy como uns pioneiros na música gótica do tipo "Bela e o Monstro" já que eles deixaram uma marca indelével com os seus primeiros registos e, sobretudo, com a sua obra de referência "Aégis". É então quatro anos depois de "Assembly" que os noruegueses lançam o primeiro álbum desde a expulsão, ainda misteriosa, de Liv Kristine e com um novo registo vocal a cargo de Nell (The Crest).
Quanto a este “Storm” é importante referir que decerto aqueles que gostavam dos ToT - “metal” e não dos ToT- “electro" ficaram contentes com o disco. Isto porque, apesar de não nos presentearem com o sentimento inicial que tanto os caracterizava, a verdade é que, pelo menos, voltaram com um som mais pesado, com maior ênfase nos riffs e com letras que fazem algum sentido. Indispensável também falar da marca que mais difere dos outros álbuns: a voz feminina. Na minha opinião, Nell foi uma óptima escolha por parte da banda, sendo que a sua voz não foge muito do registo de Liv. Até em alguns momentos ficamos com a sensação que estamos a ouvir a senhora de Leaves' Eyes a cantar.
"Storm"
[CD - AFM/Recital]
24 de Março 2006: chegada de uma tempestade vinda da Noruega. E é bem verdade que este "Storm" causou impacto. Depois de uma fase virada para a música electrónica, os noruegueses Theatre Of Tragedy lançam este ano o seu sexto álbum de originais, um álbum que obviamente causou algum cepticismo naqueles que desde os anos 90 seguem o percurso da banda e que não tinham ficado convencidos com os seus dois álbuns anteriores. É impossível não ver os Theatre Of Tragedy como uns pioneiros na música gótica do tipo "Bela e o Monstro" já que eles deixaram uma marca indelével com os seus primeiros registos e, sobretudo, com a sua obra de referência "Aégis". É então quatro anos depois de "Assembly" que os noruegueses lançam o primeiro álbum desde a expulsão, ainda misteriosa, de Liv Kristine e com um novo registo vocal a cargo de Nell (The Crest).
Quanto a este “Storm” é importante referir que decerto aqueles que gostavam dos ToT - “metal” e não dos ToT- “electro" ficaram contentes com o disco. Isto porque, apesar de não nos presentearem com o sentimento inicial que tanto os caracterizava, a verdade é que, pelo menos, voltaram com um som mais pesado, com maior ênfase nos riffs e com letras que fazem algum sentido. Indispensável também falar da marca que mais difere dos outros álbuns: a voz feminina. Na minha opinião, Nell foi uma óptima escolha por parte da banda, sendo que a sua voz não foge muito do registo de Liv. Até em alguns momentos ficamos com a sensação que estamos a ouvir a senhora de Leaves' Eyes a cantar.
É, porém, também verdade que apesar de diferente, "Storm" ainda não é um regresso dos Theatre of Tragedy à era do “ouro” que compreendeu a época entre 1994 e 1998, onde nos presenteavam com uma música carregada de um ambiente bastante doom, cheio de sentimento e completa pelas magníficas letras em inglês "Shakespeariano". Também é verdade que a voz de Raymond continua a não ser o que era nessa época. O cheiro a "Musique" ou a "Assembly" permanece: apesar da vontade que a banda parece mostrar em querer voltar atrás no tempo, a voz masculina mostra-se algo mecanizada e com bastantes efeitos electrónicos o que, apesar de dar um toque original a esta nova era dos Theatre of Tragedy, poderá desiludir alguns fãs. Isso poderá dever-se ao facto de Raymond afirmar que sempre se sentiu orgulhoso dos dois últimos álbuns da banda e que o que faz da voz dele é só e apenas da sua responsabilidade. Os músicos esses continuam iguais a eles próprios destacando-se bastante desta vez o uso dos teclados, o papel da bateria e uns esporádicos solos de guitarra.
No geral, penso que este foi um regresso estratégico por parte dos Theatre Of Tragedy, quebrando os cepticismos que se poderiam ter acerca deste novo álbum. Porque mais que um sucessor de "Assembly", este seria um álbum sem a diva Liv Kristine. [7/10] A.G.
www.theatreoftragedy.com
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